ATP Finals: duas vagas para quatro mestres
A partir de 13 de novembro e até 20 de novembro, joga-se o último grande torneio do ano. O ATP Finals vai reunir, em Turim, Itália, os maiores jogadores do ano. Daniil Medvedev, campeão em 2020, já garantiu a sua presença após vencer este sábado, dia 29, Grigor Dimitrov e avançar para a fnal do ATP 500 de Viena. É a quarta vez que o russo joga esta competição.
O antigo número 1 mundial teve um ano discreto. Em 2022 conquistou, para já, apenas o título em Los Cabos, no México, e três vice-campeonatos, incluindo o Australian Open. É verdade que pode ainda ganhar o torneio de Viena, onde defrontará Shapovalov. E há ainda o ATP Paris. Mas não é menos verdade que desde 2018 Medvedev nunca ganhou menos que dois torneios.
Para além do russo, estão também garantidos no ATP Finals, Carlos Alcaraz, Rafael Nadal, Casper Ruud, Novak Djokovic e Stefano Tsitsipas.
Djokovic soma cinco títulos, ao lado das lendas Ivan Lendl e Pete Sampras. O recordista é o agora aposentado Roger Federer. Isso quer dizer que o sérvio pode-se tornar o maior campeão do torneio ao lado do suíço, caso vença este ano. Djokovic é também o único a ganhar a prova quatro anos consecutivos (2012-15). Mas, claro, é sempre preciso considerar Rafael Nadal. O espanhol continua em altíssimo nível mesmo aos 36 anos. Este ano já ganhou o Australian Open, Roland Garros e os torneios de Melbourne e Acapulco. Curiosamente, Nadal nunca venceu o ATP Finals. Foi finalista vencido em 2013 e 2010. Este é, aliás, o único grande título que lhe falta na carreira.
ATP Paris será determinante
Apenas dois tenistas espanhóis venceram o ATP Finals. O primeiro foi Manuel Orantes, em 1976, e o último foi Alex Corretja, em 1998. Desta vez, há boas razões para acreditar num sucesso espanhol. É que para além do número dois mundial, Nadal, há ainda a sensação Carlos Alcaraz, o líder do ranking.
Alcaraz será um estreante na prova, é certo, mas essa condição nunca foi problema para se colocar entre os favoritos. Este ano tornou-se o mais jovem número 1 da história e também a vencer o US Open. De resto, o espanhol tem alcançado todos os recordes de precocidade e é o atleta que mais ganhou em 2022. Para além do sucesso em Nova Iorque, ganhou outros quatro títulos: Masters de Madrid e de Miami e os torneios de Rio Janeiro e Barcelona.
Casper Ruud é outro jogador em ótima forma. Já venceu este ano três torneios (Gstaad, Buenos Aires e Genebra) e foi finalista vencido no US Open. Ele repete a experiência do ano passado e será um nome a ter em conta.
Ao todo estão seis tenistas já classificados. Isso quer dizer que há duas vagas em aberto. Por enquanto, Felix Aliassime e Andrey Rublev são os mais bem posicionados. Mas o ATP Paris será determinante. Uma coisa é certa, este ano o torneio de Turim não terá representantes italianos. O triunfo de Aliassime em Basileia retirou matematicamente as chances a Jannik Sinner e Matteo Berrettini de lutarem pelas vagas. Pablo Carreño Busta (2415 pontos) e Cameron Norrie (2410) também estão longe de o conseguirem. Por outro lado, o norte americano Taylor Fritz e o húgaro Hubert Huckacz podem intrometer-se entre Aliassime e Rublev.