City, Barcelona e Bayern conseguiram uma vantagem preciosa nos quartos da Champions mas o Futebol de Bolso explica como tudo pode mudar
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Rafa Ribeiro traz ao Fair Play seu ponto de vista a uma recente discussão envolvendo Lucas Moura e um possível retorno ao São Paulo!
Algumas previsões e apostas para o como vai terminar esta temporada do futebol europeu, com City a ser o principal aspirante à Champions
Por que Neymar não consegue ser unanimidade entre a torcida brasileira? A genialidade do jogador dentro das quatro linhas é inegável. Porém, suas atitudes dentro e fora de campo dividem opiniões. Há quem diga que o Brasil jogará melhor sem ele, já que foi afastado da primeira fase por contusão.
O mercado já revelou jogadores brasileiros encontrando novas equipas para a próxima época. Será a hora correta prestes à Copa do Mundo?
Messi chegou a Paris e surgiram algumas dúvidas sobre o como se pode montar o PSG para tirar o melhor partido de todas as suas peças.
A Champions League contou com muitos brasileiros, mas quais brilharam mais? Qual o top 5 nessa edição da liga milionária? Quem brilhou mais nas equipas da final? Ouve tudo aqui!
Poucos assuntos são tão maltratados no futebol quanto o fair play financeiro. Quando não são as teorias da conspiração, vêm as conclusões equivocadas pelo desconhecimento de como o mecanismo funciona e para que serve – ainda mais depois que acontece um caso controverso e gigantesco, como o banimento do Manchester City da Liga dos Campeões pela Uefa por dois anos.
Quais são as regras? Haverá um sistema similar no Brasil? Caso tivéssemos as mesmas regras do futebol europeu, nossos clubes passariam pela prova? Baseado no estudo do economista e consultor Cesar Grafietti – que dedicou o último ano ao estudo do fair play financeiro a partir de Milão, na Itália, em contato direto com dirigentes do futebol europeu, o portal tenta esclarecer as principais dúvidas.
Para melhorar a condição financeira dos clubes de futebol e tornar o mercado como um todo mais estável e sólido. Caso você prefira o palavreado oficial, o trecho abaixo consta no documento em que a Uefa explica o sistema de licenciamento e fair play financeiro.
“a) Para melhorar a capacidade econômica e financeira dos clubes, aumentando a transparência e a credibilidade deles;
b) Para colocar a proteção necessária a credores e garantir que clubes cumpram suas obrigações com funcionários, impostos e outros clubes;
c) Para introduzir mais disciplina e racionalidade nas finanças dos clubes de futebol;
d) Para encorajar clubes a operar com base nas receitas deles;
e) Para encorajar o gasto responsável pelo benefício de longo prazo do futebol;
f) Para proteger a viabilidade e a sustentabilidade do futebol europeu no longo prazo.”
Não. A desigualdade financeira é um problema evidente no futebol europeu, com a concentração de dinheiro em alguns poucos clubes em detrimento da maioria, tendo como consequência mais grave a perda da competitividade e a previsibilidade de campeonatos nacionais. Mas esta não é uma questão endereçada pelas regras do fair play financeiro.
Não. A Alemanha adota regras para estimular a boa administração financeira desde 1962, por meio da Bundesliga. Na Itália, o sistema começa a vigorar em 1981 por força de legislação. Na Holanda, o fair play financeiro surge em 2003 pelas mãos da KNVB – a federação nacional.
A Uefa cria seu próprio sistema de licenciamento e fair play financeiro em 2009, a partir daí com regras para todo o continente europeu, num momento em que os clubes passavam por mau momento financeiro. O mundo inteiro passava por uma crise econômica, na verdade.
O Manchester City foi comprado pelo atual proprietário em 2008 e pertence majoritariamente à Abu Dhabi United Group, conglomerado dos Emirados Árabes que tem como controlador o sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan, por sua vez membro da família real de Abu Dhabi.
Eis que o clube recebeu patrocínio da Etihad Airways, companhia aérea que pertence ao mesmo conglomerado. A Uefa entendeu que o patrocínio, muito acima do valor praticado no mercado, foi feito para burlar a regra que limita o aporte de recursos por parte de acionistas.
O caso é muito parecido com o anterior. O Paris Saint-Germain foi comprado em 2010 e pertence ao Qatar Sports Investiments, um braço esportivo do Qatar Investiment Authority (QIA), que por sua vez representa o governo do Qatar nos negócios que realiza pelo mundo.
A CBF tem planos para implementar seu próprio sistema ainda em 2020, mas o anúncio oficial ainda não foi realizado pela entidade. Cesar Grafietti, inclusive, foi contratado como consultor para estudar os mecanismos europeus e desenhar um modelo para o futebol brasileiro.
Enquanto a CBF não anunciar as regras do fair play financeiro para o país, não haverá clareza sobre ajustes necessários e riscos enfrentados pelos clubes brasileiros. Num exercício de lógica, caso as mesmas regras europeias fossem aplicadas aqui, muitos teriam problemas.
Especificamente no quesito sobre o patrimônio líquido, tendo como base os balanços patrimoniais referentes a 2018, os mais recentes disponíveis, mais da metade dos clubes do Campeonato Brasileiro reprovaria.
O patrimônio líquido do futebol brasileiro
2018 | Patrimônio líquido | Reprovaria no fair play? |
Athletico-PR | 424 | Não |
Atlético-GO | -3 | Sim |
Atlético-MG | 133 | Não |
Bahia | -104 | Sim |
Botafogo | -654 | Sim |
Red Bull Bragantino | Não tem balanço | Não tem balanço |
Ceará | 1 | Não |
Corinthians | 263 | Não |
Coritiba | -55 | Sim |
Flamengo | 1 | Não |
Fluminense | -257 | Sim |
Fortaleza | -18 | Sim |
Goiás | -12 | Sim |
Grêmio | -60 | Sim |
Internacional | 337 | Não |
Palmeiras | 60 | Não |
Santos | -302 | Sim |
São Paulo | 107 | Não |
Sport | 20 | Não |
Vasco | -358 | Sim |
Cruzeiro | -46 | Sim |
É a grande transferência na Alemanha com a chegada do canarinho Philippe Coutinho aos bávaros do Bayern de Munique. É para ti o Big Deal da semana?
Muito se comenta que a Ligue 1 é a pior das principais ligas europeias por culpa da sua enorme previsibilidade. Este ano parece estar a dar razão às críticas existentes.