Australian Open arranca com recordes à vista
Arrancou este domingo, dia 19, mais uma edição do Australian Open. O primeiro Grand Slam do ano é também a primeira grande oportunidade de 2020 de vermos em court os maiores tenistas do mundo. E são vários os cenários e recordes que podem ser quebrados.
Ano após ano, a principal pergunta por esta altura persiste. Até quando o Big-3 do circuito continuará a dominar os Major. Outra vez, Nadal, Djokovic e Federer são os grandes favoritos, mas é possível acreditar que outros nomes possam surgir. Medvedev, Thiem ou Tsitsipas são bons exemplos disso.
Desde 2011 todos os vencedores de Grand Slam têm hoje mais de 30 anos e apenas 6 dos 36 torneios disputados não foram ganhos pelo Big-3.
De uma forma ou de outra, algo de especial vai acontecer. Senão vejamos. Rafael Nadal entra em court não apenas para defender a sua condição de líder da hierarquia, mas também para igualar Roger Federer. Caso vença o Australian Open, o espanhol alcança os mesmos 20 Grand Slam que o helvético. Finalista vencido em 2019, Nadal conquistou Roland Garros e US Open mostrando que ainda o pode fazer. Cinco anos mais novo que Federer é muito provável que o maiorquino se torne o maior campeão de Grand Slam. Até porque Federer parece uns furos abaixo dos seus rivais – em 2019 não venceu qualquer Major, sendo finalista de Wimbledon – e também porque Nadal continua a ser o grande favorito em Roland Garros, onde venceu 12 das últimas 15 edições.
Por seu lado, Novak Djokovic tenta recuperar o estatuto de número 1 mundial. Campeão em título do Australian Open, o sérvio é como que um anti-herói junto do público. Ainda assim, Nolan é o maior campeão em Melbourne, com sete títulos. A seu favor, tem ainda a recente vitória na ATP sobre Espanha de Rafael Nadal. Os dois são os grandes favoritos à conquista do primeiro Major do ano.
Mas é preciso não ignorar Federer. Mesmo aos 38 anos o suíço transporta uma aura de campeão que pesa nos grandes momentos. É certo que em 2019 não venceu nenhum Slam, mas foi finalista no All England Club e ganhou em Melbourne em 2017 e 2018. O suíço reconhece que não é o principal favorito, mas ninguém subvaloriza as suas possibilidades. Recorde-se que o helvético continua a perseguir o recorde de 109 títulos de Jimmy Connors. Atualmente conta com 102 e de acreditar que possa ganhar mais alguns em 2020. Vencer um Major seria a cereja no topo do bolo.
A nova geração
Um dos grandes desafios para Federer é segurar o terceiro posto mundial. O russo Danill Medvedev (4º), o austríaco Dominic Thiem (5º), o grego Stefanos Tsitsipas (6º) e o alemão Alexander Zverev (7º) espreitam o top 3 e não seria nenhuma surpresa caso vencessem o Australian Open. O ano de 2019 confirmou isso mesmo.
Tsitsipas é, aliás, o campeão em título do Masters Final, que resultou de um ano fulgurante. O russo, por seu lado, chegou, em 2019, a nada menos que 5 finais ATP tendo ganho 4 delas. Ambos já mostraram capacidade para vencer qualquer adversário e têm mentalidade vencedora. Vencer um Major parece, pois, uma questão de tempo.
E há ainda Dominic Thiem. O austríaco foi finalista do Australian Open e há algum tempo que ronda um grande título. Em 2019, ganhou 5 torneios ATP e foi ainda finalista do Masters Final. A terra batida é o seu ponto forte mas o austríaco já mostrou capacidade também em outros pisos.
O espetáculo vai começar.