Arquivo de Kei Nishikori - Página 2 de 2 - Fair Play

André Dias PereiraOutubro 8, 20183min0

Reconheçamos, a Russia sempre foi uma potência no ténis. Ex-números 1 como Yevegny Kafelnikov, Marat Safin ou o ex-número 3, Nikolay Davydenko ajudaram a levar o seu país ao topo do ténis. A estes nomes, a Russia soma também duas Taças Davis e quatro Fed Cup.

Mas, reconheça-se também, desde há uns anos que os russos têm vindo a perder preponderância no ténis masculino, andando sempre longe do top-10 mundial.

Há, contudo, uma nova geração a despertar com um nome, para já, a sobrepor-se. Daniil Medvedev. Aos 22 anos está a cumprir uma temporada muito consistente. O ponto mais alto teve lugar este domingo, com a vitória no ATP 500 Tóquio. Foi o seu terceiro título do ano e da sua carreira. Os outros dois foram Sidney e Winston-Salem.

Medvedev esteve longe de ser o favorito. Teve que entrar no qualifying e para vencer disputou nada mesnos do que sete jogos. Neste percurso o russo perdeu apenas um set, contra Gerasimov na qualificação, não tendo perdido qualquer parcial no quadro principal. Até chegar à final com o anfitrião Kei Nishikori, Medvedev deixou para trás Moriya, Gerasimov, Schwartzman, Klizan, Raonic, e Shapovalov.

Na final levou a melhor sobre Kei Nishikori (6-2 e 6-4). Esta não foi apenas a maior vitória da sua carreira. Foi o culminar da sua melhor semana de ténis que o coloca no 22º lugar no ranking ATP. É o seu melhor registo, para já. Para o nipónico foi um golpe duro. Vencedor de 11 títulos na carreira, Nishikori esperava quebrar, em casa, o jejum que dura desde 2016, em Memphis (EUA).

Este não foi um ano fácil para Nishikori, que começou 2018 a recuperar de lesão grave. Foram cinco meses de paragem. Ainda assim, chegou aos quartos de final em Wimbledon e às meias-finais do US Open. Em ambas perdeu para Novak Djokovic.

O meteoro Medvedev e a geração russa

Pode dizer-se que Medvedev é um meteoro no circuito. A sua primeira aparição remonta a 2015, na Kramlin Cup. No ano seguinte estreou-se no circuito ATP, em Nice (França), perdendo para Guido Pella. A sua primeira vitória aconteceu poucas semanas depois, no Open Ricoh, diante Horacio Zeballos. Em 2017 jogou a sua primeira final. Foi na Índia, no Open Chennai, diante Roberto Bautista Agut. Por esta altura, o russo já era top-100 e ascendera a 65 do mundo. Este tem sido o ano da confirmação, já com três títulos no bolso. A final de Sidney, contra Alex de Minaur, 19 anos, tornou-se a mais jovem do torneio desde 1989.

Mas Daniil Medvedev não é o único rosto da nova geração russa. Andrey Rublev e Karen Khachanov são outros nomes para seguir com atenção.

Rublev, 20 anos, é ex-número 1 mundial de juniores. O seu maior feito, para já, foi vencer em Umag, em 2017, num torneio em que entrou como melhor rankiado para cobrir uma desistência. Ainda o ano passado, no US Open, atingiu os quatros de final depois de eliminar Grigor Dimitrov e David Goffin.

Khachanov, 22 anos, também já tem dois título. Foi em Chengdu, na China, em 2016 e este ano em Marselha. Com uma saque poderoso é atualmente o 27º do mundo.

Medvedev, Rublev e Khachanov. As três novas jóias do Kremlin, que prometem relançar a Rússia no patamar mais alto do ténis. É cedo, para já, prever até onde podem chegar. É, contudo, um sinal forte dado pela Federação Russa de Ténis.

A vitória de Daniil Medvedev sobre Kei Nishikori

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André Dias PereiraSetembro 12, 20186min0

Diz o adágio que a festa não se faz quando a temporada começa mas sim quando acaba. Que o diga Novak Djokovic, que este domingo conquistou pela terceira vez o US Open. Depois de uma longa paragem por lesão, que arrancou em Wimbledon, 2017, o sérvio regressou oficialmente à competição no Australian Open. Foi em Janeiro deste ano. Caiu na terceira ronda perante Chung Hyeon. Seguiu-se nova operação e Djokovic regressou mais cedo do que se pensava, para jogar Indian Wells e o Miami Open. Outra vez, caiu nas primeiras rondas. Seguiram-se muitas interrogações, até para o sérvio. Por esta altura, Roger Federer, vencedor do Australian Open, passeava a sua classe e aumentava a sua lenda. Ao mesmo tempo, Rafael Nadal continuava afinar a sua máquina, regressando ao seu melhor. Até vencer Roland Garros.

É por isso que a vitória de Novak Djokovic no US Open é, acima de tudo, a vitória da persistência. É, por assim dizer, o apogeu num ano com muitos baixos, no arranque da época, e grandes picos, no final. É também a consolidação do título em Wimbledon e da vitória recente em Cincinnati.

E o triunfo (6-3, 7-6 e 6-3) em Nova Iorque chegou curiosamente sobre outro jogador que entre 2014 e 2016 atravessou também o calvário de uma lesão no pulso: Juan Martin Del Potro. O argentino, que cedeu o terceiro lugar do ranking a Djokovic, chegou a questionar o seu futuro no ténis. O ano de 2018 está, no entanto, a mostrar que valeu a pena chegar até aqui. O campeão do US Open de 2009 não voltou a repetir o feito, contudo, tem-se mantido entre o top-5, conquistando os títulos de Acapulco e Indian Wells. Este domingo, não resistiu a um Djokovic que fez jus ao seu melhor período de número 1 mundial. Nolan encostou Del Potro às cordas, soube explorar a esquerda do argentino, conseguindo ainda anular o seu serviço. E com tranquilidade foi construindo a sua vantagem.

Este foi o 14º Grand Slam para o sévio, que iguala Pete Sampras. Melhor, só Rafa Nadal (17) e Roger Federer (20).

Quando passei pela cirurgia, senti o que Juan Martin (Del Potro) passou quando esteve fora. Quando ficas fora, tentas fazer as coisas darem certo, mas elas não acontecem. Foram tempos difíceis, mas aprendemos com as dificuldades, com os tempos de dúvida.

Novak Djokovic, após a vitória sobre  Del Potro, que confimou o título do US Open

Para chegar à final, Del Potro deixou para trás, nas meias-finais, nada menos que Rafael Nadal. O espanhol acabou por sair lesionado, mas garantiu a continuidade na liderança mundial. Uma dor no joelho direito precipitou a desistência do maiorquino quando perdia por 2-0 em set: 7-6 e 6-2.

Tal como no Australian Open, Nadal saiu lesionado. Uma situação à qual não será alheia o grande esforço feito nos quartos de final contra Dominic Thiem, naquele que foi um dos grandes jogos do ano. O autríaco confirmou diante o espanhol que subiu o seu ténis a outro patamar e que, em breve, repetirá o feito de Paris, onde atingiu a sua primeira final de Grand Slam. Foram mais de 5 horas de jogo, com a vitória a sorrir ao número 1 mundial pelos parciais: 0-6, 6-4, 7-5, 6-7 e 7-6. Tal como ocorrera em Roland Garros.

João Sousa histórico. Federer, que futuro?

João Sousa perdeu pela quarta vez para Djokovic, mas fez história para Portugal. Foto: Record

Não será atrevimento dizer que o US Open de 2018 confirmou a reabilitação de jogadores tidos como proscritos. Tal como Djokovic e Del Potro, também Kei Nishikori tem tido um ano difícil. Depois de uma paragem de 5 meses, o japonês regressou à competição, em Fevereiro, em Nova Iorque. Foi, gradualmente, aumentando a sua competitividade até alcançar os quartos de final em Wimbledon. Agora, no US Open, só caiu nas meias-finais contra Novak Djokovic: 6-3, 6-4 e 6-2. O nipónico, finalista vencido em 2014, só pode sentir-se feliz com a sua prestação este ano.

Menos feliz estará Roger Federer. O suíço, que começou o ano a ganhar em Austrália e a recuperar a liderança mundial, foi surpreendido por John Millman: 3-6, 7-5, 7-6 e 7-6. O australiano, 55 do mundo, soube tirar proveito daquele que terá sido um jogos menos conseguidos da carreira do helvético. Federer teve nada menos do que 76 erros não forçados, errando ainda 70% no primeiro serviço. A final de Wimbledon e Cincinnati já tinham demonstrado um Federer abaixo da sua real capacidade. Aos 36 anos, e com uma participação reduzia em torneios – recorde-se que falhou toda a temporada de terra batida, incluindo Roland Garros – há quem questione o futuro de Federer.

Roger Federer deve jogar mais torneios ou considerar retirar-se

Pat Cash, ex-tenista australiano, vencedor de Wimbledon em 1987

Mas se há jogador que já desafiou a história e as probabilidades, é Federer. Matts Willander, ex-tenista e comentador, refere que o suíço deverá jogar até não conseguir ganhar mais jogos. E isso, apesar de tudo, parece estar longe de acontecer. Agora, ameaçado no ranking por Djokovic, Federer é ainda número dois mundial.

E por falar em história, João Sousa escreveu mais uma página dourada para o ténis luso. Ao atingir os oitavos de final, o Conquistador tornou-se o primeiro português a alcançar esse patamar em um Grand Slam. “Resultados como este ajudam a que a modalidade se torne maior no nosso país”, admitiu Sousa, que arrecadou 230 mil euros de prize money. Os 180 pontos averbados no US Open permitiram-lhe subir 19 lugares na hierarquia, regressando ao top-50. É agora 49º.

Por tudo isto (mas não só) a edição deste ano do US Open deixará saudade. Consagra campeões como Djokovic ou Del Potro, relança Nishikori, eleva Thiem a outro nível e vê Portugal entrar nas história dos Major. Mas também lança dúvidas sobre o futuro de Federer e Nadal. Apesar de campeoníssimos, até quando terão fulgor físico para se manter na disputa de Major? Pode Djokovic, agora numa nova fase, ultrapassar Sampras, ou Nadal e aproximar-se de Federer? E a nova geração? Thiem e Isner, nos quartos de final, foram os melhores, mas continuam longe das lendas que ainda predominam no circuito. A John Millman coube a surpresa, que também caiu nos quartos de final. O momento Andy Warholiano que, com 29 anos, dificilmente se repetirá. O que não nos importamos que se repita são torneios jogados a este nível.

Foi assim que Novak Djokovic venceu pela terceira vez o US Open

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André Dias PereiraJulho 16, 20184min0

Nem Roger Federer, nem Rafael Nadal. A edição de 2018 de Wimbledon consagrou a redenção de Novak Djokovic com o ténis. O sérvio conquistou o torneio britânico pela quarta vez (2011, 2014, 2015 e 2018) e mostrou que está de volta ao topo. Com uma temporada irregular, Nolan surgiu no torneio como 21º do mundo e, a partir desta segunda-feira, será 10 mundial.

Djokovic precisou de 2h18 para levar de vencido Kevin Anderson: 6-2, 6-2 e 7-6. O sul africano voltou a estar presente numa final de Grand Slam, depois do US Open 2017. Contudo, tal como diante Federer na altura, voltou a perder. Diga-se, aliás, que esta foi a sexta vitória consecutiva do sérvio sobre o sul-africano. O único triunfo de Anderson, 32 anos, sobre o Djokovic foi há 10 anos.

Este domingo o sul-africano mostrou estar no bom caminho, conforme referiu após o jogo, mas ressentiu-se muito do encontro da meia-final com Roger Fededer. Na sexta-feira, venceu uma maratona em 6h36 de jogo: 2-6, 6-7, 7-5, 6-4 e 13-11. Uma partida que permitiu a Anderson vingar a derrota na final do US Open, o ano passado. A derrota foi um golpe duro para Federer que tinha em Wimbledon o grande objetivo da temporada. Recorde-se que o suíço buscava o nono título no All England Club e para isso abdicou de toda a temporada de terra batida.

Na final, com Djokovic, o sul-africano foi sempre dominado. E depois do duplo 6-2, a sua capacidade física, aliada à pressão do resultado, abateu ainda mais o Anderson.

Para Djokovic este é o 13º Grand Slam da carreira. Está agora a um de igualar Pete Sampras. Apenas Roger Federer (20) e Rafa Nadal (17) têm mais Major que o norte-americano. Djokovic supera também os títulos Major singulares de Roy Emerson.

O caminho para a glória em Wimbledon

O sérvio não era o maior favorito à partida para o torneio. Conforme referido antes, surgiu como 21 do mundo. Isso é justificado por uma temporada irregular, sem títulos e com um ténis muito abaixo da história que constuiu na carreira. Isto após uma paragem de mais de seis meses por lesão. Mas um tenista como Djokovic tem que sempre que ser tido em conta. E, pode dizer-se, fez um percurso espinhoso. Começou por vencer Horacio Zeballos e seguiu o percurso com Kyle Edmund. Nos quartos de final eliminou Key Nishikori e nas meias-finais, Rafa Nadal. Talvez este percurso, sobretudo a vitória sobre Nadal, tenha sido o clique que faltava. Sem com o britânico e Nishikori já havia sido testado, com o espanhol elevou o seu ténis a outro patamar. Ao dos bons velhos tempos.

Houve momentos de dúvida, frustração e desilusão que nos levam a questionar sobre se devemos continuar neste caminho

A vitória sobre Nadal foi outra maratona nesta edição: 6-4, 3-6, 7-6, 3-6 e 10-8. Foram 5h15 de jogo, uma das mais longas semi-finais da história.

Mais do que um título, o triunfo em Wimbledon pode ter o condão de fazer ver a Novak Djokovic que pode voltar ao topo do ténis mundial. Um lugar que lhe pertence. Resta agora saber a consistência deste título e se pode voltar a jogar, pelo menos, as semi-finais do US Open. Certo para já é o seu lugar no ATP Finals.

Nadal ainda é número 1

Eliminado nas meias-finais, Nadal, 17 títulos, persegue Federer, com 20. Foto: Tennis Fan Club

Nadal, eliminado nas meias-finais, também partia com ilusão de poder vencer o título e travar a hegemonia de Federer em Wimbledon. Até porque é número um mundial e tem a ambição ultrapassar o suíço em Grand Slam. Para isso, precisará ir além do epiteto de “Rei da terra batida” e ganhar mais vezes em terrenos onde Federer tem sido mais dominador. Como Wimbledon. Para já, não conseguiu por conta de um super Djokovic.

Uma das partidas que fica desta edição de Wimbledon é o triunfo do espanhol sobre Del Potro: 7-5, 6-7, 4-6, 6-4 e 6-4.

Nadal vai jogar, a partir de 6 de Agosto, o TMS Canadá, onde defende 2230 pontos que tem de vantagem sobre Federer. Esta segunda-feira, arranca a 181ª semana como líder do circuito. Para já, é garantido que vai chegar à 188ª semana como número um. À sua frente, na história como líderes com mais semanas de liderança mundial, estão Roger Federer (310), Pete Sampras (286), Ivan Lendl (270), Jimmy Connors (286) e Novak Djokovic (223).

Foi assim que Novak Djokovic venceu Kevin Anderson e o quarto título em Wimbledon.

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André Dias PereiraJunho 11, 20183min0

Sem surpresa. Rafael Nadal confirmou o favoritismo que lhe era atribuído e venceu pela 11ª vez Roland Garros. O espanhol não deu hipóteses a Dominic Thiem, que jogou pela primeira vez uma final de Grand Slam: 6-4, 6-3 e 6-2.

O legado do espanhol na terra batida caminha para números estratosféricos, mesmo para as próximas gerações. Em treze participações, Nadal tem apenas duas derrotas e ambas se explicam por lesão. A primeira, em 2009, diante Robin Sodering e a outra, em 2015, frente a Novak Djokovic. A percentagem de vitórias é de impressionantes 98%. São 86 triunfos em 88 jogos. E por falar em números, Rafa venceu 256 de 281 sets (91%). Agora com onze títulos, Nadal deixa ainda mais para trás Bjorn Borg, antigo recordista, com seis troféus.

A edição de 2018 foi mais um passeio do espanhol, que só perdeu um set em todo o torneio. Foi contra Diego Schwartzman, nos quartos de final. O número dois argentino perdeu por  4-6, 6-3, 6-2 e 6-2, num jogo que acabou interrompido pela chuva.

E nem Dominic Thiem conseguiu contrariar a força do número um mundial. O austríaco foi responsável, aliás, por uma das últimas derrotas do maiorquino na terra batida. Aconteceu o ano passado em Roma. Só que desta vez o melhor que conseguiu foi quebrar o jogo de serviço do espanhol no terceiro jogo. O problema é que foi acumulando erros que, contra Nadal, são fatais.

A sensação Marco Cecchinato

É preciso, contudo, realçar o percurso de Thiem. O austriaco atingiu a sua primeira final, depois de três meias-finais. Frente a Marco Cecchinato, Thiem confirmou o seu favoritismo: 7-5, 7-6 e 6-1. O italiano foi, de resto, a grande sensação do torneio. Número 72 do mundo, atingiu pela primeira vez as meias-finais de um Major. Para trás deixou Novak Djokovic, David Goffin, Marco Trungelliti e Marius Copil.

Apesar de ter caído nos oitavos de final não se pode dizer que a eliminação de Novak Djokovic tenha sido uma surpresa. O sérvio tem vindo a tentar recuperar a melhor forma e está ainda longe dos seu melhores tempos. Pior estiveram Kei Nishikori, eliminado nos quartos de final, e, sobretudo, Thomas Berdych, Stan Wawrinka e Jack Sock, todos eliminados na ronda inaugural.

Juan Martins Del Potro, um dos melhores do ano, não tem na terra batida o seu piso proferencial. Ainda assim, o campeão de Indian Wells, chegou às meias-finais, onde foi eliminado por Nadal: 6-4, 6-1 e 6-2.

Com Roland Garros, termina a temporada de terra batida. Como esperado, Nadal sai com a liderança mundial reforçada. Contudo, na relva, poderá voltar a ter em Roger Federer a maior ameaça. O suíço falhou toda a temporada da terra batida, repetindo a fórmula de sucesso do ano passado. Quem chegará em melhores condições a Wimbledon? Federer, deverá regressar em Halle.

Nadal conquistou assim o seu 11º Roland Garros

 

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André Dias PereiraJunho 6, 20184min0

Roland Garros está a chegar às meias-finais e a pergunta mantém-se. Quem pode travar Rafa Nadal de vencer pela 11ª vez Roland Garros? Se o espanhol já era o grande favorito à vitória, à medida que o torneio se encaminha para o final, poucos apostam contra o maiorquino.

Nadal jogará o acesso às meias-finais contra David Schwartzman. O argentino, vencedor do Rio Open, é 11º mundial e atravessa um bom momento. A vitória contra Borna Coric (7-5, 6-3 e 6-3) e Kevin Anderson (1-6, 2-6, 7-5, 7-6 e 6-2) são exemplos disso. Contudo, a história diz que Nadal venceu os dez encontros com o argentino. O último dos quais no Masters 1000 de Madrid (6-3 e 6-4).

Nadal vem de uma vitória sobre Maximilian Martener (6-3, 6-2 e 7-6), uma das sensações do torneio. O alemão, 22 anos, vive na sombra de Alexander Zverev. Número 70 mundial chegou aos oitavos de final com pouco alarido. Para trás deixou Jurgen Zopp, Denis Shapovalov e Ryan Harrison. Esta foi a terceira vez que jogou no quadro principal de um Grand Slam. As outras foram no US Open 2017 e Australian Open, no início deste ano.

Se confirmar o favoritismo contra Schwartzman, Nadal jogará com o vencedor do jogo entre Marin Cilic e Del Potro. Uma partida sem favoritos entre os números três e cinco mundiais. O argentino, contudo, lidera por 10-2 no confronto directo. De resto, é preciso recuar até 2005 para encontrar dois argentinos nos quartos de final do Major de Paris: Guillermo Cañas e Mariano Puerta.

Thiem na terceira meia-final

Thiem joga pela terceira vez as meias-finais de um Grand Slam. Foto: AFP PHOTO /Christophe Simon

Quem já está nas meias-finais é Dominic Thiem e Marco Cecchinato. O austríaco alcançou a terceira meia-final consecutiva em Paris depois de vencer Alexander Zverev (6-4, 6-2 e 6-2). O alemão, número três mundial, conseguiu pela primeira vez chegar aos oitavos de final de um Grand Slam. Contudo, esperava-se um pouco mais do finalista vencido do ATP Roma. Zverev tem na terra batida um dos seus pontos mais fortes, mas vem sofrendo um desgaste físico que claramente o condicionou na partida com o austríaco. No segundo set precisou de enfaixar a perna esquerda, depois de pedir atendimento médico.

Thiem torna-se, assim, o austríaco que mais vezes chega a esta fase da competição, ultrapassando Thomas Muster, campeão em 1995. E o austríaco tem uma oportunidade de ouro de jogar a sua primeira final de Grand Slam Pela frente terá Marco Cecchinato. O italiano, 72 mundial, é a maior surpresa da prova. Para trás, Cecchinato deixou nada menos que Novak Djokovic (6-3, 7-6, 1-6 e 7-6). O sérvio tem vindo a crescer no circuito mas está longe da sua melhor forma. O mais baixo jogador (1,85 metros) do torneio desde Medvedev, em 1999, esteve suspenso por 18 meses por manipulação de resultados. Agora, obtém para já o melhor registo da sua história. O italiano afastou ainda David Goffin, Marco Trungelliti e Marius Copil.

As desilusões de Roland Garros

Apesar de ter caído nos oitavos de final não se pode dizer que a eliminação de Novak Djokovic tenha sido uma surpresa. O sérvio tem vindo a tentar recuperar a melhor forma e está ainda longe dos seu melhores tempos. Ainda assim, vai obtendo resultados em crescendo face ao registado no início deste ano. Talvez a grande desilusão, para já, seja mesmo Alexader Zverev. Apesar dos inéditos oitavos de final, a verdade é que se esperava mais do número 3 mundial, vencedor do Masters de Madrid, e que chegou a Paris confiante e como o grande adversário para Rafa Nadal.

Já o japonês Kei Nishikori mostrou ainda não ter argumentos para ultrapassar os quartos de final. Ainda assim é possível que em Wimbledon ou US Open tenhamos o nipónico ao nível que nos habituou. Pior estiveram Thomas Berdych, Stan Wawrinka e Jack Sock, todos eliminados na ronda inaugural. O calvário de Wawrinka parece não ter fim. Apesar de irmos a meio da época, ela parece já perdida.

Marin Cilic e Del Potro parecem ser os maiores entraves ao título mais que provável de Nadal. Thiem também pode ser um adversário duro, mas o espanhol continua sem perder qualquer set no torneio. A pergunta mantém-se. Quem poderá destronar o rei da terra batida?

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André Dias PereiraMaio 21, 20184min0

Rafa Nadal conquistou, este domingo, pela oitava vez o Masters de Roma. Uma conquista que recoloca o maiorquino como número um mundial na véspera de Roland Garros. O Toro Miura teve, contudo, que passar por momentos de aperto. É que Alexander Zverev, número 3 mundial, voltou a mostrar que pode ser um osso duro no Major francês.

Depois de vencer o Masters de Madrid, Zverev vendeu a cara a derrota para Nadal em Roma: 6-1, 1-6 e 6-3. O alemão tem feito valer a ideia de que a terra batida é o seu piso preferencial e pode ser o maior obstáculo de Nadal em Paris.

Em alguns momentos, Zverev conseguiu jogar de igual para igual com Nadal. Começou por surpreender quebrando o serviço ao espanhol logo no primeiro jogo da partida. Nadal, contudo, fez valer a sua experiência e variedade de jogo para se impor. No segundo set, Zverev impôs-se como poucos o fizeram frente a Nadal na terra batida. No terceiro set, o alemão chegou a estar a ganhar por 3-1, até a chuva interromper o jogo. E a partir daí tudo foi diferente. Nadal conseguiu virar para a vitória (6-3).

Nadal repete as vitórias de 2005, 2006, 2007, 2009, 2010, 2012 e 2013. O espanhol é o maior campeão da história da prova, que se joga desde 1930. De resto, Espanha tem dominado neste século o torneio de Roma. Desde 2000 que por 11 vezes o título foi para um tenista espanhol. Para além de Nadal, também Juan Carlos Ferrero (2001), Felix Matilla (2003) e Carlos Moya (2004) imperaram em Roma.

Já Alexander Zverev não conseguiu revalidar o título alcançado o ano passado. O alemão parte agora para Roland Garros com o objetivo de quebrar a malapata dos Grand Slam. É que apesar de todo o talento e ser número 3 mundial, o alemão tarda em se afirmar em Major. Na edição de 2017 de Roland Garros, por exemplo, caiu logo na ronda inaugural perante Fernando Verdasco.

Djokovic recupera, Nishikori e Wawrinka nem tanto

Depois de vencer em Madrid, Zverev foi finalista vencido em Roma. Foto: Risesportes.com.br

A edição desde ano do ATP Roma mostrou também a recuperação de Novak Djokovic e reafirmou a consistência de Marin Cilic. Depois das lesões e de resultados menos conseguidos, o sérvio caiu nas meias-finais perante Nadal: 7-6 e 6-3. Num jogo intenso e espectacular, Nolan mostrou que está finalmente em crescendo. Olhando para o seu percurso na terra batida desde o seu regresso, é, contudo, difícil antecipar o que pode fazer em Roland  Garros. Ainda assim, o ex-número 1 mundial é sempre um nome a considerar, embora passe a ideia de estar atrás, neste momento, de Zverev, Marin Cilic e, claro, Rafa Nadal.

E por falar em Cilic, o croata jogou, pela primeira vez, uma meia-final de um ATP 1000 de terra batida. Nas cinco vezes anteriores que jogou os quartos-de-final, perdeu sempre. Desta vez, não atingiu a final porque Zverev foi melhor: 7-6 e 7-5.

Destaque também para Kei Nishikori, que procura igualmente a melhor forma. O japonês caiu nos quartos de final perante Djokovic 2-6, 6-1 e 6-3. Na retina, fica, contudo, um lance de fair play. Cedeu um ponto para o adversário contrariando a marcação do juiz, Carlos Bernardes.

Se Nishikori está longe do seu melhor ténis, o que dizer de Stan Wawrinka? O suíço foi eliminado na ronda inaugural perante Steve Johnson, por duplo 6-4. Actualmente no 23º lugar do ranking, Stan vai jogar o ATP 250 de Genebra, antes de entrar em cena em Roland Garros. É, contudo, pouco crível que possa lutar por lugares cimeiros no Major francês.

No quadro das duplas, destaque para João Sousa. O português tornou-se no primeiro tenista luso a atingir uma final de um ATP 1000. Ao lado do espanhol Pablo Carreño Busta, a dupla acabou por perder a final para Juan-Sebastian Cabal e Robert Farah: 6-3, 4-6 e 4-10.

 

Como Nadal venceu Zverev em Roma

 

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André Dias PereiraAbril 30, 20183min0

Onze vezes, Nadal! Tal como fizera a semana passada em Monte Carlo, Rafael Nadal conquistou, este domingo, também pela 11ª vez, o ATP Barcelona. Sem surpresa, o maiorquino voltou a passear a sua superioridade na terra batida. Agora, foi a vez do grego Stefanos Tsitsipas cair aos pés do espanhol: 6-2 e 6-1.

Para o grego, que a partir desta segunda-feira jogará o Estoril Open, o torneio de Barcelona foi como que uma fábula. Aos 19 anos o prodígio grego jogou pela primeira vez uma final de um torneio ATP. E isso só por si é uma vitória. O ex-número 1 de juniores deixou para trás, entre outros,  Dominic Thiem ou Pablo Carreño Busta.

A supremacia de Nadal foi tal que só nos quartos de final esteve perto de perder um set. Foi diante Martin Klizan (6-0 e 7-5). De resto, um passeio: Carbelles Baena (duplo 6-4), Garcia Lopez (6-1 e 6-3), Martin Klizan e David Goffin (6-4 e 6-0).

Nadal somou o 401º triunfo em terra batida e o 19º consecutivo. Leva também 46 sets consecutivos conquistados nesta superfície. O maiorquino repete, assim, os títulos de 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013, 2016 e 2017.

Por seu lado, Tsitsipas também fez um torneio memorável. Começou por Corentin Moutet (6-4 e 6-1) e seguiu-se Rogerio Dutra (6-2 e 6-1). Depois, chegaram os tubarões e nem isso fez tremer o grego, campeão por duplas, em Juniores, em Wimbledon (2016). Albert Ramos Viñolas foi o primeiro (6-4 e 7-5). E quando veio Dominic Thiem (6-3 e 6-2) o proeminente jogador deu-se a conhecer ao mundo. Moralizado, ainda despachou Pablo Carreño Busta nas meias-finais (7-5 e 6-3). Os dois seguem agora para o Estoril.

Djokovic e Nishikori caem na segunda ronda

Quem tarda em recuperar é Novak Djokovic. O sérvio foi eliminado na segunda ronda (ficou isento na primeira) por Martin Klizan (6-3, 6-7 e 6-4). Na última semana especulou-se sobre a possibilidade de Nolan jogar o Estoril Open, contudo, o sérvio declinou e regressa ao seu país para ficar com a família. Também Kei Nishikori, finalista vencido de Monte Carlo, caiu na segunda eliminatória para Guillermo Garcia Lopez (duplo 7-6). O japonês foi traído por um problema físico. Pouco melhor esteve Grigor Dimitrov. O búlgaro chegou até aos quartos-de-final, onde foi eliminado por Pablo Carreño Busta (6-3 e 7-6). Os dois jogadores proporcionaram um desentendimento num lance junto da rede, no tie-break do segundo set. Dimitrov acusou Carreño Busta de falta de desportivismo. O espanhol justificou que o serviço do búlgaro foi fora, prosseguiu o lance e acabou por errar. “Ele estava mais zangado pelo erro do que por qualquer outra coisa”, disse Carreño Busta, que agora se prepara para defender o título no Estoril.

 

A vitória de Rafa Nadal sobre Stefanos Tsitsipas

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André Dias PereiraAbril 23, 20182min0

Em Monte Carlo, Rafael Nadal é rei. O espanhol venceu este domingo pela 11º o torneio francês, reforçando a condição de maior campeão da prova. E, diga-se também, rei da terra batida. Agora, foi a vez do japonês Kei Nishikori cair em dois sets: 6-3 e 6-2. Em 72 partidas disputadas em Monte Carlo, Nadal venceu nada menos do que 68. Djokovic em 2013 e Wawrinka em 2014 foram os únicos a interromper a série de triunfos do maiorquino que dura deste 2005.

Estando em boa forma física, é praticamente impossível destronar Nadal na terra batida. O espanhol precisou apenas de 1H30 para vencer o japonês e é o grande favorito a vencer Roland Garros. O torneio francês arranca a 27 de Maio e Nadal vai tentar também aí o incrível 11º título.

Mas nesta final há que falar também de Kei Nishikori. Afastado por mais de quatro meses por problemas no pulso, o japonês regressou ao mais alto nível logo para disputar uma final de Masters 1000. O nipónico, diga-se, planeou bem o seu regresso. Sem pressa, e com critério. Por isso, começou por ganhar ritmo em Challangers. Certo é que o japonês parece ter feito uma boa recuperação e é agora, outra vez, um nome a ter em consideração. Que o diga Alexander Zverev. O número 3 mundial caiu nas meias-finais pelos parciais de 6-3, 3-6 e 4-6.

Antes, nos quartos de final foi a vez de Marin Cilic ser eliminado pelo nipónico: 6-4, 6-7 e 6-3. Andreas Seppi, Daniil Medvedev e Tomas Berdych foram as outras vítimas do japonês no torneio.

Nadal reforça liderança mundial

Se Nishikori regressou bem, o mesmo não se pode dizer de Novak Djokovic. O sérvio foi, desta vez, afastado por Dominic Thiem nos oitavos de final por 7-6, 2-6 e 3-6. Já Grigor Dimitrov voltou a chegar às meias-finais, mantendo uma consistência que dura desde 2017 e que mostra o porquê de ser um dos melhores do mundo em qualquer piso. Registo também para David Goffin. O belga atingiu os quartos de final onde caiu precisamente para Dimitrov (6-4 e 7-6). Goffin, 10º do ranking mundial, é cada vez mais um nome consistente do circuito que procura dar sequência aos títulos de Toquio e Shenzhen, alcançados o ano passado

Com esta vitória em Monte Carlo, Nadal conquistou o seu primeiro título em 2018 e garante também a continuidade como número 1 mundial. Será 171º semana de Nadal como líder do ranking, superando John McEnroe nesse quisito. Na lista de maior número de semanas como número 1, Nadal é sexto, Djokovic é quinto (223) e Federer é recordista (308).

 

A vitória de Rafa Nadal sobre Kei Nishikori

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André Dias PereiraJaneiro 8, 20182min0

O australiano Nick Kyrgios conquistou este domingo, em casa, o primeiro troféu importante (ATP 250) da temporada. Em Brisbane, o enfant terrible do ténis superou o norte-americano Ryan Harrison (6-4 e 6-2).

Este é o quarto título da carreira de Kyrgios. É preciso recuar, contudo, até 2016 pare encontrar o último título ATP do australiano, de 22 anos de idade. É a primeira vez que o faz na sua Austrália natal. Mais do que o prémio monetário, a conquista coloca esta segunda-feira Kyrgios outra vez entre o top-20 mundial (17º).

O torneio de Brisbane é um prelúdio para o Australian Open que decorre ainda durante este mês de Janeiro. Criado em 1987 – com interrupção entre 1993 e 2008, o ATP Brisbane já teve vencedores ilustres como os antigos número 1, Andy Roddick, Lleyton Hewitt, Andy Murray e Roger Federer.

O jogo-chave foi a meia-final entre Kyrgios e o búlgaro Grigor Dimitrov, vencedor em 2017 e número três do mundo. O australiano, terceiro cabeça de série, ganhou de virada (3-6, 6-1 e 6-4) perante o campeão do último Master Final, que não perdia há sete partidas. Para isso, teve quer recorrer ao seu jogo de serviço e nada menos que 19 ases. Antes, vencera Matthew Abden (6-3 e 6-2) e o proeminente Alexandr Dolgopolov (6-1 e 6-2).

Já Ryan Harrison começou por vencer Leonard Mayer (6-4, 3-6 e 6-2), seguindo-se Yannick Hanfmann (6-7, 6-4 e 6-2), Dennis Istomin (7-6 e 6-2) e, nas meias-finais, Alex de Minaur (6-4 e 6-0). Minaur é, aliás, um nome a reter para o futuro. Australiano de 18 anos, filho de mãe espanhola e pai uruguaio, alcançou em Brisbane, para já, o seu melhor registo, tendo sido finalista sub-18, em Wimbledon. Em Brisbane, conseguiu afastar também o favorito Milos Raonic, para atingir os quartos de final da prova.

Nishikori só depois do Australian Open

O ano de 2017 foi mau para o francês Gael Monfils. Cair 40 posições no ranking é exemplo disso mesmo. Mas o gaulês parece disposto a inverter essa situação para 2018. Para já, começou o ano ganhar em Doha, numa final diante Andrey Rublev, 32º do ranking ATP, por 6-2 e 6-3. Foi o sétimo título de Monfils, 31 ano, que não ganhava de Washington, em 2016.

Se Kyrgios e Monfils arrancaram bem em 2018, o japonês Kei Nishikori só deverá regressar aos courts no final de Janeiro, após o Australiano Open. Afastado desde Agosto do ano passado, por problemas no pulso, o nipónico garante que ainda não está preparado para jogos a cinco sets, como acontecerá no primeiro Major do ano.

No sentido inverso, Novak Djokovic garantiu o seu regresso para Melbourne, que arranca dia 15. O ex-número 1 do mundo desistiu de participar em Abu Dhabi e Doha.

Veja aqui a vitória de Nick Kyrgios

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André Dias PereiraDezembro 23, 20173min0

As lesões marcaram o ano de 2017. Djokovic, Murray, Wawrinka, Nishikori, foram algumas das estrelas que sofreram na pele a intensidade do ténis e falharam importantes torneios. Com o início de uma nova temporada à porta todos partem para um novo começo.

Bem, quase todos. Kei Nishikori, afastado desde Agosto por problemas no punho direito, anunciou que não irá participar no torneio de Brisbane, na primeira semana do ano. O japonês adia, assim, o seu arranque de época. Nishikori, 22º do mundo, diz estar “desapontado” por falhar a prova em que este ano perdeu a final para Grigor Dimitrov.

Também Andy Murray, ex-número 1 mundial, está em dificuldades para o arranque de 2018. De acordo com a imprensa britânica, Murray voltou a sentir dores na anca a pode regressar só em Wimbledon.

Recorde-se que o britânico está afastado precisamente desde Wimbledon e o seu regresso está, supostamente, previsto para Brisbane. Apesar de os directores do torneio manterem confiança na participação do ex-número 1, tudo aponta para que Murray se submeta a nova cirurgia. Segundo o The Times, o tenista tinha previsto uma viagem a Austrália para participar em treinos, mas isso não aconteceu.

Dúvidas pairam também sobre Rafael Nadal. O espanhol tinha agendado treinos com João Sousa em Maiorca, mas segundo o português, Rafa cancelou por não estar bem. Nadal desistiu na primeira rodada do Masters Final e deverá participar em duas exibições em Abu Dhabi, antes de Brisbane.

Quem não vai a Abu Dhabi é Stan Wawrinka. O suíço, de 32 anos, está ainda à procura da melhor forma física para se apresentar a um bom nível no Australian Open. Neste momento ainda não consegue disputar pontos, estando ainda a trabalhar a sua preparação física. Há um ano a contas com leão no joelho e desgaste na cartilagem, Stan perdeu também o seu treinador, Magnus Norman, e pensou, inclusivamente, no final de carreira. Com a ajuda do preparador Pierre Paganini – que já trabalho com Federer – Stan deverá voltar no primeiro Major do ano.

Australian Open, o ponto de ignição

Se o arranque de 2018 é marcado por alguns solavancos, todos apontam baterias para o Australian Open, que será como que o verdadeiro ponto de ignição do ano. É lá que, por exemplo, Novak Djokovic e Milos Raonic deverão regressar em pleno. Raonic terminou a sua temporada em Tóquio e teve tempo para preparar a nova temporada, devendo ainda falhar Abu Dhabi, por estratégia. Mas o retorno mais esperado é o de Novak Djokovic.

O sérvio, ex-número 1 do mundo, está confirmado no Tie Break Tens, na Austrália, tal como Nick Kyrgios, como forma de preparar o primeiro Major do ano. Raonic acredita que o Nolan poderá, em 2018, atingir o mesmo patamar de Federer na época passada.

E Djokovic não fez por menos. Apostando tudo em 2018, o sérvio rodeou-se de nomes como Andre Agassi, Radek Stepanek e o analista Craig O’Shannessy. Tudo parece estar a ser pensado ao detalhe para devolver o sérvio novamente à liderança mundial. 2018 promete.


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