A Champions League contou com muitos brasileiros, mas quais brilharam mais? Qual o top 5 nessa edição da liga milionária? Quem brilhou mais nas equipas da final? Ouve tudo aqui!
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Poucos assuntos são tão maltratados no futebol quanto o fair play financeiro. Quando não são as teorias da conspiração, vêm as conclusões equivocadas pelo desconhecimento de como o mecanismo funciona e para que serve – ainda mais depois que acontece um caso controverso e gigantesco, como o banimento do Manchester City da Liga dos Campeões pela Uefa por dois anos.
Quais são as regras? Haverá um sistema similar no Brasil? Caso tivéssemos as mesmas regras do futebol europeu, nossos clubes passariam pela prova? Baseado no estudo do economista e consultor Cesar Grafietti – que dedicou o último ano ao estudo do fair play financeiro a partir de Milão, na Itália, em contato direto com dirigentes do futebol europeu, o portal tenta esclarecer as principais dúvidas.
Para melhorar a condição financeira dos clubes de futebol e tornar o mercado como um todo mais estável e sólido. Caso você prefira o palavreado oficial, o trecho abaixo consta no documento em que a Uefa explica o sistema de licenciamento e fair play financeiro.
“a) Para melhorar a capacidade econômica e financeira dos clubes, aumentando a transparência e a credibilidade deles;
b) Para colocar a proteção necessária a credores e garantir que clubes cumpram suas obrigações com funcionários, impostos e outros clubes;
c) Para introduzir mais disciplina e racionalidade nas finanças dos clubes de futebol;
d) Para encorajar clubes a operar com base nas receitas deles;
e) Para encorajar o gasto responsável pelo benefício de longo prazo do futebol;
f) Para proteger a viabilidade e a sustentabilidade do futebol europeu no longo prazo.”
Não. A desigualdade financeira é um problema evidente no futebol europeu, com a concentração de dinheiro em alguns poucos clubes em detrimento da maioria, tendo como consequência mais grave a perda da competitividade e a previsibilidade de campeonatos nacionais. Mas esta não é uma questão endereçada pelas regras do fair play financeiro.
Não. A Alemanha adota regras para estimular a boa administração financeira desde 1962, por meio da Bundesliga. Na Itália, o sistema começa a vigorar em 1981 por força de legislação. Na Holanda, o fair play financeiro surge em 2003 pelas mãos da KNVB – a federação nacional.
A Uefa cria seu próprio sistema de licenciamento e fair play financeiro em 2009, a partir daí com regras para todo o continente europeu, num momento em que os clubes passavam por mau momento financeiro. O mundo inteiro passava por uma crise econômica, na verdade.
O Manchester City foi comprado pelo atual proprietário em 2008 e pertence majoritariamente à Abu Dhabi United Group, conglomerado dos Emirados Árabes que tem como controlador o sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan, por sua vez membro da família real de Abu Dhabi.
Eis que o clube recebeu patrocínio da Etihad Airways, companhia aérea que pertence ao mesmo conglomerado. A Uefa entendeu que o patrocínio, muito acima do valor praticado no mercado, foi feito para burlar a regra que limita o aporte de recursos por parte de acionistas.
O caso é muito parecido com o anterior. O Paris Saint-Germain foi comprado em 2010 e pertence ao Qatar Sports Investiments, um braço esportivo do Qatar Investiment Authority (QIA), que por sua vez representa o governo do Qatar nos negócios que realiza pelo mundo.
A CBF tem planos para implementar seu próprio sistema ainda em 2020, mas o anúncio oficial ainda não foi realizado pela entidade. Cesar Grafietti, inclusive, foi contratado como consultor para estudar os mecanismos europeus e desenhar um modelo para o futebol brasileiro.
Enquanto a CBF não anunciar as regras do fair play financeiro para o país, não haverá clareza sobre ajustes necessários e riscos enfrentados pelos clubes brasileiros. Num exercício de lógica, caso as mesmas regras europeias fossem aplicadas aqui, muitos teriam problemas.
Especificamente no quesito sobre o patrimônio líquido, tendo como base os balanços patrimoniais referentes a 2018, os mais recentes disponíveis, mais da metade dos clubes do Campeonato Brasileiro reprovaria.
O patrimônio líquido do futebol brasileiro
2018 | Patrimônio líquido | Reprovaria no fair play? |
Athletico-PR | 424 | Não |
Atlético-GO | -3 | Sim |
Atlético-MG | 133 | Não |
Bahia | -104 | Sim |
Botafogo | -654 | Sim |
Red Bull Bragantino | Não tem balanço | Não tem balanço |
Ceará | 1 | Não |
Corinthians | 263 | Não |
Coritiba | -55 | Sim |
Flamengo | 1 | Não |
Fluminense | -257 | Sim |
Fortaleza | -18 | Sim |
Goiás | -12 | Sim |
Grêmio | -60 | Sim |
Internacional | 337 | Não |
Palmeiras | 60 | Não |
Santos | -302 | Sim |
São Paulo | 107 | Não |
Sport | 20 | Não |
Vasco | -358 | Sim |
Cruzeiro | -46 | Sim |
É a grande transferência na Alemanha com a chegada do canarinho Philippe Coutinho aos bávaros do Bayern de Munique. É para ti o Big Deal da semana?
Muito se comenta que a Ligue 1 é a pior das principais ligas europeias por culpa da sua enorme previsibilidade. Este ano parece estar a dar razão às críticas existentes.
Dinheiro ou formação? Gastar ou formar? O Bola na Relva olha para duas maneiras diferentes de ver o futebol e mostra qual tem dado mais frutos!
Mais uma temporada em que os Parisienses foram eliminados precocemente da Champions League, numa tradição que começa a ganhar contornos de maldição. O que aconteceu frente ao Manchester United?
Neymar e Cavani não são opcões para o PSG atacar os oitavos de final da Champions League. Como vão os parisienses reagir à perda de dois dos seus melhores jogadores continua a ser uma incógnita.
Sabes quais são os melhores ataques a vingar na La Liga, Premier League, Jupiler League, League 1 entre outras? Descobre os principais e quem pode chegar à centena de golos mais rápido!
Primeira paragem para selecções da época e já há tanto para falar em França! Vê aqui a prestação das equipas da Ligue 1 no campeonato com apenas 4 jornadas decorridas!
A bela da Silly Season já acabou, como muitos chamam a este período de transferências não por via das decisões em reforçar as suas falanges com novos atletas, mas pela promoção de vários pseudo-negócios pela imprensa no geral. Do mais estranho possível ao simplesmente ridículo que só serviu para destabilizar, estes são alguns dos não-negócios de mercado do Verão 2018 que vimos, lemos, ouvimos e discutimos!
Começamos por um negócio “caseiro” que não se confirmou e que nunca ia ter “pernas” (pés, braços, mãos, o que quiserem) para andar: Vincent Aboubakar no Besiktas por empréstimo até Maio de 2019, com o FC Porto a pagar só 25% do salário do camaronês e os turcos poderiam contratá-lo por 10M€ no final desse período.
É daqueles apontamentos surreais da imprensa, que quando quer uma coisa vai até ao fim para sugeri-la, como se estivessem a chamar a atenção dos dirigentes do Besiktas.
Um negócio que seria não só estranho como completamente estapafúrdio pois o camaronês é titular no FC Porto (apesar de uma ou outra má exibição), tem um passe avaliado no mínimo nos 18M€ (tem uma clausula de 50M€) e renovou por mais quatro temporadas pelos Dragões, que detêm agora 100% do seu passe. Ou seja, o FC Porto alguma vez emprestaria um dos seus maiores activos (foi quem mais golos marcou pelos campeões nacionais) de “borla” ao Besiktas?
Esta notícia foi constantemente avançada pela Bein Sports e veiculada em Portugal pela Abola, Ojogo e Record.
Porto’yla Aboubakar’ın 1 yıllığına kiralanması konusunda prensipte anlaşıldı! #beinsportshaber pic.twitter.com/7njM5irHZZ
— beIN SPORTS Türkiye (@beINSPORTS_TR) June 25, 2018
Cristiano Ronaldo foi a bomba de mercado de Verão (que ainda está a custar a engolir a Michel Platini por exemplo), com a saída do astro luso para a Juventus a troco de 120M€, um valor recorde pago por um atleta acima dos 30 anos de idade. Este factor abanou com a estrutura merengue, que entrou logo em cena para recrutar uma nova cara-forte do plantel.
Surgiram dois nomes: Neymar Jr e Eden Hazard. A notícia de Neymar Jr. então foi uma autêntica repetição durante a época passada, com cada dia a aparecer notícias de que o brasileiro estaria prestes a assinar pelo Real Madrid, ou que já estaria mesmo em Madrid a procurar casa na capital espanhola com tudo tratado, etc. Hazard, pelo seu lado, só foi uma notícia promovida a partir do dia 5 de Julho, altura em que já Cristiano Ronaldo tinha quase tudo fechado com a formação de Turim.
O belga estaria num suposto pacote milionário de 230M€ pagos ao Chelsea com a inclusão de Thibault Courtois também. O guarda-redes veio mas… Hazard não. O Real até cedeu Kovacic sem que Hazard surgisse em Madrid. Perdeu o avião? Muitos jornalistas garantiam que o contrato já estava fechado, ao exemplo do que aconteceu com Neymar, sem que se confirmasse tais cenários.
Não sabemos qual foi o mais triste se a não-vinda do confirmadissímo Neymar Jr em Madrid ou do pacote-XPTO Eden Hazard merengue? A verdade é que foi lamentável as horas perdidas em notícias, directos e artigos sobre a vinda dos dois para os vencedores da Liga dos Campeões em título, quando pelos vistos nunca houve mais que um possível contacto telefónico.
Para Neymar passamos para o round3 da imprensa a veicular o seu nome ao Real Madrid e da sua chegada ao clube em 2019… pode acontecer, claro… mas será que já aconteceu mesmo como muitos afirmam?
Basta começarmos por dizer que foi o Daily Mail a promover a notícia inicial, que percebemos a “mentira” toda. Para os que desconhecem a fundo o tablóide inglês, fiquem a saber que é um dos jornais menos credíveis pelo Reino Unido, esboçando algumas das piores peças da imprensa mediática inglesa. Durante os últimos meses andaram a vender que Paul Pogba tinha tido um descontrolo emocional com Mourinho, arremessado até coisas à “cara” do treinador, com discussões, expulsões do balneário… contudo, nada aconteceu muito pelo contrário.
Depois dos casos de suposta discórdia entre o técnico luso e o médio gaulês, chegaram as notícias de transferência: Juventus, Real Madrid e Barcelona. Uns diziam que a Juventus tinha ido até Manchester negociar a re-compra do seu antigo jogador, com uma proposta de 120M€… nunca chegou a acontecer, mesmo com a suposta vontade de Paul Pogba de voltar a Turim (será que teria tanta vontade assim?). Depois o típico Real Madrid que todos os Verões “contrata” mil jogadores, mas afinal só são uns dois ou três. Proposta de 130M€ também que nunca deve ter chegado ao fax (ainda se usam?) dos Red Devils.
Por fim, a melhor parte: Paul Pogba já estaria em Barcelona prestes a assinar com os culés. Tinha sido supostamente visto no Twitter por dois jornalistas, uma foto do médio campeão do Mundo em 2018 a aterrar em Barcelona. Contudo, passado umas horas essa prova já não lá constava, ficando só uns print-screens muito mal reproduzidos dessa imagem. Terá Pogba retirado? Ou, não estaria o francês ainda nos Estados Unidos da América de férias mas a acompanhar a sua equipa do Manchester United?
Foi uma notícia copiosamente reproduzida pelo Mundo Deportivo, The Daily Mail, alastrando-se a todos os outros meios de comunicação social. Contudo, e para separarmos o “trigo do joio” o L’Équipe disse sempre que era mais um bluff e uma tentativa do internacional francês de conseguir um contrato renovado, onde iria constar um aumento substancial do salário e prémio por época. Uma jogada de mestre de Mino Raiola, que teve a promoção de grande parte de uma imprensa “cega” pela Silly Season?
Notem, por exemplo, que por cá, OJogo reproduziu na íntegra estas notícias com uns achegas da sua redacção, indicando como se o negócio estivesse muito prestes de acontecer. Todavia, quando José Mourinho manifestou a sua felicidade com Pogba, o mesmo jornal colocou em aspas a palavra verdade… uma situação evitável, não é “verdade”?
Ora, este talvez é o negócio menos “ridículo” de todos, uma vez que Marcelo já tinha manifestado vontade de experimentar outros campeonatos que não só o espanhol. Todavia, nunca houve contactos oficiais durante este período de transferências apesar dos rumores manifestarem que entre Juventus e jogador estava tudo fechado, faltando só acordo com o Real Madrid.
O efeito-Ronaldo em Turim funcionou muito em prol da Vecchia Signora que fez regressar Bonucci por exemplo ou “convenceu” Alex Sandro a ficar mais um ano na formação italiana. Dizemos, convenceu porque os media promoveram a notícia que o internacional brasileiro estaria a caminho do Paris Saint-Germain e que um acordo estaria por horas (passaram a dias, depois a semanas e agora a meses…). Nunca se concretizou, aliás o agente de Alex Sandro até explicou que nunca houve qualquer contacto com o PSG, não percebendo de onde vinham essas ideias e notícias.
Novamente, a insistência da imprensa para que algo de bombástico acontecesse fez correr muita tinta, originou links em excesso e colocou os comentadores desportivos a teorizarem como jogaria a Juventus com Marcelo, não aconteceu. Venderam a notícia que o próprio Cristiano Ronaldo tinha telefonado ao canarinho para se juntar em “comunhão” com em Turim e que esse factor Ronaldo estava a ser decisivo.
Não se confirmou, não parece que se vá confirmar em Janeiro, todavia a imprensa no seu geral continua agarrada a esta manifestação de vontade platónica de Marcelo desejar jogar pela Juventus. Esqueceram-se da existência de Alex Sandro, mas até o excelente lateral-esquerdo tem sido empurrado para fora de Turim para abrir espaço
Existem muitos pseudo-negócios, como o típico Hector Herrera a caminho do Nápoles (este é um “must”), o concurso-anual por Robert Lewandowski disputado pelo Real Madrid ou PSG, o inesperado regressado de Ricardo Quaresma ao Sporting Clube de Portugal, Vardy sempre a caminho do Arsenal, entre outros tantos promovidos, publicados pela imprensa nacional e internacional. O vale tudo para vender a notícia by Mercado de Verão 2018!