O Sporting teve um fim de semana de emoções mistas, com o basquetebol a levantar a taça de Portugal.
O Sporting teve um fim de semana de emoções mistas, com o basquetebol a levantar a taça de Portugal.
Todos os clubes se reforçam no mercado e o Sporting não é indiferente. Aqui ficam 3 ideias de reforços o Sporting na próxima época.
Já parece quase um evento cíclico, mas ainda assim consegue sempre surpreender-me sempre que aparece. Falo claro dos “abutres” leoninos que aparecem sempre que o Sporting perde um jogo importante ou fica afastado de uma competição.
Para infelicidade dos adeptos leoninos, o Benfica venceu por 0-2 em Alvalade e confirmou praticamente o título para o Futebol clube do Porto, que precisaria de perder 9 pontos em 12 possíveis para deixar escapar o título que já agarra com as duas mãos.
Esta notícia apenas é surpresa para alguns que ainda olham para fenómenos como o de Bruno Lage, Rui Vitória ou Conceição como a regra e não a excepção.
Depois de terem sido recuperadas diferenças consideráveis em 3 campeonatos nacionais, criou-se a ideia em Portugal de que seria possível roubar todos os anos o título a quem dominou a tabela durante grande parte do tempo. Foi assim o ano passado, e esta temporada ainda havia muita esperança, mas a lógica prevaleceu e tal como o ano passado em Moreira de Cónegos o Porto disse adeus ao título, também este ano o Sporting acabou por ceder primeiro que o rival.
Num jogo onde o Sporting foi inferior ao Benfica em todos os aspetos, e em que a vitória da equipa da Luz fez justiça ao que se passou no terreno de jogo, começaram as críticas a serem disparadas por todos os lados.
Desde Rúben Amorim, a Varandas, a Palhinha, a Neto, Coates, etc… todos começaram a ser alvos de críticas como se esta derrota significa-se um virar de página em que o Sporting passa de um super momento para uma época negra e trágica no clube.
Para os mais distraídos eu posso explicar facilmente o que aconteceu: O Benfica foi melhor e venceu, faz parte, é futebol e ninguém ganha sempre. E Amorim têm que continuar a merecer o carinho dos adeptos.
Claro que podemos criticar as escolhas de Amorim, ou a entrada apática do Sporting, bem como as situações em que Inácio e Slimani abdicaram de rematar à baliza. Mas não vamos por em causa o percurso nem o lugar do treinador como se leu por aí. Até Santana Lopes (o tal que abandonou o clube quase no dia em que é eleito para poder exercer um cargo político) veio comentar as escolhas da direção, nomeadamente o empréstimo de Tiago Tomás.
O Sporting venceu 4 dos últimos 5 títulos em Portugal, 2 deles nesta temporada. Estamos e, acredito, ficaremos em segundo (apesar das mentes iluminadas acharem que ainda seremos ultrapassados) e ainda vamos disputar a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal, onde apesar das probabilidades serem remotas, ainda é possível marcar presença no Jamor.
No entanto, estamos num estado depressivo maior do que alguns adeptos cujo clube continuará em 3º e sem troféus desde a supertaça em 2019 e que continuará sem títulos no mínimo até à disputa da próxima taça da liga em 2023.
É a sina habitual dos adeptos leoninos estarem depressivos. Foram tantos anos arredado de títulos que nos esquecemos do que é estar nesta posição de disputa. Ontem ganhámos a disputa, hoje perdemos, amanhã o que queremos é estar lá novamente. Continuar a estar na disputa por títulos é que o leva o clube a conquistá-los. E o Sporting este ano esteve na disputa dos 4 títulos em Portugal de forma ativa como já não se via há muitos anos, e isso devia ser motivo de orgulho e não motivo para colocar tudo em causa.
Não somos bicampeões há 70 anos, o que significa que para a maior parte dos adeptos, nunca viram tal feito, mas reagem à perda do bicampeonato como se fosse um dos piores momentos da história do clube, quando já nem nos lembrávamos de disputar o bicampeonato, mesmo nos anos após sermos campeões nacionais.
Que o Sporting esteja acima dos egos e dos interesses que levam os “abutres” à aparecerem, que se perceba que a derrota faz parte do desporto e que não se pode ganhar sempre, mas que acima de tudo o mais importante é entrar sempre nas provas a disputar a sua conquista, para que ano após ano sejam adicionadas ainda mais conquistas ao palmarés do clube.
A época ainda decorre, mas todos os clubes estão já a preparar o próximo ano e o Sporting não é excepção. O que podemos esperar?
Slimani chegou a Alvalade e tem tido impacto imediato, tudo isto sem tirar protagonismo a Paulinho que também cresceu com o Argelino.
A Sporting SAD apresentou o seu Relatório e Contas relativos ao último semestre e analisámos os principais pontos do mesmo.
Foi o regresso a uma fase a eliminar da UEFA Champions League, mas tal como da primeira vez o Sporting foi vergado por uma potência europeia.
Não se esperam grandes movimentações do Sporting em Janeiro, mas há pelo menos uma que parece quase certa e essa é Marcus Edwards.
Sporting perde pela primeira vez no campeonato e nos adeptos começou a reinar a depressão. É caso para tanto? O que se pode melhorar?
Daniel Bragança tem sido muito elogiado por Ruben Amorim, sempre que o técnico leonino é convidado pelos jornalistas a comentar a situação do internacional sub-21 português no plantel verde e branco.
Com apenas 2 titularidades na Liga Portugal Bwin, Daniel Bragança parece tardar em afirmar-se na equipa do Sporting, pelo menos neste modelo utilizado por Rúben Amorim, assente em 2 homens no miolo.
A nível técnico não há nenhum médio com a qualidade de Bragança no Sporting. O jovem de 22 anos transpira classe em campo e como se costuma dizer, a bola não chora nos seus pés, verificando um acerto de passe de 92%. Bragança consegue ainda sair com a bola jogável em situações de aperto e mostra ser muito útil no último terço a descobrir e a servir os colegas da frente, sendo muito útil contra equipas que se apresentam fechadas e remetidas ao seu terço defensivo.
Então o que falta a Daniel bragança para se afirmar neste Sporting?
Acima de tudo falta aumentar ainda mais os índices de intensidade e a capacidade defensiva. Olhando para os habituais titulares do meio campo leonino, Palhinha e Matheus Nunes, percebe-se muito bem aquilo que o técnico leonino pretende para o seu modelo de jogo: Jogadores com um raio de ação alargado, com capacidade de pressionar alto os médios rivais, prontos para fazer acompanhamentos defensivos a todo o terreno, e com agressividade na disputa da bola para lá da natural capacidade de desarme que devem possuir.
Ora é precisamente por isto que Daniel Bragança não é uma presença habitual no onze verde e branco. Com ele em campo o Sporting pode ganhar no processo ofensivo, mas perde no defensivo (que é o mais importante nesta equipa). Não é apenas pelo trabalho dos centrais que o Sporting é a defesa menos batida do campeonato e a defesa menos batida da sua história à 15ª jornada. É essencialmente pela forma como impede que os adversários cheguem perto da sua baliza.
Tendo que jogar muitas vezes contra táticas que colocam 3 atletas no meio campo, é importantíssimo que os 2 do Sporting igualem os 3 adversários na ocupação dos espaços, para com isso impedir a progressão adversária e, acima de tudo, ganhar as “segundas bolas” que permitem iniciar o processo de contra-ataque.
O Daniel têm evoluído muito neste aspeto do jogo, mas nunca será um jogador com a capacidade de correr dezenas de metros com a bola como o Matheus Nunes durante 90 minutos, ou com a capacidade de desarme de João Palhinha. Sendo que Amorim, já desde a época passada mostrou que não é isso que pede a Bragança.
Analisando a sua atuação na época passada é visível que a sua entrada em campo acontecia quando o Sporting precisava de ganhar e já tinha o adversário remetido à sua área e com os espaços praticamente fechados. Amorim percebia que Daniel bragança era o jogador ideal para procurar esses mesmos espaços e que já não corria riscos defensivos, uma vez que o rival abdicava de atacar. Foram muitos os jogos ganhos nos últimos minutos e sua influência foi gigante, mesmo que de forma menos direta.
Este ano já vemos o treinador a apostar mais no jogador em situações de vantagem para manter a posse de bola e conseguir “enervar” o adversário que procura o “tudo por tudo” para marcar. Uma estratégia em tudo semelhante à que era usada por João Mário na época transata.
Veremos qual será o futuro de Daniel Bragança no Sporting. Conseguirá impor-se depois das saídas de Palhinha e Matheus, ou será sempre um jogador talismã para sair do banco?