Max Verstappen é Bicampeão do mundo de Fórmula 1

Artigo de Diogo Soares sobre o GP de Suzuka, que viu Max Verstappen a levantar o título de bicampeão mundial.

Max Verstappen vence no Japão e conquista o seu segundo Campeonato do Mundo de Pilotos de F1. Sergio Pérez em segundo e Charles Leclerc em terceiro completaram o pódio no mítico circuito de Suzuka.

Depois de falhar a conquista do título mundial em Singapura, Verstappen partia da pole position com os seus principais rivais, Charles Leclerc e Sergio Pérez a partirem de 2º e 4º, respetivamente. As luzes desligaram-se e deu-se o início da corrida sob chuva intensa e Leclerc tomou, momentaneamente, a ponta da prova com Max a responder ao piloto monegasco e a segurar a liderança na saída das curvas 1 e 2. Ainda na curva 1, Vettel e Alonso envolveram-se num incidente que resultou num pião para o 4x campeão do mundo.

Também na primeira volta, Alex Albon abandonou devido a problemas na unidade motriz e Carlos Sainz embateu com alguma violência na barreira de pneus após ter entrado em aquaplanagem. Na sequência do acidente do espanhol da Ferrari, juntamente com o agravamento das condições atmosféricas, foi mostrada a bandeira vermelha e, consequentemente, a corrida foi interrompida. E, aí, estalou a maior polêmica da corrida: Pierre Gasly, que tinha ido às boxes retirar um painel publicitário que tinha ficado “agarrado” ao seu carro, deu de caras com um trator na pista, trator esse, que estava encarregue de remover o acidentado carro nº55 da Ferrari. O piloto gaulês chegou mesmo a sugerir que podia ter morrido naquela situação e que a FIA nada aprendeu com o acidente que vitimou Jules Bianchi em 2014. Lando Norris e Sergio Pérez também apressaram-se a mostrar a sua indignação no Twitter.

Foram precisas 2 horas e 20 minutos para que a corrida fosse retomada, às 8h15, hora de Portugal Continental, para cerca de 45 minutos de corrida. Sebastian Vettel e Nicholas Latifi foram os primeiros a arriscar e ambos “calçaram” os pneus intermédios. Estratégia que valeu aos pilotos ganhar imenso tempo aos restantes. Começava a perseguição do Il Predestinato a Super Max, infelizmente, na questão de entretenimento, durou poucas voltas e o monegasco começou a sentir sérias dificuldades com o desgaste dos pneus, por sua vez, o neerlandês da Red Bull descolou na liderança.

Esteban Ocon e Lewis Hamilton batalharam durante os 45 minutos, onde ficaram, mais uma vez, visíveis os problemas em velocidade de ponta do W13. No final, tivemos uma luta pelo P2 entre Charles Leclerc e “Checo” Pérez, luta que acabou na bandeirada de xadrez, com o piloto do carro nº16 da Ferrari a cruzar a meta à frente do nº11 da Red Bull. Ainda na bandeirada de xadrez, vimos Sebastian Vettel e Fernando Alonso a cruzarem lado a lado na luta pelo P6. Vantagem para o tetracampeão sobre o bicampeão. Por fim, Latifi “arrancou” um surpreendente nono lugar.

Mas ainda não estava encontrado o Campeão Mundial. Eis que chega a informação de que Charles Leclerc cortou a chicane na última volta. Rapidamente, a FIA penalizou o monegasco em 5 segundos, despromovendo-o para terceiro lugar. Com os 10 pontos perdidos para Max Verstappen, o neerlandês podia festejar, tinha acabado de ser coroado o Campeão do Mundo de 2022. O seu segundo campeonato do mundo, com apenas 25 anos.

33 anos depois, a chicane de Suzuka “resolveu” um campeonato.

MAX VERSTAPPEN. WORLD CHAMPION!!!

A stunning season by an extraordinary talent#HistoryMade #F1 @Max33Verstappen pic.twitter.com/FxT9W69xJe

— Formula 1 (@F1) December 12, 2021