Nadal, o imperador de Roma

André Dias PereiraMaio 21, 20184min0

Nadal, o imperador de Roma

André Dias PereiraMaio 21, 20184min0

Rafa Nadal conquistou, este domingo, pela oitava vez o Masters de Roma. Uma conquista que recoloca o maiorquino como número um mundial na véspera de Roland Garros. O Toro Miura teve, contudo, que passar por momentos de aperto. É que Alexander Zverev, número 3 mundial, voltou a mostrar que pode ser um osso duro no Major francês.

Depois de vencer o Masters de Madrid, Zverev vendeu a cara a derrota para Nadal em Roma: 6-1, 1-6 e 6-3. O alemão tem feito valer a ideia de que a terra batida é o seu piso preferencial e pode ser o maior obstáculo de Nadal em Paris.

Em alguns momentos, Zverev conseguiu jogar de igual para igual com Nadal. Começou por surpreender quebrando o serviço ao espanhol logo no primeiro jogo da partida. Nadal, contudo, fez valer a sua experiência e variedade de jogo para se impor. No segundo set, Zverev impôs-se como poucos o fizeram frente a Nadal na terra batida. No terceiro set, o alemão chegou a estar a ganhar por 3-1, até a chuva interromper o jogo. E a partir daí tudo foi diferente. Nadal conseguiu virar para a vitória (6-3).

Nadal repete as vitórias de 2005, 2006, 2007, 2009, 2010, 2012 e 2013. O espanhol é o maior campeão da história da prova, que se joga desde 1930. De resto, Espanha tem dominado neste século o torneio de Roma. Desde 2000 que por 11 vezes o título foi para um tenista espanhol. Para além de Nadal, também Juan Carlos Ferrero (2001), Felix Matilla (2003) e Carlos Moya (2004) imperaram em Roma.

Já Alexander Zverev não conseguiu revalidar o título alcançado o ano passado. O alemão parte agora para Roland Garros com o objetivo de quebrar a malapata dos Grand Slam. É que apesar de todo o talento e ser número 3 mundial, o alemão tarda em se afirmar em Major. Na edição de 2017 de Roland Garros, por exemplo, caiu logo na ronda inaugural perante Fernando Verdasco.

Djokovic recupera, Nishikori e Wawrinka nem tanto

Depois de vencer em Madrid, Zverev foi finalista vencido em Roma. Foto: Risesportes.com.br

A edição desde ano do ATP Roma mostrou também a recuperação de Novak Djokovic e reafirmou a consistência de Marin Cilic. Depois das lesões e de resultados menos conseguidos, o sérvio caiu nas meias-finais perante Nadal: 7-6 e 6-3. Num jogo intenso e espectacular, Nolan mostrou que está finalmente em crescendo. Olhando para o seu percurso na terra batida desde o seu regresso, é, contudo, difícil antecipar o que pode fazer em Roland  Garros. Ainda assim, o ex-número 1 mundial é sempre um nome a considerar, embora passe a ideia de estar atrás, neste momento, de Zverev, Marin Cilic e, claro, Rafa Nadal.

E por falar em Cilic, o croata jogou, pela primeira vez, uma meia-final de um ATP 1000 de terra batida. Nas cinco vezes anteriores que jogou os quartos-de-final, perdeu sempre. Desta vez, não atingiu a final porque Zverev foi melhor: 7-6 e 7-5.

Destaque também para Kei Nishikori, que procura igualmente a melhor forma. O japonês caiu nos quartos de final perante Djokovic 2-6, 6-1 e 6-3. Na retina, fica, contudo, um lance de fair play. Cedeu um ponto para o adversário contrariando a marcação do juiz, Carlos Bernardes.

Se Nishikori está longe do seu melhor ténis, o que dizer de Stan Wawrinka? O suíço foi eliminado na ronda inaugural perante Steve Johnson, por duplo 6-4. Actualmente no 23º lugar do ranking, Stan vai jogar o ATP 250 de Genebra, antes de entrar em cena em Roland Garros. É, contudo, pouco crível que possa lutar por lugares cimeiros no Major francês.

No quadro das duplas, destaque para João Sousa. O português tornou-se no primeiro tenista luso a atingir uma final de um ATP 1000. Ao lado do espanhol Pablo Carreño Busta, a dupla acabou por perder a final para Juan-Sebastian Cabal e Robert Farah: 6-3, 4-6 e 4-10.

 

Como Nadal venceu Zverev em Roma

 


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