Nuno CanossaO regresso da F1 após a pausa com Verstappen cada vez mais 1º
Depois de uma pausa de verão que nos trouxe uma série de novidades na F1: o final da parceira Ricciardo-Mclaren; mudanças de regulamentos e a entrada da Audi como motor em 2026; ou os demais rumores de movimentações como, por exemplo, o de Gasly para a Alpine; eis que o regresso da competição não nos trouxe qualquer surpresa no vencedor de mais uma prova. Isto porque, apesar de ter partido da 14ª posição, Max Verstappen conquistou o Grande Prémio da Bélgica com uma vantagem superior a 17 segundos para o companheiro de equipa Sergio Pérez, 2º classificado.
Tudo começou numa sexta-feira cujo destaque foram os vários pilotos penalizados por alterações de componentes, numa grelha que se avizinhava confusa e de sucessivas alterações até domingo. Uma profecia que se concretizou com Tsunoda, Schumacher, Zhou, Norris, Ocon, Leclerc, Verstappen e Bottas a preencherem as 4 últimas filas nessa mesma ordem.
— Daniel Ricciardo (@danielricciardo) August 24, 2022
Saltando para a qualificação de sábado, cujo início foi retardado por reparações na pista (resultante da Porsche Supercup que a antecedeu), há alguns destaques a fazer: desde já, ainda que estivesse garantido que partiria no 1º lugar daqueles que haviam sido penalizados, Valteri Bottas falhou o acesso à Q2 pela primeira vez em 148 corridas, com a última a ter tido lugar no Mónaco no já longínquo ano de 2015; Alex Albon que atirou, primeiro Sebastian Vettel na Q1 e depois Daniel Ricciardo na Q2 para fora, nas últimas voltas realizadas num Williams que continua a demonstrar-se como um carro promissor em velocidade de ponta numa pista de Spa-Francorchamps que beneficia esse mesmo atributo; vários pilotos já penalizados – Ocon, Norris, Leclerc – a criarem cones de ar para os companheiros – Alonso, Ricciardo, Sainz – atingirem melhores posições na qualificação, com o piloto espanhol da Ferrari a alcançar a pole position numa volta que até passou pela gravilha.
Ferrari que não passaria o sábado sem cometer mais um erro de estratégia assumindo por rádio que haviam colocado Charles Leclerc em pista na Q3 com macios usados ao invés dos macios novos determinados para a prova em questão.
E no domingo as cinco luzes apagaram-se e foi preciso pouco tempo para ocorrer o primeiro acidente. Fernando Alonso atirou Lewis Hamilton para fora da corrida na chicane de Les Combes, mas o britânico 7x campeão mundial assumiu o erro após rever as imagens. Já o piloto espanhol, que viria a arrecadar a 5ª posição no GP, demonstrou-se agradado por Hamilton ter assumido a responsabilidade, mas ficou visivelmente frustrado aquando do incidente afirmando que “o idiota só sabe começar e conduzir em 1º lugar”.
Instantes depois, Latifi perde o controlo do monolugar na gravilha e embate em Bottas, com o finlandês a tornar-se no segundo piloto a desistir da corrida em poucos minutos. Desde então, assistiu-se a um desfile de Verstappen pelo pelotão do meio até chegar ao companheiro de equipa Sergio Pérez que lhe cedeu a liderança após a ter adquirido com a paragem nas boxes de Sainz na volta 12.
Entre a volta 12 e 18, o atual campeão apenas perdeu a liderança momentaneamente na sua mudança de pneus, e da volta 18 até à 44 só voltou a avistar a traseira de um F1 na hora de dobrar Latifi e os Haas.
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— Formula 1 (@F1) August 28, 2022
Mas Max Verstappen não foi o único piloto a brilhar na tarde de domingo. Com um arranque fenomenal, Vettel que havia começado a prova na 10ª posição, findava o top5 dos pilotos da frente na saída do primeiro e único Safety Car.
O alemão, que anunciou que se reformaria da modalidade no final desta temporada, terminou a corrida no 8º lugar, tendo perdido a 7ª posição numa ultrapassagem fantástica de Esteban Ocon que, em conjunto com outro piloto francês Pierre Gasly, encurralou Vettel numa sanduíche que viria a confirmar o salto de Ocon de 9º para 7º lugar onde finalizaria a corrida. De notar que os pilotos franceses começaram da 16ª posição (Ocon) e da pit lane (Gasly) conseguindo ambos pontos importantes para as respectivas equipas.
Dos pilotos que pontuaram na última corrida, falta mencionar a corrida bem-conseguida de Albon que arrecadou um ponto precioso para a Williams, George Russel (4º) e Carlos Sainz (3º) que lutaram pelo último lugar do pódio sem, no entanto, conseguirem ameaçar a dobradinha da Red Bull e de Charles Leclerc que até havia terminado a corrida em 5º lugar, mas que o viria a perder para Fernando Alonso após a conclusão da mesma. Isto porque, o piloto monegasco, a mando dos estrategistas da Ferrari, parou na penúltima volta para calçar pneus macios à busca da volta mais rápida e de um ponto extra. Compreendia-se em teoria, mas a prática foi novamente mal-executada.
Os cálculos tempo de paragem/diferença para Alonso justificariam a decisão, mas a mudança de pneus não foi a mais eficaz e Leclerc saiu da pit lane atrás do espanhol. Na realidade, o piloto da Ferrari viria a ultrapassar o da Alpine, mas sem conseguir a volta mais rápida como pretendido. E como se não bastasse, Charles viria a ser penalizado em 5 segundos e perder o lugar para Alonso por ter excedido o limite de velocidade das boxes resultando assim em mais um erro frustrantes para os Tiffosi.
No próximo fim-de-semana a F1 volta, desta feita na Holanda, onde o piloto da casa Max Verstappen quererá arrecadar mais uma vitória em rumo a um título que parece cada vez mais seu e da Red Bull, com o seu RB18 a apresentar-se, também ele, cada vez mais imparável.
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— Formula 1 (@F1) August 28, 2022
