Arquivo de Dominic Thiem - Fair Play

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André Dias PereiraJulho 28, 20222min0

Casper Ruud renovou o título de Gstaad, conquistado o ano passado. O norueguês, número 6 do mundo, venceu a final, de virada, diante Matteo Berrettini: 4-6, 7-6, 6-2.

Apesar de o torneio, de categoria 250, ter vários bicampeões, a verdade é que o último a fazê-lo de forma consecutiva foi Sergi Bruguera (1992-94). O título de Ruud vem reforçar a boa temporada do norueguês. São, para já, três títulos em 2022 (Gstaad, Geneve e Buenos Aires) e 9 na carreira, para além das finais do Masters de Miami e Roland Garros.

Mas a verdade é que Casper Ruud parece ter uma relação de amor com a Suíça. São para já 16 vitórias consecutivas entre os torneios de Gstaad e de Genebra. Isso quer dizer que nunca experimentou o amargo da derrota em terras helvéticas.

Em Gstaad deixou para trés rivais como Jiri Lehecka (6-3, 6-4), Jaume Munar (duplo 7-6), Albert Ramos-Viñola (6-2, 6-0) e, claro Metteo Berretini (4-6, 7-6, 6-2). Ruud fez um torneio sem sobressaltos, só cedendo um set em todo o torneio. E foi precisamente na final.

Berrettini, campeão do torneio em 2018 e que este ano já ganhou em Estugarda e em Queen’s, também deixou para trás adversários como Richard Gasquet, Pedro Martinez e Dominic Thiem. O austríaco, campeão em 2015, está longe do seu melhor momento na carreira, mas está em crescendo. Em Gstaad alcançou a sua primeira semi-final em 14 meses. Thiem é agora 199 do mundo. Um número longe do top-3 mundial que já ocupou mas que representa uma evolução de 140 posições em duas semanas. Isto porque chegou também aos quartos de final em Bastad, encotrando-se, esta semana, a jogar o torneio de Kitzbuhel. Recorde-se que Thiem esteve 9 meses afastado do circuito por lesão no punho, chegadno a somar 11 derrotas consecutivas.

A regularidade de Viñolas

Quem também fez um bom torneio foi Albert Ramos-Viñolas. O espanhol é um daqueles casos dos quais se sabe sempre o que esperar. Não é um jogador de picos, mas também não é de baixos. E é sempre perigoso. O ano passado, recorde-se, venceu o Estoril Open e este ano já ganhou em Cordoba, Espanha.

Campeão de Gstaad em 2019, este ano voltou às meias-finais mas não conseguiu levar a melhor sobre Berrettini. Ainda assim, eliminou Dominic Stricker e Nicolas Jarry.

O torneio de Gstaad joga-se desde 1968 e os seus maiores vencedores são os  espanhóis Sérgio Bruguera (1992, 1993 e 1994) e Alex Corretja (1998, 2000 e 2002).

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André Dias PereiraMaio 25, 20211min0

Stefanos Tsitsipas conquistou em Lyon o seu sétimo título como profissional. E o segundo de 2021. O grego já tinha ganho em Monte Carlo e agora volta a vencer em França.

Mais do que o título, Tsitsipas dá um aviso que está em um grande momento de forma e que pode ser, sim, um forte candidato a Roland Garros, na próximas semana. Aos 22 anos, é um dos mais sólidos jogadores do circuito. Com finais e títulos relevantes, como o Masters Final em 2019.

Agora, em Lyon, voltou a dar uma demonstração de força; Contra Cameron Norrie, o grego venceu por duplo 6-3, somando mais 250 pontos, que consolida o seu quinto lugar na hierarquia. Para trás deixou adversários como Toomy Paul, Yhioshihito Nishioka e Lorenzo Mussetti. Mas o torneio contou com outros nomes de peso como Dominic Thiem, Gael Monfils ou Gasquet.

Apesar da derrota na final, Cameron Norrie tem razões para sair feliz de Lyon. O britânico jogou a sua terceira final, a segunda deste ano. Recorde-se que Norrie foi finalista vencido no Estoril, em Portugal. Os resultados mostram que está em uma boa fase, tendo derrotado o favorito Dominic Thiem em Lyon, por 6-3 e 6-2.

As baterias estão agora apontadas para Roland Garros

 

 

 

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André Dias PereiraFevereiro 5, 20213min0

Um caso positivo de Covid-19 no hotel onde os tenistas estão instalados fez disparar os alarmes. Mais de 600 pessoas foram colocadas em quarentena. Especulou-se sobre a realização do primeiro Grand Slam do ano, mas o que é certo é que vai mesmo acontecer e arranca segunda-feira, dia 8. A menos que, até lá, aconteça algo que mude a situação drasticamente. Por enquanto, os jogadores estão em risco moderado.

Sob o signo do Covid, esta edição torna-se, por isso, mais imprevisível. Todos os olhares estarão centrados em Novak Djokovic. O sérvio é número 1 mundial e recordista de títulos em Melbourne. Campeão em 2020, o sérvio é, ainda, o maior favorito, mas não incontestado. Campeão em título, Djokovic tenta aumentar a sua lenda na Austrália e reduzir distâncias para os 20 Majors de Federer e Nadal.

O sérvio não terminou 2020 da melhor maneira e muito dependerá da forma como se encontra agora. Mas já deu para notar, no final de 2020, que outros nomes podem hoje encarar o sérvio e jogar para ganhar. O principal é ainda Rafael Nadal. O espanhol também procura se isolar como o maior campeão de majors, mas terá que melhorar o que fez na edição passada. Em 2020, o maiorquino caiu nos quartos de final perante Dominic Thiem. O austríaco é número 3 mundial e foi finalista vencido o ano passado, ganhando ainda o US Open. É por isso um dos favoritos a estrear-se a ganhar em Melbourne. O ano de 2020 foi, aliás, o melhor da carreira de Thiem. No final do ano foi também finalista vencido no Masters Final. A sua versatilidade em diferentes tipos de court, tornam-no muito difícil de bater, seja em que contexto for.

Os Outsiders

É preciso ter também em conta a armada russa. Daniil Medvedev e Andrey Rublev já mostraram ter capacidade para altos voos. Nos últimos dois anos Medveded ganhou nada menos que seis títulos, entre eles, em 2020, o Masters Final e o ATP Paris. A sua frieza, serviço forte e versatilidade tornam-no um candidato a chegar muito longe não apenas em Melbourne mas ao longo de todo 2021. Será, pois, interessante acompanhar a sua evolução após o brilhante 2020. Já Andrey Rublev tem vindo a evoluir muito. Não foi feliz no Masters Final mas 2020 conquistou 3 títulos ATP: Hamburgo, Viena e São Petersburgo. Rublev é top-10 e é o desafiante a outros nomes como Tsitsipas, Zverev ou Federer. O suíço, recorde-se, está fora do Australian Open, ainda a recuperar de 2 operações.

Um nome que também será interessante manter no radar é Jannik Sinner. Longe de estar entre os favoritos, o italiano, 19 anos, alcançou os quartos de final no último Roland Garros. Foi convidado por Nadal para treinar após o retorno do ténis na sequência da pandemia, e revela uma calma e maturidade muito acima da idade.

Independente de nomes, tudo pode acontecer, sobretudo em contexto de Covid. A qualidade do ténis, contudo, está assegurada.

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André Dias PereiraJaneiro 25, 20213min0

O ano de 2020 fica para a história, não só do ténis mas do desporto em geral, como o mais desafiador para todas as organizações. O arranque da época de 2021 não promete, pelo menos para já, ser diferente. Para enquanto, o Australian Open foi adiado para 8 de fevereiro e a ATP Cup encurtada para o período entre 1 e 5 do mesmo mês. É ainda cedo para se falar em outras competições mas é possível que o clima de incerteza continue a ser feito mês a mês. Isso certamente, também tem impacto na preparação da temporada e rendimento dentro dos courts.

São vários os questionamentos que se fazem nesta altura da temporada. Agora, em 2021, mais ainda. O principal é saber se o big-3 ainda continuará a dominar a cena do ténis. Ou se é possível termos novas figuras no topo da hierarquia. Por ora, Novak Djokovic e Rafael Nadal são as únicas certezas num ano incerto. O sérvio e o espanhol ocupam ainda as duas primeiras posições com Dominic Thiem a espreitar de perto, no terceiro posto.

A recuperar de 2 cirurgias Roger Federer está afastado do Australian Open e deste início de temporada. Aos 39 anos ainda não dá para descartar do suíço, mas é pouco crível que possa voltar a liderar o ranking. Com 20 títulos Major é o recordista do circuito. Há muito que já não se apresenta como o maior favorito a ganhar um Grand Slam mas não seria totalmente surpreendente se ainda ganhasse mais 1 até se aposentar. Com 19 Majors, Nadal pode igualar ou até ultrapassar esse registo em 2021. É, outra vez, um dos principais candidatos a ganhar o Australian Open e, sobretudo, a vencer Roland Garros.

A força mental de Djokovic levada ao limite

Mas há, também, Djokovic. O sérvio tem-se apresentado, nos últimos anos, como o mais regular. Contudo, a sua resiliência e força mental será testada como nunca antes. Após os eventos da Adria Cup, que culminaram na infeção de vários tenistas e staff, o sérvio tem sido alvo de duras críticas. Mais, o sua impopularidade tem crescido . Se, em outras ocasiões, Nolan se tem valido disso para fortalecer o seu jogo, o Masters Final mostrou um lado do sérvio poucas vezes visto: desatento, de cabeça quente e a cometer demasiados erros não forçados.

Dominic Thiem, Daniil Medvedev têm sido, nos últimos dois anos, os grandes desafiantes ao big-3. O austríaco é já número 3 mundial, a morder os calcanhares a Rafael Nadal. Thiem é também tido como o sucessor do espanhol no reinado da terra batida. Em 2020 venceu ainda o US Open, o seu primeiro Major. É um dos mais consistentes do circuito e candidato a ganhar qualquer Grand Slam. O ano passado foi ainda finalista vencido em Melbourne.

Entretanto, o russo foi o campeão do Masters Final em sua segunda participação. Medvedev viveu o período incrível em 2020. Para além dos triunfos do ATP Finals e ATP Paris, ganhou 4 títulos em 2019 e 3 em 2018. Outros tenistas, como Tstsipas, Rublev, Zverev ou Schwartzman deverão também se manter no topo da cena do ténis mundial, causando sensação aqui e ali.

Mas, outra vez, tudo dependerá da evolução e impacto da pandemia no circuito que, por agora, mantém ainda o público fora dos courts.

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André Dias PereiraJaneiro 11, 20211min0

As presenças de Novak Djokovic, Dominic Thiem e Rafael Nadal foram confirmadas para a ATP Cup. Trata-se da prova que substitui a Davis Cup e que marca o arranque da nova temporada. Com o Australian Open, este ano, a jogar-se em Fevereiro, a competição de seleções é uma forma de os jogadores começarem a melhor forma física.

Por enquanto, os 3 primeiros do ranking mundial estão garantidos numa prova que se jogará de 1 a 5 de Fevereiro, uma semana antes do Australian Open. Por motivos de segurança, a competição reúne 12 seleções ao invés de 24, em Melbourne Park.

Sérvia, Áustria, Argentina, Alemanha, Espanha e Itália são seleções confirmadas. Rússia, Grécia, Japão, França, Canadá e Austrália estão ainda por confirmar.

Isto quer dizer que muitos dos grandes nomes do circuito vão estar presentes. Sérvia, Espanha e Argentina são, entre as conhecidas, as grandes favoritas ao título. A Sérvia é a campeã em título e tenta agora renovar essa condição. Para além do número 1 mundial, tem também em suas fileiras Dusan Lajovic, Filip Krjinovic e Nicola Cacic.

Finalista vencida em 2020, Espanha apresenta-se com uma equipa experiente. Liderada por Nadal, Espanha confirmou as presenças de Bautista Agut, Carreno Busta e Marcel Granollers. Já a sempre competitiva Argentina assegurou as presenças de Diego Scwarzman, Guido Pella e Horácio Zeballos.

Por enquanto ainda não é conhecido o sorteio da ATP Cup e algumas coisas podem ainda mudar em função da evolução do Covid19. As seleções são compostas por jogadores que jogam o quadro principal do Australian Open.

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André Dias PereiraNovembro 24, 20203min0

Não foi exatamente uma surpresa, mas, concordamos, também não era o esperado. O título do ATP Finals de Daniil Medvedev confirma o que nos últimos anos tem vindo a pronunciar-se. O melhor tenista da (ótima) geração russa, com capacidade de ser top-3 e estar na primeira linha para suceder ao Big-3.

Aos 24 anos, Medvedev vive o melhor momento de sua carreira. Venceu pela primeira vez o ATP Finals, depois de ter ganho o ATP Paris. É número 4 do mundo e está apenas a 655 pontos de Dominic Thiem, terceiro classificado de uma lista liderada por Novak Djokovic.

O austríaco, aliás, foi o tenista vencido na final de domingo: 4-6, 7-6 e 6-4. Thiem volta a perder uma final depois de ter caído em 2019 para Stefanos Tsitsipas. E, diga-se, até começou bem. No primeiro set, conseguiu quebrar um serviço ao russo e controlar a vantagem para vencer por 6-4. Só que a frieza, precisão e força mental de Medvedev fizeram a diferença nos sets seguintes. Aliás, o russo está a tornar-se conhecido por não festejar as suas vitórias. Após o triunfo, limitou-se a cumprimentar o rival. A explicação deve-se a problemas com o público durante o US Open de 2019. À época teve problemas logo no seu primeiro encontro, tendo sido vaiado por mau comportamento. O russo chegaria até à final, onde perdeu para Nadal, naquele que era, até aqui, o seu melhor resultado. Ainda assim, diga-se, acumula já 9 títulos ATP desde 2018.

Thiem termina como número 3

O percurso de Medveved em Londres foi imaculado, vencendo todos os jogos. No mais, o russo tornou-se apenas o quarto jogador nos últimos 30 anos a derrotar os três primeiros do ranking mundial, na mesma semana. Em um ATP Finals foi, no mais, a primeira vez que aconteceu. “É incrível vencer o top 3 aqui. São os melhores jogadores do mundo. Isso significa muito e mostra do que sou capaz quando estou a jogar bem”, disse o russo.

Incluído em um grupo com Djokovic, Zverev e Schwartzman, o russo não apenas ganhou todos os jogos como não cedeu qualquer set. Nas meias-finais, deixou para trás Rafael Nadal. O espanhol continua em busca do seu primeiro ATP Finals, o grande título que lhe falta. E, tal como Thiem, ganhou o primeiro set, só que Medvedev buscou a reviravolta: 3-6, 7-6, 6-3.

Thiem também confirmou o bom momento que atravessa, repetindo a final de 2019. Num grupo com Nadal, Rublev e Tsitsipas, o austríaco proporcionou, talvez, o melhor jogo do torneio e um dos melhores do ano contra o espanhol, ganhando por duplo 7-6. E nas meias-finais ultrapassou Novak Djokovic.

O austríaco termina a temporada como número 3 mundial e campeão do US Open. Um grande ano desportivo, apesar de tudo.

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André Dias PereiraOutubro 13, 20204min0

Um rei nunca perde a sua coroa, diz o ditado popular. Em vésperas da final de Roland Garros, Goran Ivanisevic disse que Nadal não teria chances contra o Novak Djokovic. O resultado não apenas desmentiu categoricamente o campeão Wimbledon de 2001, como mostrou que ninguém está perto de Nadal, quando se fala em terra batida.

Nadal alcançou este domingo uma das suas maiores vitórias na carreira. No conteúdo e na forma. Pela maneira como foi conseguida e por tudo o que representou. O resultado de 6-0, 6-2 e 7-5 só foi possível devido a uma exibição de excelência do maiorquino. Porventura, uma das melhores de sua carreira, ao ponto de, perto do final do segundo set, ter apenas 1 erro não forçado.

O espanhol era, de resto, o grande favorito a vencer o torneio dos mosqueteiros. Ainda assim, tinha desafios acrescidos. Depois de seis meses parado, o espanhol chegou a França com apenas 3 jogos realizados no período pós pandemia. Para trás ficou também a eliminação por Diego Schwartzman no torneio de Roma. No mais, Nadal reajustou as contas com o argentino nas meias-finais de Roland Garros: 6-3. 6-3 e 7-6. Diga-se, contudo, que Schwartzman fez um grande torneio, atingindo pela primeira vez esta fase de um Grand Slam. Para trás, tinha deixado outro favorito: Dominic Thiem: 7-6 (7-1), 5-7, 6-7 (6-8), 7-6 (7-5) e 6-2. Com isso, o argentino está agora em oitavo lugar no ranking ATP.

Até então o caminho de Nadal tinha sido tranquilo, com vitórias sobre Egor Garasimov, Mckenzie McDonald, Stefano Travaglia, Sebastian Korda e Jannic Sinner. Ao longo do torneio, Nadal não perdeu qualquer set.

Quando se fala em terra batida ninguém na história é maior que Rafa Nadal. O triunfo sobre Djokovic foi o 100 na carreira do maiorquino, em Paris. Ele é, inegavelmente, o maior nome da competição. Com este título são já 13 em Roland Garros. Para se ter noção da diferença do espanhol para os outros, Bjorn Borg, com seis vitórias, é o segundo maior vencedor.

Nadal iguala Federer

O triunfo deste domingo coloca Rafa Nadal lado a lado com Roger Federer com 20 Grand Slam. O suíço não perdeu tempo em parabenizar o espanhol, o seu grande rival, lembrando que foi precisamente essa rivalidade que puxou pelos dois e também pelos outros adversários. Agora, os dois compartilham o recorde de Majors. A pergunta que se coloca é quem terminará a carreira com mais triunfos. O favorito é Nadal, porque é mais novo e porque não é expectável que alguém o possa vencer, em condições normais, em Roland Garros. A recuperar de uma lesão, Federer não jogará mais até final da temporada. Aos 39 anos, é difícil acreditar que possa vencer muito mais Majors, embora o suíço sempre pareça surpreender e chegar a decisões. E depois há ainda Djokovic. Aos 33 anos, tem tudo para continuar a emplacar Majors na relva e piso rápido.

Muito dependerá, claro, de como se organizará o ténis pós-pandemia. Em Paris, o sérvio foi competente, apesar de alguns sobressaltos com Tsitsipas, nas meias-finais (6-3, 6-2. 5-7, 4-6 e 6-1) e Carreño Busta, nos quartos de final: 4-6 6-2 6-3 6-4.

Iga Swiatek, o meteoro polaco

Se entre os homens, Nadal continua a fazer história, entre as mulheres há um novo nome na parada. Iga Swiatek tornou-se a primeira polaca a vencer um Major. Aos 19 anos de idade, surgiu em Roland Garros longe dos holofotes, fora do top-50. A verdade, porém, que o seu percurso foi um verdadeiro conto de fadas. Foi eliminando favorita atrás de favorita, incluindo Simona Halep, sem perder qualquer set.

Em 2018, a polaca tinha se sagrado campeã de Roland Garros em juniores. Longe de imaginar que sê-lo-ia nos seniores tão pouco tempo depois. E a verdade é que precisou pouco mais de 1h20 para vencer na final Sofia Kenin, vencedora do Australian Open, por 6-4 e 6-1.

Swiatek ascende agora ao 17 lugar do ranking WTA. Este foi o seu primeiro grande título, apesar de ter vencido outros sete torneios ITF. Antes dela, apenas os duplistas  Wojciech Fibak  (Austrália,1978) e Łukasz Kubot (Austrália, 2014 e Wimbledon, 2017) eram os jogadores polacos com títulos nos quatro principais torneios do mundo.

A jovem polaca também se tornou apenas a ´sétima tenista a ganhar sem ceder qualquer set. Em sete partidas ela cedeu apenas 28 jogos às adversárias, entre elas Markéta Vondroušová (vice-campeã em 2019), a canadiana Eugenie Bouchard (semifinalista em 2014) e a cabeça de série, Simona Halep (campeã em 2018).

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André Dias PereiraAgosto 13, 20201min0

É um dos principais torneios do ano. Habitualmente jogado em Dezembro, o ATP Finals vai acontecer entr 15 e 22 de Novembro. Londres garantiu, uma vez mais, o torneio que reúne os 8 melhores tenistas do ano.

Por saber está ainda se será com ou sem público. Mas mesmo que haja público a estrutura será muito mais reduzida que o habitual. O evento vai marcar o final da temporada de ténis, este ano bem atípica em função do Covid-19. Por enquanto, o único Grand Slam jogado foi o Australian Open. Wimbledon foi cancelado, contudo, o US Open e Roland Garros ainda deverão jogar-se, com o primeiro a iniciar no final de Agosto.

O grego Stefanos Tsitsipas é o atual campeão em título. Por enquanto é ainda cedo para saber o quadro final dos grupos, ou até prever quem irá jogar e em que condições. Recorde-se que este torneio, ao contrário dos outros, não se joga por eliminatórias. Existem dois grupos de 4 jogadores, apurando-se os 2 primeiros para as meias-finais. Roger Federer é o maior campeão, com 6 títulos.

Atualmente o ranking ATP encontra-se congelado. Novak Djokovic é o líder. Rafa Nadal e Dominic Thiem fecham o top 3.

Andre Gaudenzi, presidente da ATP, explica em entrevista ao Supertennis que o objetivo, neste momento, é manter o maior número possível de torneios na Europa e fechar com o ATP Finals. A temporada asiática foi cancelada.

Será também o último ano que a prova se realizará em Londres. A partir de 2021 será Turim a acolher o Masters Final.

 


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