José Andrade, Author at Fair Play - Página 16 de 20

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José AndradeAbril 8, 20227min0

Para hoje, vamos falar de 3 + 1 destaques dos primeiros jogos dos playoffs e do playout da Liga Betclic Feminina, por isso mesmo venham dai que a tarefa foi muito complicada, mas estes são os nossos 4 destaques desta semana.

Maianca Umabano – A excelência de sempre

O GDESSA venceu o Esgueira por 86-78 num jogo de alta intensidade no Pavilhão Clube do Povo de Esgueira. Uma entrada demolidora da equipa do Barreiro que esteve a grande maioria do tempo na frente, o Esgueira lutou, ainda conseguiu empatar, mas o GDESSA foi mais forte. Um jogo marcado pelos lançamentos de lances livres, o Esgueira falhou apenas 1 e o GDESSA 2, um se não o melhor jogo da época na linha de lances livres na Liga Betclic Feminina. O GDESSA soube aguentar o ímpeto do Esgueira, principalmente no segundo e terceiro quarto, a experiência pesou muito, Márcia da Costa Robalo e Sofia Ramalho Gomes determinantes, com destaque para Rita Rodrigues que entrou numa altura delicada para o lugar de Letícia Josefino que havia sido excluída por faltas e a jovem poste não tremeu e esteve muito bem.

No Esgueira, as irmãs Raimundo sempre incansáveis, sempre muito bem, mas a zona interior com Trudy e Vashti foi o ponto forte e que elevou o Esgueira. O destaque maior desta partida foi Maianca Umabano, como acontece em todos os jogos voltou a estar imparável, muito importante nos dois lados do campo, com o tiro exterior a cair em momentos decisivos e mais uma vez a estar muito bem na defesa. Maianca Umabano conseguiu 17 pontos (4 em 7 de lançamentos de campo e 3 em 7 no tiro exterior) ainda conseguiu 1 ressalto, 4 assistências e 1 roubo de bola. Partida espetacular e GDESSA em vantagem no primeiro jogo dos quartos de final da Liga Betclic Feminina.

Kahlia Lawrence – Exibição monstruosa

O Vitória SC recebeu e venceu o SL Benfica por 80-72 e conseguiu assim fazer o que ninguém havia feito na Liga Betclic Feminina, derrotar e terminar a invencibilidade da equipa de Eugénio Rodrigues. As vitorianas confirmam a excelente segunda metade de época, tal como tinha falado aqui, estavam claramente em crescendo e o facto das coisas nem sempre terem corrido bem retirava alguma pressão e podiam surpreender, aí está, confirmado isso e o Vitória SC entra com tudo nos playoffs da Liga Betclic Feminina. Entrada demolidora da equipa da casa, Benfica com um acerto muito abaixo do normal nos lançamentos de campo, algo que não é nada habitual nas encarnadas. Grande jogo, muita luta e a prova de como a Liga Betclic Feminina é incrível e de como tudo está em aberto.

Benfica tem dois jogos em casa para dar a volta, mas Vitória SC na frente e com uma demonstração de muita qualidade no arranque dos playoffs. Vários destaques individuais, como Laura Ferreira e Joana Soeiro no Benfica, já do lado do Vitória SC, Kourtni Perry dominou no jogo interior, Sara Ressurreição sempre muito bem, não sabe jogar mal, mas Maria Oliveira foi uma das protagonistas, esteve em grande neste jogo e só não foi a figura maior do Vitória porque Kahlia Lawrence esteve monstuosa. Neste triunfo, Kahlia Lawrence conseguiu, 31 pontos (10 em 15 em lançamentos de campo, 2 em 5 na linha de três pontos e 5 em 5 na linha de lances livres) ainda obteve 6 ressaltos, 3 assistências e 2 roubos de bola.

Laura Silva – Muita qualidade

O Vagos venceu o CAB Madeira por 69-65 num jogo disputado até ao último segundo. As madeirenses tiveram duas entradas em grande, primeiro e terceiro quarto foram da equipa de Fátima Silva, mas depois os turnovers acabaram por custar este triunfo às madeirenses. O Vagos manteve-se sempre seguro, mesmo quando estavam atrás no marcador, a exclusão de Susana Carvalheira pesou, mas foi bem “substituída” com destaque aí Inês Pinto que teve triplos decisivos. Muita luta, foi o jogo mais discutido, porque foi do princípio ao fim do encontro, belo jogo na Madeira e tudo em aberto, claro que o Vagos ficou em vantagem, mas a verdade é que o CAB deixou à vista a muita qualidade que possui, também aqueles que tem sido os problemas desta temporada. Jogo de alto nível, a festa dos playoffs brindou-nos com grandíssimo jogo na Madeira com o Vagos a sair na frente neste duelo dos quartos de final da Liga Betclic Feminina.

Nos destaques individuais tivemos vários, Manuela Rios e Martha Burse à cabeça do lado do Vagos, além claro das Joanas, Canastra e Cortinhas que como sempre entram, jogam bem e fazem a diferença na partida. Do lado do CAB Madeira, Madison Torresin com um grande jogo, voltou a estar muito bem, depois Isabel Berenguer, mais uma jogadora que não sabe jogar mal e que sempre rende, ainda Carolina Bernardeco que brilha em todos os jogos, nem sempre foi fácil, mas sempre muito bem, mas o maior destaque foi Laura Silva. Apesar do desaire, Laura Silva merece o maior destaque desta partida onde conseguiu 12 pontos (3 em 5 de lançamentos de campo, 1 em 5 na linha de três pontos e 3 em 3 na linha de lances livres) além de 3 ressaltos e 1 assistência, uma jogadora incansável que assumiu o jogo e que agitou a partida recolocando o CAB em jogo por diversos momentos.

Raquel Alves – Exibição de luxo

Para terminarmos, o Francisco Franco foi a Coimbra vencer o Olivais FC por 62-55 e está assim em vantagem no playout da Liga Betclic Feminina. Mais um jogo onde o Olivais entrou muito bem, o primeiro quarto foi da equipa da casa que mais uma vez sentiu dificuldades com o decorrer da partida, principalmente em termos de estatura e físicos, porque Dayna subiu ainda mais de rendimento no segundo e terceiro quarto criando assim mais problemas à equipa da casa. Também mais uma vez, vimos o Olivais a terminar bem a partida. Um Francisco Franco muito forte, com Dayna Rouse em grande destaque, mas com o jogo que caracterizou esta equipa ao longo da temporada. Do lado do Olivais, jogaram bem, estiveram por cima em diversos momentos, mas mais uma vez acabaram por perder. Francisco Franco em vantagem na luta pela manutenção, levam assim a eliminatória para a Madeira com um ascendente e com uma vantagem segura neste playout da Liga Betclic Feminina.

A verdade é que além de jogar bem e apesar de tudo, sabemos que o Olivais vai dar tudo, jogar bem e criar muitas dificuldades ao Francisco Franco. Neste duelo ficaram vários destaques individuais, Dayna Rouse o mais mencionado e o mais incontornável, mas além dela do lado madeirense ainda destaque Katherine Andersen, mas em especial Cristina Freitas que é aquela peça que rende sempre, que raramente erra e que nem sempre tem o destaque merecido.

Do lado da equipa da casa, Eva Carregosa também ela sempre incontornável, Mafalda Pompeu que esteve muito bem e em momentos mexeu com o jogo, mas o maior destaque foi Raquel Alves. Num duelo de alto nível, parecia um jogo de playoff, Raquel Alves foi a estrela, mais uma vez a capitã do Olivais brilhou muito, é claramente um dos destaques maiores desta temporada e começou este playout com uma exibição de luxo. Raquel Alves conseguiu, 21 pontos (2 em 4 de lançamentos de campo, 5 em 9 na linha de três pontos e 2 em 2 na linha de lances livres) obteve ainda 6 ressaltos, 3 assistências e 2 roubos de bola.

Está assim dado o mote para os playoffs e para o playout, grandes jogos, tudo ainda mais ao rubro e em aberto, invencibilidades quebradas, muita luta e a excelência do basquetebol feminino da Liga Betclic feminina que é impossível perder.

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José AndradeAbril 6, 20226min0

Novo dia, novo texto, hoje a segunda-parte da nossa lista de jogadoras que devemos guardar para o draft da WNBA do próximo dia 11 e também para o futuro do basquetebol mundial. Mais 10 nomes que vão proporcionar excelentes momentos a todos nós adeptos de basquetebol.

Christyn Williams – Base de Connecticut

Um dos muitos talentos de UConn que vai chegar à WNBA, Christyn Williams vem de jogar a final em que não esteve bem, o jogo não lhe correu bem e isso pode fazê-la cair um pouco nos mocks, mas a verdade é que falamos de uma base que se assume como uma scorer eficiente, que consegue criar, com um tiro exterior de qualidade e que apresenta grande melhorias a nível defensivo. Teve alguns problemas de consistência esta temporada, mas é uma base “grande” e que além do que consegue criar, tem físico e capacidade física para em pouco tempo conseguir ter um papel relevante numa equipa na WNBA.

Sika Kone – Extrema/Poste de Gran Canaria

Chegamos a um dos maiores talentos deste draft, a jogadora que chega com mais provas dadas porque chega da Liga Espanhola, onde apesar da lesão grave que a afastou do final de temporada, está entre as possíveis MVPs e seria a escolhida se não tem sido a lesão. 5 prêmios de melhor da semana em Espanha, provas dadas e muito talento. A maliana pode fazer as duas posições interiores, dominou o campeonato do mundo sub19, tem apenas 19 anos e uma das maiores margens de progressão deste draft. Altura, capacidade atlética, domínio no garrafão, acresce ainda a enorme capacidade de passe, tem evoluído no tiro, dá totais garantias defensivas e no ataque é uma jogadora com muitos recursos. Potencial para ser uma estrela do basquetebol mundial.

Nia Clouden – Base de Michigan

Aqui falamos da melhor atiradora deste draft da WNBA, foi a jogadora com a melhor percentagem da linha de três pontos (39.6). É uma uma jogadora “baixinha”, mas muito ágil, rápida, é esta velocidade que impressiona e que também a coloca em destaque, porque além de se evidenciar no contragolpe, a sua rapidez faz com que roube bolas sem que as adversárias percebam de onde ela chegou. É uma base em constante evolução, que trabalha muito e que atira como poucas neste draft. Apesar de ser apontada a uma escolha de segunda ronda, não me admirava que pudesse ser uma das surpresas deste draft e acabar por ser uma escolha de primeira ronda, é a base com mais margem de progressão.

Evina Westbrook – Base de Connecticut

Voltamos a falar de uma jogadora de UConn, uma base com 23 anos e que não se assume como uma das estrelas deste draft, mas que é uma jogadora muito interessante. Evina é uma base versátil, que defende, o destaque maior nesta temporada foi quando deu um passo em frente e assumiu o papel de líder da equipa quando Paige Bueckers se lesionou. Uma base sólida, capaz de desempenhar vários papeis pela sua versatilidade, consegue defender, passa bem, tem visão de jogo e atira bem. Base que pode assumir no imediato um papel de role player em algumas equipas como nas Los Angeles Sparks.

Lorela Cubaj – Extrema-poste de Georgia

Uma jogadora que pode jogar a 4 ou a 5, acredito que se vai assumir cada vez mais como poste, mas é uma jogadora que defende muito bem, consegue enfrentar e vencer nos duelos com jogadoras mais altas e mais fortes fisicamente. Cubaj é a “big” com melhor capacidade de passe deste draft e acresce ainda o ser uma excelente ressaltadora. Uma poste capaz de ser já um ótimo backup para postes mais experientes.

Destanni Henderson – Base de South Carolina

Uma base recém-campeã em South Carolina, sendo uma das estrelas da final com UConn, onde conseguiu o máximo de pontos da carreira provando a sua imensa qualidade e que brilha na altura das decisões. Destanni neste jogo ganhou o duelo com Paige Bueckers, fazendo o que muito poucas jogadoras conseguiram, reduzir o impacto de Paige no jogo. É uma base muito forte, tem capacidade de liderança, é uma base criadora que faz a sua equipa jogar, mas que assume muito bem. Excelente atiradora, percentagem de acerto acima dos 50% na linha de três pontos e a juntar a isso o ser uma base que ataca bem o cesto… em que franquia da WNBA vai acabar?

Veronica Burton – Base de Illinois

Aqui falamos de um nome que não é apontado à primeira ronda do draft da WNBA, mas uma jogadora de futuro até para o basquetebol europeu. Uma base que se evidencia pelo lançamento exterior muito característico, com um belo step-back antes de atirar, mas é uma base habilidosa, com capacidade de aceleração e que se notabiliza por conseguir sempre achar uma linha de passe e alguém em melhor posição para lançar com maior sucesso. Uma base que ainda defende bem, tendo mesmo sido eleita por duas vezes a big ten defensive player.

Khayla Pointer – Base de Louisiana

Uma base que tem dois dígitos de médias desde 2018-2019, era no princípio dessa época apontada como a 15ª melhor base da sua geração e a verdade é que de ano para ano foi subindo e ganhando protagonismo para chegar ao draft e ser escolhida. É uma das bases mais rápidas deste draft com a bola nas mãos, notabiliza-se pela sua capacidade na área pintada e pelo ball handling de elevado recorte. Melhorou muito o seu mid-range, ótima em transições, evoluiu muito no jogo sem bola e é uma jogadora que gosta e que atira muito bem de longe.

Jenna Staiti – Poste de Georgia

Voltamos a falar de uma poste, Jenna Staiti é uma jogadora interior com um arsenal vasto para a posição. Joga bem com as duas mãos, consegue marcar em várias zonas, sendo uma poste que se movimenta bastante, consegue ganhar e tirar proveito da sua capacidade física. É uma poste que dá garantias na luta das tabelas, nos dois lados do campo e que se sabe mexer, pode ser um dos “steals” deste draft.

Olivia Nelson-Ododa – Extrema de Connecticut

Olivia era a dona e senhora do jogo interior de UConn, era quem garantia a defesa, uma jogadora que pode fazer as duas posições interiores, muita forte fisicamente e que além dos desarmes de lançamento é uma atleta que se caracteriza pela boa capacidade de passe, aqui algo onde trabalhou muito e onde cresceu bastante nesta temporada. Não é a melhor finalizadora, ainda é uma área que precisa de melhorar, mas a verdade é que uma poste alta, ótima defensora, boa passadora e com boa visão de jogo.

Fim da nossa segunda-parte, ficaram aqui mais 10 nomes de muito futuro e que vão brilhar muito ao mais alto nível do basquetebol mundial, não percam que ainda temos mais duas partes para vos revelar.

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José AndradeAbril 5, 20227min0

Sejam bem-vindos, hoje vamos falar da primeira parte da nossa lista de 40 nomes para o draft da WNBA do próximo dia 11, enormes talentos que vão brilhar muito seja na WNBA ou no basquetebol europeu, por isso sem mais demoras vamos aos nossos primeiros 10 nomes da lista.

NaLyssa Smith – Extrema de Baylor

Começamos por aquela que parece a jogadora mais bem preparada para chegar e render já na WNBA. NaLyassa Smith pode jogar em várias posições, foi uma das únicas 5 jogadoras a conseguir 20 pontos e 10 ressaltos de média por jogo. Dona de um poderio físico único, é mesmo a jogadora mais atlética deste draft. NaLyssa Smith apesar da altura e do físico, é uma jogadora muito ágil, veloz, mesmo marcada por múltiplas defesas ela consegue marcar graças ao seu footwork e trabalho de poste. É uma jogadora mortífera em transições, consegue criar e tem no tiro exterior o seu ponto forte, mas o seu mid-range é já de elite. Potencial para ser uma superestrela.

Rhyne Howard – Base de Kentucky

Aqui falamos de uma base que defende muito bem, é uma scorer com capacidade física, por isso mesmo o ter sido usada como extrema, mas é uma jogadora que tem também ela capacidade para chegar, ver e vencer no imediato na WNBA. Não foi a jogadora que tenha tido a maior evolução dentro das previsíveis primeiras picks, mas é uma jogadora que garante pontos, atira muito bem, facilidade de lançamento em qualquer zona e ainda acrescenta boa capacidade defensiva.

Kierstan Bell – Base da Flórida

É uma scorer, tem a capacidade de meter de tudo quanto é lado. Uma capacidade atlética muito grande, ainda cedo recebeu comparações com Lebron James, mas falamos de uma jogadora alta, forte fisicamente, com capacidade de atirar apesar de não ter uma elevada média da linha de 3 pontos. Kierstan é uma jogadora de transição, explosiva, muito esforçada, que joga muitas vezes no limite e que possui muitos recursos ofensivos, uma jogadora alta com capacidade técnica e que sabe usar a sua capacidade física e que joga muito bem sem bola. Não é a mais atlética ou com a maior capacidade técnica, mas melhorando na defesa tem tudo para ser uma estrela.

Emily Engstler – Extrema de Louisville

A mudança para Louisville foi a melhor decisão que tomou, assumiu um maior protagonismo e mostrou que está pronta para chegar à WNBA. Pode jogar a poste ou a extrema-poste, uma jogadora que notabiliza pela capacidade dominar no jogo interior, é uma ressaltadora de elevada qualidade, defende muito bem e tem melhorado muito no seu “shooting” sendo que é no tiro exterior que tem apresentado a maior melhoria. Emily é uma jogadora para o “trabalho sujo”, muito lutadora, ótima capacidade atlética e física, acresce que nunca desiste de nenhuma bola e é uma jogadora que no trabalho invisível dá sempre garantias.

Elisa Cunane – Poste de North Carolina

Poste de maior qualidade deste draft fruto da sua qualidade técnica e de vir a melhorar bastante no lançamento de 3 pontos. É uma “big” que sabe usar o físico, não é muito rápida, mas domina na zona pintada, têm bons pés, ou seja, destaca-se no footwork, na sua capacidade de ter alguns “truques” no ataque e no pick-and-roll. É uma poste com skills, que precisa de melhorar na defesa principalmente para os duelos com postes mais possantes, mas é uma jogadora interior com qualidade e com potencial para vir a ser uma das melhores postes modernas na liga.

Naz Hillmon – Extrema de Michigan

Hillmon é um dos talentos mais entusiasmantes deste draft, QI basquetebolístico muito elevado, toma decisões muito rápido, é uma passadora de elite e é esse uma das principais características de Naz, no ataque tem mostrado cada vez mais recursos ofensivos principalmente no ataque ao cesto. Naz Hillmon é uma jogadora com um motor que lhe permite jogar sempre em alta rotação, ainda é uma jogadora com capacidade de criação e uma ball handler de fino recorte. No que diz respeito ao lançamento, tem mostrado evolução no tiro exterior, mas continua a ser um dos piores pontos desta jovem jogadora que tem mostrado uma progressão de temporada para temporada muito grande. A capacidade de criar e a qualidade de criação colocam-na com potencial para ser já uma role player importante em algumas equipas na WNBA.

Shakira Austin – Poste de Mississípi

Shakira Austin é uma poste que se destaca pelo aspeto defensivo, dominante no garrafão onde se assume sempre como dona, tem evoluído ofensivamente e mostra cada vez mais pormenores no ataque, é uma “big” que joga bem de costas para o cesto e com potencial para atingir um bom nível na questão do lançamento. Protege bem o cesto, uma jogadora que é difícil de ser ultrapassada e que se destacou pelos desarmes de lançamento e roubos de bola mostrando que é uma poste que é bem mais que o tamanho e que continuando a evoluir no aspeto ofensivo pode mesmo em breve ser uma jogadora interior em destaque na WNBA.

Nyara Sabally – Extrema de Oregon

Aqui falamos de um apelido de peso na WNBA, Nyara Sabally é irmã de Satou Sabally uma das estrelas mundiais do basquetebol, mas Nyara cedo se destacou e mostrou potencial. Falamos de uma jogadora que pode atuar nas duas posições interiores, pessoalmente acho que se vai assumir como poste com o evoluir da carreira, mas é uma jogadora interior que cria e abre espaços para as colegas, que joga bem de costas e de frente para o cesto, lança bem de fora, sabe usar o físico, é uma “big” móvel que se movimenta muito no perímetro e junta a isto tudo a sua capacidade defensiva. A única questão com a talentosa jogadora é em termos físicos, porque já teve duas lesões graves e esta temporada falhou jogos devido a problemas no seu joelho, é o ponto que levanta mais questões, mas se estiver bem fisicamente tem tudo para ser uma jogadora interior de muita margem de progressão e com tudo para fazer uma excelente carreira principalmente na Europa.

Rae Burrell – Base de Tennessee

A base falhou muitos jogos esta temporada e demorou algum tempo para estar saudável, a verdade é que mesmo assim assumiu-se como a segunda melhor pontuadora em Tennessee, sendo mesmo a jogadora que mais brilhou assumindo protagonismo em muito mais que apenas nos pontos. Uma base que joga com uma subtiliza que impressiona, é uma base/wing scorer, vai sempre assumir um papel de destaque na marcação de pontos, mas passa bem, é muito rápida e tem uma capacidade de elevação muito grande. Não sendo a melhor defensora tem crescido muito nesse aspeto e o ponto que a pode fazer baixar nas escolhas do próximo draft pode mesmo ser o aspeto físico.

Queen Egbo – Poste de Baylor

Chegamos a um nome que o ano passado era apontada à primeira ronda e que com o passar do tempo foi caindo nos mocks e perdendo algum protagonismo. Queen Egbo é uma poste mais antiga em comparação com as jogadoras da mesma posição que já falámos aqui, é muito forte fisicamente, excelente defensora, garante superioridade no perímetro, ótima ressaltadora e nas posições interiores vai sempre dar garantias seja em que equipa for. Tem algumas limitações, pois não é uma poste muito ágil, mas fisicamente dá todas as garantias e se melhorar no tiro pode se tornar uma jogadora interior ainda em maior destaque.

Hoje ficaram aqui os primeiros nomes, não percam nos próximos dias porque temos mais 30 nomes que devem guardar para o draf e para o futuro do basquetebol mundial.

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José AndradeAbril 4, 20227min0

Neste novo texto abordamos as equipas do sexto lugar para baixo no campeonato nacional da 1ª divisão feminino do nosso futsal, equipas fortes que provam semana após semana a muita qualidade existente no nosso futsal e que o favoritismo não entra em quadra, por isso venham connosco na parte 2 da análise à 1ª Divisão de futsal feminino nacional.

Dois históricos no meio da tabela

– Santa Luzia: Ao ritmo de Popo

Vamos até Viana do Castelo para falar do Santa Luzia, a época não tem sido como esperado, uma equipa que ambicionava estar nos primeiros lugares, mas que apesar de alguns problemas está a cimentar o seu lugar e esta base para a próxima época. Um conjunto que se reforçou bem no outro lado do atlântico apostando em vários talentos que fizeram esta equipa crescer e que se tê destacado muito na nossa liga. Uma equipa organizada e que como maiores destaques, Maria Pinto na baliza, Carol, Dinha e Angélia Alves, mas o maior destaque é Pholyana Popo, uma pivot internacional brasileira que chegou já com a época a decorrer, mas que foi a maior responsável pelo crescimento da equipa de Sérgio Vieira. Popo é claramente uma das melhores craques da liga, uma pivot que é de qualidade internacional.

– FC Vermoim: Histórico seguro no meio

De Vila Nova de Famalicão surgem as atuais sétimas classificadas, uma equipa histórica e que depois de um mau começo de temporada, tem estado muito bem sendo mesmo uma das equipas mais difíceis de ultrapassar na liga. Alguma irregularidade, mas uma qualidade, raça e uma entrega incríveis que fazem com que esta equipa possa vencer qualquer jogo independente do adversário. Nos destaques individuais, Ana Azevedo é quem mais salta à vista, uma das figuras da seleção e do nosso futsal volta a estar muito bem, mas é necessário falar ainda de Eliana Ferreira e ainda mais de Márcia Ferreira uma das afirmações da temporada, a ala de 22 anos tem sido uma das jogadoras mais regulares e com melhor rendimento desta época.

O trio acima da linha vermelha

– Futsal Feijó: Surpresa e muito futuro

Uma das equipas que subiu, não tem sido uma temporada fácil, mas a equipa do Feijó tem sido uma das mais lutadoras da temporada, sendo uma das revelações mesmo caindo um pouco nos últimos jogos. O conjunto de Pedro Alves está perto de atingir o seu maior objetivo ao garantir a manutenção e perante uma equipa tão organizada, podemos estar a olhar para uma base de sucesso para o futuro. Nos destaques individuais, temos obviamente Nina como é conhecida Cláudia Pereira, Marta Sarroeiro uma das revelações da temporada e ainda Margarida Alves uma das melhores alas da temporada e que neste caso já não se coloca como revelação, mas sim como confirmação de uma jogadora muito talentosa. Atenção a este Feijó para o futuro.

– Quinta dos Lombos: Ataque de alto nível

De Carcavelos chega uma equipa que todos esperávamos mais, mas uma temporada repleta de lesões e alguns problemas leva a que este conjunto cheio de grandes talentos esteja a lutar pelos lugares na parte inferior da tabela. O Quinta dos Lombos começou muito bem a temporada, mas as lesões começaram e condicionaram toda a temporada, mesmo assim são a par do Águias de Santa Marta o quarto melhor ataque da liga. Ofensivamente muito fortes e defensivamente mais débeis, tem sido este um dos outros problemas deste conjunto da linha. Nos destaques individuais, Madalena Galhardo, jovem guardiã que encontrou o seu espaço e se tem afirmado mesmo com todos os problemas como uma das melhores guarda-redes da liga, Kika uma das melhores pivots e jogadoras nacionais, Beatriz Sanheiro a confirmar todo o potencial e obviamente Claudinha que é uma das melhores marcadoras da liga e claramente uma das estrelas maiores da nossa 1ª Divisão feminina.

– Arneiros: Bom começo antes das dificuldades

Uma das equipas que melhor começou a temporada, com 5 vitórias nos 8 primeiros jogos, a verdade é que depois o conjunto de Carlos Cruz quebrou e tudo complicou, levando apenas uma vitória nos últimos 10 jogos. Apesar dos problemas, surgem vários destaques individuais nesta equipa, com os maiores a serem as duas pivots, Catarina Germano e Catarina Constantino que reforçam o seu espaço como duas das boas pivots da nossa 1ª divisão feminina.

As quatro equipas da zona vermelha

– CDRC Tebosa: Sem facilidades

A equipa que subiu de divisão tem sido uma das que tem sentido mais problemas, não tem sido fácil, mas a verdade é que tem apresentado bom futsal, as limitações existem, mas a qualidade tem sobressaído. Nos destaques individuais do conjunto de Braga, temos Rita Sá que tem fechado a baliza com boas exibições e ainda Verónica Macedo, uma ala experiente que mostra a todos que o seu lugar era e é entre a elite com belos jogos semana após semana.

– Leões de Porto Salvo: Juventude e qualidade

Uma das equipas que se esperava mais, a verdade é que um conjunto dos mais jovens da 1ª Divisão feminina e está repleto de enormes talentos para o futuro do nosso futsal. A mudança no comando técnico de João Correia para Cláudio Cardoso trouxe um futsal mais de posse e a afirmação de ainda mais jogadoras. Nos destaques individuais, temos Adriana Afonso, Bárbara Gama e Marisa Amorim, três das maiores revelações da temporada, um trio de enormes talentos que são cada vez mais certezas do nosso futsal.

– CR Golpilheira: Época complicada

O conjunto da Batalha perdeu muita gente, principalmente a líder, no caso Teresa Jordão. A equipa de Filipa Bragança é um dos históricos do nosso futsal, mas as muitas mudanças abalaram a equipa e acabam por colocar este grupo numa posição delicada. Nos destaques individuais, temos Ema Toscano uma das craques da liga e depois Alexandra Nunes, uma ala de 21 anos que cimentou o seu lugar como uma das melhores alas da liga, vinha de uma ótima época e mesmo com os problemas desta temporada tem brilhado muito e conseguido essa afirmação como uma das melhores da 1ª divisão feminina.

– GD Chaves: Muitos problemas

A equipa de Chaves tem tido a época mais complicada, muitos problemas físicos, muitas complicações e apesar do bom futsal, o último lugar. As ausências e os problemas a cada jogo colocaram esta equipa nesta posição mais complicada. Falamos de uma equipa mais bem orientadas, Rute Carvalho é uma das melhores técnicas da liga e que nos destaques individuais ainda tem Nady Brito que mesmo com todos os problemas voltou a reforçar o seu estatuto de uma das melhores da liga.

Terminou assim o nosso ponto da situação no que ao nosso futsal feminino diz respeito, abordámos todas as equipas da 1ª divisão feminina, a muita qualidade existente e o porquê de cada jornada ser imperdível. Muita qualidade, excelentes craques e jogos apaixonantes na nossa 1ª Divisão feminina de altíssimo nível.

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José AndradeMarço 31, 20228min0

Sejam bem-vindos à nossa quarta e última parte em que falamos sobre alguns dos muitos talentos que estão a brilhar nos Estados Unidos da América. Venham connosco e fiquem a conhecer as últimas craques portuguesas que brilham no outro lado do Oceano Atlântico.

Beatriz Jordão – A sorridente poste

Passamos para Beatriz Jordão, uma poste natural de Pombal, que encanta pela capacidade física e pelo sorriso sempre presente no rosto. Beatriz Jordão começou pelo Basquete Clube de Pombal, depois o Núcleo do Desporto Amador de Pombal (NDAP), seguido do Centro de Alto Rendimento (CAR), o CPN e antes de deixar Portugal, o Quinta dos Lombos. Beatriz Jordão conta com uma vasta experiência nas seleções jovens, onde começou com apenas 12 anos na altura com uma convocatória para as sub15. Falamos de uma poste que impressiona pela altura, a capacidade física e claro, tudo o que acrescenta na luta das tabelas.

No Quinta dos Lombos, na época 2015-2016, temporada em que se estreou na elite do basquetebol nacional, atuou em 10 jogos conseguindo médias de 6.5 pontos, 4.0 ressaltos, 0.4 assistências, 0.8 desarmes de lançamento e 0.6 roubos de bola de média por jogo. Em 2016-2017 foi utilizada em 5 jogos, mas na temporada seguinte já se assumiu como uma peça muito importante, jogando em 26 jogos num total de 442 minutos. As médias nesta temporada de 2017-2018 foram de, 5.5 pontos, 4.9 ressaltos, 1.3 assistências, 0.7 desarmes de lançamento e 0.4 roubos de bola por jogo, esta que foi a sua última temporada antes de se mudar para a Florida, saiu como figura do Quinta dos Lombos ela que ao longo das épocas foi várias vezes a jovem jogadora da semana.

Antes de irmos aos dados nos Estados Unidos, temos que destacar que Beatriz Jordão fez parte da seleção de sub16 que venceu a medalha de prata da divisão B, mas a poste de Pombal entre as várias distinções tem a presença na melhor equipa nesse europeu de sub16, onde foi mesmo a melhor poste, fez parte da outra medalha de prata em sub16, mas no Europeu principal, tem ainda a presença na segunda equipa do Europeu sub20 de 2018 e os dois títulos conquistados no Quinta dos Lombos, a supertaça e a Taça da Federação.

Nos Estados Unidos da América, chegou à Florida e assumiu logo um papel de peça importante, começou logo no 5 inicial e com uma estreia de luxo onde anotou 17 pontos e 10 ressaltos, mas uma lesão em dezembro acabou por fazê-la perder a temporada inteira. Em 2019-2020 depois de ultrapassar os problemas físicos, jogou em 30 dos 32 jogos, sendo aposta no 5 inicial em 10 partidas, conseguindo nessa temporada médias de 2.9 pontos e 29 ressaltos por jogo.

O ano passado, naquela que foi a sua última época na Florida, foi aposta em 21 dos 23 jogos, conseguiu mesmo perdendo algum espaço médias de 2.7 pontos e 3.3 ressaltos por jogo sendo a segunda melhor da equipa na percentagem em lançamentos de campo e a terceira com melhor média de ressaltos nesta equipa. Esta temporada mudou-se para Iowa State onde voltou a assumir um papel importante, sendo que leva 26 jogos ao longo de 402 minutos e anota médias de 6.6 pontos, 4.1 ressaltos, 17 assistências, 31 desarmes de lançamento e 12 roubos de bola sendo a melhor da equipa nos desarmes de lançamento, a quinta com mais roubos de bola, a quinta com mais ressaltos e a quarta com melhor média de ressaltos, sendo ainda a segunda jogadora com melhor média em relação aos lançamentos de campo na equipa. Uma jogadora em crescendo, que melhorou muito no que diz respeito ao jogo de pés e principalmente em relação à agilidade, uma evolução que conjugada com a sua muita capacidade na luta das tabelas a torna numa poste cada vez melhor e mais completa. Uma poste muito talentosa que estará na elite do basquetebol internacional.

Tess Santos – Talento imenso

De seguida vamos falar de Tess Santos, uma extremo de 22 anos que já leva 5 anos nos “States”. Tess Santos passou pelo SL Benfica e pelo Algés, jogou e mostrou muito nas duas principais categorias do basquetebol feminino nacional. Tess Santos é internacional jovem por Portugal desde os sub16 onde esteve na conquista da medalha de prata em 2015 até às sub20. Indo aos números, na época de estreia em 2017-2018 em Presbyterian College a sua primeira equipa nos Estados Unidos da América, Tess Santos foi titular em 18 dos 28 jogos, foi eleita a caloira da semana em algumas ocasiões conseguindo ainda médias de 3.7 pontos, 3.2 ressaltos, 1.0 assistências e 0.9 roubos de bola por jogo. Na segunda temporada no estrangeiro, Tess Santos assumiu ainda mais protagonismo ao ser titular em 26 dos 30 jogos com média 28.1 minutos por jogo, conseguiu máximo de carreira em relação aos pontos, ressaltos e roubos de bola, com média de 4.4 pontos, 4.5 ressaltos e 1.1 assistências por jogo.

Na temporada seguinte, Tess manteve o seu estatuto de uma das peças mais importantes, passou para 28 jogos como titular em 30 jogados. Subiu ainda as suas médias para 4.5 pontos e 2.6 ressaltos, mais e melhor rendimento da portuguesa. Em relação à última temporada, foi titular nos 20 jogos em que foi aposta, conseguindo 29.5 minutos de média por jogo, uma subida também em relação ao tempo de jogo, conseguindo ainda subir as suas médias para 6.4 pontos e 2.7 ressaltos, continuava a evoluir como jogadora e a ter cada vez mais espaço e preponderância na equipa. Esta temporada, Tess Santos mudou-se para a Universidade de Denver, onde leva 30 jogos, num total já de 918 minutos, conseguindo assim um protagonismo ainda maior e tendo jogado menos de 25 minutos por apenas uma vez esta temporada.

A evolução de Tess Santos é ainda mais visível esta temporada, cresceu como defensora, leva para já 2.9 de média por jogo em relação aos ressaltos e assumiu ainda maior protagonismo na marcação de pontos, leva 7.4 de média por jogo. Tess Santos sempre impressionou pela sua capacidade atlética, melhorou no tiro exterior e está uma jogadora cada vez mais completa que vai com toda a certeza nos maiores palcos do basquetebol internacional, ela que já se despediu de Denver.

Mariana Silva Pereira – Craque que impressiona

Saltamos até Denver para falar de Mariana Silva Pereira, uma base portuguesa de 19 anos que se mudou esta época para os Estados Unidos da América. Passou pelo Estoril, pelo Carnide e na época passada no GDESSA. A base portuguesa tem vindo a subir de nível muito rápido, foi uma jogadora que se destacou muito ainda nem na adolescência estava, desde os primeiros passos de Mariana Silva Pereira no basquetebol que se fala em um diamante gigante do nosso basquetebol feminino. O ano passado, naquela que foi a sua primeira época ao mais alto nível, Mariana Silva Pereira foi aposta em 19 jogos, somou 175 minutos com médias de 1.7 pontos, 0.9 ressaltos, 0.6 assistências e 0.6 roubos de bola. O muito potencial de Mariana Silva Pereira valeu o salto para Denver, onde rumou à Metropolitan State University of Denver Athletics para representar às Roadrunners.

Nesta primeira experiência além-fronteiras, Mariana tem sido destaque em Denver, tem vindo a conquistar o seu espaço e já vai mostrando a sua qualidade de forma muito clara. A portuguesa sagrou-se recentemente campeã, Denver venceu a conferência RMAC, algo que não conseguiam desde 2005. Nesta época, Mariana Silva Pereira vai brilhando já muito, estamos perante mais uma promessa do nosso basquetebol que não precisou de muito para ganhar um lugar de destaque e estaremos a falar de uma atleta que vai estar no topo do basquetebol nacional, muita margem de progressão nesta jovem lisboeta.

Chegámos ao fim da nossa lista, ficaram aqui alguns dos grandes destaques portugueses nos States ficaram ainda jogadoras como a Leonor Ferreira, a Ana Carolina Jesus , a Cláudia Viana, a Ana Baptista, ou a Marta Rodrigues por falar, estaremos cá em breve para falar de cada uma delas e muito mais, mas espero que tenham gostado deste olhar para alguns dos enormes talentos que levam o basquetebol feminino nacional mais longe.

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José AndradeMarço 30, 20227min0

Neste novo texto, vamos abordar o campeonato nacional da 1ª Divisão feminina, falando um pouco do que ocorreu até agora numa Liga onde brilham algumas das melhores jogadoras do mundo e onde em todas as jornadas o bom futsal é a maior garantia. Neste texto a parte de cima da tabela, um olhar para as cinco primeira classificadas do campeonato nacional da 1º divisão feminina.

O trio da frente na busca pelo título

– SL Benfica: Procura por retomar a hegemonia

As tetracampeãs procuram revalidar o título, numa época marcada pela saída de grandes jogadoras como Fifó e Janice, onde o treinador mudou a meio da temporada quando Pedro Henriques deu lugar a Luís Estrela e ainda os dois empates e a derrota na final da Taça da Liga que ditaram o fim da hegemonia mais de 100 jogos. Falamos do melhor ataque e da melhor defesa, uma equipa que ainda não perdeu no campeonato e que já sofreu com lesões e ausências de jogadoras importantes como Ana Catarina ou Sara Ferreira.

Alguns problemas e um troféu perdido, mas continuam a ser a equipa favorita à conquista do campeonato. Nos destaques individuais além de Ana Catarina e Sara Ferreira duas das melhores do mundo, estão Inês Fernandes a capitã e líder deste grupo, Dricas que com a chegada de Kalê passou a ser mais aposta na ala e com isso voltou à veia goleadora do início de temporada, Angélica Alves que se assumiu desde o começo da época como uma das jogadoras nucleares da equipa e ainda Catarina Lopes, a jovem ala que é uma das revelações da época e que tem tido um papel cada vez mais importante nas águias. Uma super equipa que vai em busca de regressar aos títulos.

– GCR Nun’Álvares: Fafenses de luxo

Vamos até Fafe para falar da equipa que já fez história esta temporada, isto porque o conjunto de Pedro Nobre não só conquistou o seu primeiro troféu da história, como o fez ao derrotar pela primeira vez na sua história o SL Benfica colocando assim fim à serie de conquistas das encarnadas quando venceu a Taça da Liga. As fafenses apostaram muito forte esta temporada, um dos projetos mais coesos e em crescendo do nosso futsal deu um passo em frente na luta pelo título e para já conseguiram arrecadar um troféu e seguem na perseguição ao Benfica no campeonato. Segundo melhor ataque, segunda melhor e um plantel de qualidade mundial. Pedro Nobre havia sido o último treinador a derrotar o Benfica em 2017-2018 quando orientava o Sporting CP e 4 temporadas depois conseguiu novo feito com o triunfo na final da Taça da Liga. O Nun’Álvares tem sido uma das equipas a apresentar melhor futsal, muita qualidade num plantel que é a base da seleção nacional.

O difícil é escolher os destaques individuais quando este conjunto conta com Maria Odete, Pisko, Ana Pires, Cátia Morgado, Taninha, Carla Vanessa ou Liana Alves, mas nesta temporada temos obviamente de destacar Cátia Morgado que já foi a melhor na Taça da Liga e tem sido uma das melhores do campeonato. Mencionar ainda Isabel Oliveira, uma ala de 19 anos que tem sido aposta e que se vai afirmando cada vez mais numa equipa de estrelas.

– Sporting CP: Leoas em crescendo

As leoas vinham de uma época complicada, por isso mesmo muitas mudanças, a menos destacada e mais importante é a chegada de Teresa Jordão como coordenadora, aliada à entrada da nova equipa técnica liderada por Márcio Marcelino que regressou a alvalade com a missão de levar o Sporting para o caminho da glória. Sporting manteve uma base com algum tempo de casa com Débora Venâncio a liderar, acrescentando jogadoras que já conheciam a casa e que são das melhores da Liga, casos de Débora Lavrador e Débora Queiroz, além de Inês Pombo uma jogadora que havia trabalhado com Márcio Marcelino. Ainda nas entradas o destaque como revelação vai para Margarida Silva, a jovem ribatejana regressou ao Sporting depois de uma passagem pelo Entroncamento e pelo Frielas, dando assim um salto das divisões inferiores, ela que tem confirmado a muita qualidade que vinha a demonstrar.

Falamos de uma equipa muito jovem, que se tem afirmado como um conjunto muito seguro e capaz de ombrear com os dois rivais que continuam a ser os maiores favoritos aos títulos. Nesta época, um dos pontos de realce é a afirmação de Carolina Pedreira, uma das maiores promessas do futsal europeu de 19 anos, tem sido uma das estrelas deste Sporting, já chegou à seleção e já é uma certeza no nosso futsal. Uma equipa forte, segura, coesa, que faz da força do grupo um dos pontos fortes e que tem ainda como destaque, Ana Alves uma das melhores pivots nacionais e Inês Lima uma ala que volta a ser uma das peças em maior evidência.

O duo em guerra pelo 4º lugar

– Novasemente: Afirmação do futsal de qualidade

A equipa de Miguel Oliveira, não começou bem a temporada, ainda com David Lopes como técnico o conjunto de Espinho iniciou a época com 3 derrotas nos 5 primeiros jogos, a mudança de chip aconteceu quando Miguel Oliveira assumiu a equipa. Um dos conjuntos históricos do nosso futsal, que depois do início de época se tem assumido como uma das melhores equipas nesta temporada, sendo um dos conjuntos que melhor joga no nosso futsal. Miguel Oliveira assume-se como uma das revelações da temporada, o jovem treinador já se cimentou, estamos claramente a falar de um dos melhores treinadores do futsal nacional com um futsal de posse e de muita qualidade. Uma equipa que cria dificuldades aos primeiros e que pode surpreender já nesta temporada, sendo que são claramente uma equipa para lutar por títulos no presente e no futuro.

Nos destaques individuais, Carolina Rocha que recentemente se estreou na seleção nacional, é o mais evidente, mas temos ainda de falar da guardiã Vanessa Carvalho que se volta a afirmar como uma das melhores guarda-redes da nossa Liga e ainda Marta Teixeira que se tem afirmado no nosso futsal.

– Águias de Santa Marta: A revelação da época

As penafidelenses são a equipa revelação da temporada, o conjunto de Emanuel Moreira além da qualidade de jogo tem sido uma das equipas em maior evidência, sendo mesmo o quarto melhor ataque. Partiam para a temporada como equipa que ia lutar para não descer e na verdade estão na luta pelos primeiros lugares, a jogar bem e a mostrar que este projeto veio para ficar no nosso futsal. Nos destaques individuais temos Olga David que é um elemento nuclear fruto da sua experiência e liderança, mas o maior destaque é Andreia Gonçalves, a segunda melhor marcadora do campeonato, falamos de uma pivot de 22 anos que se afirmou em definitivo na nossa liga como uma das melhores jogadoras, está a bater à porta da seleção e é claramente a revelação e uma das estrelas desta temporada.

Ficou aqui a primeira análise à 1ª Divisão feminina, falámos das 5 primeiras classificadas em uma liga que está ao rubro, onde o equilíbrio reina e onde a qualidade é muita. Algumas das melhores jogadoras do mundo, treinadores incríveis e excelente futsal semana após semana, tudo ingredientes para que não se possa perder nenhum jogo do nosso campeonato nacional da 1ª divisão feminina.

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José AndradeMarço 25, 20227min0

Estamos de regresso para a nossa terceira parte em que vos apresentamos algumas das mais talentosas jogadoras portuguesas que brilham nos Estados Unidos da América, por isso mesmo venham daí para ficarem a conhecer um pouco melhor quem leva o basquetebol português além-fronteiras.

Sara Barata – A talentosa Seixalense

Sara Barata, uma base nascida no Seixal, que começou a jogar a dar muito nas vistas no Seixal 1925 e que depois brilhou no Quinta dos Lombos. A base que tem passagem pelas seleções jovens portuguesas, conquistou uma Taça de Portugal enquanto esteve no Quinta dos Lombos, uma jogadora que desde a formação que demonstra que tem um enorme futuro pela frente. Falando de números, Sara Barata conseguiu em 2017-2018, a sua época de estreia ao mais alto nível, 2.9 pontos, 1.3 ressaltos, 0.9 assistências e 0.3 roubos de bola de média por jogo em 10 partidas pela equipa principal do Quinta dos Lombos.

Na época seguinte assumiu um papel muito mais importante, numa equipa que contava com Márcia da Costa Robalo, Mariana Carvalho ou entre outras com Carolina Cruz, a jovem base conseguiu médias de 5.1 pontos, 2.3 ressaltos, 1.3 assistências e 0.9 roubos de bola por jogo sendo mesmo a 7ª jogadora mais utilizada da época em Carcavelos. Já em 2019-2020, a última época no Quinta dos Lombos, Sara Barata anotou, 5.9 pontos, 2.8 ressaltos, 0.9 assistências e 0.6 roubos de bola de média por jogo em 19 partidas, sendo a quarta jogadora mais utilizada no Quinta dos Lombos, a quinta melhor da equipa em termos pontuais sendo ainda a quarta melhor em relação à percentagem de acertos de lançamentos de campo.

As ótimas prestações no Quinta dos Lombos e nas seleções, levaram a que a portuguesa emigrasse para Florida onde esteve nestas duas últimas temporadas a representar as South Florida Bulls. O ano passado jogou 9 jogos num total de 49 minutos, registando 1.1 de pontos, 0.9 ressaltos e 0.2 de assistências de média por jogo. Nesta temporada, já bem diferente, já assumiu a titularidade em alguns jogos, já leva até esta altura 155 minutos distribuídos por 25 jogos somando 1.2 pontos, 0.8 ressaltos mais 9 assistências e 5 roubos de bola. Sara Barata está em crescendo, depois de algumas dificuldades tem vindo a ganhar o seu espaço, é apenas o segundo ano na equipa, vai continuar a evoluir e estaremos em breve a falar de uma peça bem mais importante neste conjunto da Florida pois Sara Barata é uma base muito talentosa e com uma margem de progressão muito grande.

Ana Teresa Faustino – Qualidade absurda

Em seguida, vamos falar de Ana Teresa Faustino, mais uma jogadora com passado no GDESSA, no caso de Teresa Faustino foram 14 anos ligada ao clube do Barreiro, sendo o único que representou em Portugal antes de rumar até aos Estados Unidos da América. Ana Teresa Faustino é uma base de 20 anos com um potencial enorme.

A Barreirense é internacional jovem por Portugal desde os sub16 até às sub20 e leva já duas temporadas a jogar do outro lado do Atlântico. Começou muito cedo a dar nas vistas, foi aposta na equipa principal do GDESSA muito jovem, foi colega das portuguesas com passado no Barreiro que mencionei anteriormente, mas falando dos números de Ana Teresa Faustino nos tempos do GDESSA, a jovem base em 2017-2018 foi lançada em 18 jogos conseguindo uma média já reveladora de 2.6 pontos por jogo. Jogou ainda EuroCup nessa mesma época conseguindo em 4 jogos que foi utilizada, 6.0 pontos, 2.3 ressaltos, 2.3 assistências e 0.5 roubos de bola de média por jogo.

O crescimento era assinalável mesmo numa equipa com algumas das estrelas do basquetebol feminino como Joana Bernardeco, Maianca Umabano ou Isabela Macedo, mesmo assim Ana Teresa Faustino foi utilizada em 16 jogos na temporada de 2018-2019 com 2.1 pontos de média por jogo. Já em 2019-2020, a última antes da mudança para os Estados Unidos da América, Ana Teresa Faustino aumentou o seu estatuto no GDESSA assumindo ainda mais protagonismo na equipa. A jovem base foi mesmo a jogadora mais utilizada, assumiu-se como a quarta melhor ressaltadora no conjunto do Barreiro com 3.2 de média por jogo, foi a segunda melhor em relação a roubos de bola com 1.5 de média e ainda a terceira melhor em relação à média de assistências e de pontos.

Ana Teresa Faustino assumia-se como uma das jovens estrelas do basquetebol feminino nacional, saiu de Portugal como internacional jovem que continua a ser, fazendo o seu percurso das sub16 até às sub20, melhor jovem da semana por mais que uma vez, ainda fez parte da equipa da semana por também diversas ocasiões e por isso mesmo perante tanta qualidade a oportunidade de perseguir o grande sonho chegou. A portuguesa mudou-se para Oregon, foi representar uma universidade de elite e com grandes ambições.

Em Oregon, as coisas não correram como queríamos, a base portuguesa acabou por sair a meio da época jogando apenas 5 jogos. Aqui colocou-se o primeiro grande desafio da carreira da jovem portuguesa, que perante esta situação, trabalhou muito, foram meses onde não parou, a base Barreirense foi incansável, muito trabalho que foi compensado com a aventura desta temporada. Isto porque nesta época, Ana Teresa Faustino mudou-se para Western Kentucky University onde tem conseguido mostrar o seu muito talento.

Para já a portuguesa jogou em 28 jogos, soma 352 minutos, ela que começou como titular, perdeu algum espaço, mas que tem vindo novamente a recuperar, assumindo de novo o papel de uma das figuras mais da equipa. Ainda nesta temporada, a base portuguesa tem médias de 3.3 pontos, 1.6 ressaltos, 0.8 assistências e 1.1 roubos de bola por jogo, mostrando assim mais do seu potencial, ganhando cada vez mais espaço e vai assumir o papel de uma das imprescindíveis nos próximos tempos. Ana Teresa Faustino além da muita qualidade, mostrou que tem uma capacidade de trabalho e superação como poucos.

Andressa Nascimento – Algarvia à conquista do mundo

Descemos até ao algarve para falar de Andressa Nascimento, uma extremo natural de Portimão que aos 23 anos brilha nos Estados Unidos da América. A extremo fez formação no Portimonense SC, foi um dos destaques da formação da equipa de Portimão ao lado de jogadoras como a Sofia Queiroz, depois esteve no ACD Ferragudo e em 2017-2018 teve a sua primeira aventura fora do nosso país quando se mudou para NABA Academy and Killester na Irlanda. Em 2018 e depois de brilhar na Irlanda mudou-se para os Estados Unidos da América, foi representar a Murray State College onde obteve médias de 5.5 pontos e 3.9 ressaltos no seu ano de estreia onde foi aposta em 22 jogos. Em 2019-2020, no seu segundo ano conseguiu ser aposta em 33 jogos, sendo titular em 15 deles e aqui com um pequeno detalhe, a ser aposta como base, segunda base no caso e conseguindo 6.1 pontos e 1.1 assistências de média por jogo.

O ano passado foi ainda mais preponderante, assumiu o papel de estrela e jogou em 27 jogos, 25 deles como titular, liderou a equipa em roubos de bola e conseguiu médias de 5.6 pontos e 5.3 ressaltos. Foram 3 anos de muita entrega, muito trabalho e muita qualidade espalhada que valeram à algarvia a mudança para a Keiser University nesta temporada. Crescimento de uma jogadora muito comprometida, não tão conhecida, mas que sempre se evidenciou, desde o seu início no basquetebol algarvio. Esta temporada tem se assumido mais como extremo novamente e sempre com um papel determinante na equipa, principalmente no aspeto defensivo.

Até esta altura, Andressa Nascimento leva médias de 6.9 pontos, 4.7 ressaltos e em 30 jogos foi titular em 18 deles. Talento que se destaca pelo empenho e por uma capacidade física enorme que vai levar a portuguesa a um patamar muito elevado com toda a certeza.

Terceira parte com mais três nomes que devemos guardar e que nos vão dar muitas alegrias no futuro. Não percam a quarta e última parte dos enormes talentos que brilham nos Estados Unidos da América.

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José AndradeMarço 24, 20229min0

Neste texto vamos lançar a Taça da Federação que regressa depois do interregno de uma temporada, recordando jogadoras, equipas vencedoras e históricas que marcaram esta competição que se vai jogar entre os dias 25 e 27 entre Vagos e Esgueira, por isso venham connosco nesta viagem pela competição.

Com o final da fase regular, surge a segunda altura de decisões no nosso basquetebol, pouco depois da Taça de Portugal ter sido conquistada pelo SL Benfica, chegou a altura de saber quem sucede ao Olivais FC na Taça da Federação, troféu que começou a ser disputado em 2009-2010.

– Quinta dos Lombos: Será desta que o penta chega?

Vamos até Carcavelos para falar da única equipa que já conquistou a Taça da Federação por 4 ocasiões. A primeira conquista foi na segunda edição deste troféu em 2010-2011, numa equipa que já tinha o professor José Leite como timoneiro, algo que não mudou até aos dias de hoje e onde brilhavam atletas como Paula Muxiri, Dora Duarte, Inês Aragão e Felicite Mendes, quatro nomes muito grandes do nosso basquetebol. A segunda conquista surge em 2013-2014 interrompeu a senda do CAB Madeira e era uma equipa composta por algumas das maiores de sempre, falo de Mery Andrade, Filipa Bernardeco, Sónia Reis, Inês Viana, Maria Koustorkova ou ainda Márcia da Costa Robalo, uma equipa que ficou para a história e que nessa mesma temporada ainda conquistou o campeonato.

A terceira conquista foi em 2016-2017, numa equipa com nomes que atualmente brilham na Liga Betclic ou no estrangeiro, casos de Marcy Gonçalves, Josephine Filipe, Artémis Afonso, Vania Sengo, Carolina Rodrigues, Carolina Escórcio, Vania Sengo ou Beatriz Jordão, Cláudia Viana e Chanaya Pinto que brilham nos Estados Unidos. No ano seguinte aquela que foi a última conquista do Quinta dos Lombos e que colocou a equipa como a maior vencedora deste troféu.

Nesta conquista estavam presentes as já mencionadas e ainda algumas jogadoras como Mariana Carvalho, Sara Barata, Helga Gonçalves, Nazaré Lopes e Kankou Coulibaly. Nesta temporada, José Leite procura a sua quinta Taça da Federação numa equipa onde Letícia Rodrigues e Ndioma Kane são as grandes figuras seguindo as estrelas que falámos que foram passando e brilhando nas posições interiores do Quinta dos Lombos, com Mariana Carvalho em busca do seu segundo troféu ela que é uma das armas que pode fazer a diferença para uma possível conquista.

– CAB Madeira: a busca pelo tetra

As madeirenses são a equipa com mais conquistas a seguir ao Quita dos Lombos ao ter vencido esta competição por 3 vezes, venceram a primeira edição da Taça da Federação, com uma equipa composta por grandes jogadoras como Marcy Gonçalves, Marta Bravo, Candice Champion, Kaitlin Sowinski ou Catarina Freitas, uma equipa de estrelas orientadas por João Paulo Silva que atualmente orienta a equipa masculina.

A segunda conquista surge 3 temporadas depois, na época 2012-2013 o CAB voltou a vencer, mais uma equipa de enormes talentos tais como Catarina Freitas ou Carolina Escórcio que se mantinham da primeira conquista, ainda Fátima Silva a atual treinadora do CAB Madeira, mas entre outras craques que compunham esta equipa estavam, Jheri Booker, Carmen Reynolds, Maria Correia e Marta Bravo que também elas revalidavam assim a conquista da primeira edição num conjunto orientado por Paulo Freitas o atual timoneiro do Francisco Franco.

A última conquista do CAB Madeira acontece dois anos depois, na temporada de 2014-2015 com João Pedro Vieira como treinador e numa equipa onde a base se mantinha com Marta Bravo, Carolina Escórcio e onde brilhavam jogadoras como Ashley Bruner, Joana Lopes, Carla Freitas ou ainda Lavínia Silva, esta última que conseguia a sua segunda conquista. Equipas históricas, jogadoras consagradas e que marcaram o nosso basquetebol num CAB Madeira que neste fim de semana vai buscar o regresso aos troféus numa equipa onde Carolina Bernardeco se assume como a herdeira destas estrelas históricas e como a principal arma para uma possível conquista na edição da Taça da Federação que vamos ter em Vagos e Esgueira.

– GDESSA: Em busca da segunda conquista

Vamos até ao Barreiro para falar do GDESSA, uma das 4 equipas que já venceu este troféu por uma ocasião. A conquista ocorreu em 2015-2016, com Nuno Manaia atual diretor técnico nacional como timoneiro e com três das maiores figuras a serem as mesmas de atualmente, falo de Maiana Umabano, Leonor Serralheiro e Márcia da Costa Robalo que voltava aqui a vencer a Taça da Federação. Além destes nomes consagrados, estavam jogadoras como Joana Bernardeco que também ela vencia a sua segunda Taça, Luana Serranho e Eliana Cabral que brilham lá fora e ainda Kamilah Jackson uma das melhores estrangeiras que passou pela nossa liga nos últimos anos.

O GDESSA, procura a sua segunda conquista com a mesma base de sucesso, com o acréscimo de Letícia Josefino, Tanita Allen ou Sofia Ramalho, uma equipa que esteve na final da Taça de Portugal e que vai tentar aqui reconquistar esta Taça da Federação mostrando aquilo que tem mostrado nesta temporada, que são uma das equipas mais fortes do nosso basquetebol.

– União Sportiva: A Procura pelo Bi

As açorianas foram as penúltimas vencedoras da Taça da Federação, em 2018-2019 conseguiram a sua primeira e única conquista com Ricardo Botelho a ser o técnico tal como acontece atualmente. Como sempre nos habituaram até aos dias de hoje, as açorianas tinham uma equipa muito forte onde brilhavam jogadoras como Joana Soeiro, Raphaella Monteiro, Catarina Mateus, Anna Seilund, Josephine Filipe e Kankou Coulibaly que voltaram aqui a conquistar este troféu e ainda um nome muito grande como Sara Djassi.

Nesta temporada, uma equipa muito forte, onde brilham Nausia Woolfolk, Joana Alves ou Simone Costa e onde a estrela maior e líder é Raquel Laneiro que assume o estrelato nesta equipa que é uma das favoritas a vencer neste fim de semana esta edição da Taça da Federação.

– Olivais FC e Boa Viagem

Duas equipas que não marcam presença nesta edição, mas que nos deram duas equipas históricas e repletas de grandes jogadoras. O Boa Viagem venceu em 2011-2012, na segunda edição da Taça da Federação, numa equipa onde brilhavam Lavínia da Silva, Solange Neves, Corin Adams ou ainda Célia Simões, jogadoras que marcaram muito o nosso basquetebol. No caso do Olivais FC, a conquista surgiu em 2019-2020, a equipa vinha de vencer o campeonato e que era comandada por Eugênio Rodrigues, nela brilhavam Marcy Gonçalves, Artémis Afonso ou Carolina Rodrigues que já haviam conquistado esta competição, além de jovens como Alice Martins, Mariana Mendes ou Raquel Alves, um conjunto que nos deu um basquetebol espetacular e algumas das atuais figuras da Liga Betclic Feminina.

Teremos um vencedor novo?

– SL Benfica: Intenção de aumentar o domínio

O Benfica vem de vencer os últimos quatro troféus nacionais e busca aqui a sua primeira Taça da Federação com elementos que já conseguiram levantar esta Taça, casos de Eugênio Rodrigues, Raphaella Monteiro, Joana Soeiro ou Carolina Rodrigues. O Benfica surge como a equipa favorita, algo que é inevitável pelas conquistas e por ainda não terem conhecido o sabor da derrota nesta temporada, uma equipa que além dos nomes já citados tem em Mariana Silva e Candella Gentinetta duas das armas que podem voltar a fazer a diferença para a conquista de uma taça.

– AD Vagos: Fazer história em casa

No caso do Vagos, a procura é pela primeira Taça da Federação com um plantel onde ninguém venceu este troféu, mas onde a experiência e a muita qualidade podem ser os fatores diferenciais para uma conquista aliado ao facto de jogarem em casa. Martha Burse, Manuela Rios e Susana Carvalheira serão certamente jogadoras em destaque nesta Taça da Federação e podem assumir mesmo um peso maior para uma possível conquista.

– Esgueira: Busca de aumentar a surpresa

As aveirenses jogam em casa, a final vai mesmo ser no seu pavilhão e são mais uma equipa que busca a primeira Taça da Federação. Uma equipa onde todos procuram a sua primeira conquista desta Taça da Federação e que foram a sensação da fase regular da Liga Betclic, a muita qualidade técnica neste conjunto pode ser o principal ponto a favor do Esgueira. Gabriela Raimundo, Inês Ramos e Ana Raimundo vão ser com toda a certeza figuras dos jogos deste fim de semana, podendo mesmo sendo as estrelas do que poderá ser a primeira conquista desta competição numa equipa onde a arma mais ou menos secreta, poderá vir a ser André Janicas e alguma carta na manga que surpreenda neste fim de semana em Esgueira.

– Vitória SC: Deixar em definitivo o mau bocado para trás

De Guimarães surge uma equipa que adora competições assim, que se decidem em poucos dias. As comandadas de Pedro Dias vão à procura da primeira conquista da Taça da Federação, apenas Catarina Mateus já levantou este troféu. Uma equipa em crescendo na temporada, que tem aqui um teste para esta nova fase da temporada e para esse crescimento. Talvez a época mais complicada afaste alguma atenção e favoritismo, por isso mesmo poderá ser a equipa a surpreender em Aveiro. Filipa Barros e Mariana Teixeira podem vir a ser duas das melhores jogadoras da Taça da Federação desta temporada, com toda a certeza que será uma das equipas que vai animar mais esta competição em Esgueira.

Ficou aqui lançada a Taça da Federação, recordando alguns dos maiores nomes do nosso basquetebol, mas de dia 25 ao dia 27 todos os caminhos vão dar a Vagos e Esgueira para sabermos quem será que vai levantar a Taça da Federação desta temporada.

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José AndradeMarço 24, 202215min0

Neste novo texto vamos falar sobre o que aconteceu na recém-terminada fase regular desta temporada na Liga Betclic Feminina com um olhar para as equipas, o respetivo rendimento e um balanço do que tivemos até agora, mas venham connosco para esta balanço.

Já ficámos a conhecer os duelos dos Playoffs e Playout da Liga Betclic Feminina.

Guifões SC – Base de muito futuro

Começamos por falar do Guifões, a equipa que já sabe que vai descer, mas apesar de uma temporada complicada ficam vários pontos que merecem atenção. A equipa começou a temporada de uma forma complicada, muitas situações que não ajudaram a que as coisas corressem bem, mas as mudanças principalmente quando Isabel Leite regressou, ajudaram a que o caminho fosse iluminado e tudo começasse a fluir. Não foi uma temporada fácil, mas ficou a base de jovens talentos que tem tudo para devolver o Guifões à elite do nosso basquetebol num curto espaço de tempo.

Olhando para as estatísticas vemos que mesmo com tudo, o Guifões conseguiu uma melhor percentagem da linha de 3 pontos melhor que o Esgueira e perto do Quinta dos Lombos, na linha de lances livres a percentagem concretizada foi melhor do que o Esgueira e que o Quinta dos Lombos, depois é claro que vemos as dificuldades sentidas na luta das tabelas, mas não deixa de ser curioso ver que a equipa sofreu mais faltas que o Quinta dos Lombos e que o GDESSA. Apesar das dificuldades e da descida de divisão ficou o afirmar de um excelente treinador, Gustavo Mota e um grupo de jovens atletas com muito potencial como Carolina Ferreira, Joana Valdoleiros, Mafalda Salazar que se juntam a Ana Almeida, Benedita Brandão ou Filipa Teixeira como as mais experientes.

Olivais FC – ótimo basquetebol

De seguida vamos até Coimbra, para falar do Olivais. A equipa de Fernando Brás vai discutir o playout com o Francisco Franco, mas foi uma equipa que se destacou pelo basquetebol praticado, muita qualidade, sempre bons jogos e as dificuldades acabaram por se prender sempre na questão do jogo interior, a verdade é que alguns dos maiores destaques da Liga Betclic Feminina são do Olivais com destaque para Eva Carregosa, mas a verdade é que além da qualidade dos jogos ficou uma base portuguesa ainda mais forte.

O Olivais foi a nona equipa com mais pontos marcados, foram a sexta melhor equipa no que diz respeito ao acerto no tiro exterior, a sétima em relação aos ressaltos ofensivos, a sétima com mais assistências, a sexta com mais roubos de bola e a sexta equipa que mais sofreu faltas na Liga Betclic Feminina, isto aliado à qualidade revela bem quão bem esteve esta equipa onde realmente o problema foi o início de temporada e a luta das tabelas do lado defensivo. Leonor Santos, Sofia Pinheiro, Raquel Alves, Joana Amaro, Mafalda Pompeu, Eva Carregosa, Mariana Garrido, Larisa Djai, Darya Yakovleva ou Mariana Mendes são alguns dos muitos nomes nacionais muito talentosos que vão garantir uma base nacional muito forte para o futuro.

CDE Francisco Franco – Uma das surpresas da Liga

As madeirenses subiram à Liga Betclic Feminina, muitas expetativas para ver o que conseguiam e a verdade é que com uma base jovem e escolhas acertadas nas estrangeiras colocaram a equipa de Paulo Freitas como uma das revelações desta temporada. O Francisco Franco foi a sétima equipa com maior percentagem no que aos lançamentos de campo diz respeito. No tiro exterior foram o oitavo melhor conjunto, o quinto melhor no que se refere à linha de lances livres, a sexta com mais ressaltos ofensivos e ainda destacar que foram a quarta equipa com mais desarmes de lançamento.

Estes fatores revelam bem o que foi esta equipa madeirense que vai discutir com o Olivais o playout, uma equipa muito forte na defesa, que tinha na zona interior um dos fatores diferenciais através de jogadoras que aliavam a estatura e a qualidade de lançamento. Katherine Anderson, Dayna Rouse e Bianca Silva foram destaques, mas Chana Paxixe afirmou-se na nossa Liga e a base nacional com Cristina Freitas, Ana Teixeira ou Diana Baptista, todas com menos de 18 anos revelou-se pronta para liderar a curto espaço de tempo este conjunto da Madeira.

Galitos – Playoff ficou muito perto

Vamos até Aveiro para falar do Galitos, as aveirenses ficaram até ao último suspiro da fase regular da Liga Betclic Feminina com chances de ir aos playoffs, a verdade é que mesmo não indo a época foi boa. As galináceas também mostraram uma base jovem de valor para o futuro que Jorge Dias foi apostando o potenciando para o futuro da equipa e do nosso basquetebol. A equipa apostou muito bem nas estrangeiras com Maritze Rodriguez, Caroline França e Jeanne Morais a serem exemplo disso e depois claro, Barbara Souza uma das figuras maiores da Liga Betclic Feminina, Ana Ramos que ainda se afirmou mais na nossa Liga e claro, Daniela Domingues um dos nomes grandes do nosso basquetebol que voltou a liderar e ser uma peça preponderante tanto pelo que jogou como pelo peso da sua liderança.

Nos destaques estatísticos ficou o facto de serem a sexta melhor equipa no que à percentagem da linha de três pontos diz respeito, a melhor equipa na linha de lances livres e a quinta com mais ressaltos defensivos, números que revelam uma equipa sólida. Na base nacional de futuro destaque para Ana Urbano, Maria Neto ou Margarida Abrantes nomes para o médio e longo prazo do nosso basquetebol.

Vitória SC – Objetivo mínimo atingido

Agora vamos até Guimarães para falar do Vitória SC, uma equipa que sofreu muitas mudanças para esta temporada, mas que depois da excelente época passada e das dificuldades criadas ao SL Benfica na Supertaça criou muitas expetativas para o que estava para a vir, a verdade é que foi uma temporada complicada, mas que no fim da fase regular o objetivo mínimo e mais importante foi atingido, a equipa conseguiu um lugar nos playoffs. Olhando para esta equipa, o crescimento foi notório ao longo das últimas semanas e a qualidade de jogo subiu muito através do trabalho que a equipa liderada por Pedro Dias foi realizando.

As oscilações nas jogadoras estrangeiras causaram a época mais irregular, mas a verdade é que foram a sexta equipa com mais pontos marcados, a segunda melhor equipa no que ao tiro exterior diz respeito e ainda a terceira com mais desarmes de lançamento, uma equipa que sempre mostrou muito ofensivamente e que demorou mais para render na defesa e isso custou muitos pontos. Sara Ressurreição e Filipa Barros foram os maiores destaques individuais desta equipa.

CR Quinta dos Lombos – Futuro garantido

No que diz respeito às sétimas classificadas da Liga Betclic Feminina, o Quinta dos Lombos acabou por mostrar novamente muita força numa zona onde é sempre forte, falo claro da zona interior, a batalha das tabelas e a muita qualidade das jogadoras interiores é sempre uma imagem de marca da equipa de José Leite. Uma temporada um pouco mais complicada em comparação com a anterior, mas onde o objetivo principal foi atingido. A equipa da linha foi a quinta melhor no que à eficácia em lançamentos de campo diz respeito, foram ainda a segunda equipa com mais ressaltos ofensivos e a terceira com mais ressaltos defensivos da nossa Liga Betclic revelando aquilo que já referimos, a força e a superioridade no que ao jogo interior diz respeito.

Letícia Rodrigues e Ndioma Kane foram as figuras maiores, foram mesmo duas das estrelas em maior destaque na fase regular da Liga Betclic. No Quinta dos Lombos obviamente que temos de destacar a juventude, claro que encabeçada por Mariana Carvalho, já uma referência e figura da Liga Betclic, mas Marta Roseiro, Filipa Cruz e Carolina Furtado afirmaram-se não só como algumas das mais talentosas jovens de futuro do nosso basquetebol como figuras já do presente e que ainda mais alegrias vão dar aos adeptos da Quinta dos Lombos.

CAB Madeira – Irregularidade, mas muita qualidade

Viajamos até à Madeira para falar do CAB, a equipa orientada por Fátima Silva nem sempre mostrou a regularidade que pretendiam, a própria treinadora falou sobre a questão das estrangeiras e o facto de nem sempre terem correspondido, a verdade é que falamos de uma equipa que jogou bem, um small ball agressivo e com muitas ideias no ataque. No que diz respeito ao jogo interior, foi sempre um dos problemas, mas ai sobressaiu Alice Martins que cresceu muito nesta temporada e se afirmou com uma das melhores interiores da nossa Liga. O CAB foi a quarta melhor equipa no que à percentagem de acerto no tiro exterior diz respeito, destacando-se ainda como o segundo melhor conjunto na linha de lances livres, a terceira com mais assistências e a quarta com mais roubos de bola que resultam da agressividade e pressão elevada.

Uma equipa que depois de uma época atribulada conseguiu chegar aos playoffs a jogar bem e com um conjunto de jogadoras que tem tudo para brilhar nesta fase da época. O destaque maior das madeirenses é claro e óbvio, Carolina Bernardeco uma das craques maiores da Liga Betclic Feminina, mas com destaque ainda para Isabel Berenguer, uma base de 18 anos que se afirmou nesta temporada, capaz de criar e uma “carraça” defensiva que a torna uma das melhores bases defensivas da nossa liga.

Esgueira – A revelação maior da temporada

Vamos novamente a Aveiro para falar do Esgueira, a outra equipa que havia subido e que se revelou a maior revelação da temporada. Uma equipa jovem e muito bem trabalhada por André Janicas, assente na agressividade e pressão alta. O Esgueira revelou-se uma das equipas mais batalhadoras, mesmo sem jogadoras de estatura elevada, afirmaram-se a jogar muito bem e um com um jogo muito veloz que nos proporcionava sempre jogos espetaculares. As aveirenses foram a segunda melhor equipa no acerto dos lançamentos de campo, foram a quinta equipa com mais ressaltos ofensivos e o destaque maior deste conjunto foi obviamente os roubos de bola onde foram a equipa que mais bolas roubou na Liga Betclic Feminina.

Uma equipa liderada por Ana e Gabriela Raimundo que demonstram semana após semana o facto de serem duas das melhores jogadoras portuguesas, ainda destaque óbvio para Inês Ramos que é cada vez mais uma certeza do nosso basquetebol e para Daniela Jesus, uma peça muito importante pelo que acrescenta pela sua qualidade e a muita entrega.

GDESSA – À lei da bomba e da qualidade

Descemos até ao Barreiro para falar de uma das equipas mais regulares e que melhor jogou nesta fase regular da Liga Betclic Feminina. Uma base sólida e com qualidade internacional composta por Márcia da Costa Robalo, Leonor Serralheiro e Maianca Umabano, uma equipa histórica e que nos habitou a excelentes épocas ao longo dos anos tal como nesta temporada. Este conjunto manteve a sua força no que ao jogo interior diz respeito e assumiu ainda mais o tiro exterior como arma preferencial para o sucesso da temporada. Equipa agressiva, que defende bem, que aposta no pick and roll e que nem a lesão de uma das peças mais importantes abalou este conjunto. Velocidade, qualidade e bombas são sempre garantidas nos jogos do GDESSA.

A equipa que é claramente uma das maiores candidatas ao título da Liga Betclic Feminina foi o conjunto com mais pontos marcados na fase regular, com a segunda melhor eficácia em relação aos lançamentos de campo, a melhor equipa no tiro exterior, a terceira melhor na linha de lances livres, a quarta com mais assistências e a terceira com mais roubos de bola. Nos destaques individuais temos que referir Letícia Josefino e ainda as mais jovens como Rita Rodrigues ou Joana Lopes que já mostraram estar mais que prontas para a assumir um papel importante.

AD Vagos – Duas motas e muita segurança

Voltamos a Aveiro para a última equipa do distrito e aquela que mais acima ficou na tabela classificativa da Liga Betclic Feminina. Um projeto sustentando e dos mais fortes do nosso basquetebol, uma equipa que tem uma base com muitos anos de “casa” e um treinador que é dos melhores e que também ele leva muitos anos no Vagos. Uma equipa que se soube reforçar muito bem, Martha Burse e Manuela Rios foram as duas motas adquiridas, duas bases muito intensas, muito velozes que pontuam muito e que defendem bem, ainda chegou Devon Brookshire que acrescentou altura, ainda mais capacidade de ressalto e pontos.

Uma equipa muito bem trabalhada, que apostava nas transições letais através da velocidade da dupla Burse e Rios, além da visível evolução de algumas peças como Susana Carvalheira ou Rita Oliveira. Terceira equipa com mais ressaltos ofensivos, quarta com mais ressaltos defensivos e segunda com mais roubos de bola. Nos destaques individuais ainda mencionar Joana Cortinhas, uma das jogadoras mais inteligentes da liga, além de Bruna Zagaria e Gabriela Falcão que subiram muito de rendimento esta temporada nesta equipa que se assumiu desde cedo como uma das melhores da temporada.

União Sportiva – Perfume açoriano

As Açoreanas do União Sportiva começaram a temporada perto de chegar à Europa, também este conjunto foi um dos que mexeu melhor tanto no verão como nos acertos de inverno. O conjunto de Ricardo Botelho teve o pior período quando a sua base e capitã Raquel Laneiro se lesionou, o peso na equipa e a qualidade de uma das estrelas da Liga Betclic Feminina deixaram o União Sportiva um pouco mais irregular, mas a verdade é que a equipa assim que esse regresso aconteceu entrou no caminho do sucesso, subiu na tabela e acabou por conseguir o segundo lugar na fase regular da Liga Betclic Feminina. Uma equipa sempre muito forte no jogo interior, primeiro com Kasiyahna e depois com Licinara Bispo, além disso ainda uma das caras novas, Joana Alves que regressou a Portugal para brilhar nos nossos campos, garantindo uma capacidade de luta e de ganho nas tabelas e ainda tiro.

Nos destaques ainda mencionar Simone Costa, que foi também ela uma das caras novas nesta temporada e que muitas vezes sem ser a que dá mais nas vistas, mas sempre das mais importantes e das mais regulares na equipa. União Sportiva com a % mais elevada de acerto no que a lançamentos de campo diz respeito, terceira melhor equipa no tiro exterior, terceira equipa com mais ressaltos ofensivos e a que tem mais ressaltos defensivos, acrescenta ainda ser a equipa com mais assistências e a segunda equipa que mais faltas sofre, acresce a isto a MVP da fase regular, Nausia Woolfolk que foi a jogadora mais regular e a que mais brilhou. s

SL Benfica – As favoritas

Por fim, vamos às campeãs em título, que já venceram os dois troféus que se disputaram na temporada e que saem da fase regular com 22 vitórias nos 22 jogos disputados. Pouco a dizer que não seja o elogiar mais uma vez o excelente trabalho de Eugénio Rodrigues, a muita qualidade desta equipa, o quão bem jogam e a regularidade visto que foi uma equipa que entrou muito bem na temporada e não baixou o nível exibicional. Equipa com mais ressaltos ofensivos, segunda com mais ressaltos defensivos e destaque para o facto de ser a segunda equipa com menos perdas de bola.

Conjunto encarnado com muitas soluções, jogadoras consagradas e com qualidade internacional como Joana Soeiro, Laura Ferreira ou Raphaella Monteiro, ainda com Mariana Silva que se afirmou em definitivo como uma das caras desta equipa, acrescentando um banco que garante muitas e variadas soluções com jogadoras como Carolina Rodrigues, Marta Martins ou mesmo Ana Barreto. Primeira fase da temporada com alguns sustos, mas sem quebras para o Benfica, surge naturalmente como a equipa favorita e na pole position para a conquista da Liga Betclic Feminina.

Ficou aqui um balanço da primeira volta da Liga Betclic Feminina, que na próxima temporada vai contar com o Imortal, a equipa algarvia já garantiu a subida e está também em destaque numa semana de muito basquetebol feminino no Fair Play.


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