Rugby Português “lá fora”: Rui Freitas de gala pelo Eemland

Francisco IsaacDezembro 13, 20216min0

Rugby Português “lá fora”: Rui Freitas de gala pelo Eemland

Francisco IsaacDezembro 13, 20216min0
O defesa Rui Maria Freitas marcou um ensaio na vitória do Eemland, e o Fair Play dá conta da exibição do português neste artigo de acompanhamento

Uma semana mais cinzenta para as cores nacionais, já que vários dos atletas lusos não foram convocados por diversas razões, mas que não deixou de ter boas notícias como a boa exibição de Rui Maria Freitas pelo Eemland, ou de Thibault de Freitas pelo La Seyne. Fica a par de tudo neste artigo de acompanhamento.

O DESTAQUE DA SEMANA: RUI MARIA FREITAS DEU VELOCIDADE AO EEMLAND

A primeira experiência do polivalente 3/4’s no estrangeiro está a correr de feição, já que Rui Maria Freitas tem sido uma das peças-chave do Eemland, emblema que disputa a primeira divisão neerlandesa de rugby (Ereklasse), tendo nesta semana recebido e derrotado o Oemoemenoe por 54-11, com impacto directo do antigo jogador do CR São Miguel. Vamos aos números: 1 ensaio, duas assistências, 94 metros de conquista, 7 pontapés convertidos, 3 quebras-de-linha, 5 defesas batidos e 5 pontapés bem recepcionados, coloriram uma prestação de gala do jovem português que voltou a fazer uso da sua velocidade, destreza e agilidade para dobrar os potenciais placadores contrários, o que deu sempre um dinamismo e ritmo de categoria, como se tem observado desde a sua chegada aos Países Baixos.

A visão de jogo que apresenta na colocação de pontapés ou na sua “reciclagem” são dois detalhes que têm fornecido outra plataforma de resposta ao Eemland, estando a realizar uma temporada acima do previsto – 6º lugar em 8 jogos já concretizados -, com condão de Rui M. Freitas.

O Fair Play falou com o português, realizando duas perguntas sobre esta sua passagem pelos Países Baixos,

Rui, cada vez mais adaptado ao rugby holandês como se tem visto pelas tuas exibições… Tens sentido uma evolução em ti?

O campeonato holandês é um pouco mais físico que o português e sinto que no início a adaptação não foi a mais fácil. No entanto, a cada jogo que passa sinto-me melhor e mais confiante, no fundo, sinto que começo a oferecer cada vez mais à equipa.

Qual o teu objectivo individual para esta época? E como vês o campeonato holandês?

O  meu objetivo individual para esta época é essencialmente melhorar o meu Rugby e puxar por mim mesmo ao máximo, de modo a ajudar a equipa a melhorar em geral e a ganhar a Ereklasse (Campeonato Holandês) pela primeira vez! Em relação ao campeonato holandês, nota-se que é um campeonato que ainda está em fase de crescimento, um campeonato bastante físico e em que o nível tático ainda não é o melhor, no entanto, um campeonato onde se nota, claramente, que está a a haver um grande investimento

NOTÍCIAS DE OUTROS JOGADORES

Encontro de portugueses no FC Grenoble-Stade Montois, com José Madeira a levar a melhor sobre Simão Bento e Anthony Alves, sendo o resultado mais inesperado desta jornada da ProD2, uma vez que a equipa visitante ocupava (e ainda ocupa) o 1º lugar da tabela de classificação. E como jogaram os internacionais lusos neste jogo? Simão Bento e Anthony Alves começaram de início pelo Stade Montois, com o defesa a alinhar os 80 minutos, no qual conseguiu uma quebra-de-linha, um defesa batido e criar duas boas situações de ataque para a sua equipa apesar de tacticamente ter pecado levemente (o 3º ensaio do Grenoble poderá ter alguma responsabilidade do jovem 3/4’s), enquanto o pilar cumpriu na formação-ordenada e no jogo contínuo sem deslumbrar, conseguindo ainda 7 placagens (uma falhada) durante os 55 minutos que esteve em campo. Já José Madeira entrou do banco de suplentes ao minuto 59′, conseguindo realizar uns 20 minutos de alto nível, com quatro placagens, duas entradas no contacto e um roubo de bola num alinhamento.

Geoffrey Moïse foi chamado a jogo ao minuto 54 no embate frente ao Carcassonne (não alinharam com qualquer português), num encontro difícil e que acabou por significar derrota para o emblema do Narbonne, que está isolado em último lugar na ProD2. O pilar só entrou no contacto por duas ocasiões, sempre em pique, sem registo de erros na defesa ou nas fases-estáticas.

Excelentes 50 minutos de Francisco Fernandes, que foi mais uma vez um dos “motores” da avançada do Béziers-Hérault, ajudando a sua equipa a garantir uma importante vitória em casa frente ao Rouen. O pilar somou 9 placagens (apenas um erro de abordagem), foi importante no empurrar para o 1º ensaio, conseguindo ainda arrancar duas penalidades na formação-ordenada com ajuda dos seus companheiros da primeira-linha.

Jean de Sousa começou como suplente na derrota do Montauban na casa do Aviron Bayonnais, entrando em campo quando faltavam 30 minutos para o seu final. O 2ª linha conquistou três bolas no alinhamento, placou minuciosamente bem (6 placagens no mesmo número de tentativas), e ainda conquistou um turnover.

Diogo Hasse Ferreira entrou aos 60 minutos no desaire do US Dax Rugby na visita ao campo do Cognac, registando três formações-ordenadas (a sua equipa consentiu uma penalidade numa delas), algumas entradas no contacto e 5 placagens, num encontro que só foi decidido com o apito final do árbitro (10-09).

Thibault de Freitas foi titular e alinhou os 80 minutos na viagem a Vienne, um encontro que a equipa do 3ª linha português acabou por sair derrotada. O internacional português somou 12 placagens, 1 quebra-de-linha, alguns tackle-busts e um par de boas intervenções a partir da saída de número 8, conseguindo mesmo salvar um ensaio sofrido ao La Seyne.

Nova derrota para o Aubenas de Thibault Ferreira, com o pilar a jogar os primeiros 40 minutos, saindo ao intervalo, num jogo que a sua equipa nunca conseguiu realmente estar na disputa. Um par de placagens falhadas entre 8 completas e unas quantos problemas na formação-ordenada (geral da equipa) acabaram por não ajudar à sua exibição individual.

Francisco Forbes Bessa foi titular na vitória do FC Barcelona Rugby, com os blaugrana da oval a derrotarem o Les Abelles por 41-21, tendo o centro realizado uns 70 minutos compactos, com três quebras-de-linha, três tackle-busts, sete placagens efectivas (duas falhadas) e uma assistência para quebra-de-linha de um companheiro de equipa, sedimentando cada vez mais o seu lugar na formação catalã.


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