Depois de ter estado afastado da luta pelo título durante largos anos, o Inter parece ter voltado à elite do futebol italiano sob o controlo de Antonio Conte. Mas afinal o que mudou o treinador italiano?
Depois de ter estado afastado da luta pelo título durante largos anos, o Inter parece ter voltado à elite do futebol italiano sob o controlo de Antonio Conte. Mas afinal o que mudou o treinador italiano?
O FairPlay analisa um mercado proveitoso para o Sassuolo, desde a contratação de bons jogadores para o meio campo, o reforço do ataque, boas movimentações para proveito financeiro e, quem sabe, tal dará um prémio merecido em maio de 2020.
Onde está hoje em dia o poder no futebol? Estamos num mundo onde os clubes tem poder contratual sobre os seus atletas, ou o mediatismo dos mesmos pode superar os contratos? Neymar parece ter dado a resposta a esta dúvida.
Este verão será um bastante movimentado para os lados de Milão, com mudanças previstas tanto para AC Milan como para o Inter de Milão. Nenhuma das equipas está no auge daquilo que pode e deve fazer, com maior destaque para o AC Milan, que não fez melhor que o quinto lugar na passada temporada, que previsivelmente daria lugar à disputa da Liga Europa, participação essa que o clube pediu para não se realizar por forma a conseguir investir sem a sombra do Fair Play Financeiro a pairar. Já o Inter vai à Liga dos Campeões após conseguir o quarto lugar na última jornada do campeonato, mas assumidamente o clube pode fazer mais.
Falando em Inter, já temos conhecimento de quem será o novo técnico, de nome Antonio Conte, que já venceu 3 Scudettos com a Juventus, isto numa altura em que a Juventus se reconstruía depois do Calciocaos, sendo ainda vencedor da Premier League com o Chelsea, fora as taças conquistadas em ambos os clubes. Portanto, melhor opção, com um conhecimento da liga como poucos, era difícil.
O Inter, desde logo, fez uma mudança profunda na ideologia que pretende ver para o seu futebol: saiu Luciano Spalletti e entrou Antonio Conte, técnico que não aceitará menos do que estar na luta por troféus e, para tal, será preciso um considerável reforço da equipa.
O Inter de Conte vai ser um que dá destaque ao jogo pelas alas, à profundidade e que apostará na segurança defensiva no centro, razão pela qual deverá chegar Diego Godín, central uruguaio que vem dar imediata qualidade e experiência ao centro da defesa do Inter e formar um trio imponente com Stefan de Vrij e Milan Škriniar. Neste ponto, o Inter, com Samir Handanovič na baliza, revelar-se-á difícil de bater.
Falta ainda conseguir um lateral de qualidade que possa fazer esquecer nomes como Danilo D’Ambrosio ou Dalbert, nomes que claramente não chegam para um Inter que se pretende afirmar. De preferência, seria preciso um lateral que faça os dois corredores, como faz D’Ambrosio, só que com mais qualidade, e Danilo estará perto de assinar pela equipa nerazurri. Esta seria mais uma contratação acertada e mais uma que viria dar um boost instantâneo à equipa.
No meio campo, há excesso de opções para poucas posições, não existindo, no entanto, um verdadeiro criativo que venha dar perfume ao jogo do Inter, devendo essa ser uma das lacunas identificadas pelo novo técnico. Para o meio campo defensivo, há Marcelo Brozović, há Matias Vecino e há Roberto Gagliardini, jogadores de boa estampa física, com boa capacidade de destruir jogo e de passe. Para maior aproximação à área, há Radja Nainggolan, jogador belga que pode ser explosivo e um autêntico trator dentro de campo, mas que não tem estado a um nível excelente. Tem sido algo intermitente e será interessante perceber se pode chegar àquilo que já lhe conhecemos de Roma.
Há ainda jogadores para um vértice mais ofensivo, como Borja Valero e João Mário, que parecem ser excedentes. Borja Valero dá experiência e toque de bola, mas é um elemento que já não está na total posse das suas faculdades físicas, já não é também alguém capaz de desequilibrar defesas contrárias com os seus passes. Já João Mário precisa claramente de mudar de ares, pois não vai ter tempo de jogo, está a perder o comboio da seleção e não tem tido a intensidade que se pretende para um campeonato cada vez mais competitivo e para uma equipa que se pretende de topo. Portanto, deverá chegar um médio que tenha as características descritas, que venha dar o tal perfume refinado ao futebol dos nerazurri.
No ataque, será depois interessante perceber se existirá a aposta em dois avançados ou apenas um, sendo que se for apenas um, com uma formação em 3-4-3, será preciso ir contratar um extremo de renome, que proporcione mais um boost de qualidade, de números em golos e assistências e que possa oferecer alguma explosão/capacidade no um contra um. Há qualidade em elementos como Matteo Politano e Ivan Perišić, sendo o primeiro uma das boas surpresas da última temporada e o segundo um consagrado que teve uma temporada de menor fulgor em 18/19 e que poderá estar na porta de saída do Giuseppe Meazza, mas é insuficiente face a uma longa temporada. Antonio Candreva não pode ser mais do que uma alternativa nesta fase da sua carreira e Keita Baldé não resultou.
Se a formação utilizada for o 3-5-2, é preciso ter em conta que será preciso, o mais rápido possível, resolver a situação de Mauro Icardi. Não tem sido fácil a relação entre jogador, clube e, mais importante, a agente (também a mulher) do jogador. Este problema afeta não só o rendimento desportivo do atleta, como ainda a capacidade do Inter poder ir ao mercado em busca de outras opções (Icardi é o ativo mais valioso do clube) e o ambiente do balneário, visto que o argentino é uma das referências do clube nos últimos seis anos. É preciso resolver, de vez, este problema, sendo que, com Conte, até pode existir forma de reativar a paixão do avançado em jogar pelo clube.
Se Icardi estiver mesmo de saída, Lautaro Martínez estará à espreita, ele que foi uma espécie de arma secreta esta temporada, mas será preciso a contratação de um avançado, com Romelu Lukaku a ser referenciado como o principal alvo e a ser uma excelente opção caso se concretize, na medida em que tem provas mais do que dadas num dos melhores campeonatos do mundo, é um monstro em termos físicos e complementa muito bem com outro elemento mais tecnicista. É um avançado, sem dúvida, à medida do futebol de Conte.
As lacunas existem e estão bem identificadas. Este será um verão de aposta real em chegar mais perto de Nápoles e Juventus, por forma a mostrar o real valor do Inter em Itália, uma equipa que deve sempre lutar por títulos. Depois, o Inter é uma equipa histórica que deve fazer melhor figura nas competições europeias. Nas últimas participações, entre Liga Europa e Liga dos Campeões, têm sido mais as vezes que a equipa fica pelo caminho do que as que avança para as fases mais adiantadas. Este será outro campo no qual Conte poderá dar aquele conhecimento que é tão preciso nestas principais competições, sendo que Conte tem mais alegrias ao mais alto nível do que Spalletti alguma vez teve.
19/20 é uma temporada decisiva para a possível reafirmação do Inter como uma das principais potências italianas. Agora vejamos o que o Inter consegue fazer com alguém que os adeptos não podem afirmar como incapaz para estar na frente do leme de um clube exigente como o Internazionale Milano.
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Terminou mais uma época no futebol transalpino, e foi uma pródiga em surpresas, tanto do lado positivo como do lado menos apetecível. Vejamos os principais destaques da Série A 18/19.
Não há palavras para o trabalho que Gian Piero Gasperini está a fazer na equipa de Bérgamo. Este é o culminar de várias temporadas a progredir, com um projeto sustentado, assente numa tática que gosta de promover a melhor qualidade dos seus jogadores e que levou, nesta época, a que a equipa fosse o melhor ataque da Série A!
É um feito verdadeiramente notável conseguir o terceiro lugar do campeonato, acima de equipas como Inter, Milan, AS Roma e Lazio. Não vale a pena dizer muito mais do que esta ter sido a melhor época de sempre do clube e que Gasperini merecia uma estátua à porta do seu estádio.
O técnico potenciou um Duván Zapata verdadeiramente letal, que fez 23 golos na Série A, praticamente um terço dos golos da equipa, em conjunto com outros jogadores tecnicistas e desequilibradores como Alejandro Gómez e Josip Ilicic (o primeiro até esteve perto de sair em janeiro). O baixinho Gómez fez 7 golos e protagonizou 12 assistências, enquanto o alto esloveno fez o inverso (12 golos e 7 assistências). Uma complementaridade e amplitude de movimentos que deixou as defesas adversárias verdadeiramente destroçadas, e, no caso de Ilicic, é impensável a forma como a Fiorentina o dispensou há dois anos, já o dando como acabado para os grandes palcos, e certamente que agora se arrepende.
Outros destaques terão de ir para Marten de Roon e Remo Freuler, dupla de meio campo que não só destrói e pressiona como constrói muito bem e ainda para os laterais Timothy Castagne e Hans Hateboer, que subiram e muito o seu nível face a 17/18 e deram uma profundidade à equipa que estava a faltar em anos anteriores.
Será muito interessante acompanhar o que a Atalanta poderá fazer na Liga dos Campeões, sendo desde já uma experiência inesquecível para os adeptos que enchem o Estádio Atleti Azzurri d’Italia, que, pela primeira vez, ouvirá o hino mais famoso do futebol mundial.
Esta foi mesmo a liga dos avançados e da demonstração das suas veias goleadoras. Já falámos de Duván Zapata, mas e que tal falar do veterano Quagliarella e da explosão do jovem polaco Piatek? São impressionantes os números que um e outro alcançaram, um já nos seus 36 anos de idade e outro que fez a sua primeira época num campeonato de alto nível.
Quagliarella é já um senhor, não precisando de correr muito tem um posicionamento tremendo que o leva a estar sempre mais perto do golo. Já Piatek joga muito bem em transição, tem passada larga e muita frieza na hora de finalizar.
O italiano fez 26 golos, foi o melhor marcador do campeonato e fez, possivelmente, a sua melhor temporada da carreira, surpreendendo tudo e todos com o seu registo e fazendo até alguns golos memoráveis pelo meio. Além disto juntou ainda 8 assistências, combinando muito bem com Gregoire Defrel, principalmente. Já tinha feito 12 em 16/17 e 19 em 17/18, sendo esta passagem pela Sampdoria uma que o revitalizou e lhe está a oferecer o melhor período a todos os níveis. Fazer 57 golos em três temporadas no campeonato italiano é obra, uma média de 19 em cada um deles, e veremos quantos anos ainda tem ao mais alto nível. Mais um ou dois bons anos poderemos esperar do veterano italiano.
Já Piatek começou a temporada a todo o gás no Génova, onde chegou este verão e começou a época com 9 golos marcados entre a 2ª e a 8ª jornada, marcando em todos os jogos. Até janeiro, marcou mais 4 golos, com o AC Milan a não perder tempo e a garantir desde logo a sua contratação. Até ao fim da temporada, o ponta de lança fez mais 9 golos em 18 jogos, um registo muito bom para um avançado que apenas esta temporada se deu a conhecer ao mundo do futebol ao mais alto nível. Higuain foi um flop e, desde logo, Piatek pegou de estaca na equipa.
O polaco terminou com o registo de 22 golos, sendo este bem promissor para os próximos anos que aí vêm. Se continuar a marcar golos em catadupa na próxima temporada, talvez o Milan esteja mais perto de voltar à Champions.
Esta foi uma época complicada para os romanos, com muitos altos e baixos e que, na verdade, terminou em desilusão, pois a equipa estará fora da Liga dos Campeões na próxima temporada.
Recordemos que há cerca de um ano esteve a equipa a disputar as meias da Champions perante o Liverpool e que, nesta temporada, disputou a passagem aos quartos com o FC Porto, desiludindo e sendo essa a gota de água para a saída de Eusebio di Francesco do comando técnico do clube.
Claudio Ranieri ainda conseguiu estabilizar um pouco o barco e tornar a equipa mais sólida, sobretudo a nível defensivo, mas não foi suficiente. O último jogo perante o Parma, que terminou com vitória romana por 2-1, terminou portanto com sabor agridoce.
Ainda assim, sobraram momentos bonitos de se ver no futebol. Este foi o último jogo de Daniele De Rossi como jogador da AS Roma, sendo imensas as homenagens protagonizadas a um verdadeiro guerreiro da loba. Também Ranieri, um homem da casa, fez o seu último jogo no comando técnico da equipa.
Será necessário sangue novo e a próxima época poderá ser uma de recomeço depois do investimento feito na última temporada. Vejamos até que ponto o clube consegue segurar nomes como Kostas Manolas, Cengiz Ünder e Lorenzo Pellegrini para conseguir voltar à melhor competição de clubes no mundo, tudo isto com Alessandro Florenzi a ser o novo líder romano e a querer certamente chegar aos números que Daniele de Rossi chegou.
Esta foi mais uma temporada sem história no que toca à disputa pelo título. A Juventus ganhou o campeonato ainda com várias jornadas por disputar e selou assim o heptacampeonato. Desde 2012 que é sempre a vencer para o conjunto bianconeri, com maior ou menos dificuldade, e tal não parece estar para terminar nos próximos tempos, tal é a diferença da Juve para os restantes conjuntos.
No entanto, não se pode afirmar que tenha sido uma época particularmente positiva para o conjunto de Turim. Verdade que venceram mais um troféu (Supertaça, ao AC Milan), mas foram eliminados nos quartos de final tanto da Taça de Itália (pela Atalanta) como da Champions (Ajax). A contratação muito badalada de Cristiano Ronaldo tinha como missão imediata o troféu mais importante de clubes na Europa, e a eliminação aos pés de uma equipa jovem como o Ajax deixou marcas. Depois desse jogo, apenas venceu por uma vez nos últimos seis jogos da temporada e, ainda que tenha rodado a equipa e jogado sem a pressão de ganhar, notou-se apatia decorrente da surpresa que havia acontecido na Liga dos Campeões.
Massimiliano Allegri está de saída do comando técnico do clube e entrará um novo técnico. Poderemos certamente esperar mudanças profundas no plantel, com a falada saída de jogadores como Pjanic, Cuadrado ou a reforma de Barzagli. Resta esperar para ver quem chegará ao clube além do já confirmado Aaron Ramsey. A Juventus é, desde já, totalmente favorita para a vitória na próxima edição da Série A, resta ver o que mais fará com as armas à sua disposição.
Foi uma época bastante complicada para muitos dos históricos da Série A, mas alguns conseguiram reerguer-se na ponta final do campeonato e deixar boa impressão para o ano que aí vem.
O Bolonha esteve praticamente metade do campeonato nos lugares de descida, arrastando-se sem conseguir implementar o seu futebol até que chegou Siniša Mihajlović, o técnico sérvio que até esteve para treinar em Portugal mas nem o chegou a fazer, rescindindo meros dias depois de assinar pelo Sporting. A equipa conquistou 30 pontos em 17 jogos desde a chegada do sérvio, fazendo assim uma segunda volta espetacular que a levou ao décimo lugar final, apostando sobretudo num futebol de ataque e melhorando os erros individuais defensivos da primeira volta.
Também a Udinese conseguiu acabar melhor o ano do que se previa, não ficando a lutar até à última jornada pela manutenção. Muito o pode agradecer a Rodrigo de Paul, um dos principais destaques das equipas menos poderosas da Série A esta temporada, que participou em 17 dos 39 golos marcados pela equipa (9 golos e 8 assistências). Se não permanecer em Udine este verão, tem de ser rapidamente encontrado um substituto à altura do tecnicista argentino.
Já a época da Fiorentina foi verdadeiramente um desastre e, quando há pouco tempo escrevemos sobre a Fiore, a equipa estava meio caminho entre o Top 8 da liga e a zona de descida, sem muito a ganhar nem muito a perder, isto por volta do passar das 30 rondas da Série A. A verdade é que acabou apenas a 3 pontos dos lugares de descida e a 18 do referido Top 8, foi uma segunda volta verdadeiramente inacreditável para a equipa viola, que termina a Série A numa série histórica de 14 jogos sem vencer. São números calamitosos e, na próxima temporada, há muito a fazer para recuperar o estatuto e, essencialmente, o orgulho dos adeptos. A grande questão passa é pelas possíveis saídas de Federico Chiesa e Jordan Veretout, que seriam duas perdas enormes para a equipa viola, dois dos principais motores de uma equipa que está em desespero por contratações de qualidade. Vincenzo Montella pode dar a volta à questão na próxima temporada e tem a obrigação de fazer melhor, veremos é se o consegue.
Já o Génova sofreu claramente do síndrome pós-Piatek e foi por mesmo muito pouco que não desceu de divisão, tudo graças a um Empoli muito aguerrido que renasceu nas últimas jornadas mas não conseguiu garantir a manutenção em casa do Inter na última jornada. Em dezembro os sinais começaram a surgir após a eliminação da Taça de Itália perante o Virtus Entella, da terceira divisão. Depois saiu o seu abono de golos e a equipa nunca mais foi a mesma, sendo capaz do melhor (vitória por 2-0 à Juventus) e do pior, terminando com uma série de 10 jogos sem ganhar e apenas 14 golos marcados para o campeonato depois da saída do atacante, que tinha marcado 13 sozinho na primeira volta. Acabou por, ainda assim, ser uma pequena consolação para os adeptos apaixonados da equipa de Miguel Veloso, Iuri Medeiros e Pedro Pereira, que sofreram com a tragédia da queda da Ponte Morandi e a sua equipa tentou jogar para os orgulhar.
O Chievo estava condenado logo desde o início do campeonato e, simplesmente, este foi um ano que não teve história para a equipa Gialloblu. Talvez seja pelo melhor esta descida de divisão, que permite ao clube reorganizar-se e repensar a estratégia para o seu futuro. Desde problemas económicos a problemas na justiça italiana, a vida não estava fácil e terminou com a conquista de apenas 20 pontos nesta temporada (na verdade 17 pois a equipa iniciou 18/19 com -3 pontos). 25 golos marcados e 75 sofridos não deixam margem para dúvidas e esperemos que, depois de 11 anos consecutivos na Série A, o Chievo possa rapidamente voltar ao lugar que merece, não caindo no esquecimento.
Ficam aqui os principais destaques desta época, em próximos artigos exploraremos aquilo que será a próxima, já com movimentações interessantes principalmente em Milão.
Neste artigo, o Fair Play fala da desilusão que tem sido a presente época para a Fiorentina, os principais "réus" e o que podemos esperar para a próxima época, pois a equipa viola não tem mais objetivos para esta época.
São já 8 anos seguidos a levantar o principal troféu do futebol italiano e a Juve não parece ficar por aqui! Que outros números pode ainda a Juventus bater no futebol e em que lugar europeu se situa esta conquista italiana?