O Fair Play analisa alguns dos principais destaques deste início da Série A, tanto coletivos como individuais, positivos e negativos.
O Fair Play analisa alguns dos principais destaques deste início da Série A, tanto coletivos como individuais, positivos e negativos.
Sendo uma das principais ligas europeias, a Bundesliga marca-se por ser um poço de descobertas, reveleções e afirmações de jogadores.
Neste caso, o artigo foca-se em quatro jogadores, que têm dois pontos em comum: são atacantes e são de nacionalidade francesa. Numa seleção francesa que está em “estado de graça” e que tem um Olivier Giroud que tem a total confiança de Didier Deschamps, mesmo não sendo o jogador mais regular ou com melhores condições físicas, convém, no entanto, perceber que opções poderá o selecionador ter num futuro próximo ou a longo prazo, e a verdade é que quatro delas estão no campeonato alemão. A sua observação, pelo menos, é bastante relevante.
Além disto, todos são jogadores de importância para as suas equipas, em diferentes escalas de grandeza, e é isto que pretendemos expor.
Este atacante é, possivelmente, o mais conhecido dos adeptos do futebol. O jogador de 25 anos já vinha, há algumas épocas, sendo uma das principais figuras de um Nice que ganhou alguma projeção europeia, protagonizando uma transferência milionária para o Borussia Monchengladbach neste verão.
É um avançado rápido, móvel e que dá sempre muitas dores de cabeça às defesas contrárias. Entrou bem em território alemão, com um hattrick na primeira eliminatória da Taça da Alemanha e com um golo decisivo a evitar a derrota frente ao Augsburgo na segunda jornada. Este é daqueles jogadores que, quando ganha confiança, pode realmente endiabrar-se e aprimorar ainda mais o seu futebol, portanto será um jogador a que as defesas contrárias devem ter uma atenção especial a anular e não dar muito espaço.
Tem todas as potencialidades de ganhar o seu espaço e ser uma das principais figuras da equipa, face a uma dupla de avançados Stindl/Raffael que vai já perdendo o fulgor de outros tempos, graças ao avançar da idade, e ainda graças a lesões mais recentes.
Pléa será o avançado em melhor posição para ganhar um maior destaque e será um sério caso a visionar num campeonato à sua medida.
Haller, neste momento, representa a bóia de salvação num Eintracht de Frankfurt à deriva. O início de época da equipa de Frankfurt foi desastroso, muito longe do que fez em tempos recentes, como o Fair Play previu, com uma derrota por 5-0 para a Supertaça com o Bayern de Munique, a eliminação precoce da Taça da Alemanha, na primeira ronda, e apenas três pontos conquistados em nove possíveis no campeonato. O único ponto positivo tem mesmo sido o ponta de lança.
Sébastien lidera a tabela de marcadores com três golos marcados e tem sido o abono de família do Eintracht, revelando-se como o seu líder dentro de campo. Com 24 anos, já não se fazem muitos avançados como este, que, sendo alto e possante, é mortífero, de passada larga e arrasta consigo muitas movimentações, sendo rápido a consegui-lo.
É verdade que a sua equipa piorou face à transata época, mas Haller tem mantido a cadência de marcação de golos, indo até tendencialmente aumentá-la (fez 13 em todas as competições em 17/18). É um jogador, neste momento, que parece ter capacidade de brilhar noutros voos, precisando, antes disso, de conseguir levar um barco instável a um porto seguro.
Se o conseguir fazer, poderá dar, mais um exemplo, de que nem todos os avançados que saem da Eredivisie (liga tendencialmente ofensiva) são flops e pouco adaptáveis ao estilo de jogo das diferentes ligas. A médio prazo, poderá ser uma opção interessante para a seleção, pois tem características que fazem falta a qualquer equipa e que podem decidir jogos.
O atacante de vinte e um anos será, talvez, o nome mais excitante desta lista. Sair do PSG, no verão de 2017, foi talvez a melhor decisão que o atacante poderia ter tomado, pois nunca conseguiria ganhar a projeção que desejaria nem o tempo de jogo o favoreceria.
Além disso, o polivalente atacante foi parar a uma equipa que, claramente, fomenta a introdução de jovens nos seus quadros e que os molda à sua forma de jogar e de pensar. Tem-se notado uma clara evolução em termos de maturidade de Augustin, dando mais de si à equipa e revelando-se como um dos principais desequilibradores da frente de ataque do Leipzig.
O atleta marca, assiste, oferece situações de rotura e, não sendo um tradicional ponta de lança, funciona muito bem como um. Tem uma capacidade de aceleração e de drible acima da média, algo que lhe permite ter vantagem sobre os defesas e que se insere no futebol moderno.
Augustin sempre foi uma das principais figuras das seleções jovens francesas, através do seu talento e da sua irreverência, parece cada vez mais possível que possa confirmar o seu estatuto e, quem sabe, chegar à seleção principal mais cedo do que pensaria.
Até lá, precisa de continuar a trabalhar no duro e de continuar a lutar por um lugar numa equipa onde ninguém tem lugar absolutamente garantido. O Leipzig, não estando com a mesma força do transato campeonato, é uma equipa forte, que impõe respeito, muito competitiva, pelo que os seus jogadores, se querem jogar, têm de ter uma atitude condizente.
O futuro parece ser risonho para Augustin, que começa a provar que o seu talento é real e que o seu potencial poderá ser alcançado. Um dia, o seu legado nas seleções jovens poderá ser retomado com uma estreia na seleção principal francesa. No entanto, terá de ter atenção aos atritos, visto que ainda recentemente teve uma atitude irrefletida, quando recusou ir à seleção de sub 21 por se encontrar cansado, algo que o fez ficar mal visto junto dos responsáveis desse escalão, nomeadamente o selecionador Sylvain Ripoll.
O último atacante da lista é aquele que mais representa uma incógnita, em parte por se ter transferido neste verão, por ser o nome menos conhecido dos quatro e por ser o que menos provou até agora na sua carreira. Aos 21 anos, e não tendo conseguido afirmar-se no Lyon, transferiu-se para o Mainz, uma equipa que lhe permitirá ter mais oportunidades e que lhe permitirá progredir.
Mateta é o jogador que parece ter a via mais dificultada para uma subida substancial na carreira, faltando-lhe ainda adquirir um pouco mais atitude e ter mais entrega ao jogo. Na linha de Sébastien Haller, é um jogador bastante possante, que consegue segurar bem a bola, mas falta-lhe melhorar o seu tempo de decisão.
Mateta, dos quatro atletas, é também aquele que praticamente não tem nenhum currículo a nível de seleção francesa, além de 3 internacionalizações nos sub 19. Tem ainda um longo caminho a percorrer, veremos o que consegue alcançar nesta temporada, numa equipa que lhe dá a oportunidade de ser o líder do ataque e que precisa de golos para não ter o “credo” na boca como na passada temporada, com o fantasma da descida de divisão a ser bem real.
Quatro atacantes franceses têm diferentes objetivos e diferentes perspetivas. Vejamos qual (quais) dele(s) consegue(m) corresponder às expectativas em si depositadas, com a certeza de que estão num campeonato que se marca pela aquisição de valores e competitividade, algo que apenas os pode ajudar a progredir enquanto elementos decisores das suas equipas.
Neste artigo, o Fair Play explora um pouco que foi a dramática situação do Parma, em contraste com o seu glorioso passado, o seu renascimento, as adversidades que existem e que fazem o clube estar em desvantagem nesta época e quem são as suas principais figuras.
Jovens estrelas trazem sempre algo de novo às suas equipas, e a verdade é que este jovem craque do Mainz 05 tem ganho preponderância e reconhecimento mediante os seus desempenhos. Falamos de Bote Baku.
Falta menos de uma semana para o início de mais uma apaixonante Bundesliga. Fica a saber quais os principais destaques, reforços, desafios e prognósticos de mais uma edição da liga mais equilibrada do planeta!
No início do mês de maio lançámos os jogadores-decisivos nos Grupos do Mundial, apresentando algumas estrelas e astros, mas também desconhecidos e novidades que vão deixar o leitor entusiasmados!
Agora juntámos as quatro personagens de cada grupo na mesma arena para perceber quem vai dominar a fase de grupos, quem vai passar por uma “unha negra”, quem estará numa luta intensa pela passagem e quem serão os derrotados desta fase de grupos.
No Grupo F relembramos que escolhemos Mats Hummels, Emil Forsberg, Hirving Lozano e Heung Min-Son. Como funciona este frente-a-frente? Vamos juntar partes das análises realizadas, olhar para os dados, perceber as “condições” a nível individual e colectivo e chegar a uma (proposta) de conclusão.
Os jogos do Grupo C realizam-se a 17 e 18 (1ª jornada), 23 e 27 de junho. As partidas são as seguintes:
Jornada 1
Jornada 2
Coreia do Sul – México – (Rostov Arena) 16h00
Alemanha – Suécia – (Estádio Olímpico Fisht) 19h00
Jornada 3
Coreia do Sul – Alemanha – (Kazan Arena) 15h00
México – Suécia – (Arena Ekaterimburg) 15h00
O Grupo F tem uma clara favorita, que é a Alemanha. A Mannschaft entra na competição como defensora do título e instalada no número um do ranking da FIFA, sendo, portanto, uma das virtuais candidatas a vencer a competição.
O plantel que a Alemanha leva à Rússia é absolutamente impressionante, e o onze presumivelmente candidato à titularidade é fortíssimo, em todos os setores do campo. Na baliza, Manuel Neuer está de regresso. Na defesa, Mats Hummels (o jogador destacado) é o general. No meio campo, Toni Kroos (mais atrás) e Mesut Ozil (mais à frente) fornecem uma incrível capacidade de passe e de criatividade. Na frente, o promissor Timo Werner será um constante perigo. E aqui estão apenas alguns nomes, nos quais, para surpresa de muitos, não se encontra Leroy Sané, sendo tal justificado pelas suas pobres exibições pela seleção nos particulares realizados antes da Convocatória e por opções táticas.
Neste Grupo F do Mundial 2018, a Alemanha parece ter capacidade de poder seguir em frente com três vitórias, mas existem duas equipas de uma segunda linha de boas seleções que lhe podem causar problemas. Essas nações são o México e a Suécia.
Teoricamente, o México teria uma ligeira vantagem, tal é a sua profundidade nos vinte e três que viajaram para a Rússia, principalmente a nível atacante. Jogadores como Hirving Lozano (a estrela destacada), Jesus Corona, Carlos Vela, Raul Jiménez ou Javier “Chicharito” Hernández estarão prontos a brilhar pela seleção “Tri” e podem causar bastantes dificuldades a muitas seleções. Além disso, é uma seleção que, tipicamente, se sobressai nestas grandes competições. No entanto, os erros defensivos poderão ser o seu principal Calcanhar de Aquiles face a um ataque forte como o alemão. Mas o recente escândalo em que um grande número de atletas e, por consequência, o grupo mexicano, se viu inserido, poderá ter importantes implicações nos desempenhos da seleção.
Já a principal força da Suécia passa exatamente pela sua segurança defensiva, não sendo uma seleção que marca particularmente uma grande quantidade de golos. É uma seleção que aposta no equilíbrio entre setores, estando segura na defensiva por Victor Lindelof e Andreas Granqvist e tendo dois criativos em Viktor Claesson e, principalmente, Emil Forsberg, que pode ser o jogador decisivo numa boa campanha por parte da seleção nórdica. A Suécia tem as suas hipóteses, indiscutivelmente, podendo aproveitar um menor fulgor da seleção mexicana, devido a toda a sua situação, para se qualificar. Recordemos, também, que a Suécia venceu a França na fase de qualificação e, para chegar ao certame, eliminou a Itália no playoff, pelo que as restantes seleções do grupo estão de sobreaviso.
A correr por fora temos a seleção da Coreia do Sul. A seleção coreana é, indiscutivelmente, uma das seleções mais fortes do seu continente, mas tal não é suficiente para a poder tornar numa força a reconhecer na Rússia. Ainda assim, com Heung Min-Son a destacar-se cada vez mais em Inglaterra e a chegar a solo russo vindo de uma fantástica época, quem sabe se os asiáticos não podem ser uma seleção incómoda.
Fica então a nossa previsão nos duelos:
Jornada 1
Jornada 2
Coreia do Sul – México ENCONTRO QUE NÃO SAI DO EMPATE A ZERO, COM UM MÉXICO MUITO APÁTICO.
Alemanha – Suécia UM GOLO MADRUGADOR DA ALEMANHA DÁ UMA VIRTUAL SEGURANÇA À SELEÇÃO GERMÂNICA, QUE, COM DIFICULDADES E UM SUPERIOR HUMMELS, ANULA OS CRIATIVOS SUECOS.
Jornada 3
Coreia do Sul – Alemanha A ALEMANHA VENCE E CONFIRMA O PRIMEIRO LUGAR NO GRUPO MAS NÃO SEM ANTES SOFRER UM GOLO DA ESTRELA COREANA SON, FAZENDO UM SEGUNDO TEMPO QUE LHE PERMITE CHEGAR À VITÓRIA.
México – Suécia DUELO DE “BOLA CÁ”-“BOLA LÁ” QUE TERÁ UM MÉXICO COM MAIS POSSE DE BOLA E UMA SUÉCIA MAIS CONTRA-ATACANTE, PREVENDO-SE UM EMPATE, COM O GOLO MEXICANO A SER DE LOZANO E FORSBERG A MARCAR OS TEMPOS DE JOGO.
A Alemanha, de forma destacada, passará o grupo, visto ser superior e querer demonstrar que o mau momento demonstrado nos recentes amigáveis não se transmitirá para os jogos a sério.
Para o segundo lugar, pode ser uma aposta arriscada, mas apostamos na Suécia, visto ser uma seleção equilibrada, com jogadores frios e que estarão à altura da circunstância, aproveitando a instabilidade vivida no seio da seleção mexicana. No entanto, o México, se conseguir resolver as suas questões internas, que bem se notaram na passada derrota por 2-0 diante da Dinamarca e que estão espelhadas na imprensa de todo o mundo, poderá conseguir tomar o segundo lugar, porque teoricamente tem mais jogadores que podem fazer a diferença. Diríamos que as chances estão 55-45% em favor da Suécia, neste momento.
Já a Coreia, sendo a seleção mais fraca, não será propriamente o bobo da corte, causando dificuldades às restantes seleções com a mestria de Son, mas terá vida muito difícil para conseguir fazer mais.
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A Alemanha surge neste certame como a defensora do título, como a seleção que mais tem a perder se a campanha não lhe correr pelo melhor. Surge, naturalmente, como uma das principais favoritas à conquista do troféu mais desejado do mundo, tal é a qualidade do seu plantel.
Mais uma vez, a Alemanha fez uma caminhada irrepreensível até ao Mundial da Rússia, uma caminhada completa apenas com vitórias e um recorde de golos (43!) naquilo que toca a qualificações europeias. Além disso, sofreu também apenas 4 golos, o que atesta a sua qualidade no processo defensivo.
A Mannschaft é uma verdadeira máquina trituradora. Não é, por defeito, uma equipa extremamente ofensiva, mas é, sim, uma equipa que sabe jogar com as fragilidades dos adversários e, quando tem a oportunidade de desferir o golpe letal, não a desperdiça.
O plantel de Joachim Low está recheado de talento, seja em que setor do campo for. O selecionador tem também aqui uma boa oportunidade de conseguir um feito histórico, isto quando chega ao certame depois da sua renovação de contrato até 2021.
Em termos táticos, a equipa tanto pode jogar num 3-5-2 como num 4-5-1, tendo a capacidade de se reinventar consoante as necessidades do jogo e a estratégia adversária. Será, ainda assim, mais previsível que a equipa jogue no 4-5-1, com os laterais titulares a serem bastante claros (Hector e Kimmich), sendo que este será, presumivelmente, o ponto mais fraco da equipa, e os centrais a estarem de pedra e cal no onze (Hummels e Boateng). Na baliza, permanece a dúvida entre a eterna lenda Manuel Neuer e um guarda redes que tem estado em destaque e a subir o seu nível ao longo dos últimos tempos, Marc Andre Ter-Stegen.
No meio campo, a profundidade que jogadores como Gundogan, Emre Can, Toni Kroos, Sami Khedira e Goretzka garantem faz com que as equipas adversárias não possam propriamente esperar com certezas com o que contam além de uma extrema qualidade com bola. Nas alas, Leroy Sané e Julian Draxler são os principais candidatos à titularidade, com Thomas Muller a poder ser também opção e, finalmente, Marco Reus a poder ter a oportunidade de brilhar na competição mais importante.
Todas estas opções dão enormes, mas excelentes, dores de cabeça, que permitem a Low mexer nas dinâmicas de jogo quando assim precisarem. A Alemanha tem tudo, verdadeiramente, para deixar os seus adversários sem soluções de resposta.
Na frente de ataque, Timo Werner é, cada vez mais, uma certeza para a próxima década da Mannschaft, estando ainda Mario Gómez pronto para qualquer eventualidade, ele que é um jogador que tem muita tarimba para estas ocasiões.
O onze da Alemanha é capaz de ser dos mais complicados de prever com toda a certeza. No entanto, tendo em conta aquele que tem sido o percurso da seleção e o histórico que grande parte dos jogadores tem na equipa, o seguinte onze parece ser o mais seguro de apostar:
Ter-Stegen; Joshua Kimmich, Jerome Boateng, Mats Hummels, Jonas Hector; Sami Khedira, Toni Kroos; Thomas Muller, Mesut Ozil, Leroy Sané; Timo Werner.
Este onze, no entanto, não é, de todo, uma garantia, com um ou dois lugares a serem os mais disputados, como o de guarda-redes, entre Neuer e Ter-Stegen, e de médio centro, entre Sami Khedira, Gundogan e Leon Goretzka, dependendo da estratégia a utilizar.
Mats Hummels (Bayern de Munique)
Idade: 29
Clube: Bayern de Munique
Posição: Defesa Central
Internacionalizações/Golos: 63/5
A seleção germânica tem de ser considerada a favorita no Grupo F e, na verdade, uma das principais favoritas a vencer o Mundial. A Alemanha é a campeã em título e não quererá desperdiçar a oportunidade de defender com sucesso o seu título. Terá adversários difíceis no grupo mas que não são, de todo, impeditivos de permitir à Alemanha fazer a sua obrigação e passar da fase de grupos.
Para tal, conta com um elenco verdadeiramente invejável de jogadores, em todos os pontos do campo. No entanto, a Alemanha marca-se pela sua segurança defensiva e pela sua capacidade de transição para o ataque, e para tal existe um jogador absolutamente essencial.
Mats Hummels é o patrão da defensiva alemã e tem feito um percurso verdadeiramente irrepreensível, tirando a sua irregular condição física. No entanto, nesta época, o jogador fez, provavelmente, uma das melhores épocas da sua carreira. O jogador tem melhores “pezinhos” do que a grande maioria dos centrais mundiais e é por ele que muito do jogo da Alemanha começa (isto não falando em Neuer, que não é segura a sua condição). No vídeo abaixo, percebe-se aquilo que o defesa traz ao jogo.
Hummels tem a estampa física requerida de um central, sendo também um jogador que marca alguns golos. Mais importante, tem a capacidade de jogar de forma limpa e de desarme fácil, retirando o controlo aos pontas de lança do jogo e estando ele em controlo, dando uma enorme segurança defensiva às suas defensivas.
Mats, provavelmente, nunca irá sair da Alemanha, fazendo sempre carreira por território germânico, porque não tem necessidade de mais. Depois de trocar o Borussia de Dortmund, clube em que jogou entre 2009 e 2016, pelo Bayern de Munique, o clube no qual fez toda a sua formação e que é o seu clube do coração, será difícil prever se o jogador alguma vez acabará por abandonar o clube.
Com uma seleção irrepreensível e Hummels mais focado e em melhor forma do que nunca, poderá a Alemanha sonhar com a revalidação do título? O céu é o limite.
Hirving Lozano (PSV Eindhoven)
Idade: 22
Clube: PSV Eindhoven (Holanda)
Posição: Extremo Esquerdo
Internacionalizações: 26/7
Conquistas mais importante na carreira: Campeão da Holanda (2018), Melhor Marcador da CONCACAF Champions League e Campeão (2017)
Mais uma seleção em que existem bastantes jogadores que poderiam ser destacados. Desde o capitão portista Héctor Herrera, que fez uma época bastante positiva, passando pelo eterno capitão Andrés Guardado ou o ponta de lança Chicharito Hernández, entre outros, os mexicanos sem dúvida que estão bem apetrechados em quase todas as posições do terreno.
De facto, a seleção do México, nos últimos anos, tem vindo a ganhar uma profundidade assinalável nas suas opções, e a verdade é que o seu coletivo funciona bastante bem. No entanto, o maior talento puro dos mexicanos é Hirving Lozano, o extremo de 22 anos que teve um primeiro ano na Europa quase de sonho.
Grande marcador de golos, jogador franzino e também com uma capacidade de drible acima da média, o futuro avizinha-se bastante positivo para o extremo. Lozano poderá ser um excelente apoio ao ponta de lança e um jogador que, com o seu talento, poderá fornecer diversificadas soluções ao ataque mexicano. Além disso, a sua presença na área e capacidade de remate de fora de área são mortíferos, como se vê no vídeo abaixo.
Depois de ser uma das principais figuras do Pachuca, ganhando o troféu de campeão do México, o troféu da Liga dos Campeões daquela zona geográfica e sendo o melhor marcador da mesma, Lozano foi um alvo bastante apetecido no verão de 2017, acabando num campeonato que lhe permite crescer mas que será também certamente uma rampa de lançamento para outras paragens.
Este Mundial pode ser uma excelente plataforma para gerar interessados, e se tudo correr bem, Mino Raiola (conhecido agente) não irá desaproveitar a oportunidade de colocar o seu representado num clube mais ambicioso.
Num grupo no qual o México tem todas as hipóteses de seguir em frente mas que tem adversários europeus de valia, poderá Lozano ser a arma-chave que o México precisa para ajudar a um coletivo já com bastantes jogadores de valor?
Emil Forsberg (RB Leipzig)
Idade: 26
Clube: RB Leipzig (Alemanha)
Posição: Extremo
Internacionalizações/Golos: 33/6
Conquista mais importante na carreira: Campeão da Suécia (2013 e 2014)
Avaliação de qualidade: 4 em 5 estrelas
Esta não era uma decisão fácil, visto que é uma seleção que vale essencialmente pelo coletivo e que tem alguns jogadores de qualidade que poderiam também ser mencionados, como Victor Lindelof ou Viktor Claesson. Com Ibrahimovic a estar definitivamente fora do Mundial, Emil Forsberg é o elemento escolhido.
O extremo é o elemento que pode fazer a maior diferença para a seleção nórdica, tal é a sua qualidade técnica, visão de jogo e capacidade de fazer assistências. É certo que esta época não tem sido a melhor, com uma lesão que o impediu de jogar dois meses e uma forma algo inconsistente, mas a qualidade está lá, e em muita quantidade.
O percurso do sueco tem sido bastante relevante e, aos 26 anos, Emil tem agora uma boa oportunidade de jogar o principal certame de seleções. Depois de ser dois anos campeão pelo Malmö FF, está já agora a completar a terceira temporada pela equipa que pertence à Red Bull e já ultrapassou largamente a centena de jogos pelo clube. Portanto, tem já experiência num dos melhores campeonatos europeus e, na verdade, se fizer um bom Mundial, poderá estar na porta de saída do clube, visto que ele até tem sido associado a outros clubes de maior dimensão europeia.
Forsberg poderá ser um importante elemento decisor graças à sua imprevisibilidade no ataque da Suécia, e poderá ser uma das principais armas que o selecionador Jan Andersson vai usar neste certame. A Suécia tem de ter como objetivo a passagem à próxima fase, mas não terá tarefa fácil, principalmente perante México e Alemanha, e mesmo a Coreia não será propriamente fácil. Será curioso de perceber o desfecho do Grupo F.
Veremos a influência deste jogador multifacetado nos desempenhos suecos, com a certeza de que a Suécia é uma equipa equilibrada e que não será fácil de bater. A sua força nas bolas paradas e a importância das mesmas no futebol sueco pode ser a diferença?