Foi em Glasgow, na Escócia, que se jogou o Scottish Open deste ano, com uma final a ser disputada entre Mark Allen e Shaun Murphy. No final, a vitória acabou por sorrir
Foi em Glasgow, na Escócia, que se jogou o Scottish Open deste ano, com uma final a ser disputada entre Mark Allen e Shaun Murphy. No final, a vitória acabou por sorrir
Foi em Belfast, na Irlanda do Norte, que como habitualmente se jogou o Northern Ireland Open, com uma final a ser disputada entre Judd Trump e Ronnie O’Sullivan. No final, a vitória acabou por sorrir ao mais novo dos jogadores, vencendo assim o seu ídolo de infância.
Na primeira ronda, foram os nomes de Anthony McGill, Marco Fu, Stuart Bingham, Shaun Murphy, Kyren Wilson e a maior desilusão dos fãs caseiros, Mark Allen, caíram aos pés dos seus respetivos adversários. Este último perdeu frente a um dos jogadores chineses em prova, Niu Zhuang..
Na segunda ronda, foi o nome de Mark Williams que causou mais espanto, ao cair perante Ali Carter, mesmo sendo o inglês um jogador forte, esta não deixou de ser uma surpresa.
Com uma terceira ronda onde os poucos favoritos à partida ainda estavam em prova, foi na quarta ronda que Ali Carter acabou por claudicar frente a Eden Sharav, que marcava assim presença pela primeira vez na carreira nos quartos-de-final de um torneio. Os nomes de Mark Selby, Judd Trump e Ronnie O’Sullivan saltavam bem à vista depois do vendaval das rondas iniciais.
Com a chegada dos quartos-de-final, o alinhamento foi o seguinte: Mark Selby vs Thepchaiya-Un-Nooh; Ryan Day vs Judd Trump; Ronnie O’Sullivan vs David Gilbert e Eden Sharav vs Peter Ebdon. O alinhamento era bom e em todos os encontros os principais favoritos acabaram por vencer. Ronnie despachou Gilbert por 5-2, Trump venceu Ryan Day por 5-3, tendo Selby vencido o tailandês por 5-3. Já Peter Ebdon depois de estar a vencer por 4-1, viu o seu adversário dar a cambalhota no marcador para vencer por 5-4.
Nas meias-finais, Trump como se esperava não vacilou e bateu Eden Sharav por 6-3. Já no encontro de titãs, O’Sullivan e Selby não desiludiram e deram um brilhante espetáculo em Belfast, com a vitória a sorrir desta vez ao “Rocket” por 6-5, num encontro que ficou decidido apenas na ‘negra’.
Na final e, ao fim da primeira sessão, estava tudo em aberto, com o resultado a fixar-se em 4-4. Já na segunda sessão e ao cabo de 16 ‘frames’, foi Judd Trump que levou a vitória para casa selando o triunfo em 9-7. Com este título pode Judd Trump reerguer-se novamente e vir a ganhar a maturidade necessária para vencer o já em breve UK Championship ou até em 2019, o próprio mundial.
Já a partir do próximo dia 27 de novembro e até domingo, dia 9 de dezembro, pode acompanhar em direto e exclusivo nos canais do Eurosport, o UK Championship, que se joga em York, Inglaterra.
Foi em Daqing, na China, que como habitualmente se jogou o International Championship, com uma final a ser disputada entre Mark Allen e Neil Robertson. No final, a vitória acabou por sorrir ao norte irlandês, campeão em título do Masters.
Na primeira ronda, foram os nomes de Anthony McGill, Liang Wenbo, Kyren Wilson e o mais sonante de todos, o do campeão do mundo em título, Mark Williams, que caíram aos pés dos seus respetivos adversários. Este último perdeu frente a um dos jogadores mais carismáticos do circuito, o tailandês Akani, que livre de pressão deixou pelo caminho o galês, vencendo por 6-3.
Na segunda ronda, foram os nomes de Barry Hawkins e Marco Fu os que acabaram por cair, frente a Martin Gould e Jack Lisowski, respetivamente, sendo estes dois nomes mais respeitados do circuito.
A terceira ronda acabou por trazer a notícia que mais abalou o público da casa, com a eliminação precoce de Ding Junhui frente ao veterano Matthew Stevens. E como um mal nunca vem só, os chineses, Yuan Sijun e Yan Bingtao acabaram por ser eliminados também nesta ronda, o que deixou o torneio despido de chineses.
Com a chegada dos quartos-de-final, o alinhamento foi o seguinte: Mark Selby vs Neil Robertson; Jack Lisowski vs Judd Trump; Martin O’Donnell vs Matthew Stevens e Mark Allen vs Ali Carter. O alinhamento era de luxo e a maioria dos encontros não defraudou as expetativas, tendo no primeiro encontro o australiano saído por cima, vencendo assim por 6-4. No segundo encontro e, que tem sido um duelo repetitivo esta temporada, Lisowski deu mais um ar da sua graça e bateu Judd Trump por 6-2. Naquele que se antevia como o encontro dos ‘outsiders’, Stevens acabou por valer-se da sua experiência para carimbar a vitória em 6-5. Já Mark Allen, não deu qualquer hipótese a Ali Carter, venceu por 6-0 e, deixou assim sério aviso à navegação.
Já nas meias-finais, os dois grandes favoritos acabaram por não vacilar em nada. Com mais ou menos dificuldade, Neil Robertson e Mark Allen venceram os seus encontros para marcar encontro na final.
Na final, Mark Allen deixou tudo praticamente resolvido no final da primeira sessão, tendo ido para o intervalo a vencer por 7-2. Na segunda sessão do encontro, o ‘homem dos antípodas’ ainda tentou contrariar o rumo dos acontecimentos, mas efetivamente não o conseguiu e acabou por sair derrotado por 10-5 no final do encontro. O norte-irlandês soma assim mais um título, isto depois da “fome” de bons resultados que o assolava desde a sua vitória no Masters, em janeiro deste ano.
Já a partir do próximo dia 12 de novembro e até domingo, dia 18 de novembro, pode acompanhar em direto e exclusivo nos canais do Eurosport, o Northern Ireland Open, que naturalmente se joga na Irlanda do Norte.
Foi em Lommel, na Bélgica, que como habitualmente se jogou o European Masters, com uma final a ser disputada entre dois ingleses, Joe Perry e Jimmy Robertson. No final, a vitória acabou por sorrir ao menos favorito dos dois, que na sua primeira final da carreira, sagra-se campeão.
Na primeira ronda, foram os nomes de Barry Hawkins, Marco Fu e Yan Bingtao que causaram mais estrondo ao saírem derrotados. Mas se à primeira, apenas caíram dois nomes sonantes, na segunda seguiram-se mais três candidatos a ficar pelo caminho. Tendo sido eles, Judd Trump e Stuart Bingham, provavelmente os maiores candidatos a vencer o título depois do ex-campeão do mundo, Mark Selby.
E por falar em Mark Selby, o ex-campeão do mundo, caiu aos pés do galês Ryan Day, perdendo por 4-2. Mas Liang Wenbo, Luca Brecel e Kyren Wilson não fizeram melhor, já que todos perderam na terceira ronda, frente a Tian Pengfei, Joe Perry e Anthony Hamilton, respetivamente.
Com a chegada dos quartos-de-final, o alinhamento foi o seguinte: Tian Pengfei vs Joe Perry; Anthony Hamilton vs Jack Lisowski; Ryan Day vs Mark King e Mark Allen vs Jimmy Robertson. No primeiro confronto, o chinês acabou por sair derrotado por 4-3. Pelo mesmo resultado Anthony Hamilton deixou pelo caminho o compatriota Jack Lisowski. Com algum espanto, Ryan Day não conseguiu levar a melhor perante Mark King, perdendo por 4-1. Mas a grande surpresa estava reservada para a eliminação do campeão do Masters em título, Mark Allen, que perdeu por 4-2 perante Jimmy Robertson.
As meias-finais acabaram por ver Joe Perry levar o seu favoritismo por diante ao derrotar Anthony Hamilton por 6-3. Já Mark King não conseguiu alcançar a segunda final da sua carreira e perdeu por 6-4, para o estreante em finais, Jimmy Robertson.
Numa final onde o favorito a vencer parecia minimamente claro, eis que Jimmy Robertson surpreende tudo e todos ao vencer cinco ‘frames’ de uma assentada só, tendo assim uma entrada galopante. Perry ainda conseguiu reagir e reduzir para 5-3, mas a vitória de Robertson parecia estar destinada e este não deixou fugir o título, selando a vitória em 9-6.
Já a partir do próximo dia 15 de outubro e até domingo, dia 21 de outubro, pode acompanhar em direto e exclusivo nos canais do Eurosport, o English Open, que naturalmente se joga em Inglaterra.
Foi em Guangzhou, na China, que como habitualmente se jogou o China Championship, com uma final a ser disputada entre dois velhos conhecidos do circuito, Mark Selby e o escocês John Higgins. O ‘Jester from Leicester’ acabou por levar a melhor e garantir assim mais um título em território chinês.
Na primeira ronda, Ali Carter, Marco Fu e Stephen Maguire acabaram por cair aos pés dos seus respetivos adversários, tendo sido as principais surpresas no que toca a eliminações precoces no torneio. Já na segunda ronda do torneio, as quedas de Neil Robertson, Ryan Day, Stuart Bingham e principalmente, Ding Junhui, eram um sério aviso à navegação.
E como não há duas sem três rondas de surpresas, eis que na terceira ronda, Murphy claudicou frente a Lyu Haotian, Liang Wenbo frente a Martin O’Donnell e ainda para maior surpresa em geral, o campeão do mundo em título, Mark Williams, caiu aos pés de Zhao Xintong por 5-3.
Com a chegada dos quartos-de-final, o alinhamento foi o seguinte: Martin O’Donnell vs Lyu Haotian; Judd Trump vs John Higgins; Mark Selby vs Yuan Sijun e Barry Hawkins vs Zhao Xintong. No primeiro confronto, o chinês acabou por sair por cima, vencendo por uns esclarecedores 5-1. Já no segundo, e um dos principais confrontos, o veterano Higgins venceu por 5-3, deixando assim uma vez mais a “seco” o inglês. Quem não correu riscos e venceu de forma esclarecedora foi Selby, que frente a um jogador da casa, ganhou por 5-2. Para terminar, e como já vem sendo hábito, mais uma surpresa com Barry Hawkins a cair aos pés de Zhao Xintong por 5-4.
As meias-finais acabaram por não ter muita história, já que Selby e Higgins venceram os seus respetivos adversários, Zhao Xintong e Lyu Haotian. Selby despachou o seu adversário por 6-4, ao passo que Higgins carimbou a vitória por 6-3.
Numa final onde era praticamente impossível apontar um favorito à vitória, os dois “monstros” do snooker não desiludiram. Uma final altamente disputada e que ficou decidida, imagine-se só, na “negra”. Foi um encontro discutido taco a taco, onde no final Selby acabou por sair vencedor, mas onde qualquer um dos dois merecia levar o título para casa.
Já a partir de hoje, 1 de outubro e até ao próximo domingo, dia 7 de outubro, pode acompanhar em direto e exclusivo nos canais do Eurosport, o European Masters, que se disputa na Bélgica.
Foi em Shanghai, na China, que como habitualmente se jogou o Shanghai Masters, com uma final a ser disputada entre Ronnie O’Sullivan e o seu compatriota, Barry Hawkins. o ‘Rocket’ acabou por levar a melhor e garantir assim mais um título em território chinês.
Numa primeira ronda, onde apenas Luca Brecel acabou por vacilar frente ao jogador da casa, Zhou Yuelong, foi na segunda ronda que houveram alguns embates de peso. Ronnie O’Sullivan abriu as hostilidades frente ao australiano Neil Robertson e não se deixou intimidar pelo seu velho rival, vencendo por 6-3. Kyren Wilson e Ryan Day, acabou por surpreender Trump e Higgins, respectivamente, ao carimbarem a passagem para os quartos-de-final. Também Selby, Ding e Mark Williams, venceram os seus respectivos encontros, para assim marcarem presença nos oito melhores do torneio.
Chegado os quartos-de-final, o alinhamento foi o seguinte: Ronnie O’Sullivan vs Stuart Bingham; Kyren Wilson vs Ryan Day; Mark Selby vs Ding Junhui e Barry Hawkins vs Mark Williams. No último destes encontros, Hawkins deixou pelo caminho o campeão do mundo em título por 6-4. Tendo marcado encontro frente a Ding Junhui, que eliminou Selby por 6-5.
Já na parte superior do quadro, O’Sullivan venceu de forma esclarecedora Bingham por 6-2 e viu Kyren Wilson marcar presença nas meias-finais, tendo este batido Ryan Day por 6-5.
Nas meias-finais Kyren Wilson não teve grandes hipóteses frente a Ronnie O’Sullivan, tendo fincado pelo caminho ao perder por 10-6. Hawkins, esse sim teve muito mais dificuldades para vencer o jogador da casa, Ding Junhui, por 10-9.
Numa final onde o favorito parecia claro à partida, Ronnie O’Sullivan acabou por não vacilar e venceu mesmo o Hawkins por 11-9. Com esta vitória no Shanghai Masters, o inglês soma e segue no que toca a títulos em território chinês, principalmente no Shanghai Masters.
Foi em Furth, na Alemanha, que se jogou o habitual Paul Hunter Classic, com uma final a ser disputada entre o Kyren Wilson e o regressado aos velhos tempos, Peter Ebdon. O primeiro levou a melhor sobre o compatriota para garantir assim o segundo título da carreira, depois da vitória no Shanghai Masters.
Mesmo com a ausência da maioria dos habituais favoritos, houve espaço para as habituais surpresas. Desde logo com a eliminação de Murphy perante Fergal O’Brien. Numa fase precoce do torneio, as quedas de Luca Brecel e Michael White também causaram algum espanto, tendo estes caído aos pés de Chris Wakelin e Zhang Anda. Numa altura em que já sobravam apenas oito jogadores na corrida pelo título, Kyren Wilson e a grande surpresa desta época, Jack Lisowski, eram os grandes favoritos a chegar à final.
Chegado os quartos-de-final, o alinhamento foi o seguinte: Peter Lines vs Jack Lisowski; Kyren Wilson vs Daniel Wells; Peter Ebdon vs Lee Walker e Zhang Anda vs Scott Donaldson. No último destes encontros, o inglês deixou pelo caminho Zhang Anda por 4-3, marcando encontro frente a Peter Ebdon. Já este foi o que despachou a tarefa mais facilmente ao bater Lee Walker por 4-1.
Tarefa fácil não teve Kyren Wilson que precisou de ir à ‘negra’ para bater Daniel Wells por 4-3, marcando encontro frente a Peter Lines. Lisowski foi mesmo surpreendido por Lines, tendo saído de cena com uma derrota por 4-3.
Nas meias-finais Kyren Wilson viu-se outra vez em grandes apuros para deixar pelo caminho Peter Lines, tendo vencido por 4-3, para assim marcar presença na final onde ia ter pela frente o ‘Vegan Power’, Peter Ebdon. Que uma vez mais sem grandes dificuldades venceu Scott Donaldson por 4-1, para assim regressar a uma final seis anos depois.
Numa final onde o favorito parecia claro à partida, Kyren Wilson acabou por não vacilar e venceu mesmo o veterano Peter Ebdon por 4-2, garantindo assim o segundo ‘major’ da sua carreira. Já Ebdon regressou a uma final seis anos depois, o que é um feito digno par alguém que está há muito na fase descendente da sua carreira. De assinalar que este torneio se realiza em memória do mítico Paul Hunter.
Foi em Yushan, na China, que se jogou o World Open, com uma final a ser disputada entre o surpreendente David Gilbert e Mark WIlliams. O campeão do mundo em título venceu e convenceu, vencendo assim o seu primeiro título da temporada, que não poderia começar da melhor maneira.
Ali Carter: Se alguém merece um destaque neste mundial é o “The Captain”, não só por aquilo que fez neste mundial como por toda a história de superação que vai conseguindo dia após dia, torneio após torneio. Começou por vencer Graeme Dott na primeira ronda, num encontro extremamente equilibrado para depois, na segunda ronda, deixar pelo caminho o mais temido de todos os adversários, Ronnie O’Sullivan. O inglês que ainda antes três dias do começo do mundial não tinha a certeza se iria estar presente em Sheffield devido a problemas de saúde e, não só esteve presente como chegou aos quartos-de-final, onde aí caiu perante Mark Williams.
Barry Hearn: O homem forte da World Snooker merece uma vez mais destaque neste mundial, por mais uma vez ter organizado um mundial de excelência, como já é seu apanágio. Trouxe novas ideias para possivelmente implementar já na próxima época, como o tempo máximo de tacada, algo que deixou muitos fãs da modalidade algo descontentes.
Centenárias: Se no ano passado foram 72 centenárias, ou entradas superiores a 100 pontos, feitas nesse mundial, este ano essa marca foi largamente superada, tendo havido 84 centenárias no total. Encabeçadas por um dos maiores nomes do snooker, John Higgins, que fez a tacada mais alta do torneio, situada nos 146 pontos, “coisa pouca” como se diz na gíria popular.
Decepções: Mais do que decepções acabou por ser a confirmação de épocas longe do seu melhor. São os casos de Mark Selby e Neil Robertson, dois ex-campeões do mundo que não foram além da primeira ronda, tendo perdido para Perry e Milkins, respectivamente. Dos dois jogadores, Mark Selby foi mesmo aquele que desiludiu mais, já que o inglês tinha vencido as últimas duas edições do mundial e a vitória no China Open, no início de Abril deixava boas perspectivas para o mundial, algo que não se veio a verificar.
Eurosport: Uma palavra de grande apreço para esta estação televisiva que mais uma vez nos brindou de forma espantosa com as transmissões deste mundial, onde os comentários de Nuno Miguel Santos e Miguel Sancho foram mais uma vez a cereja no topo do bolo. De destacar ainda as “aulas” de O’Sullivan que através do Eurosport britânico, que explicou como mais ninguém algumas jogadas que houveram no Crucible.
Marco Fu: Sabia-se que era difícil o asiático conseguir uma boa prestação neste mundial, visto que vinha de uma operação ao olho esquerdo e de algum tempo para cá que já não jogava qualquer torneio. Apesar de ter caído logo na ronda inicial, Fu merece o destaque pela sua presença no mundial, mesmo estando longe das suas melhores condições.
Golpe de teatro: Uma expressão que encaixa que nem uma luva no mundial deste ano e no Crucible Theatre. Ano após ano, os famosos “golpes de teatro” vão surgindo nos panos verdes e este não foi excepção, merecendo por isso o destaque no resumo deste mundial.
Barry Hawkins: Não chegou ao Crucible como um dos favoritos, longe disso na verdade, mas talvez por isso mesmo tenha conseguido uma tão boa prestação. Alcançou as meias-finais, onde aí caiu para Mark Williams, num belo encontro, decidido apenas no penúltimo ‘frame’, a favor do galês por 17-15.
Império do Snooker: O império do snooker é inevitavelmente dependente do dinheiro. Um jogador por conseguir estar presente no mundial, mesmo que oriundo das qualificações, arrecada qualquer coisa como 18.000 libras, algo que para muitos jogadores que jogam as qualificações é mais do que conseguem ganhar em toda uma época. Quem consegue o feito de alcançar a final recebe a “módica quantia” de 180.000 libras, sendo que o vencedor recebe “apenas” 425.000 libras!
Ding Junhui: O chinês que arrasta multidões no seu país natal e que vai coleccionando fãs por onde passa, esteve intocável até aos quartos-de-final, tendo deixado pelo caminho até então, Xiao Guodong e Anthony McGill. Nos “quartos” desapareceu de tal forma que Hawkins aplicou uns esclarecedores 13-5 ao chinês.
Kyren Wilson: É apontado por O’Sullivan como uma das próximas estrelas do snooker mundial e mais do que uma promessa, o inglês já é uma confirmação. Termina a época no top-16 e caiu apenas nas meias-finais, novamente para John Higgins, depois de no ano passado ter caído também para o escocês nos quartos-de-final. Vai cimentando a sua posição dentro do circuito e criando o estatuto para numa das edições futuras do mundial ser um dos candidatos maiores a brilhar mais alto em Sheffield.
Lyu Haotian: O miúdo que fez a sua estreia em Sheffield, deixando pelo caminho na primeira ronda Marco Fu, caiu na segunda ronda para Hawkins, não sem antes de dar muita luta ao inglês. Perdeu aí por 13-10, mas mostrou muita qualidade para o seu ano de estreia no circuito e a continuar a este ritmo tem tudo para vir a ser um jogador de altíssimo nível.
Mark Williams: Falhou a presença no mundial de 2017, mas este ano chegava a Sheffield num lote restrito de favoritos a vencer o mundial. E a verdade é que o galês chegou, viu e venceu. Quinze anos volvidos da sua ultima vitória no mundial, eis o que é considerado por muitos como o mais fraco do trio da geração de 92 a erguer o tão desejado troféu. Foi uma final absolutamente épica, onde Williams saiu por cima de Higgins por 18-16, aliás o mesmo resultado das finais de 2000 e 2003, altura em que se sagrou também campeão mundo. A cereja no topo do bolo surgiu na conferência de imprensa pós-final, onde a promessa de Williams se concretizou, aparecer nu na sala de imprensa.
Thepchaiya Un-Nooh: Merece o destaque por ter sido o único jogador asiático, sem contar com os habituais chineses, a marcar presença no mundial. Foi um “osso duro de roer” para Higgins na primeira ronda, o que demonstra bem a qualidade deste jogador, ele que é o segundo jogador com o tempo médio de tacada mais baixo do circuito.
Ronnie O’Sullivan: Dispensa qualquer tipo de apresentação, não fosse ele um dos maiores embaixadores do snooker por todo o mundo. Este mundial falhou uma vez mais o objectivo de alcançar o seu sexto título mundial, algo que já procura desde 2013. Era apontado por muitos como o maior candidato a vencer o mundial, isto depois da tremenda época que protagonizou, mas tal não se veio a verificar e Ronnie ficou-se pela segunda ronda, frente ao “Captain” Carter, por 13-9.
Portugal: Novamente este cantinho à beira mar plantado mereceu honras de destaque em Sheffield, já que Portugal está novamente com boas perspectivas para organizar um torneio, tal como noticiado pelo jornalista do jornal A Bola, António Barroso. É preciso “mexer os cordelinhos” e angariar patrocínios necessários para trazer novamente os magos do taco a terras lusas, depois de estes terem cá estado em 2014, no Lisbon Open.
Quarentões: São cada vez mais os jogadores “veteranos” do circuito a brilhar e este mundial é a prova viva disso mesmo. Dois “velhinhos” da modalidade a marcar presença numa grande final, homenageando e de que maneira a “geração de 92”.
Ricky Walden: O inglês regressou ao mundial este ano, depois de ter falhado as qualificações no ano passado. É sempre bom ver jogadores que brilharam muito outrora, regressar aos grandes palcos do snooker. Sendo que nesta edição do mundial, Walden deixou pelo caminho Brecel, acabando depois por perder na segunda ronda para Judd Trump.
Stephen Maguire: Conseguiu ultrapassar as tormentas das qualificações, tendo depois tido o azar de apanhar Ronnie O’Sullivan na primeira ronda. Esteve perto de conseguir deixar o inglês pelo caminho, mas acabou por não conseguir concretizar tal proeza, perdendo com o “Rocket” por 10-7.
Judd Trump: Invariavelmente e, ano após ano, o inglês falha o assalto ao tão desejado título mundial. Este ano conseguiu chegar aos quartos-de-final, onde caiu para um dos maiores nomes da modalidade, John Higgins. Foi um encontro épico, decidido apenas na “negra”, tendo essa caído de forma favorável para o escocês. É mais um ano em que fica a sensação de que falta qualquer coisa a Trump para chegar ao tão ambicionado troféu.
Alexander Ursenbacher: O jovem luso-descendente não conseguiu a qualificação para o mundial, mas ainda assim merece destaque pela boa época que fez no seu geral, sendo que na próxima época terá de manter esse bom nível para garantir a sua continuidade no circuito.
Vinte: Um número que fala por si próprio, são 20 anos que separam a primeira final de Higgins para a que o escocês alcançou este ano. Pouco mais há a dizer, apenas que o escocês é indiscutivelmente um dos melhores de sempre.
John “Wizard of Wishaw” Higgins: O parágrafo anterior resume muito daquilo que é a carreira de Higgins e este mundial foi a prova viva disso mesmo. Teve duelos duríssimos até chegar à final, onde aí frente a um dos seus grandes rivais de sempre, perdeu por 18-16. Ainda assim, Higgins merece tantas honras como Mark Williams, já que ainda conseguiu colocar em sérias dúvidas a vitória de Williams na final, numa altura em que o galês vencia por 15-10 e o escocês empatou a 15 de uma só assentada.
Xiao Guodong: Uma vez mais este chinês marcou presença no mundial, onde este ano o sorteio acabou por não ser favorável, já que na primeira ronda teve de defrontar o seu compatriota DIng Junhui, num encontro onde saiu derrotado por 10-3.
Yan Bingtao: Era mais do que expectável que o chinês marcasse presença no mundial. Tal não aconteceu e com isso Bingtao acabou por ser o único jogador do top-20 a não marcar presença em Sheffield. Muitas mais oportunidades virão para Bingtao, sendo que para o ano é provável que este figure no top-16 e assim tenha entrada directa para o Crucible.
Zero: Foi um mundial com zero tacadas máximas, tendo John Higgins ficado a um ponto de conseguir essa proeza, mas ainda assim não deixou de ser um torneio de excelência onde as dezenas de tacadas centenárias compensaram e muito este nulo de 147’s.
Se nunca viu snooker, ou raramente costuma acompanhar, saiba que o ponto mais alto da época começa já no próximo dia 21 de abril. Esse referido ponto alto é o mundial, que se joga em Sheffield, na Inglaterra. Facilmente pode perceber abaixo o porquê de este ser mais um excelente ano e de ser, simultaneamente, uma bela oportunidade para começar a acompanhar mais de perto este desporto. Em Portugal, o mundial pode ser acompanhado em direto e em exclusivo no Eurosport, com comentários de Nuno Miguel Santos e Miguel Sancho.
É muito difícil apontar um único favorito à vitória este ano, sendo que há vários jogadores a perfilarem-se como candidatos ao título. De todos os 16 jogadores já apurados para o quadro final, fizemos uma análise sobre aqueles que são provavelmente os oito maiores candidatos a sagrar-se campeão do mundo, com base no que fizeram esta época e no seu historial. Neste lote estão incluídos alguns jogadores que nunca provaram o sabor da vitória, com outros repetentes também à mistura.
Esteve longe de ser uma época brilhante para o inglês, mas a verdade é que tal como no ano passado, a vitória no China Open, último torneio antes do mundial, pode ser um bom prenúncio para o que Selby pode fazer em Sheffield. Será o nº 1 do ranking mundial capaz de vencer o terceiro título de campeão do mundo consecutivamente, destronando a concorrência com o seu estilo de jogo particularmente defensivo? Ou terão os adversários os seus tacos bem preparados para abater a muralha defensiva natural de Leicester? A acontecer essa terceira vitória de forma consecutiva, será a primeira vez desde a era de Stephen Hendry. Para que se perceba um pouco melhor a qualidade deste jogador, segue um pequeno resumo da sua carreira e da sua época.
Nacionalidade: Inglaterra (Leicester)
Idade: 34 anos
Profissional desde 1999
Ranking Atual: 1º lugar
Finais 2017/2018: 2 (International Championship e China Open)
Títulos 2017/2018: 2 (International Championship e China Open)
Títulos de Campeão do Mundo: 2014, 2016 e 2017
Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 518
Tacadas máximas (147 pontos): 2
Prémios monetários amealhados: 4.708.241 Libras
Dispensa qualquer tipo de apresentações, pois estamos a falar daquele que é considerado por muitos um dos melhores jogadores de todos os tempos. Dotado de um talento natural para a modalidade, O’Sullivan tem no Crucible o seu teatro dos sonhos, mas também dos pesadelos, já que por várias vezes lá protagonizou episódios no mínimo caricatos. Esta época esteve particularmente imparável, tendo vencido as cinco finais de ‘majors’ em que esteve presente, sendo estes números que falam por si só. A grande questão no que toca ao inglês, está em saber se Ronnie estará com a disponibilidade mental para aguentar os 17 dias desta dura prova. De qualquer forma veremos se será este ano que o britânico alcança Sir Steve Davis em número de títulos de campeão do mundo, algo que já procura desde 2013, altura em que conseguiu ganhar o seu último mundial.
Nacionalidade: Inglaterra (West Midlands)
Idade: 42 anos
Profissional desde 1992
Ranking Atual: 2º lugar
Finais 2017/2018: 7 (English Open, Shanghai Masters, UK Championship, World Grand Prix, Players Championship, Hong Kong Masters, Champion of Champions)
Títulos 2017/2018: 5 (English Open, Shanghai Masters, UK Championship, World Grand Prix, Players Championship)
Títulos de Campeão do Mundo: 2001, 2004. 2008, 2012 e 2013
Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 944
Tacadas máximas (147 pontos): 14
Prémios monetários amealhados: 9.700.000 Libras
Desde que apareceu a jogar como profissional no ano de 2005, nunca mais ninguém perdeu de vista este jovem prodígio. Tornou-se profissional aos 16 anos e desde então tem vindo sempre a crescer como jogador. Ano após ano é apontado como um dos grandes favoritos à vitória, mas tem falhado sempre até agora, muito devido a falta de maturidade que muitas vezes demonstra. No ano passado, Judd Trump esteve particularmente mal, não só na mesa, onde perdeu logo na primeira ronda para Rory McLeod, mas também fora dela, onde em entrevista ao Fair Play antes do início do mundial, teceu duras críticas a Mark Williams. Esta não foi uma época particularmente boa, mas o inglês não deixa de ser apontado por alguns especialistas como um dos maiores favoritos a vencer em Sheffield.
Nacionalidade: Inglaterra (Bristol)
Idade: 28 anos
Profissional desde 2005
Ranking Atual: 4º lugar
Finais 2017/2018: 2 (European Masters, Shanghai Masters)
Títulos 2017/2018: 1 (European Masters)
Títulos de Campeão do Mundo: Nada a assinalar
Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 528
Tacadas máximas (147 pontos): 3
Prémios monetários amealhados: 2.656.014 Libras
Estamos perante um dos nomes mais consagrados da história do snooker mundial. John Higgins é invariavelmente um candidato a campeão do mundo, algo que já não acontece desde 2011. No ano de 2017, chegou à final onde saiu derrotado frente a Selby por 18-15. Terá a idade um peso grande nas horas de maior pressão? Ou será que Higgins está como o “vinho do Porto, quanto mais velho melhor”? A componente física é algo que pode ter um peso negativo no jogo do escocês, sendo certo que esta temporada venceu três títulos pontuáveis para o ‘ranking’ mundial, tendo sido assim um dos melhores no que toca a esta época. Para conseguir brilhar em Sheffield, Higgins terá de estar bem melhor que aquilo que mostrou nos últimos dois torneios que antecederam o mundial.
Nacionalidade: Escócia (Wishaw)
Idade: 42 anos
Profissional desde 1992
Ranking Atual: 5º lugar
Finais 2017/2018: 3 (Indian Open, Welsh Open e Championship League)
Títulos 2017/2018: 3 (Indian Open, Welsh Open e Championship League)
Títulos de Campeão do Mundo: 1998, 2007, 2009 e 2011
Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 719
Tacadas máximas (147 pontos): 8
Prémios monetários amealhados: 7.442.109 Libras
Depois de no ano passado ter falhado a presença no mundial, ao ter ficado fora do top-16 e, depois de perder nas qualificações, o veterano galês regressou ao circuito esta época como um nível técnico que há muito já não se lhe via. Esta temporada foi o terceiro jogador a amealhar mais dinheiro para o ‘ranking’, só batido por Ronnie e Selby. Quando está em “dia sim”, fica difícil alguém pará-lo, restando a dúvida se Mark Williams estará com a disponibilidade psicológica para enfrentar um torneio tão longo e desgastante. A última vez que o galês venceu um mundial foi em 2003, a uns distantes 15 anos.
Nacionalidade: País de Gales (Ebbw Vale)
Idade: 43 anos
Profissional desde 1992
Ranking Atual: 7º lugar
Finais 2017/2018: 2 (Northern Ireland Open e German Masters)
Títulos 2017/2018: 2 (Northern Ireland Open e German Masters)
Títulos de Campeão do Mundo: 2000 e 2003
Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 427
Tacadas máximas (147 pontos): 2
Prémios monetários amealhados: 5.291.416 Libras
É o único chinês a perfilar no top-16 atualmente. Sem dúvida que é um dos grandes favoritos a erguer o título de campeão do mundo em Sheffield, depois de em 2016 ter mostrado ser capaz de ombrear com os melhores, ao ter alcançado a final onde perdeu para Selby. Relativamente a esta temporada, chegou a duas finais, tendo vencida apenas uma, o World Open, sendo que na outra foi “atropelado” por O’Sullivan. E por essa final perdida percebemos que se Ding estiver mentalmente forte, o que nem sempre acontece, será extremamente difícil alguém parar o “dragão da China”.
Nacionalidade: China (Jiangsu)
Idade: 31 anos
Profissional desde 2003
Ranking Atual: 3º lugar
Finais 2017/2018: 2 (World Open e World Grand Prix)
Títulos 2017/2018: 1 (World Open)
Títulos de Campeão do Mundo: Nada a assinalar
Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 473
Tacadas máximas (147 pontos): 6
Prémios monetários amealhados: 3.124.700 Libras
Foi uma época muito interessante por parte do inglês, tendo alcançado cinco finais, onde venceu apenas uma. Os problemas físicos têm atormentado um pouco este final de temporada a Shaun Murphy, as constantes dores de costas não têm permitido que se este mostre ao seu melhor nível. Já provou o sabor da vitória no Crucible, em 2005, chegando a este mundial numa segunda linha de favoritos a vencer.
Nacionalidade: Inglaterra (Harlow)
Idade: 35 anos
Profissional desde 1998
Ranking Atual: 8º lugar
Finais 2017/2018: 5 (China Championship, Paul Hunter Classic, UK Championship e Players Championship e Champion of Champions)
Títulos 2017/2018: 1 (Champion of Champions)
Títulos de Campeão do Mundo: 2005
Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 454
Tacadas máximas (147 pontos): 5
Prémios monetários amealhados: 3.645.662 Libras
Chegou a estar fora do top-16 perto do final da temporada, mas com alguns bons resultados recolocou-se dentro dos lugares mais desejados do ‘ranking’, o que permitiu que o australiano garantisse entrada directa no mundial. Com duas finais vencidas esta época, uma delas num verdadeiro ‘thriller’ frente a Cao Yupeng, sendo que o maior inimigo do campeão do mundo de 2010, são alguns problemas pessoais pelo qual tem passado ultimamente e que podem pôr em causa uma boa prestação deste em Sheffield.
Nacionalidade: Austrália (Melbourne)
Idade: 36 anos
Profissional desde 1998
Ranking Atual: 10º lugar
Finais 2017/2018: 2 (Hong Kong Masters e Scottish Open)
Títulos 2017/2018: 2 (Hong Kong Masters e Scottish Open)
Títulos de Campeão do Mundo: 2010
Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 558
Tacadas máximas (147 pontos): 3
Prémios monetários amealhados: 3.596.315 Libras
Aposta Fair Play: Mark Selby
Possível Surpresa: Kyren Wilson
O Campeonato do Mundo em Portugal pode ser acompanhado em directo e exclusivo nos canais do Eurosport e, que vai ser jogado entre o dia 21 de Abril e 7 de Maio.