Motores 2023: E agora? Até para o ano…

Luís MouraNovembro 29, 20235min0

Motores 2023: E agora? Até para o ano…

Luís MouraNovembro 29, 20235min0
Luís Moura faz uma reflexão aos Motores 2023 que vai desde os percalços de Miguel Oliveira à glória de Verstappen

2023 caminha a passos largos para o seu final e, com isso, chega a hora de nos despedirmos dos principais campeonatos motorizados. Os três principais destaques da Fórmula 1, da MotoGP e do WRC na hora da despedida.

Max Verstappen soma a 19ª vitória no fecho do campeonato

Quem mais poderia ser? Max Emilian Verstappen ganhou o último grande prémio da temporada, em Abu Dhabi, e carimbou uma época que dificilmente se tornará a repetir. O jornalista João Carlos Costa (da Sport TV) recorreu ao Twitter para enumerar os recordes quebrados por Max em 2023.

O neerlandês liderou mais de 1000 voltas, alcançou o estatuto de piloto com mais vitórias e pontos conquistados, bem como a maior diferença pontual entre o 1º e o 2º classificado no mundial. Detalhar os feitos de Verstappen é escusado, quando se pode resumir tudo numa simples palavra: Fabuloso! Não irrepetível, porque como Max tende a superar Lewis, Vettel e até Schumacher alguém , ainda que num futuro longínquo, alcançará o que atualmente Verstappen dizima.

Numa breve apreciação à corrida de Abu Dhabi, o interesse da competição esteve voltado para a luta entre Mercedes e Ferrari pelo 2º lugar no campeonato de construtores. Os alemães levaram a melhor, depois de uma estratégia no mínimo displicente dos italianos na corrida de Carlos Sainz. O piloto espanhol não chegou a acabar a corrida e retirou o carro na última volta, assim, não se sujeitou às formalidades festivas do final de temporada.

Em suma, não obstante da melancolia que assolou a temporada de 2023, a Fórmula 1-parafraseando o cântico universitário de Coimbra -tem mais encanto na hora da despedida. Apesar da época menos excitante, as corridas de domingo vão ser recordadas com saudade, até ao início da próxima temporada, em meados de fevereiro, com os testes de pré-temporada no Bahrein.

Martín foi com demasiada cede ao pote e acabou o campeonato na gravilha

O campeonato de MotoGP chegou ao último fim de semana de corridas com as contas pelo título ainda em aberto. Martín tinha de recuperar 22 pontos a Pecco Bagnaia para conquistar o primeiro campeonato na categoria principal.

Até começou bem, uma vez que venceu a corrida sprint e diminuiu a desvantagem em relação a Pecco, mas, no derradeiro momento do campeonato, na última corrida, cometeu um erro consequência de excesso de confiança (ou de nervosismo) e derrubou Marc Márquez. Acabou o campeonato na gravilha. Levantou-se rapidamente e acorreu às boxes, onde foi reconfortado pela equipa. Um percalço que custou cara ao espanhol e arrefeceu os ânimos do grande prémio. Bagnaia aproveitou o desaire para capitalizar o terceiro campeonato na MotoGP com uma vitória.

No entanto, importa analisar sinteticamente a temporada. Ao contrário do que assistimos na Fórmula 1, a MotoGP teve uma luta acesa pelo título. Numa fase inicial da temporada entre Martín, Bagnaia e Bezzecchi, que com o decorrer da época, se restringiu a Jorge e Pecco.

A temporada de 2023 vai ficar na memória dos adeptos como mais uma época dominada pela Ducati. O pódio do campeonato de pilotos fala por si: São os três pilotos Ducati (Bagnaia 1º, Martín 2º e 3º Bezzecchi).

O percurso de Miguel Oliveira também ficará na memória, mas pelos piores motivos. O português lesionou-se múltiplas vezes e ficou com o campeonato hipotecado nas primeiras provas. Para além disso, teve dificuldades em adaptar-se à Aprilia. Num momento em que a RNF foi proibida de competir em 2024, o contrato firmado com a Aprilia serve de consolo para Miguel Oliveira, que tem lugar garantido na próxima temporada, independentemente dos novos patrões.

Kalle Rovanperä vai descansar e volta com folego em 2025

A grande surpresa do encerramento do WRC foi a noticia inesperada que envolve o campeão do mundo: Kalle Rovanperä renovou contrato com a Toyota, mas (haverá sempre um “mas”?) não vai correr a tempo inteiro em 2024. A boa-nova caiu como uma bomba no mundo dos ralis. Alegou cansaço e necessidade de recarregar baterias como principais motivos para o part-time na próxima temporada, mas, num vídeo que publicou nas suas redes socias, garantiu que vai regressar a tempo inteiro em 2025.

O próximo WRC promete animação e luta pela vitória final. Poderá ser a derradeira oportunidade para Neuville, ou para a Ford.


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