Arquivo de Fórmula 1 - Página 14 de 22 - Fair Play

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Luís PereiraMarço 28, 20213min0

Lewis Hamilton venceu o primeiro GP da temporada depois de resistir à pressão de Max Verstappen.

Verstappen mostrou que a velocidade demonstrada nos testes de pré-temporada não tinha sido ao acaso e controlou todos os treinos do GP do Bahrein. Na qualificação foi então natural então Verstappen ter chegado à pole, na frente de Lewis Hamilton.

No arranque da corrida Hamilton foi agressivo, mas não conseguiu ficar na frente de Verstappen, que tentou criar espaço entre si e o inglês.

Uma vez que Hamilton apenas conseguia ir acompanhando o ritmo superior de Verstappen, a Mercedes decidiu apostar numa estratégia que o faria parar mais cedo, mas que o deixaria com pneus mais desgastados no final da corrida. Dessa forma Hamilton ficou na liderança nas duas paragens que os pilotos da frente fizeram, com Verstappen a ter sempre de ir atrás do prejuízo.

Verstappen era claramente o mais rápido dos dois, a conseguir recuperar sempre de oito segundos de desvantagem. Só que apanhar Hamilton é uma coisa, ultrapassar Hamilton é outra.

O piloto da Mercedes teve de aguentar a imensa pressão de Verstappen nas últimas cinco voltas. Hamilton usou toda a sua experiência e colou o carro sempre no lugar certo.

Apesar disso o espírito combativo de Verstappen não o deixou desistir e a três voltas do fim quase teve a sua recompensa, ultrapassando Hamilton na curva 10, mas saindo de pista, o que o levou a devolver a posição ao inglês.

(foto: formula1.com)

No final Hamilton continuou a aguentar firme para cruzar a linha de meta em primeiro, conseguindo a primeira vitória do ano, logo na primeira corrida.

Verstappen sentiu que tinha mais do que andamento suficiente para ter vencido, mas a estratégia da Mercedes e a resistência de Hamilton foram o obstáculo. Apesar disso, Verstappen pode sentir que nunca esteve tão próximo de dar uma real luta aos Mercedes.

Bottas terminou em terceiro, sem ter o andamento para disputar pela vitória, na frente de um excelente Lando Norris. Norris mostrou que os McLaren estão rápidos, mas a luta pelo “melhor dos restantes” vai ser dura.

Perez foi uma das estrelas da noite ao terminar em quinto, já que teve de arrancar das boxes, por o seu carro ter falhado na volta de formação.

Em sexto ficou o melhor dos Ferrari, Charles Leclerc, numa corrida que mostrou que os problemas de potência de motor, que afligiram no ano anterior, estão ultrapassados.

Daniel Ricciardo estreou-se pela McLaren com uma sétima posição, uns furos a baixo do colega de equipa, mas que teve de lidar com sobreaquecimento do último jogo de pneus.

Estreia positiva também para Sainz na Ferrari, a conseguir pontuar, na frente do estreante Yuki Tsunoda, que se tornou o primeiro piloto japonês a pontuar na sua primeira corrida.

No geral foi uma corrida com muita ação e que promete um ano onde teremos, possivelmente, uma verdadeira luta pelo título.

GRANDE PRÉMIO DO BAHREIN

(foto: formula1.com)
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Gonçalo MeloMarço 24, 20217min0

Arranca já este fim de semana, no Bahrain, a temporada de 2021 da rainha dos desportos motorizados, a Fórmula 1. No ano que sucede ao ano mais atípico da história da modalidade, e que antecede o ano das grandes mudanças em termos de regulamentos e orçamentos, parece pairar no ar a ideia de uma temporada mais competitiva do que as anteriores.

Apesar de já estarmos acostumados ao constante “bluff” de Toto Wolf e da Mercedes, alguns especialistas afirmam mesmo que a Red Bull poderá este ano ter uma palavra mais forte a dizer na luta pelos primeiros lugares da grelha, devido à redução de downforce e ao aumento do peso permitido das unidades de potência de cada monolugar.

Na luta do meio do pelotão, várias equipas parecem estar em condições de batalhar por pontos. A McLaren e a nova Aston Martin partem aparentemente em vantagem na luta pelo terceiro lugar nos construtores, com a Alpine, a Ferrari, e quiçá a Alpha Tauri a estarem também dentro desta luta.

Por outro lado, a Alfa Romeo (este ano aparentemente mais rápida), juntamente com a Haas e a Williams, terão de trabalhar muito para pontuar com alguma regularidade.

Com base nisto, e no talento e capacidade dos pilotos, apontamos alguns pilotos que vão estar à altura, e outros que achamos mais provável virem a desiludir.

As confirmações

Daniel Ricciardo

Depois de dois anos na Renault, onde foi claramente o melhor piloto, batendo tanto Hulkenberg como Ocon, o Honeybadger transferiu-se para a “nova” McLaren, histórica equipa britânica que tem nos últimos anos deixado indícios de que o regresso à luta pelos primeiros lugares está para breve.

E dificilmente a McLaren poderia ter escolhido melhor piloto para dar continuidade a esta melhoria.

Ricciardo já provou ter o talento e a velocidade para se bater com os melhores por poles e por vitórias, e a sua capacidade nas ultrapassagens poderá ser decisiva caso o novo motor mercedes se mostre fiável (quem se lembra daquela corrida na China em 2018). Um sério candidato a lutar por pódios em 2021 na Fórmula 1.

Lando Norris

À semelhança do seu parceiro australiano, Lando Norris já mostrou ter os skills e o ritmo de corrida para ser uma presença assídua no pódio, caso o seu McLaren lhe dê essa possibilidade.

Um dos jovens mais empolgantes da grelha, terá em 2021 o objetivo de vencer o seu companheiro de equipa, algo que não conseguiu em 2019 e 2020 com Sainz, e, muito provavelmente, dificilmente vai conseguir com Ricciardo.

Sebastian Vettel

Novo ano, nova equipa, novo Seb. A pressão que sofria na Ferrari parecia ser impossível de ultrapassar, sendo que no último ano a situação escalou. Em 2021, u<dá-se uma mudança de ambiente com a chegada à Aston Martin, a antiga Racing Point, equipa que quer a médio prazo lutar pelo título, como já afirmou o seu dono, Lawrence Stroll.

Numa equipa que no ano passado tinha provavelmente o terceiro carro mais rápido da grelha, é de esperar que o tetracampeão do mundo volte aos dias bons, e que consiga voltar aos resultados e exibições que fazem dele um dos melhores de sempre da Fórmula 1.

Pierre Gasly

Depois da primeira vitória em 2020 em Monza, é esperado um ano de grandes resultados para o francês da Alpha Tauri. O jovem de 25 anos só tem mais um ano de contrato com a equipa secundária da Red Bull, e os relatos sobre o interesse da Alpine vão se intensificando.

Com um motor Honda cada vez mais afinado, Gasly promete estar de forma recorrente na luta pela Q3 e pelos pontos.

George Russell

Nenhum fã de fórmula 1 olha para George Russell sem sentir pena e revolta. O jovem britânico é um dos mais talentosos pilotos da grelha, e no ano passado, quando foi chamado a substituir Lewis Hamilton, fez pole e, não fosse um erro pouco comum e por isso muito suspeito da Mercedes nas boxes, teria também ganho a sua primeira corrida na primeira vez que pilotou o carro da marca alemã.

Para 2021, mais um ano ao volante de um Williams, que se espera mais competitivo, de modo a permitir a Russell amealhar alguns pontinhos ao longo da temporada.

 

As possíveis desilusões

Valtteri Bottas

Mais um ano com o privilégio de conduzir o melhor e mais rápido carro da grelha. E provavelmente mais um ano em que vai ser apenas escudeiro de Hamilton. Bottas sabe que o seu lugar apenas está garantido, uma vez que o finlandês não oferece qualquer tipo de concorrência ao campeão do mundo, algo que a Mercedes preza, sobretudo depois de experienciar aquele polémico ano de 2016.

Ainda assim, Bottas já fez questão de afirmar novamente que o seu objetivo é ser campeão do mundo, mas as melhorias aparentes dos Red Bull de 2021 vão provavelmente fazer com que acabe apenas em terceiro ou quarto na classificação.

Sergio Pérez

Uma das últimas confirmações para a época de 2021 foi a chegada de Checo Pérez à Red Bull. Será uma jogada de mestre da equipa austríaca? Ou será Checo apenas mais um piloto a ver a sua carreira estagnada devido à qualidade de Verstappen?

Todos sabemos que o jovem holandês é a cara da equipa, e que o objetivo de Christian Horner e da restante comitiva é dar a Verstappen condições de lutar pelo título. E bem! O holandês é um enorme piloto, e o ritmo de corrida que apresenta fez Pierre Gasly e Alex Albon parecerem pilotos medíocres. Qual a probabilidade das coisas serem diferentes com Pérez?

Carlos Sainz

O espanhol vem de dois excelentes anos na McLaren, mas o ambiente positivo a saudável a que está habituado, não irá encontrar em Maranello.

É visível que a Ferrari é uma casa a arder, sem um carro competitivo e com uma equipa liderada por pessoas sem carisma (Binotto) que não se importam de espezinhar pilotos com títulos conquistados e provas dadas na equipa, como aconteceu com Vettel e Raikkonen.

Acrescente-se que Carlos Sainz não tem o temperamento para aceitar ser número dois de ninguém (não foi para a Red Bull em 2019 muito por causa disso), e na Ferrari vai encontrar uma equipa que olha para Leclerc como o Messias que vai ser o novo Michael Schumacher, chegando, quem sabe ao número de títulos do alemão. Conseguirá Carlitos ultrapassar tudo isto e fazer uma boa época em 2021?

Fernando Alonso

Um veterano de regresso à Fórmula 1 e ao grupo Renault, para substituir aquele que foi o melhor piloto que a equipa francesa viu, provavelmente, desde o tempo do próprio Alonso ao volante de um Renault. Mas, aos 39 anos, a idade pode pesar. A Alpine não deverá ter um carro tão rápido como a McLaren e a Aston Martin, pelo que é exigido aos pilotos conduções soberbas para a equipa se manter na luta pelos 8 primeiros lugares.

Além disso, o seu temperamento complicado é uma imagem de marca, sendo que a McLaren começou a voltar ao topo precisamente depois da saída do espanhol.

Com outras equipas mais fortes pela frente, é de esperar um Alonso transtornado por não conseguir os pontos que deseja.

Sem mais a acrescentar, que venha a época 2021. Porque estamos em pulgas para ouvir “And it´s lights out, and away we go!”.

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Luís PereiraMarço 18, 20213min0

Os testes mais curtos de sempre da história da Fórmula 1 já terminaram. Apesar de ser sempre uma lotaria adivinhar quem estará mais rápido quando a época oficial arrancar dá sempre para tirar algumas ilações destes testes.

A McLaren foi a única equipa a mudar de unidade motriz, trocando o Renault pelo Mercedes. Apesar de ser a equipa que enfrentava o maior desafio para a presente época a McLaren mostrou-se em bom plano nos testes. O carro pareceu ter integrado bem o novo motor, mostrando fiabilidade e também velocidade. Apesar de a equipa não ter estado no topo das equipas a acumular quilómetros, o ambiente na garagem era de confiança e positivismo.

A mensagem passada foi de que a equipa fez muitas experiências e cumpriu todos os programas a que estava destinada.

Outra equipa que mostrou sinais positivos foi a Alpine. Apesar de Alonso ter sofrido um acidente de viação pouco tempo antes dos testes, Alonso foi dos pilotos que mais voltas fez, acumulando mais de 200 nos poucos dias de testes.

A Alpine também se destacou pelo diferente design da cobertura do motor, com uma aparência bem mais larga do que as restantes equipas. Falta saber se este design alternativo irá resultar.

Quem também saiu bastante satisfeita dos testes foi a Alfa Romeu. Revitalizada por nova potência de motor fornecido pela Ferrari, a Alfa Romeo quebrou o recorde de voltas feitas num teste de pré-temporada. Com base nestes resultados a equipa espera poder competir no meio do pelotão.

(foto: formula1.com)

Destaque também para a Ferrari, que teve um teste bem diferente do ano passado. No ano passado era bem claro que havia um problema de velocidade de ponta, devido às alterações que tiveram foram impostas pela FIA.
Este ano não parece haver o mesmo problema, com a velocidade de ponta de volta ao “normal”.

Os sempre favoritos e Campeões em título, Mercedes, tiveram um teste negativo. Problemas de fiabilidade estiveram sempre presentes, apesar de a velocidade nunca ter dado sinais negativos. Apesar de ter sido um teste bem aquém do que a Mercedes costuma fazer, a verdade é que a equipa germânica terminou o teste a dizer que sabia identificar e resolver os problemas causados.

Base dos problemas da Mercedes tiveram origem na caixa de velocidades, caixa essa que também foi causa de problemas para a nova Aston Martin. A antiga Racing Point, que usava os modelos da Mercedes, teve um teste que serviu para ambientar Vettel à nova equipa, apesar de ter sido o piloto que menos voltas fez.

A equipa que saiu motivada do teste foi a Red Bull. O teste correu às mil maravilhas, mostrando um carro que parece ser menos nervoso do que o seu antecessor e com um novo motor Honda, num último esforço para a marca nipónica antes de abandonar a F1 no final deste ano.

Será que vai ser este ano que iremos ter um duelo entre Hamilton e Verstappen? Conseguiram a McLaren e a Ferrari voltar às vitórias? Irá Alonso conseguir voltar ao pódio neste regresso à F1? Há muita expetativa por esta temporada de Fórmula 1.

(foto: formula1.com)
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Luís PereiraFevereiro 26, 20212min0

A Fórmula 1 começa a mostrar os primeiros monolugares para 2021.

Apesar de os carros serem, por lei, os mesmos da temporada anterior, as equipas de F1 começam a mostrar os seus monolugares para a próxima época.

Naturalmente os carros são virtualmente os mesmos, com poucas, mas ainda assim algumas alterações.

A primeira equipa a mostrar o seu carro foi a McLaren, que também será aquela com maiores diferenças, uma vez que é a única equipa com mudança de motor. A McLaren decidiu voltar a usar o motor Mercedes.

(foto: formula1.com)

Quem também já apresentou o seu novo monolugar foi a Alpha Tauri, com uma mudança na pintura do carro a ser o maior destaque.

(foto: formula1.com)

Também a Alfa Romeo trouxe um esquema de cor alterada, mas a grande aposta da equipa será no revitalizado motor Ferrari.

(foto: formula1.com)

A última equipa a apresentar o seu carro para 2021 foi a Red Bull. A Red Bull, desta vez sem o patrocínio da Aston Martin, que vai se estrear este ano na F1, vai ter uma melhoria da Honda, que decidiu apostar forte no último ano que vai estar na F1.

(foto: formula1.com)

As próximas equipas a mostrar os novos carros serão a Mercedes e a Alpine, com a Ferrari a apresentar apenas a 10 de março.

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Luís PereiraJaneiro 27, 20213min0

A McLaren terminou o ano de 2020 no terceiro lugar do Campeonato do Mundo de Construtores, a posição mais alta desde 2012. Poderá a McLaren vir a ser uma candidata ao título?

Apesar de ser uma referência histórica na F1 a McLaren enfrenta a fase mais negativa da sua história. A equipa britânica está desde 2012 sem uma vitória e sem um título desde 2008, quando Hamilton venceu o seu primeiro título de Campeão do Mundo. Desde 2012 a equipa passou por muitas fases difíceis, desde o desastre da era Honda, até à guerra interna, que afastou o histórico Ron Dennis, depois de 37 anos à frente da equipa.

Para colocar a equipa de novo em espiral ascendente a equipa fez uma restruturação, contratando para chefe de equipa Andreas Seidl da Porsche e James Key para Diretor Técnico, vindo da Toro Rosso. Seidl teve o trabalho de ver o que estava a funcionar mal na estrutura da equipa e definir prioridades.

(foto: formula1.com)

Umas das prioridades vai se refletir já em 2021, com a nova unidade motriz, da Mercedes. Seidl disse que para chegar ao topo são necessários os melhores componentes num carro, e o melhor motor é o Mercedes. Daí a McLaren voltar a usar o motor germânico, que tem dominado a F1 nesta era híbrida.

Outra prioridade era apostar na nova mudança de regras que vai surgir na F1 em 2022. Para isso a McLaren decidiu usar grande parte dos recursos em pista não só para melhorar a performance em pista de 2020, mas em modelos que seriam uteis em 2021, mas também na época seguinte.

O resultado foi uma equipa focada e em harmonia, a saber quais as fraquezas e forças do monolugar. Isso levou a equipa a conseguir resultados fortes, em pódios, que até poderiam ter-se traduzido em vitórias, como em Monza, tivesse a balança da sorte um pouco mais balanceada para os lados de Woking.

Para ajudar esta recuperação muito contribuíram uma dupla de pilotos bastante cooperativa, o que ajudou a equipa a desenvolver melhor o carro. Apesar dos ótimos resultados, a dupla de Lando Norris e Carlos Sainz não vai continuar, já que o espanhol vai para a Ferrari, e para o seu lugar a McLaren contratou Daniel Ricciardo.

Mas a grande aposta será na melhoria das infraestruturas da equipa, como num novo túnel de vento e simulador. O futuro da equipa esteve em dúvida. Devido à pandemia o modelo de negócio do grupo McLaren ficou debilitado, mas com a ajuda de novos investidores a equipa está com a confiança em alta.

O ano de 2021 será interessante, com o novo motor e nova dupla de pilotos, mas o objetivo real da McLaren é 2022 e para ver frutos ainda vamos ter de esperar.

(foto: formula1.com)

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Luís PereiraDezembro 13, 20203min0

No regresso de Lewis Hamilton à competição, recuperado de COVID-19, foi Verstappen que surpreendeu e assegurou a pole, a primeira do ano de um carro com motor não Mercedes.

Numa pista onde é notório a dificuldade em ultrapassar, a pole foi um fator determinante para a Red Bull, que só tinha de assegurar um bom arranque e uma estratégia segura.

E foi isso que Verstappen fez. Verstappen arrancou bem e partiu para uma corrida tão controlada que a meio da corrida o holandês dizia que poderia baixar a potência do motor Honda (algo impensável há uns anos).

Com a segunda vitória da temporada, Verstappen conseguiu vencer os dois Mercedes, que fecharam o pódio, com Bottas em segundo e Hamilton em terceiro.

Bottas, apesar de ter ficado na frente de Hamilton, nunca pareceu ser ameaça para Verstappen e vai precisar de recarregar baterias se quer desafiar Hamilton na luta pelo título de 2021.

Hamilton, recuperado de COVID-19, admitiu que não se sentia ainda 100% recuperado e também ele não conseguiu andar perto de Verstappen nem de Bottas.

Alex Albon ficou em quarto, não muito distante de Hamilton, mas sem conseguir ser uma verdadeira ameaça. Albon fez o que pode nesta corrida para manter o lugar na Red Bull para o próximo ano, lugar esse que pode vir a ser de Sérgio Pérez.

Em quinto e sexto lugares ficaram os pilotos da McLaren, Lando Norris e Carlos Sainz. Foi o resultado que a equipa britânica precisava, já que partiu ara esta corrida em quarto lugar no campeonato, mas desta forma terminaram em terceiro, na melhor posição para os antigos Campeões do Mundo desde 2012.

Ricciardo terminou em sétimo, no que não foi uma má corrida para o australiano, mas sem os pontos suficientes para a Renault ganhar a luta pelo terceiro lugar.

Gasly ficou na oitava posição, na frente de Ocon, e ambos ganharam a luta a um desinspirado Lance Stroll, que não conseguiu lutar para conseguir mais pontos para a Racing Point.

Destaque para a última corrida de Vettel pela Ferrari, fora dos pontos, um final cinzento numa história que ainda lutou por campeonatos, mas não conseguiram bater a dupla Hamilton/Mercedes.

A temporada de 2020 acaba com uma vitória da Red Bull, mas a época foi marcada pelo domínio fortíssimo da Mercedes, num ano atípico, por causa da pandemia.

2021 vai ser uma época mais normal a nível de corridas e calendário, mas onde as equipas irão utilizar os monolugares deste ano, antes da introdução de novos carros em 2022.

GRANDE PRÉMIO DE ABU DHABI

(foto: formula1.com)

CAMPEONATO MUNDIAL DE PILOTOS

(foto: formula1.com)

CAMPEONATO MUNDIAL DE CONSTRUTORES

(foto: formula1.com)
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Luís PereiraDezembro 8, 20203min0

É a primeira vitória do piloto mexicano, depois de 190 corridas na F1, e logo numa fase em que Pérez não sabe se vai estar na F1 no próximo ano.

Toda a emoção do GP em Sakhir começou antes de toda a ação em pista, com o anúncio de que Lewis Hamilton estava infetado com COVID-19. A Mercedes decidiu escolher Russell para o lugar do campeão do Mundo e o jovem britânico não demorou a mostrar que queria agarrar a oportunidade.

Russell partiu do segundo lugar da grelha, atrás de Bottas, mas logo no arranque ultrapassou o finlandês, ficando na liderança da corrida. Atrás da luta pelo primeiro lugar, houve um incidente, com toque entre Leclerc, Verstappen e Pérez.

Dos três, Pérez foi o único a conseguir continuar em corrida, mas na última posição. Pérez não deu a corrida como perdida e começou uma corrida de recuperação. Enquanto isso, a corrida era controlada, calmamente por Russell, com Bottas longe do seu alcance e Carlos Sainz um distante terceiro.

Russell levava uma corrida serena e controlada, que tudo parecia estar a correr muito bem, só que o destino quis pregar uma partida. O Williams que geralmente é conduzido por Russell, este fim de semana conduzido por Aitken, ficou sem asa e no meio da pista, o que trouxe um safety car.

Apesar da enorme vantagem que os Mercedes tinham, a Mercedes cometeu um erro capital e tentou uma dupla paragem com os dois pilotos, só que no meio da confusão, a Mercedes colocou os pneus errados em Bottas e em Russell.

A confusão levou a que Russell tivesse de parar outra vez e Bottas com pneus bastante usados e no meio do pelotão, com Bottas em quarto e Russell em quinto.

Bottas não tinha pneus para lutar ou subir, já Russell ia ganhando lugares, até subir ao segundo posto, atrás de Pérez. O mexicano tinha conseguido subir bastantes lugares, mas com o timing perfeito, conseguiu ficar na frente quando os restantes pilotos param no safety car.

Russell parecia estar com andamento para apanhar Pérez, mas o azar voltou a bater-lhe à porta e Russell teve de parar novamente, com um furo.

Com isto o pódio ficou fora do alcance de Russell e deixou a corrida no controlo de Pérez. Não só foi a primeira vitória do mexicano, foi também a primeira da Racing Point, que para o próximo ano será a Aston Martin.

No pódio também houve outra estreia, com Esteban Ocon em segundo, com mais um pódio para a Renault, e a fechar o pódio ficou Lance Stroll, que deu um excelente resultado para a Racing Point.

Em quarto ficou Carlos Sainz, seguido de Ricciardo, os principais prejudicados do timing do safety car. Russell ainda conseguiu recuperar até aos pontos, terminando em nono, mas ficando a suspirar pelo que poderia ter sido a primeira vitória ou pódio do britânico.

Ainda não se sabe Hamilton voltará para a última corrida em Abu Dhabi, o que pode querer dizer que esta talvez não tinha sido a última oportunidade de Russell.

GRANDE PRÉMIO DE SAKHIR

Grande Prémio de Sakhir

CAMPEONATO MUNDIAL DE PILOTOS

Campeonato Mundial de Pilotos

CAMPEONATO MUNDIAL DE CONSTRUTORES

Campeonato Mundial de Construtores

 

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Luís PereiraDezembro 1, 20203min0

A grande história desta corrida ficou marcada logo no início da corrida, quando no arranque se deu um grande acidente envolvendo Grosjean.

O piloto francês da Haas estava a tentar ultrapassar Kvyat, só que a roda traseira bateu na roda dianteira do AlphaTauri, o que levou o Haas de Grosjean a sair de pista e bater de frente nas barreiras.

No momento do embate temeu-se o pior, já que no momento do embate o monolugar partiu-se em dois e incendiou-se. Felizmente o carro médico estava logo atrás do acontecimento, que ajudou a apagar as chamas, o que facilitou a saída de Grosjean do monolugar, que estava enfaixado nas barreiras.

Apesar do enorme susto a corrida teve de ser imediatamente interrompida com bandeira vermelha. Felizmente Grosjean, apesar de abalado, conseguiu sair pelo próprio pé, com suspeitas de queimaduras leves e costelas partidas.

Este embate foi uma demonstração do sempre real perigo que existe no desporto motorizado, mas também dos avanços que vão sendo feitos em prol da segurança. Grosjean foi salvo pelo então controverso halo.

Grosjean a sair do seu monolugar
(foto: formula1.com)

Reatada a corrida, Lewis Hamilton dominou completamente a corrida, não dando qualquer hipótese a Max Verstappen de sequer ser uma ameaça. Foi assim a 11ª vitória de Hamilton esta época, cimentando aquilo que foi uma época de total domínio.

Verstappen teve de se contentar com o seu segundo lugar, já que o seu andamento não dava para chegar-se a Hamilton, mas foi sempre superior aos restantes.

Albon ficou em terceiro, conseguindo a Red Bull levar dois carros ao pódio, depois do azar de Sérgio Perez. Perez ia a caminho de mais um pódio, só que a duas voltas do fim o motor Mercedes do seu Racing Point deu as últimas.

O azar de Perez também foi benéfico para a dupla da McLaren. Norris e Sainz já estavam a fazer boas corridas, com ultrapassagens e bom andamento, mas com este resultado, aliado à não pontuação da Racing Point, a McLaren subiu ao terceiro lugar do Campeonato de Construtores.

Pierra Gasly foi o único piloto a fazer uma única paragem e com isso conseguiu um ótimo sexto lugar, na frente do Renault de Ricciardo.

A fechar o top 10 ficaram o apagado Bottas, Ocon e Leclerc, em mais uma corrida em que lutou contra o pouco andamento dos Ferrari.
A F1 vai se manter no Bahrain para a próxima corrida, mas onde vai experimentar um traçado novo.

GRANDE PRÉMIO DO BAHRAIN

GP do Bahrain
(foto: formula1.com)

CAMPEONATO MUNDIAL DE PILOTOS

Campeonato de Pilotos
(foto: formula1.com)

CAMPEONATO MUNDIAL DE CONSTRUTORES

Campeonato de Constutores
(foto: formula1.com)

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