3 destaques da 6ª jornada dos Lusitanos na Rugby Europe Super Cup 22′
Fim da fase-de-grupos para os Lusitanos, que voltaram a garantir o 1º lugar na sua Conferência Oeste (irão jogar contra o Tel-Aviv Heat em Dezembro) depois de garantir nova vitória frente ao Delta por 47-10, num jogo intenso mas controlado pela equipa de Luís Pissarra e João Mirra, e destacamos os três pontos principais.
O MVP: DOMINGOS CABRAL (DEFESA)
Xavier Cerejo, Pedro Lucas (completamente irrequieto e com um passe cada vez mais calibrado e refinado), Jerónimo Portela, David Wallis, Fábio Conceição, e Domingos Cabral foram as principais referências dos Lusitanos neste encontro, sendo que o defesa foi o principal MVP para o Fair Play, por três pontos: segurança e controlo no ataque, defesa e pontapés “lá atrás”, mostrando calma na maioria das suas interações; fez a diferença sempre que foi chamado a intervir no jogo ao largo, ou de profundidade, criando roturas defensivas no Delta em momentos fundamentais quando os neerlandeses ainda ofereceram boa resposta; e inteligência no saber quando e como montar uma sequência de ataque para os seus colegas, com o ensaio de Jerónimo Portela a ser o melhor exemplo, no qual o defesa aplicou um grubber apimentando que apanhou a defesa contrária em contrapé.
É um atleta dotado tecnicamente e com uma cabeça desperta, não se deixando levar ou adormecer quando o encontro entra numa fase de maior atrito no pack de avançados, estando sempre em alerta e disponível para encontrar soluções a partir do jogo ao pé e/ou até arriscar numa arrancada galopante a partir dos seus 22 metros, explorando bem as debilidades defensivas (ou suscitar o surgimento delas) no bloco contrário.
Foi importante para a vitória dos Lusitanos neste fecho da Conferência Oeste da Super Cup 2022, e apresenta-se como uma solução extremamente credível para o futuro na selecção nacional portuguesa.
?? The customary cracker by the Lusitanos!
? Keep an eye out for Pedro Lucas in the @rugbyworldcup Final Qualifying Tournament in Dubai next month. pic.twitter.com/J3mvfURGfy
— Super Cup (@RESuperCup) October 28, 2022
PONTO ALTO: CONTRA-OFENSIVA DE LARGA ESCALA ABRE O CAMINHO
A formação do Delta sabia perfeitamente como contrariar o maior fluxo de jogo ofensivo dos Lusitanos, tentando criar constantes confrontos físicos nos alinhamentos, rucks, de forma a desacelerar o fluxo de bola no lado da franquia portuguesa, que, mesmo perante a insistência dos neerlandês quererem empurrar o encontro para algo estritamente físico e “pesado”, tiveram a paciência para ir descobrindo soluções. Cada vez que a equipa visitante fazia um erro no alinhamento, no controlo da bola no contacto ou breakdown, os jogadores portugueses arrancavam em rompante, levando o adversário a entrar num estado de pânico e constantes erros que com o passar do tempo foi significando um aumento no marcador.
Sim, verdade que a equipa do Delta esteve dentro do resultado durante os primeiros 25 minutos, aproximando-se à área de ensaio lusa, com um turnover fantástico de David Wallis e Duarte Diniz a impedir que essa acção resultasse num 2º ensaio dos visitantes. Porém, os Lusitanos foram a formação mais perigosa durante os 80 minutos, criando constantes quebras-de-linha, enganando diversos placadores e defesas e a conseguir encontrar harmonia dentro de um XV ou, se quisermos até, um 23 com várias caras novas, que soube estabelecer boas fases de ataque sem comprometer a estratégia delineada de marcar o máximo número de pontos e arrancar uma boa prestação no Jamor.
Deixar um último comentário à combinação entre Pedro Lucas, Jerónimo Portela e Domingos Cabral, com este combo de 9-10-15 a ser um excelente motor de controlo e de procura de ideias para sair da melhor forma da manobra defensiva para a ofensiva.
The table-toppers, Lusitanos, come flying out the traps! pic.twitter.com/Q47l5EDwfZ
— Super Cup (@RESuperCup) October 28, 2022
PONTO A MELHORAR: LIMITAR ERROS
Os primeiros 25 minutos deste último encontro da fase-de-grupos, os Lusitanos sentiram umas quantas dificuldades para fazer valer o seu maior fluxo atacante, com alguns erros a surgirem no momento do último passe ou offload, assim como um apoio por vezes tardio ao portador da bola, que permitiu à formação do Delta respirar, reagrupar e tentar lançar uma nova investida, que, felizmente, só por uma ocasião resultou em ensaio dos neerlandeses.
A disciplina dos Lusitanos não foi perfeita, mas houve ligeiras melhorias em comparação com o último jogo jogado em casa frente aos Castilla y León Iberians, um ponto fundamental para a equipa portuguesa especialmente quando nas meias-finais esperam-lhes o Tel-Aviv Heat.
Delta strike back! A hectic start to this one.. pic.twitter.com/qSZdCJ3PuD
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NÚMEROS E DADOS DO JOGO
Pontuador máximo: Jerónimo Portela – 10 pontos (5 conversões);
MVP: Domingos Cabral – 1 assistência, 3 quebras-de-linha, 6 defesas batidos;
Chutador: Nuno Sousa Guedes – 10 pontos (5 conversões e 2 pontapés falhados);
Turnovers: David Wallis – 2 turnovers;