Em busca da conquista final
Arrancou este sábado, dia 9, e prolonga-se até domingo, 17, mais uma edição do ATP Finals. Um torneio que, este ano, serve também para definir quem acaba 2019 como líder da hierarquia mundial.
Novak Djokovic é, porventura, o grande favorito à conquista do último grande troféu do ano. Mas não terá tarefa fácil. Num grupo com Federer, Thiem e Berretini, o sérvio começou por ganhar ao italiano por 6-2 e 6-1. Vencedor do ATP Finals por 5 vezes, apenas o suíço tem mais troféus. O sérvio quer, por isso, repetir uma vitória que foge desde 2015, até porque isso representaria voltar a ser número 1 mundial.
Menos bem esteve Roger Federer. O suíço entrou a perder diante Dominic Thiem. O austríaco mostrou que, depois do Big-3, é o mais consistente do mundo. O número 5 mundial preciou de 1h40 para ganhar por duplo 7-5. Há oito anos que Federer não vence o ATP Finals. O suíço é o tenista que mais vezes disputou o torneio. Este ano representa a sua 17ª participação. Em 73 partidas venceu 52 e perdeu 16, a contar com a deste final de semana. Ao todo, Federer ganhou 6 títulos (2003, 2004, 2006, 2007, 2010, 2011) e perdeu 4 finais (2005, 2012, 2014, 2015).
Com esta vitória, Dominic Thiem fica mais perto de alcançar, pela primeira vez, um lugar entre os 4 melhores do torneio. Até o momento, ele foi eliminado em todas as oportunidades na fase de grupo.
Nadal tenta vitória inédita
No outro grupo, Rafael Nadal é o grande favorito. O atual número 1 mundial tenta, em Londres, um título inédito em sua carreira. Uma falha importante num dos maiores currículos da história da modalidade. Ainda assim, o espanhol garante que não é obsessão. E o seu grupo, reconheça-se, apresenta muitas barreiras. Medvedev, Zverev e Tsitsipas, são rivais que atravessam fases diferentes. Esta segunda-feira, o espanhol entra em court para jogar com o alemão, campeão em título. Em 2019, Zverev venceu apenas em Genebra.
O treinador do Nadal, Carlos Moya, garante que ele está a 100%. Mais do que vencer pela primeira vez o ATP Finals, o espanhol precisa de ganhar para se manter como número 1 mundial.
Já Medvedev e Tsitsipas são estreantes no torneio. O grego esteve em foco no primeiro semestre do ano, com vitórias no Estoril e em Marselha. Já o russo tem estado intratável no segundo semestrel. Para além de finalista do US Open, venceu dois Masters 1000.
O ATP Finals este ano tem ainda a particularidade de cruzar duas gerações. Fededer, Nadal e Djokovic, que andam no topo há mais de uma década, e por outro lado, cinco jogadores em que o mais velho (Thiem) tem 26 anos.
“Roger, Rafa e Novak, que são lendas absolutas do nosso esporte por muito tempo, e meio que todos nós crescemos assistindo a eles vencerem tudo que é possível”, lembrou Zverev. Uma ideia partilhada também pelo estreante Tsitsipas.
Os veteranos são, ainda, os favoritos, mas só no próximo domingo se saberá se chegou a vez da nova geração.