Arquivo de Fórmula 1 - Página 15 de 21 - Fair Play

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Luís PereiraMaio 10, 20202min0

A verdade é que ainda não se tem a certeza. Com tantos desafios que o mundo enfrenta devido ao COVID-19, também a Fórmula 1 não consegue ter certezas sobre o ano de 2020. Na verdade, o desporto enfrenta enormes desafios.

Com todas as alterações que a F1 teve de fazer, a de maior destaque foi alteração do calendário para 2020. Esta alteração significaria que a Fórmula 1 teria um planeamento que ajudaria as equipas a viajar menos entre diferentes partes do mundo, mitigando assim a possibilidade de possíveis contágios.

Para tal a ideia era fazer corridas por regiões, começando a F1 na Europa, com p GP da Áustria, a 5 de julho. A ideia de começar na Áustria deve-se à logística em volta do circuito, que tem um aeroporto perto e não fica perto de nenhuma metrópole.

De seguida a F1 iria continuar pela Europa, com corridas em Inglaterra, Hungria, Bélgica, Itália e Bélgica. Mas nem tudo é simples. Os organizadores dos GP da Áustria, Inglaterra e Hungria já se fizeram pronunciar que se esses planos forem em frente que não haverá espectadores nas bancadas.

Se é para se realizar corridas sem pessoas nas bancadas, começa-se a pisar a “grey area”, começa a ser importante questionar qual o objetivo de realizar tais eventos.

Outro entrave que pode existir é o atual estado da pandemia no Reino Unido. O governo britânico anunciou que pondera impor um período obrigatório de quarentena de 14 dias para todos os viajantes que cheguem aos seus portos e aeroportos a partir do final de maio.

Se esta medida se confirmar, isto vem criar problemas imensos à F1, já que a grande maioria das equipas são oriundas de Inglaterra. Isto não implicaria diretamente a corrida na Áustria, mas implicaria toda a logística das equipas, uma vez que no regresso às fábricas todos os membros de equipas teriam de ficar em quarentena.

Essa medida também colocaria em causa a própria realização do GP da Grã-Bretanha.

Apesar de todos os planos que se façam e todas as medidas de contingência que se tentem aplicar, começa a existir cada vez mais a possibilidade de não existir época de 2020 de F1. Os prejuízos são enormes (já vão em 200 milhões), e o CEO da Fórmula 1, Chase Carey admite que apesar de ser fortemente improvável, pode acontecer não haver qualquer corrida de F1 em 2020.

Vamos ter de aguardar por mais novidades para saber se teremos, ou não, Fórmula 1 ainda este ano.

(Foto: formula1.com)
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Luís PereiraJaneiro 26, 20203min0

Lewis Hamilton é um vencedor na Mercedes. Na equipa germânica venceu cinco campeonatos, 63 corridas, e ainda tem uma época, 2020, onde poderá acrescentar ao seu sucesso. Aliás, se a época de 2020 for minimamente parecida ao que as anteriores têm sido para o britânico, Hamilton irá se tornar o piloto com mais vitórias de sempre e igualar Schumacher com mais títulos de Campeão do Mundo de F1.

Então a questão é, quem iria querer sair de uma equipa que tudo vence?

A resposta é muito difícil. Hamilton tem contrato com a Mercedes apenas até ao final de 2020. Toda a gente no paddock teria o sonho de contratar Hamilton, só que parece que um dos rumores mais fortes é que a Ferrari estaria bastante interessada no inglês.

Para muitos, o contexto seria o ideal. Atualmente a Ferrari é quem mais perto se chega à Mercedes a nível competitivo. A nivel de potência de unidade motriz está mesmo na frente, com a Mercedes a perder em velocidade de ponta. Além disso, 2020 será o último ano com o atual estilo de monolugares, com uma grande mudança a surgir em 2021.

Se o ano de 2020 correr como Hamilton mais gostaria, isso quererá dizer que Hamilton terminará o ano como o piloto com mais vitórias e igual número de títulos de Schumacher, o que pode levar a crer que Hamilton teria gosto em abraçar um novo desafio.

O desafio seria o de vencer pela Ferrari. A Ferrari anda numa onda negativa, onde não consegue obter resultados. As vitórias e as performances até aparecem, mas o nível e a consistência não estão lá, algo em que Hamilton é exímio. Hamilton poderia encarar o desafio de fazer a Ferrari voltar aos títulos que fogem desde 2008, na equipa com mais nome da F1.

Lewis Hamilton, Campeão do Mundo pela McLaren em 2008 (foto: motosport.com)

Mas será que Hamilton deseja isso?

Hamilton nasceu num meio atípico da F1. Apesar de qualquer piloto ambicionar, de uma forma ou outra, conduzir na Ferrari, Hamilton foi diferente. Hamilton sonhava ser como Ayrton Senna, sonhava conduzir um McLaren até às vitórias. Só que o talento de Hamilton foi tão precoce que Hamilton começou a correr e vencer na F1 logo pela porta dos seus sonhos, pela McLaren, conseguindo ser Campeão na sua segunda época, em 2008.

Isso numa altura em que a McLaren era a equipa oficial da Mercedes. Por isso Hamilton teve, e ainda tem, duas equipas que sempre serão, pelas suas palavras, “a sua casa”. Logo é com muita dificuldade que se consegue adivinhar o que irá na cabeça de Hamilton, talvez nem o próprio saiba, que deságio será o melhor após 2020.

Uma coisa é certa, em 2021 vamos ter regras novas, que irão mudar a ordem de competitividade. Historicamente tanto Mercedes como Ferrari são sempre fortes, mas isso também se pode dizer da Red Bull e da McLaren. A Ferrari também neste momento uma dupla de pilotos bem forte, com um tetracampeão do mundo em Sebastian Vettel, e um futuro campeão em Charles Leclerc. Por isso talvez fosse melhor ideia a Ferrari, e as equipas em geral, concentrarem-se nas regras novas que aí vêm e não só no mercado de pilotos.

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Luís PereiraDezembro 1, 20192min0

Lewis Hamilton dominou completamente o GP de Abu Dhabi, fechando a temporada em grande. Foi uma grande demonstração de força e de o porquê de ser o Campeão em título.

Hamilton começou por mostrar o domínio que se faria sentir logo na qualificação, conquistando a pole, sem nunca parecer que iria para outro piloto.

Logo no arranque Hamilton mostrou que não seria na última corrida do ano que iria abrandar, sem perder a liderança uma única vez. Foi de “ponta a ponta”, e nem a paragem nas boxes, para troca de pneus, lhe tirou momentaneamente a liderança da corrida.

Atrás de si ficou Max Verstappen, numa corrida onde ainda teve alguns problemas de potência, mas que ainda assim mostrou andamento suficiente para terminar no segundo posto.

A completar o pódio ficou Leclerc, o melhor dos Ferraris, que ainda assim pouco ficou na frente de Bottas, que arrancou da última posição! Bottas conseguiu ficar na frente do desiludido Vettel, que promete refletir no que aconteceu esta temporada, para evitar que o mesmo aconteça nas seguintes.

Albon ficou no esperado sexto lugar, terminando na última posição dos “três grandes” da atual F1.

O melhor dos restantes desta vez foi Perez, que passou Norris na última volta. Carlos Sainz terminou em 10º, conseguindo um ponto, o suficiente para terminar o Campeonato como o “melhor dos restantes”.

No final foi mais uma vitória para Hamilton, a 84ª da carreira, com o recorde de Schumacher cada vez mais perto. Foi um excelente trabalho de equipa entre Hamilton e a Mercedes, uma combinação que se tem provado de sucesso desde 2014.

Em 2020 Hamilton e a Mercedes serão novamente o alvo a abater, mas será difícil tirar o Campeão do seu posto, mas na f1 não há impossíveis.

GRANDE PRÉMIO DE ABU DHABI

(foto: formula1.com)

CAMPEONATO DO MUNDO DE PILOTOS

(foto: formula1.com)
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Luís PereiraNovembro 18, 20194min0

Max Verstappen foi o vencedor do GP do Brasil, uma corrida que forneceu alto espetáculo em pista. Verstappen mostrou um nível altíssimo durante toda a corrida, conseguindo-se impor ao recém campeão do mundo, Lewis Hamilton.

Verstappen começou a mostrar que estava no Brasil parece vencer logo na qualificação, ao conseguir a pole, deixando para trás tanto Vettel como Hamilton. O holandês não estaria desposto a perder a sua vantagem logo no arranque, e foi o que fez.

No arranque, apesar do bom arranque de Hamilton e Vettel, Verstappen fechou a porta e não deixou que nenhum o ultrapassasse, deixando Hamilton e Vettel a lutar pelo segundo posto.

Hamilton, sempre interessado na vitória, não se queria ficar pelo segundo lugar. Hamilton não só é novamente campeão, mas gosta sempre de se mostrar no Brasil, por ser a terra natal do seu ídolo, Ayrton Senna.

Por isso, o hexacampeão do mundo tentou forçar o seu ritmo, e parou mais cedo para sair das paragens à frente de Verstappen, só que o holandês parecia voador, ultrapassando logo de seguida Hamilton. O britânico não se deixou ficar, lutando e voltando a passar Verstappen, mas o piloto da Red Bull mostrou que desta vez seria o seu dia, passando Hamilton pela segunda e ultima vez.

A partir daí Hamilton não conseguiu aproximar-se mais de Verstappen, precisando de que algo fosse acontecer para conseguirem chegar à vitória. E foi isso mesmo que aconteceu, uma falha do motor Mercedes de Bottas.

Bottas andava a lutar pela quarta posição, com Vettel e Albon, mas o motor Mercedes deu o melhor de si, o que trouxe o safety car. A estratégia da Mercedes para bater Verstappen era fazer o contrário do que Verstappen fosse fazer, neste caso, parar nas boxes, ficando Hamilton na frente, no recomeço da corrida.

(foto: formula1.com)

Só que durou pouco, logo no recomeço Vertappen voltou a ultrapassar Hamilton, deixando inclusive o inglês à merce de Albon e dos Ferrari. Só que o safety car também levou a que os Ferrari ficassem bem perto, o que fez lançar foguetes.

Leclerc sentiu-se muito mais rápido do que Vettel, tentou ultrapassar, e na reta os pilotos tocaram-se, acabando a corrida de ambos os Ferrari! O pior cenário possível para a Ferrari.

Isso levou a outra saída do safety car, e desta vez a Mercedes mandou parar Hamilton, ficando atrás de Albon e Gasly. Hamilton, com borracha nova, estava bem mais rápido, passou Gasly, mas enquanto tentava passar Albon, bateu no Red Bull, destruindo a corrida do piloto da Red Bull. Hamilton assumiu as culpas pelo incidente, sendo mais tarde penalizado, o que faria com que o Hamilton terminasse a corrida em sétimo lugar.

Todo este espetáculo não só fez a vitória de Verstappen parecer ainda mais imperial, como também promoveu estreias, com Gasly a ficar em segundo, pela Toro Rosso. Foi a primeira vez de Gasly no pódio, e conseguiu-o na equipa para o qual foi despromovido, provando que ainda está bem vivo.

Outra estreia foi para Carlos Sainz. O espanhol da McLaren tem feito uma temporada de enorme qualidade, muitas vezes o “melhor dos restantes”, mas nesta corrida Carlos Sainz arrancou da última posição, mas o seu andamento e apenas uma paragem fizeram-no terminar no pódio, a sua estreia, e primeiro pódio da McLaren desde 2014.

No geral foi uma corrida espetacular que elevou o nível por os pilotos sentirem que já não há pontos do campeonato a serem perdidos, o que os deixou mais livres de lutarem e darem tudo em pista. A F1 só tem mais uma corrida este ano, desta vez em Abu Dhabi.

GRANDE PRÉMIO DO BRASIL

(foto: fia.com)

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