Arranca Wimbledon. Pode Federer fazê-lo outra vez?

André Dias PereiraJulho 2, 20183min0

Arranca Wimbledon. Pode Federer fazê-lo outra vez?

André Dias PereiraJulho 2, 20183min0

Arranca esta segunda-feira mais um torneio de Wimbledon. É preciso recuar até ao ao ano de 1877 para lembrar a primeira edição, então vencida por Spencer Gore. Mas de então para cá ninguém foi mais bem sucedido do que Roger Federer. Foram oito vitórias, a última das quais o ano passado.

A questão levantada é se aos 36 anos o tenista suíço vai ampliar a sua lenda no All England Club. Federer parte como favorito, mas a sua condição de número 2 mundial obriga-o a um percurso mais espinhoso para atingir a final. A estreia será feita diante Dusan Lajovic (57º). Mas poderá encontrar Borna Coric – com quem perdeu a final de Halle – ou Marin Cilic, a partir dos quartos-de-final.

Roger Federer repete a fórmula de sucesso de 2017. Este ano falhou novamente toda a temporada de terra batida, regressando em Estugarda. O helvético venceu o torneio germânico e perdeu, depois, a final de Halle. Ganhar Wimbledon é o grande objetivo de Federer para 2018. Foi o próprio quem o disse, explicando que para isso “é importante estar mentalmente forte e em boas condições físicas”.

Como grande rival o suíço terá, como sempre, Rafael Nadal. O espanhol decepcionou nas últimas edições mas, este ano, chega com outra pujança. E com confiança reforçada. Nadal, recorde-se venceu há um mês Roland Garros. O maiorquino arranca no torneio britânico diante o israelita Dudi Cela. Ser número 1 do mundo garante-lhe também um percurso melhor para atingir uma eventual  final. Ainda assim, Del Potro, Denis Shapovalov e David Goffin são alguns possíveis rivais.

Murray ausente, Edmund é a esperança da casa

Quem está fora de Wimbledon é Andy Murray. O britânico desistiu de disputar o torneio britânico na véspera do seu início. A recuperar de uma lesão no quadro, Murray diz não estar em condições de jogar. Aos 31 anos, o bicampeão de Wimbledon atingiu os quartos de final o ano passado. Parado há onze meses por lesão e com uma cirurgia em Janeiro, o seu regresso estava apontado para Wimbledon.

Quem também corre por fora é Novak Djokovic. Com uma temporada irregular o sérvio pode jogar com Nadal nas meias-finais. O início será, contudo, diante Tennys Sandgren. Mais difícil poderá ser Kyle Edmund (18º), que, desde a ausência de Murray se tornou a grande esperança britânica. No Australian Open foi semi-finalista. Em Marraquexe, foi finalista vencido. Agora, a jogar em casa, será interessante acompanhar o seu percurso. Djokovic e Edmund porderão medir forças na terceira ronda.

Jogadores como Alexander Zverev, Nick Kyrgios e Denis Shapovalov são outros jogadores da nova geração que correm por fora. Tal como o já citado Borna Coric, que, na relva, tem evoluído a um nível capaz de conquistar Halle sobre Federer.

Contudo, o jogo mais atraente da ronda inaugural coloca frente a frente Stanislas Wawrinka e Grigor Dimitrov. O suíço está a ter um ano de pesadelo, longe da sua melhor forma e fora do top-200. O búlgaro, número seis mundial, ainda não conquistou qualquer troféu este ano.

Mais do que um torneio, Wimbledon é o mais importante evento de ténis do ano. Tradição, glamour e prestígio aliados a ténis de alto calibre. O torneio dos cavalheiros vai começar.

 

Wimbledon, 2018. O trailer


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS