Arquivo de Stan Wawrinka - Fair Play

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André Dias PereiraNovembro 10, 20202min0

Daniil Medeved, 24 anos de idade, é por esta altura uma certeza no circuito ATP. O russo soma oito títulos ATP, o mais recente dos quais em Paris, no domingo. Diante Alexander Zvderev, Medvedev venceu de virada: 6-7, 6-4 e 6-2.

Foi uma semana especial para o russo. Não apenas porque venceu o primeiro título da temporada, mas pela forma em que se apresentou. O russo superou ladversários como De Minaur (5-7, 6-2 e 6-2), Diego Schawrtzman (6-3 e 6-1) e  Milos Raonic (6-4 e 7-6), mostrando que se pode intrometer nos próximos tempos na disputa pelo número 1 do mundo.

Para já, contudo, esse é um cenário ainda remoto. Todavia, com este título, Medvedev sobe a número 5 mundial ultrapassando o suíço Roger Federer. Apesar de este ter sido o primeiro título de 2020, o russo atingiu as meias-finais no último US Open, perdendo para Dominic Thiem. Em 2019, recorde-se, o russo foi finalista vencido diante Rafael Nadal. Mais recentemente, em Roland Garros, não esteve tão bem, caindo na primeira ronda.

O triunfo de Paris acaba por ser mais um passo na carreira de Medvedev que vai ganhando cada vez mais confiança. Que o diga Zverev, reconhecendo, após sofrer o empate em sets, que iria perder o encontro. Apesar de ter sido vice-campeão, o alemão também se deve orgulhar do seu percurso em Paris. Para trás, deixou jogadores como o favorito Rafael Nadal (6-4 e 7-5) e Stan Wawrinka (6-3 e 7-6).

O Masters de Paris é o penúltimo torneio importante do calendário de ténis. A partir de domingo terá início o ATP Finals, competição que reúne os oito melhores do mundo na temporada. Medvedev e Zverev estarão lá, assim como Rafael Nadal, Novak Djokovic, Dominic Thiem, Stefanos Tsitsipas, Andrey Rublev e Diego Schwartzman.

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André Dias PereiraMarço 9, 20202min0

Rafa Nadal conquistou, no México, o seu 85 titulo da carreira. Foi em Acapulco.  O espanhol precisou de pouco menos de 1h15 para levar de vencido o norte-americano Taylor Fritz, por 6-3 e 6-2.

O número 2 do mundo não diminui distância para o líder mundial, Novak Djokovic, que venceu também no Dubai. Esta foi, de resto, a terceira vez que Nadal venceu no México. A primeira vez aconteceu em 2005 e a segunda em 2013. O torneio de Acapulco tem sido, por assim dizer, dominado por espanhóis. Em 20 edições, onze foram ganhas por nuestros hermanos. David Ferrer (4), Nadal (3), Carlos Moya (2) e Nicolas Almagro (2).

Nadal esteve, este ano, absolutamente imparável, não perdendo qualquer set. Para trás ficaram Pablo Andujar (6-3, 6-2), Miomir Kecmanovic (6-2, 7-5), Soonwoo Kwon (7-6, 6-0), para além de Grigor Dimitrov (6-4, 6-4), nas meias-finais. O torneio contou também com as presenças de Stan Wawrinka e Kyle Edmund, eliminados nos quartos de final, por, respetivamente, Grigor Dimitrov e Taylor Fritz.A

Aos 33 anos, Nadal está agora a nove taças de Ivan Lendl, o terceiro colocado da lista de jogadores com mais títulos ATP. Jimmy Connors está no topo, com 109 conquistas, seguido por Roger Federer, que tem seis a menos. Se ultrapassar Ivan Lendl parece uma questão de tempo, Federer e Connors podem ser mais difíceis de atingir. Até porque o suíço ainda está em atividade. Mas não só. Mais que ter o maior número de títulos ATP, Nadal parece mais focado em chegar a número 1 mundial e ultrapassar Federer com 20 Grand Slams. Já para o helvético, 38 anos de idade, terminar a carreira com mais títulos ATP parece agora mais possível que o fazer em relação a Major. Até porque há ainda Djokovic, 32 anos.

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André Dias PereiraJunho 3, 20192min0

Os quartos de final de Roland Garros vai juntar Roger Federer e Stan Wawrinka. Amigos e rivais a carreira dos dois tenistas suíços tem convergido ao longo dos anos. Os estatutos de ambos no circuito são, contudo, diferentes. Pode dizer-se que são como que o parente rico e o parente pobre do ténis suíço.

Os dois vão defrontar-se pela 26ª vez, e apesar da história estar a favor de Federer – 22 vitórias contra 3 derrotas – a verdade é que na terra batida de Paris, Wawrinka tem uma palavra a dizer. Aliás, talvez por quase sempre ter vivido na sombra de Federer, Wawrinka parece sempre ter uma palavra a dizer. Sobretudo em Roland Garros, onde já ergueu o troféu, em 2016.

O espírito combativo, mentalidade, capacidade de trabalho, aliado ao seu talento, fazem de Wawrinka um caso especial no ténis. Passou a carreira a ver Federer, Nadal e Djokovic, dominarem o circuito, evoluiu e conseguiu vencer 3 Grand Slams.

Aos 34 anos é 28º do mundo, mas já foi número 3. A terra batida é o seu piso preferencial, ao contrário de Federer, que abdicou da temporada de terra batida nos últimos anos.

Talvez pelo seu jogo mais físico, Wawrinka tem sofrido muito com lesões, que o afastaram de sua melhor forma. O seu último de 16 títulos foi em Genebra, em 2017.

De então para cá, entre lesões e operações, Wawrinka tem estado longe do seu melhor. Mas na terra batida, é sempre um gigante a ter em conta. Sobretudo em Paris.

O jogador dos grandes momentos

Que o diga Stefanos Tsitsipas. O grego, um dos candidatos à vitória em Roland Garros, caiu nos oitavos de final. Num jogo épico, de 5 horas de duração, Wawrinka fechou com 7-6, 5-7, 6-4, 3-6, e 8-6. Stan regressa aos quartos de final de Paris, dois anos depois e não por acaso. Stan mostrou que o seu talento experiência continuam lá. E é preciso contar com ele. Contra Tsitsipas salvou 22 pontos de break e não desperdiçou nenhum.

Antes de eliminar Tsitsipas, Wawrinka deixou para trás Grigor Dimitrov (7-6, 7-6, 7-6). “Na terra batida ele tem sido mais perigoso do que em qualquer outra superfície”, admitiu Federer, que espera “que não esteja ao nível de 2015”. Regressado à competição, Roger Federer deixou para trás Leonard Mayer (6-2, 6-3 e 6-3) e Casper Ruud (6-3, 6-1 e 7-6).

Quem também já está nos quartos de final é Rafa Nadal. O espanhol, o maior campeão de Roland Garros, não teve dificuldades em deixar para trás, David Goffin (6-1, 6-3, 4-6 e 6-3) e Juan Ignacio Londero (6-2, 6-3 e 6-3). O maiorquino vai defrontar o vencedor entre Kei Nishikori e Benoit Paire. O jogo foi interrompido por falta de luz com o resultado em 6-2, 6-7 e 6-2 a favor do japonês.

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André Dias PereiraFevereiro 18, 20192min0

O francês Gael Monfils conquistou o seu oitavo título no circuito ATP, em Roterdão. Diante Wawrinka, o gaulês impôs-se ao suíço por 6-3, 1-6 e 6-2, em uma hora e 44 minutos.

Monfils conquistou, desta forma, o seu segundo ATP 500. O primeiro foi em Washington, em 2016. Desde que venceu o seu primeiro título, em 2005 (Sopot), o francês nunca conseguiu vencer mais dois torneios na mesma temporada. Conhecido pelo espírito de ‘entertainer’, Monfils impos-se numa prova que contou também com Kei Nishikori e Daniil Medvedev. Ambos foram eliminados nas meias-finais. Pior estiveram Tomas Berdych e Milos Raonic, que cairam nos oitavos de final. Também Tsitsipas, Gofin, Chardy e Chung não foram além da primeira ronda.

O ano de 2019 está a começar bem para o Monfils. Mesmo tendo sido afastado na segunda ronda do Australian Open, alcançou, recentemente, as meias-finais em Sofia, Bulgária. As suas prestações valem-lhe uma subida de 10 posições no ranking, a sua melhor classificação desde Agosto de 2017.

Já Wawrinka, mesmo não vencendo, sobe para o 41º lugar do ranking. Um ano e meio depois, o suíço volta a jogar uma final. Ele que já esteve no top-5 mundial, vencendo 3 Major.

Monfils no Estoril Open

Entretanto, Gael Monfils já assegurou a sua presença no Estoril Open. Foi o quinto nome confirmado. Kevin Anderson, Stefanos Tsitsipas, João Sousa e Alex de Minaur são os outros nomes garantidos.

Carismático e com ténis acrobático, Monfils jogará pela primeira vez o torneio luso. “Mal posso esperar por jogar, pela primeira vez, o novo torneio no Estoril. Vários colegas deram-me as melhores referências. Espero que os meus fãs portugueses e a comunidade francesa radicada em Portugal possam vir ver-me jogar”, disse Monfils.

O seu estilo será, por certo, um espectáculo dentro de outro espectáculo. O Estoril Open joga-se entre 27 Abril e 5 Maio.

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André Dias PereiraAgosto 27, 20185min0

Arranca esta segunda-feira a 138º edição do US Open. A pergunta que uma vez mais se coloca é se haverá alguém capaz de se intrometer entre a troika do ténis: Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic.

Tem sido assim nos últimos anos. Os três grandes do ténis mundial têm se apresentado, repetidamente, como os maiores favoritos. Nos últimos anos Stan Wawrinka (2016) e Marin Cilic (2014) intormeteram-se na lista de vencedores. Desde 2004 só por uma ocasião (2014) pelo menos um dos três não atingiu a final. É preciso, claro, lembrar Andy Murray. Só que o vencedor de 2012 está muito longe da sua melhor forma e não é expectável que progrida muito na prova. É o próprio quem admite que “pensar em ganhar o US Open é irrealista”. Em 2018, o britânico realizou apenas sete jogos, tendo vencido quatro.

E por falar nesta temporada, Federer, Nadal e Djokovic surgem nos EUA ainda mais dominadores. Apesar de todos terem ultrapassado os 30 anos de idade, não parece haver quem possa verdadeiramente surgir como favorito num confronto contra qualquer um deles. De resto, os três dividiram os Major já disputados. O suíço levou o Australian Open, o espanhol, Roland Garros, e mais recentemente Djokovic conquistou Wimbledon.

A vitória de Djokovic foi também uma vitória para o ténis. Depois de uma longa paragem por lesão e um início de 2018 intermitente, que gerou mais interrogações que certezas, Nolan deu uma resposta dominadora. Não apenas venceu Wimbledon como venceu Roger Federer na final de Cincinnati. O sérvio tema vantagem psicológica e isso  coloca-o uns furos à frente de Federer no favoritismo para este torneio.

Federer, o eterno, Nadal, o líder

Apesar da idade, Djokovic, Nadal e Federer ainda dominam o circuito. Foto: Tennis World

Roger Federer, por seu lado, continua a surpreender aos 37 anos de idade. O suíço já não tem o fulgor de outros tempos, mas continua fiável. Este ano voltou a abdicar de toda a temporada de terra batida (incluindo Roland Garros) e joga um número reduzido de torneios. Só que, em Cincinnati, cometeu demasiados erros e revelou-se mais lento que o habitual. O suíço não estará no seu melhor momento, mas ninguém dúvida que tem condições para continuar a fazer história.

Rafael Nadal é o número 1 do mundo e para manter essa condição terá que chegar às meias-finais de Nova Iorque. É certo que o piso rápido não é a preferência do espanhol, mas ainda assim é o campeão em título. El Toro Miura já venceu o US Open por três ocasiões (2010, 2013 e 2017) e é um dos grandes favoritos. Mas, sobretudo este ano, está tudo em aberto e é muito difícil assumir um favorito claro. De resto, Nadal terá o compatriota e o incómodo David Ferrer como primeiro adversário.

Del Potro, Anderson e a nova geração

Entre a restante armada do ténis será interessante acompanhar a evolução de Stan Wawrinka. Campeão em 2016, o suíço teve uma longa paragem por lesão e a sua recuperação está a ser gradual. Em Cincinnati já atingiu os quartos de final, onde perdeu para Federer. Tal como Murray, é difícil de imaginar que possa atingir esse registo no US Open, mas num dia bom pode vencer qualquer um. E Wawrinka também tem no piso rápido um ponto forte.

Juan Martin Del Potro, campeão em 2009, tem feito uma grande temporada e é igualmente um nome importante. É um dos mais populares jogadores do circuito, é hoje número 3 do mundo e venceu, em 2018, em Acapulco e Indian Wells. As lesões parecem ter ficado para trás, passando a ideia de que  o argentino está de volta aos melhores tempos. Também Kevin Anderson, finalista vencido o ano passado e este ano em Wimbledon, parece já estar em outro patamar. Isso nem sempre lhe é reconhecido, mas o sul-africano joga o ténis mais consistente de sua carreira. Este ano já venceu o ATP Nova Iorque e tem justificado ser número 5 do mundo.

Obviamente, é preciso olhar com atenção para os jogadores da nova geração. Alexander Zverev e Nick Kyrgios têm recebido maiores atenções nos últimos anos, mas 2018 tem confirmado Stefanos Tsitsipas como valor emergente. O grego, 20 anos de idade, não venceu ainda qualquer torneio mas foi finalista de Barcelona e do Masters 1000 do Canadá.

Nick Kyrgios parece um caso perdido para o ténis, mas Alexander Zverev tem tudo para dar certo. Aos 21 anos, o alemão é número 4 do mundo e venceu, nos últimos três anos, nove títulos ATP. Três dos quais este ano: Washington, Madrid e Munique. Contudo, o alemão não se tem dado bem em Grand Slam caindo quase sempre de forma precoce. Em Roland Garros, este ano, já conseguiu atingir os quartos de final, o seu melhor registo. Apesar das críticas da qual é alvo, é importante lembrar que Zverev tem apenas 21 anos. E ninguém duvida que o futuro do ténis passa por ele. E, porventura, é o jogador que melhor se perfila para dar sequência à hegemonia da troika do ténis. Só que, a avaliar por 2018, Federer, Nadal e Djokovic ainda estão para durar.

US Open 2018 (trailer)


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