Conclusões da primeira semana de testes da Fórmula 1
Os primeiros testes de pré-temporada de Fórmula 1 já terminaram. Quem ficou por cima, quem parece estar mais bem preparado para a época que se avizinha?
Na primeira semana as coisas dificilmente poderiam ter corrido melhor para a Mercedes. A equipa germânica conseguiu os tempos mais rápidos, mais voltas e ainda uma inovação que chamou a atenção de todo o paddock.
Apesar de nesta altura os tempos ainda não mostrarem tudo, a competitividade da Mercedes não pode ser posta de parte, ainda mais quando se dão ao luxo de apresentar uma inovação como o DAS (Sistema de Direção de Duplo Eixo).
Além disso, a Mercedes conseguiu fazer mais voltas do que as restantes equipas, conseguindo mostrar uma enorme fiabilidade.
Quem também teve uma semana muito positiva foi a Red Bull. A Red Bull conseguiu até ter a sua melhor primeira semana de teses desde que a era híbrida começou. Quem também ajudou a isso foi a Honda, que mostrou que a fase da terrível fiabilidade está mesmo no passado. A fabricante nipónica ajudou a Red Bull a ficar apenas atrás da Mercedes a nível de rodagem.
Outro dos grandes destaques da primeira semana de testes foi a Racing Point. Isso deveu-se não tanto ao bom andamento, mas à similaridade que o RP20 tem com o W10, carro da Mercedes do ano passado. A ideia da equipa é usar um conceito ganhador, sem gastar muitos recursos, num ano que será o último antes da grande mudança de regras. A questão é, conseguirá esta “cópia” ser bem desenvolvida e competitiva?
Quem ainda tem muito a provar é a Ferrari. A equipa de Marenello teve um teste tranquilo, até em demasia. Tanto que a equipa já veio a admitir que acreditam estar atrás da Mercedes e da Red Bull. Não quer dizer que o campeonato já está perdido, mas parece que a Ferrari ainda vai ter muito trabalho pela frente.
Na primeira semana de testes é sempre precoce tirar conclusões, mas dá para ter uma primeira ideia do comportamento dos carros deste ano. Ainda assim, será apenas na primeira corrida do ano, na Austrália, que se saberá ao certo o que poderá vir a ser a ordem competitiva do pelotão em 2020.