José Andrade, Author at Fair Play - Página 11 de 20

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José AndradeJulho 29, 20221min0

João Santos analisa as bombas do mercado de transferências

Neste novo episódio do Sixth Woman, José Andrade recebeu João Santos responsável do site Basketotal e ainda treinador na Assossiação de Basquetebol de São Miguel para um programa onde se falou das novidades do mercado de transferências da Liga Betclic Feminina, com João Santos a revelar as últimas “bombas” e a analisar o plantel nesta altura de cada uma das equipas na máxima divisão do basquetebol feminino nacional.

Qual foi a nova transferência que mais te surpreendeu na Liga Betclic Feminina? Partilha tudo connosco nos comentários

 

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José AndradeJulho 27, 20227min0

Em contagem decrescente para o Campeonato da Europa em Sofia que decorre de 30 de julho a 7 de agosto, falamos dos últimos jogos de preparação da seleção sub-18 feminina e olhamos para o que podemos esperar nesta grande competição.

Portugal vs Irlanda: Vencer sem deixar dúvidas

Em Carnide, a seleção feminina sub-18 começou por defrontar a Irlanda vencendo os dois duelos de forma confortável. No primeiro encontro triunfo por 95-30 e no segundo por 79-36. Foram dois jogos onde Portugal foi superior e não deixou margem para dúvidas, estando sempre na frente e sem dar qualquer tipo de hipótese aos seus adversários. A defesa irlandesa nunca conseguiu suster o ímpeto do ataque luso e a defesa portuguesa anulou sempre as investidas visitantes. Estes dois duelos foram importantes para se ver mais de algumas jogadoras como Fatumata Djaló ou Matilde Pereira e para que ficasse evidente a progressão na qualidade de jogo da seleção nacional. Triunfos esclarecedores, que impressionaram e que estabeleceram já o nível onde a seleção sub-18 feminina está ou seja estas vitórias deixaram bem evidente que as portuguesas são das melhores da Divisão B.

Portugal vs Bélgica: Prontas para ir encantar na Bulgária

Nos duelos com a Bélgica foi tudo diferente, como esperado as dificuldades foram maiores e por isso mesmo os resultados. No primeiro jogo as comandadas de Agostinho Pinto triunfaram por 69-57 e no segundo as belgas levaram a melhor por 70-68. Depois de dois triunfos esclarecedores, Portugal sentiu mais problemas com a seleção Belga, como era previsível, pois foram os detalhes a fazer toda a diferença perante uma das seleções europeias mais fortes. No primeiro jogo e mesmo com muito equilíbrio, as lusas estiveram sempre por cima, conseguiram mostrar a sua qualidade de jogo, a boa circulação de bola e a pressão ajudou a que as belgas nunca conseguissem ter nenhum período ascendente.

No segundo duelo foi bem distinto, o ataque luso já sofreu mais perante a pressão intensa das belgas, além de que no primeiro jogo o tiro exterior tinha aparecido e neste devido à defesa adversária isso não se sucedeu. Foram dois duelos bem importantes para terminar a preparação, permitiram ver que tínhamos que fazer ajustes para defender seleções como as belgas onde as jogadoras tem facilidade de tiro e principalmente no segundo duelo isso fez a diferença. O ataque luso mesmo com mais problemas no segundo duelo mostrou sempre qualidade, mobilidade e muita técnica que criou dificuldades as belgas.

Neste último jogo a grande questão foi o cansaço notório e a defesa, os ajustes não resultaram e não se conseguiu anular o ataque adversário que fosse na procura pelas postes ou na maior circulação na busca por uma linha de passe para uma atiradora conseguiu sempre pontuar, mas as ilações destes jogos em Carnide foram muito boas, o ataque foi mesmo o maior destaque e saímos destes duelos com a certeza que vamos ter uma prestação lusa de alto nível em Sofia.

As escolhas para o Campeonato da Europa

Estas foram as escolhidas para representar Portugal. Vamos com a certeza de que podemos sonhar, é possível conseguir algo deste Europeu, a qualidade desta seleção permite pensar em lugares de topo. Nas escolhas, Inês Bettencourt, Gabriela Falcão, Laura Silva, Ana Pinheiro e Andrea Chiquemba assumem-se como jogadoras que podem vir a estar entre os destaques deste Campeonato da Europa. Mencionar ainda Matilde Pereira, Marta Roseiro e Cristina Freitas que vão ser os “jokers” desta seleção sub18 feminina, jogadoras que vão crescer com a competição e podem ser as sixth women’s do Europeu e também elas grandes destaques em Sofia.

Um olhar para as “rivais” neste Europeu

No Campeonato da Europa, Portugal vai estar no Grupo A da Divisão B onde vai enfrentar as seleções da Croácia, do Luxemburgo, da Macedónia do Norte e da Grã-Bretanha. O primeiro jogo é dia 30 frenta à Macedónia do Norte pelas 14h00, no dia seguinte a equipa das quinas defronta a Croácia pelas 14h15. O terceiro jogo é no dia 2 de agosto pelas 14h15 frente ao Luxemburgo e no dia seguinte o último jogo da fase de grupos frente à Grã-Bretanha pelas 14h00.

Olhando para cada uma das seleções, a Croácia será uma das adversárias mais fortes com a estatura a ser um dos pontos em evidência, mas não só, pois este conjunto possui jogadoras de qualidade e onde muitas delas já jogam ao mais alto nível. Destaque para Lucija Banovic, uma extremo que foi destaque nas sub16 e que vem de ser uma peça fundamental no Tresnjevka, quartas classificadas da fase regular na liga croata. Lucija é um dos maiores talentos de 2004, uma jogadora que domina nas tabelas, muito móvel e que tem facilidade para pontuar, um verdadeiro talento geracional e que vai ser uma dor de cabeça para as portuguesas. Depois destacar ainda Franka Cuklin uma poste e Lana Beslic base, duas jogadoras que também já tem andamento de primeira liga croata. Cuklin é uma poste com bom footwork e Beslic é uma base criadora que se destaca mais pela visão e qualidade de passe, mas a Croácia será um osso duro de roer.

Passando para as luxemburguesas, uma seleção que chega com menos créditos, mas que nem por isso deve ser desvalorizada. A qualidade técnica não é tanta, mas existe, o maior destaque individual desta seleção: Faith Etute, uma extremo muito forte fisicamente e que mesmo sendo muito jovem foi uma das peças mais utilizadas do Dudelange equipa campeã luxemburguesa e que vai defrontar o Benfica na fase de grupos da Eurocup. Etute foi a jogadora em maior evidência no Europeu sub-16 e chega aqui depois de uma ótima temporada onde mostrou evolução, é uma jogadora poderosa fisicamente, que se impõem nas tabelas e que consegue surgir nos dois lados do campo.

Mudando para a Macedónia do Norte, é a seleção com a média de altura mais elevada deste grupo, jogadoras altas e com alta capacidade física, não tem a capacidade técnica de Portugal, mas tem algumas atletas que se destacam tais como, Anastasija Todorova uma base que foi um dos destaques nas sub16 em 2021, será a responsável pelo ataque e pela criatividade. Todorova é uma base muito móvel e com técnica. Depois nas outras atletas que se podem evidenciar: Mihaela Aleksovska uma base versátil, isto porque falamos de uma jogadora muito completa porque tem um naipe de recursos técnicos que a colocam em evidência sempre, mas também porque defende bem, sendo intensa e agressiva, depois é uma jogadora que atira bem e tem facilidade de lançamento. Por fim, Marija Nikolov que foi quem mais se destacou nesta seleção nas sub16 e que vem de uma ótima temporada ao serviço das KAM Basket vice-campeãs na Macedónia do Norte, mas falamos aqui de uma jogadora de posição 4, com bastante mobilidade e que técnica.

Na última seleção, a Grã-Bretanha é um conjunto com muitas soluções, talvez das com mais profundidade na competição, e também com jogadoras de recursos técnicos e com capacidade e estatura para a luta das tabelas. Nos destaques individuais temos, Isobel Bunyan uma extremo com capacidade física e ainda Natalie Charity uma base que esteve em bom plano no Nottingham Wildcats e que garante bastante qualidade de passe, além de ser a jogadora que vai assumir a responsabilidade de “criar” no ataque e que se destaca pelo 1×1. Seleção que não tem uma super estrela, mas que tem profundidade e muitas soluções, podendo mesmo surpreender em vários momentos pelas apostas sendo ainda um conjunto homógeneo e que que tem ai mesmo a sua maior força.

A Seleção sub-18 feminina vai para a Sofia com possibilidades de subir à Divisão A e de ainda conseguir algo mais, esta seleção permite-nos sonhar muito, nada é irrealista porque a nossa seleção joga muito bem, tem algumas das melhores jogadoras que vão estar presentes e é uma dos conjuntos mais fortes, o sonho é real e possível.

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José AndradeJulho 23, 20229min0

Orgulho será a melhor definição para o que a seleção feminina sub-20 fez no Campeonato da Europa onde conseguiu igualar a melhor classificação de sempre na categoria, mas vamos olhar para cada um dos jogos e ainda para os destaques desta prestação de luxo de Portugal em Sopron.

Fase de grupos – Primeiro lugar com muito brilhantismo

Começamos por olhar para a fase de grupos onde a seleção feminina sub-20 conseguiu vencer o Grupo D depois de triunfar perante as seleções da Irlanda e da Letónia. O primeiro duelo colocou a equipa das quinas frente a uma Irlanda muito competente, mas que não conseguiu lidar com a qualidade portuguesa, foi uma entrada de alto nível para as lusas com uma vitória por 68-47. Portugal liderou praticamente o jogo todo, controlando e deixando as irlandesas em dificuldades, foi uma partida que deixou evidente que íamos ter uma prestação lusa de grande nível neste europeu. As comandadas de José Araújo desde cedo mostraram outro “andamento”, a pressão alta portuguesa, a velocidade, técnica e qualidade evidenciada nos ataques trabalhados deixaram sempre as irlandesas com problemas que a juntar a isso no ataque não conseguiam criar e perante a boa defesa lusa que obrigou a seleção visitante a errar muito. Nota para incapacidade irlandesa fora do garrafão, foram apenas 3 lançamentos convertidos sendo que só um deles foi da linha de três pontos.

Depois de uma entrada impressionante de Portugal, a seleção lusa venceu no segundo jogo a Letónia por 74-45, um triunfo ainda mais impressionante. Domínio absoluto português, que evidenciava a muita qualidade que sabíamos que existia nesta seleção perante a Europa, uma exibição que colocava a equipa das quinas entre os grandes destaques desta competição. Destaque para a rotação nacional, se Ana Barreto neste duelo colocou o seu nome entre as potenciais candidatas a MVP deste Campeonato da Europa, o outro ponto de destaque foi a entrada das muitas soluções nacionais, ou seja, todas as jogadoras conseguiram entrar muito bem, nesta altura Mariana Cegonho já se assumia como a Sixth woman deste conjunto luso, mas todas as outras foram sempre entrando muito bem, como no caso de Sara Peres que mesmo sem pontuar foi das que melhor entrou.

O terceiro duelo colocou as portuguesas frente a frente com uma das seleções mais fortes, o jogo foi de muita luta, emoção, mas a Sérvia levou a melhor por 55-50 depois de dois prolongamentos. Jogo muito equilibrado, foi a Sérvia que começou melhor e que conseguiu um ligeiro ascendente na primeira parte, com as portuguesas a reagir muito bem logo no terceiro período. O quarto período acabou por pender para o lado sérvio e isso levou-nos a dois prolongamentos espetaculares. Luta e garra foram as palavras chave deste encontro, luta porque a seleção lusa foi incansável, recordar que neste duelo a equipa das quinas já não contou com Filipa Barros que se havia lesionado no duelo com a Letónia e isso obrigou a que jogadoras como a Leonor Faial ou Beatriz Polici assumissem ainda mais protagonismo na equipa, nada serviu de desculpa e lutar foi mesmo a palavra de ordem mesmo perante as dificuldades impostas pelas Sérvia e garra que nunca faltou em nenhum momento deste encontro. Este duelo foi onde a questão do jogo interior se colocou, aquele que expos mais algumas debilidades lusas nesse ponto, além da quebra no tiro exterior, a agressividade sérvia neste jogo levou o conjunto das quinas tivesse uma eficácia abaixo dos 14% na linha de três pontos, mas tudo isto só levou a que se visse a outra cara da nossa seleção, a de lutar por cada bola e de continuar sempre até ao fim a acreditar e a fazer tudo para consumar a reviravolta no jogo. Não se conseguiu a vitória, mas mesmo assim Portugal ficou com o primeiro lugar do Grupo D avançando para os oitavos de final.

Oitavos de final – Manutenção e sonho cada vez maior

No duelo que garantiu os quartos de fina, Portugal venceu a Bulgária por 90-54, nova exibição de luxo da equipa das quinas. Este jogo marcou ainda mais o aparecimento de Leonor Faial, ela que já tinha estado muito bem no duelo anterior, mas que deu o passo em frente e também ela se colocou em posição de destaque neste Europeu. Este foi o melhor jogo de Portugal, domínio absoluto, sem falhas e sem espaço para desconcentrações. A seleção feminina sub-20 dominou nas tabelas, soube gerir sempre os ritmos de jogo e voltou ao nível habitual na linha de três pontos, nova demonstração da qualidade lusa e de que estávamos a confirmar o que sabíamos de antemão, que esta seleção era uma das melhor no europeu.

Quartos de final – Nada apaga o que esta seleção fez

A vitória anterior deu a Portugal a passagem aos quartos de final e ainda a manutenção na Divisão A, só aqui estava um feito grande deste conjunto de José Araújo. No jogo, a equipa das quinas perdeu perante a seleção gaulesa por 77-35, foi o jogo onde se notou mais o cansaço das nossas atletas, que nunca deixaram de lutar, mas que não conseguiram lidar com o poderio francês. A luta das tabelas voltou a ser um problema, a eficácia foi um dos outros, mas notou-se alguma fadiga em elementos preponderantes para as lusas. Jogo que não demonstrou a qualidade portuguesa ou mesmo o que lutaram nesta partida, as francesas como já se sabia eram favoritas, mas o resultado acabou por ser demasiado desnivelado. Derrota pesada, mas que não apaga ou mancha o que as atletas nacionais fizeram até então.

Quinto e sexto lugar – Acabar com história

Nos dois últimos jogos, Portugal lutou pelo quinto lugar, vencendo a Polónia por 58-51 e depois no jogo decisivo perdendo com a Hungria por 75-50. Igualada a melhor posição da seleção sub20, sexto lugar e uma prestação soberba, o derradeiro duelo não correu como se queria ou como esta seleção merecia, mas tal como a França, as húngaras eram favoritas e conseguiram confirmar isso no jogo. Portugal saí de cabeça mais que erguida, demonstrando na Europa que somos das melhores do continente e que sem lesões e alguns azares podemos atingir ainda mais.

Nota muito importante para a qualidade de jogo da nossa seleção em Sopron, foi sempre um dos destaques a cada jogo e depois mencionar o trabalho da equipa técnica lusa que soube sempre ler muito bem cada momento de jogo, além das correções e da forma como sempre elevou a nossa seleção mesmo com os percalços que foram acontecendo. Sexto lugar para a seleção feminina sub-20, prestação incrível e muito orgulho nestas jogadoras portuguesas, poucos acreditavam na manutenção fora de Portugal e não só conseguimos continuar na Divisão A como vencer algumas das seleções mais fortes, provando que este é o nosso lugar e que somos também nós das melhores seleções da europa.

Destaques individuais – Algumas das melhores da competição

Começamos os nossos destaques por Ana Barreto, fica impossível não iniciar pela jogadora que esteve na luta pelo prêmio de MVP e que podia ter figurado no 5 ideal da competição. Ana Barreto foi a jogadora que mais minutos somou neste Europeu, a quinta melhor no que ao tiro exterior diz respeito e a oitava jogadora com mais pontos. Ana Barreto a deixar ainda mais claro que é uma das melhores jogadoras da sua geração depois de um Campeonato da Europa onde brilhou do principio ao fim. Continuando a falar dos destaques, mudamos para Jéssica Azulay que se assumiu como uma das melhores interiores desta competição, nem sempre foi fácil, foi obrigada a lutar com jogadoras mais experientes e com uma estatura mais elevada, mas isso só fez brilhar a inteligência e qualidade da jovem jogadora do SC Braga. Continuando pelas nossas atletas, mudamos para Inês Vieira que foi uma das melhores da competição e nem sempre tão valorizada como devia, mas Inês Vieira espalhou classe em todos os duelos disputados em Sopron, foi das jogadoras mais regulares deste europeu e acabou ainda como uma das cinco atletas com mais roubos de bola deste Campeonato da Europa.

Em seguida falar de Leonor Paisana, mais uma atleta que não sai devidamente valorizada deste Europeu mesmo perante as suas exibições. Leonor Paisana deu sempre muito a Portugal conseguiu jogar e mais que isso fazer jogar, deixando à vista do mundo uma vez mais a sua qualidade de passe, visão de jogo e técnica, uma demonstração de grande nível da jovem portuguesa. Falar de Mariana Cegonho que na antevisão diria que poderia vir a ser um dos jokers desta seleção e foi isso mesmo que aconteceu, Mariana Cegonho surgiu em grande plano em todos os duelos e foi mesmo uma das melhores. Beatriz Polici, Eva Carregosa e Leonor Faial foram em crescendo neste europeu, terminando também elas como figuras muito importantes da nossa seleção e deixando à vista a imensa qualidade de cada uma delas. Por fim palavra para Sara Peres que mesmo com menos tempo de jogo, entrou sempre muito bem, mesmo com tarefas mais “invisíveis” a jovem do CPN correspondeu e foi importante em vários momentos nos jogos e depois Maria Cruz, a poste que sempre que foi lançada rendeu e ajudou bastante em momentos cruciais.

Ficou aqui um olhar para a campanha da seleção feminina sub-20 no Europeu, um sexto lugar e uma prestação luxuosa das nossa seleção.

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José AndradeJulho 16, 20227min0

O 1º estágio de preparaçãao da seleção feminina sub18 em Ovar deu-nos dois triunfos sobre o País Basco e é sobre as duas vitórias que hoje vos vamos falar.

Portugal vs País Basco: Só deu Portugal

No primeiro jogo, a seleção das quinas venceu por 64-34, um triunfo esclarecedor e onde Portugal realizou uma partida de grande nível. O conjunto das quinas entrou a todo o gás, deixando desde os primeiros momentos de jogo a seleção Basca em dificuldades no jogo. As comandadas de Agostinho Pinto com uma primeira parte de excelência fruto da pressão elevada que criava dificuldades às adversárias desde cedo, assistíamos ao domínio de Portugal que parecia jogar numa velocidade acima. Além do “andamento”, a pressão asfixiante levava a muitas perdas de bola bascas, além disso o conjunto visitante no ataque quando conseguia chegar perto do cesto luso não conseguia concretizar.

A primeira parte foi de domínio português em todos os pontos, no ataque víamos uma circulação de bola bonita que permitia o ganho de vantagens nas penetrações e que desmontava a defesa do País Basco, ainda íamos vendo as bolas da linha de três pontos a cair e o ganho de segundas bolas e ai muito importante as ações de jogadoras como a Andrea Chiquemba ou a Rita Rodrigues que deram à nossa seleção a vantagem. Na segunda parte, o domínio não foi tão expressivo, a selção Basca conseguiu equilibrar um pouco mais o jogo, mas nada que colocasse a vantagem lusa em causa, as jogadoras portuguesas conseguiram manter a superioridade e gerir a vantagem. Na segunda parte conseguimos ver mais de algumas jogadoras, deu para testar algumas estratégias, mas vitória inequívoca neste primeiro duelo em Ovar.

Portugal vs País Basco: Vencer na garra e na qualidade

O segundo jogo foi bem diferente, Portugal triunfou por 61-59 garantindo a vitória nos últimos segundos e depois de um jogo onde a seleção lusa foi obrigada a lutar muito. As Bascas começaram melhor esta partida, com uma mudança na abordagem ao jogo anterior, surgiram com linhas mais subidas, pressão a campo inteiro em muitos momentos e muito mais agressivas, aliás os momentos de ascendente basco foram muito fruto desses duelos que em alguns momentos roçaram o limite. A seleção basca tentou mostrar outra imagem e conseguiu. Portugal entrou mal na partida, foi crescendo ainda no primeiro quarto, mas a primeira parte não foi boa, não se conseguia parar a força no jogo interior e no ataque algumas precipitações que eram originadas pela pressão alta e pela defesa basca que levava a esses erros.

Portugal termina a primeira parte a precisar de corrigir vários pontos e com o selecionador, Agostinho Pinto profundamente irritado, por isso mesmo o conjunto das quinas acabou por regressar já em cima do recomeço de jogo, obviamente que não sabemos o que foi dito, mas imaginamos que as jogadoras tenham “levado na cabeça” e deu resultado, na segunda parte a seleção mudou bastante e conseguiu não só equilibrar o jogo como assumir um ligeiro ascendente nesta segunda parte. Foi um jogo muito físico, as Bascas tentaram sempre levar o jogo para o físico, para os duelos e para o excesso de agressividade. Portugal venceu, no terceiro e quarto períodos, a seleção lusa conseguiu inverter, passar a ganhar na luta das tabelas e errar bem menos, voltámos a ver as portuguesas mais assertivas, com mais calma no ataque e por isso de forma natural Portugal venceu este duelo onde se lutou muito, mas a qualidade da seleção feminina sub18 esteve em evidência e fez a diferença.

Em contagem decrescente para o Campeonato da Europa de Sofia, na Bulgária que se vai realizar de 30 de julho a 7 de Agosto, a seleção feminina sub18 está cada vez mais pronta e estes duelos deixaram vários destaques e é sobre eles que vamos falar um pouco, mas são eles:

– Andrea Chiquemba: Poderosa e inquebrável

Um dos maiores destaques desta seleção é Andrea Chiquemba, neste dois jogos deu para mais uma vez ficar impressionado pela capacidade física da jogadora que na próxima temporada vai estar nos Estados Unidos da América. Uma capacidade incrível de continuar a lutar mesmo quando as coisas não estão a correr bem e muita qualidade. Foi uma das melhores lusas nestes dois duelos, por vezes com missões que não saltam tanto à vista, mas sempre muito bem, na luta das tabelas, na defesa, nas ações ofensivas, sem dúvida uma das jogadoras que tem tudo para ser destaque em Sofia.

– Inês Bettencourt: Espalhar magia em todas as circunstâncias

Outras das jogadoras que mais se destacou foi sem dúvida, Inês Bettencourt, a base que também vai rumar aos Estados Unidos da América, foi sempre a jogadora mais esclarecida, capaz de “iluminar” e liderar quando a seleção mais precisava. É uma jogadora com muita técnica e que sabe muito bem o que fazer à bola, principalmente no segundo jogo a capacidade de ler o jogo e de saber quando acelerar foram preponderantes. Muita maturidade nesta base que conseguiu ser a peça que mais conseguiu desequilibrar as Bascas.

– Gabriela Falcão: Lutadora incansável

O terceiro destaque vai para Gabriela Falcão, também ela vai emigrar para o outro lado do Oceano Atlântico, mas a jovem poste esteve em evidência pela sua capacidade de lutar, não foram jogos fáceis em especial para as jogadoras interiores que principalmente no segundo duelo foram obrigadas a uma “batalha” muito física e Gabriela Falcão esteve sempre a altura dos desafios, conseguiu sempre aparecer nos encontros e fazer a diferença, também ela está cada vez mais pronta para ser um dos destaques no Campeonato na Europa.

– Laura Silva: Mira afinadíssima

O nosso quarto destaque é Laura Silva, a jovem que se evidenciou pelo tiro exterior nestes dois encontros, mas não só. Laura Silva foi preponderante, sempre que entrou “mexeu” com as partidas, deu sempre mais velocidade à seleção nacional e revelou uma mira pronta para os grandes desafios que estão por vir, mas esteve em destaque também pelo que fez jogar, voltar a mostrar a sua qualidade em especial na construção, poderá ser um dos “jokers” desta seleção em Sofia.

– Ana Pinheiro: Faz de tudo e sempre muito bem

Para terminarmos Ana Pinheiro, podíamos falar ainda de Rita Rodrigues ou Cristina Freitas, mas vamos destacar Ana Pinheiro que se evidenciou como sempre pela sua qualidade em todos os pontos, sempre bem na defesa e no ataque, surgiu bem quando assumiu mais vezes a construção, na luta das tabelas, na marcação, foi exemplar mesmo quando os jogos complicaram a jovem do CPN esteve em destaque pela sua capacidade de fazer tudo bem, uma regularidade aliada à sua qualidade que a deixam sempre como uma das figuras em todos os jogos.

Ficou aqui um olhar para os últimos jogos da seleção feminina sub18, dois triunfos em Ovar mais alguns destaques, sendo que o maior é a certeza que esta seleção está cada vez mais preparada para ir brilhar a Sofia, expetativas e confiança em alta para o que está por vir.

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José AndradeJulho 13, 20225min0

Hoje fazemos um exercício diferente e vamos já olhar para o próximo draft WNBA 2023 destacando 5 nomes que devem guardar já para o futuro da liga e do basquetebol feminino mundial, por isso venham connosco e fiquem a conhecer estas 5 jogadoras.

O grande destaque do draft da WNBA em 2023 é Aaliyah Boston, uma das maiores jovens talentos mundiais e que vai ser a escolha número 1 neste draft, mas nós vamos além desta futura grande estrela e olhar para outras 5 jogadoras repletas de potencial para serem nomes em destaque no basquetebol mundial e são elas:

– Diamond Miller: Talento absurdo

Um dos nomes que mais se evidencia já para o próximo draft é o de Diamond Miller, uma base de Maryland que tem mostrado uma grande evolução de época para época. Dimaond já teve algumas lesões sérias, mas falamos de um dos talentos mais entusiasmantes para o draft de 2023. É uma base forte fisicamente, que ganha muitas bolas no físico, e que possui uma técnica apurada, estes dois pontos sempre foram onde mais se destacou. Jogadora alta e com poderio físico, com braços longos, a juntar a isso é rápida e não tem medo de assumir nas alturas mais complicadas. Diamond Miller é uma atleta que defende cada vez melhor e que no ataque tem um “arsenal” de skills absurdo, ofensivamente é uma jogadora muito rica. Com a evolução que tem tido e o seu imenso talento, será um dos nomes grandes no basquetebol mundial em pouco tempo.

– Tamari Key: Uma das melhores defensoras

Mudamos para o Tennessee para falar de Tamari Key, uma poste muito forte que na última temporada apresentou um crescimento gigante no aspeto ofensivo. Tamari sempre se destacou pela defesa, desde cedo que se afirmou como uma das melhores defensoras desta classe, algo que continua a ser, a verdade é que na época passada se afirmou também a nível ofensivo. Tennessee teve em Tamari Key a chave para o sucesso na campanha passada, com a poste a liderar a equipa a nível defensivo e ofensivo, e foi mesmo a melhor a nível nacional no que aos desarmes de lançamento diz respeito e conseguiu a sua melhor média de pontos por jogo na carreira. Joga muito bem de costas e de frente para o cesto, sabe usar a sua envergadura e tem melhorado muito a sua técnica de lançamento, uma poste cada vez mais completa e que vai com toda a certeza ser uma escolha elevada no próximo draft.

– Jordan Horston: Base completa

Continuamos em Tennessee para falar de Jordan Horston, uma base muito completa e que é uma das melhores da sua posição neste próximo draft. Jordan Horston teve alguns problemas físicos, mas é uma base que acrescenta muito em todos os aspetos do jogo, isto porque é uma scorer, sempre com uma média de pontos elevada, pensa bem o jogo, e, para além disso, destaca-se pelo que faz a sua equipa jogar. Do lado defensivo também se consegue evidenciar, tanto pela capacidade de ressaltos como pelos roubos de bola, é uma base muito completa, que rende dos dois lados e que será um encaixe perfeito em todas as equipas pela sua capacidade de render em todos os contextos e formas de jogar, um talento que até ao draft tem tudo para subir nos mocks drafts e acabar a ser uma escolha elevada em 2023.

– Aijha Blackwell: Base lutadora

Vamos agora para o Texas onde para falar de Aijha Blackwell uma base que chegou a Baylor depois de ter estado no Missouri. Aijha fez história quando foi a primeira jogadora desde 1997-1998 a conseguir um duplo-duplo. Olhando para esta atleta, falamos de uma base que combina técnica com velocidade, tem a capacidade de ganhar os duelos no 1×1 através dessas duas armas, além disso é muito física. Com o seu 1,80m consegue ganhar muitas bolas e bater até jogadoras com uma estatura mais elevada, sendo que também se destaca na luta das tabelas e na defesa. Uma base habilidosa e que é uma combinação de tamanho, velocidade e capacidade técnica, veremos como rende em Baylor, mas poderá vir a ser uma escolha de top15 no próximo draft da WNBA.

– Elizabeth Kitley: Uma das jogadoras mais underrated do país

Terminamos esta nossa lista de jogadoras a guardar para o draft de 2023 da WNBA com a poste Elizabeth Kitley. Viajamos até à Virginia para falar de um dos maiores talentos, embora seja pouco falada e destacada. A sua equipa conseguiu montar um conjunto com grandes atiradoras que permitiam que Elizabeth se concentrasse nos seus pontos fortes, isto porque é uma poste no mais fiel à posição ou seja, uma jogadora alta, com instintos únicos em redor do cesto e com uma imensa habilidade para concretizar. Uma interior alta, forte fisicamente, e que se evidencia pelo seu footwork de muita qualidade, corre em campo como uma base, tem essa capacidade física e velocidade para recuperar posição rapidamente, joga bem sem bola, sabe que posições ocupar. Pode ser um caso sério, pela estatura e capacidade física, que se junta à capacidade de concretização, onde se evidencia pelos duplos-duplos, mas também pela sua técnica de lançamento e por ser uma boa atiradora. Uma poste que é quase indefensável no 1×1, nome a guardar muito para os próximos anos.

Ficaram aqui 5 talentos que vamos ter a possibilidade de acompanhar ao longo desta temporada e que vão ser nomes a guardar para o próximo draft e ainda mais para o futuro do basquetebol mundial.

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José AndradeJulho 9, 20225min0

A temporada da WNBA está completamente ao rubro e as Minnesota Lynx depois de um começo atribulado são uma das equipas em destaque desde Junho e é sobre esta nova fase de Minnesota que vos vamos falar hoje.

As Minnesota Lynx iniciaram esta época com muitas dúvidas, várias jogadoras lesionadas e em diferentes fases de recuperação, muitos problemas para este conjunto lidar, mas desde cedo se viu que a grande figura ia ser a experiente Sylvia Fowles. A estrela assumiu o protagonismo de todas as colegas que estavam em falta e ainda do baixo rendimento e produtividade de outras. As Lynx só ganharam um duelo nas 7 primeiras jornadas, conseguiram criar alguns problemas nos jogos com algumas das favoritas, mas as ausências pesavam e deixavam este conjunto de Minnesota com alguns problemas. Depois de uma série negativa, o regresso das figuras que estavam lesionadas e algumas alterações no plantel ajudaram a que as Lynx conseguissem melhorar e dar a volta depois de um começo menos bom.

Nesta altura são 4 vitórias nos últimos 6 jogos, uma mudança radical ao que assistíamos no início de temporada. Indo além dos resultados, percebemos que a equipa melhorou bastante em especial no aspeto ofensivo e muito porque o banco começou a funcionar. A equipa consegue desde 21 de junho ter mais vitórias que nos 16 primeiros jogos, mas o ponto são as melhorias exibicionais da turma de Minnesota. O crescimento desta equipa faz os fãs sonharem com o regresso de Sylvia Fowles aos playoffs naquela que será a sua última temporada na WNBA.

A curta rotação foi a chave para as Lynx iniciarem a temporada como a pior equipa nível ofensivo, depois com os regressos e o acerto nas entradas, a equipa tal como se viu com as Las Vegas Aces passou a conseguir ter uma profundidade maior e com isso um desempenho melhor. O triunfo frente às Aces é o maior destaque, é necessário frisar que a equipa de LA acusou algum cansaço e a falta de rotação, mas as Lynx neste duelo mostraram de forma exata todas as melhorias que começam na capacidade de rotação com nenhuma das atletas a jogar mais de 28 minutos, depois disso não vemos muitas jogadoras a passar dos dois dígitos, mas todas marcam, todas conseguem fazer a diferença independente do tempo de jogo e em todos os casos o impacto é sentido nos dois lados do campo. Defensivamente a equipa sempre se conseguiu mostrar, obviamente que a dependência de Fowles era imensa no começo de temporada, algo que tem vindo a reduzir, em primeiro lugar porque a equipa foi obrigada a isso com a lesão da sua estrela e depois pelo crescimento que temos assistido nos últimos duelos.

As lesões ainda não estão totalmente ultrapassada e isso também obriga a esta gestão cuidada, mas o regresso de Damiris Dantas deu à esta equipa um poderio físico e uma capacidade muito importante na luta das tabelas, algo que faltava no começo da temporada. Um dos destaques deste crescimento das Lynx é Moriah Jefferson que também ela passou por problemas físicos, foi dispensada pelas Dallas Wings e depois do início atribulado, conseguiu assumir-se como uma das figuras desta equipa, sendo nesta altura uma das jogadoras fundamentais. O ponto alto para já de Moriah Jefferson nesta temporada foi o duelo com as Wings onde conseguiu a sua vingança, depois de ser dispensada, a jogadora que na próxima temporada estará na Europa ao serviço das espanholas do Avenida, conseguiu o seu primeiro triplo-duplo da carreira com 13 pontos, 10 assistências e 10 ressaltos, não só conseguiu a sua “vingança” como confirmou a melhor fase da temporada a nível pessoal e coletivo das Lynx. A melhoria ao longo da época colocam este conjunto nesta altura com um registo de 7-15 e a liderar no “scoring” da WNBA com 91.3 pontos de média por jogo, uma diferença abismal na produção ofensiva desta turma de Minnesota. Analisando os números podemos ver esta evolução, passaram de 78.4 pontos por jogo para 91.3, a nível de lançamentos de campo a percentagem subiu de 43.0 para 49.0, no que à linha de três pontos diz respeito o crescimento também é notório com uma passagem de 31.0% para 40.1%, algo bem revelador do que este conjunto tem melhorado no aspeto ofensivo.

Na defesa que até era o ponto melhor da equipa, notamos também um crescimento e basta ver que a equipa concedia 84.9 pontos por jogo de média e nesta altura desceu para 78.8 pontos de média, um crescimento assinalável em todos os aspetos para a turma de Minnesota. Sylvia Fowles continua a ser a grande protagonista das Minnesota Lynx, em 17 jogos tem médias de 14.9 pontos por jogo, 9.3 ressaltos, 1.2 roubos de bola e 1.3 desarmes de lançamento, médias que fazem desta super estrela a segunda melhor jogadora da Liga no que aos ressaltos por jogo diz respeito, a sexta melhor nos desarmes de lançamento e a melhor no que diz respeito aos lançamentos de campo com 64.5%, a experiente jogadora segue em temporada de grande nível que a colocam na luta pelo prêmio de MVP, algo que com o crescimento das Lynx poderá ficar mais perto e seria o melhor final de carreira para uma das melhores jogadoras de sempre. Os próximos duelos vão ser testes decisivos para esta nova fase das Lynx, a margem é muito curta para um possível lugar nos playoffs e por isso a turma de Minnesota está obrigada a vencer, mas nesta altura o rendimento e a qualidade jogo desta equipa são os grandes destaques na WNBA.

Ficou aqui um olhar para a nova fase das Minnesota Lynx, a equipa que passou de uma das piores para uma das em maior destaque na WNBA.

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José AndradeJulho 7, 20226min0

Com o Campeonato da Europa sub-20 prestes a começar e depois de três duelos no 1º Torneio Internacional de Pombal, vamos aqui olhar para a competição deste ano para percebermos as esperanças da seleção feminina sub-20 portuguesa que tem tudo para surpreender na Hungria.

Portugal – República Checa: Má entrada custou demais

No primeiro jogo em Pombal, a seleção feminina sub-20 saiu derrotada por 73-66 frente à República Checa. O mau começo de jogo custou esta derrota, mas mesmo perante os problemas iniciais Portugal conseguiu equilibrar e na segunda-parte mostrou bem mais. A turma das quinas não foi abaixo depois dos erros iniciais, mostrando capacidade de superação. Mariana Cegonho como sempre a precisar de pouco tempo de jogo para fazer a diferença, é aquela jogadora que causa impacto independentemente do tempo de jogo. Não foi o melhor resultado para começar, mas ficou a capacidade de recuperar perante as dificuldades dos dois primeiros períodos e ainda o grande jogo de Eva Carregosa.

Portugal – Polónia: Kamila Borkowska foi o maior desequilíbrio

No segundo duelo de preparação, Portugal perdeu frente à Polónia por 51-62. Resultado enganador, pois foi um jogo muito equilibrado, a seleção nacional começou muito bem, totalmente diferente do dia anterior, defensivamente bem mais fortes, mais agressivas, mas o problema estava em Kamila Borkowska, uma jogadora com mais de 2 metros que foi dominando no jogo interior deixando sempre Portugal em dificuldades. Mesmo com a presença de Borkowska, as lusas conseguiram através de um segundo quarto irrepreensível estar na frente ao intervalo, com a defesa a conseguir anular quase tudo no ataque das polacas, foram dois períodos de superioridade lusitana. A segunda parte trouxe novamente mais dificuldades, mau recomeço de jogo no terceiro quarto a fazer a diferença. Algum cansaço normal, mas a chave esteve nos 46 ressaltos ganhos pela Polónia contra os apenas 27 portugueses, com destaque óbvio para a já citada Kamila Borkowska que conseguiu 18.

Portugal – Lituânia: Fechar com chave de ouro

No terceiro e último duelo em Pombal, Portugal venceu a Lituânia por 54-37 fruto de um grande jogo das portuguesas. Exibição de alto nível desde os primeiros instantes. A equipa das quinas entrou mais pressionante, agressiva e assertiva, tudo pontos chaves para um primeiro quarto absolutamente arrasador de Portugal. A Lituânia não conseguia lidar com a defesa alta pressionante de Portugal e cometia muitos erros, as lusas entraram de forma acutilante. Destaques nesta primeira parte de excelente nível, Inês Vieira e Leonor Paisana, não só pelo que jogavam como pelo que faziam jogar, sendo duas das peças mais importantes pelas ações defensivas. A segunda parte trouxe uma Lituânia melhor, o conjunto visitante cresceu e colocou mais dificuldades às portuguesas, mas nada de grave, a turma das quinas esteve sempre por cima, deu para testar algumas armas como Maria Lopes que conseguiu mostrar-se e estar muito bem nesta partida. Ficaram desfeitas dúvidas (se é que existiam), a seleção a mostrar que está pronta para a Hungria e para brilhar muito no Campeonato da Europa.

Depois deste torneio ficámos a conhecer a convocatória final desta seleção feminina sub-20, nota para a ausência de Natália Santos por lesão e de Carolina Duarte que foi um dos maiores destaques neste torneio de Pombal, ela que ultrapassou a lesão e se mostrou muito nestes três jogos. Olhando para a convocatória constatamos que está repleta de talentos e de várias jogadoras que podem vir a assumir como grandes protagonistas deste Europeu, é necessário destacar e sem querer entrar em previsões,  Mariana Cegonho ou Sara Peres que podem vir a ser os jokers deste conjunto.

As adversárias de Portugal no Grup oD, chegam com um pouco mais de experiência na divisão A: a Letônia tem três terceiros lugares nas ultimas tantas participações e a Sérvia dois segundos e um terceiro, além disso as portuguesas são o conjunto mais baixo em altura (1,73 metros de média) frente 1,78 m das sérvias e 1,80 m da Letónia e da Irlanda, mas nem a história, nem a altura são chaves para algo, aliás as nossas seleções jovens já conseguiram bater por diversas ocasiões cada uma delas e surpreender muita gente e é exatamente isso que pode  acontecer na Hungria. Portugal parte um pouco como underdog.

A Irlanda chega com Hazel Finn, base de qualidade e que mostrou isso mesmo no Europeu de sub-18, Sarah Hickey base de perfil diferente, mais alta e com maior capacidade física, Ciara Barne ou ainda Abigail Lafferty uma extremo de qualidade e que foi (e ainda é) de ser uma das protagonistas do lado Irlandês.

Olhando para a Sérvia, Isadora Tripkovic uma base que chega depois de uma grande temporada no Duga, as quintas classificadas na Liga desse país, depois Ana Bukvic uma jogadora versátil, que se destacou nas sub-18 e que também ela vem de uma grande temporada ao serviço do Art Basket, segundas classificadas no mesmo campeonato. Desta seleção podemos ainda destacar, Nevena Rosic uma base completa e com imenso talento ou ainda Marta Jovanic uma quatro que vai ser com toda a certeza uma das peças mais importantes deste conjunto sérvio.

Já na Letónia, saltam à vista nomes como, Katrina Ozola uma jogadora de posição que se destacou no Europeu sub-18 inclusive frente a Portugal, ainda podemos falar de Ieva Kurzane ou Elizabete Bulane, duas bases que também já são conhecidas das lusas fruto desse tal duelo. Destaque ainda Luize Sila, de apenas 17 anos, mas que já foi aposta no TTT Riga, uma atleta com experiência de Euroleague, aliás foi uma aposta clara na competição europeia somando mais de 200 minutos, 2.6 pontos e 1.8 ressaltos de média por jogo.

Portugal vai ter pela frente adversários duros, experientes, mas que já são conhecidos em muitos casos desta geração ou mesmo de outra seleção nacional. Tarefa que vai ser exigente, mas as esperanças e as expetativas estão em altas a poucas horas do começo deste Campeonato da Europa na Hungria.

Ficou aqui um olhar para os últimos duelos e um pouco para os futuros adversários no Europeu. Muita qualidade nas lusas e mesmo consciente que a tarefa será muito complicada, a certeza é de que esta seleção feminina sub-20 nos vão orgulhar e conseguir um grande resultado na Hungria.

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José AndradeJulho 5, 20225min0

Neste novo texto vamos falar do basquetebol feminino italiano que pretende recuperar o protagonismo maior na Europa aproveitando todas as novas oportunidades que surgiram.

Familia Schio: Pensar ainda mais em grande

Nesta altura já temos algumas das melhores do mundo a serem confirmadas na liga italiana, isto porque com as sanções às equipas russas muitas jogadoras que eram até então “inacessíveis” passaram a ser possíveis e com isso surge esta nova vida do basquetebol feminino italiano. As últimas semanas trouxeram várias confirmações que vão ao encontro das ambições italianas para a próxima temporada nas competições europeias. Nas equipas, o Familia Schio surge como a equipa mais ativa no mercado, as atuas campeãs já anunciaram Rhyne Howard – a primeira escolha do último draft – e uma jogadora que tem estado em destaque nesta temporada na WNBA ao serviço das Atlanta Dream nesta sua época de estreia já conseguiu lugar no all-star.

Para além de Howard, estão confirmadas também Amanda Zahui que vai chegar do Fenerbahçe, e Astou Ndour, uma das melhores postes do mundo. Ndour foi finalista na Eurocup ao serviço do Venezia e semifinalista em Itália, sendo uma das melhores da temporada no basquetebol europeu conseguindo 15.1 pontos, 8.1 ressaltos, 0.8 assistências, 0.9 desarmes de lançamento e 1.7 roubos de bola de média por jogo na Liga italiana, números que refletem mais uma época de luxo e que reforçam o acerto que é esta entrada para o Schio. Marina Mabrey base que está nesta altura a brilhar na WNBA com as cores das Dallas Wings e que na última temporada esteve na Austrália ao serviço das Perth Lynx conseguindo médias de 19.1 pontos, 4.3 ressaltos, 2.8 assistências e 1.4 roubos de bola por jogo na WNBL. Ainda garantiram, Elisa Penna que também esteve no Venezia. Todas estas entradas colocam já o Schio como uma das favoritas à Euroleague na próxima época.

Virtus Bologna: Começa a surgir algum favoritismo

O Virtus Bologna surge como uma das equipas que mais investe tanto no feminino e no masculino e procura ganhar outro protagonismo internacional. A equipa de Bolonha perdeu a final da Liga Italiana e depois disso decidiu subir o seu orçamento e ambicionar ainda mais na Europa. As vice-campeãs de Itália começaram por renovar com Cecilia Zandalasini uma das estrelas e das peças mais importantes neste conjunto.

Depois anunciaram a entrada de Kitija Laksa, extremo que estava no Schio, em seguida ainda Iliana Rupert, a poste francesa que estava no Bourges e que atualmente está nas Las Vegas Aces, considerada uma das melhores jovens do mundo e que vai chegar a Itália como MVP da Eurocup que conquistou este ano, com o bronze ganho em Tóquio, a prata do Europeu em 2021, melhor jovem na Euroleague em 19-20 e como a 12ª escolha do draft da WNBA em 2021. Mencionar ainda Olbis Futo Andrè, internacional italiana com origens angolanas e que também chega do Schio, poste de 23 anos que na última época conseguiu médias de 9.5 pontos, 6,2 ressaltos e 1.4 roubos de bola por jogo, mesmo com muita concorrência conseguiu destacar-se, é mais uma aposta acertada deste conjunto do Virtus que irá também ser uma equipa a ter em conta para uma conquista nas competições europeias nesta nova época.

Outras transferências em destaque

Mencionar ainda a chegada de jogadoras como Ana-Marija Begic e Tinara Moore ao San Giovanni; ao Dinamo Sassari vão chegar duas extremos de qualidade como Janae Smith e Giulia Ciavarella, esta última vinda do Virtus Bologna, além de duas bases, Anna Makurat uma jovem polaca de imenso potencial e ainda Debora Carangelo que estava no Venezia e é uma base de créditos firmados no basquetebol italiano. Nina Dedic poste croata que assinou pelo San Martino depois de uma boa temporada nas também italianas do Broni; Que Morrison base que era uma das melhores no último draft da WNBA e que se vai estrear fora dos EUA na liga italiana ao serviço do Lucca, algo que vai ser das maiores atrações da próxima temporada.

Marie-Michelle Milapie, interior francesa que vai deixar o Flames da Liga francesa para rumar ao Campobasso e ainda o Venezia que também vai em busca de títulos em Itália e na Europa, para isso vão chegar Antonia Delaere, base belga que estava no Zaragoza onde era colega das portuguesas Maria Kostourkova e Maria João Correia, mas além da belga vai chegar a japonesa base que brilhou muito na liga alemã, ainda Laura Meldere interior letã que estava no Riga e que se juntou a Martina Fassina, extremo que era uma das melhores das polacas do Lublin e por fim Lorela Cubaj uma extremo que está na WNBA ao serviço das Seattle Storm e que vai regressar à Europa e a Itália como grande aposta deste Venezia. São algumas das entradas anunciadas que reforçam o crescimento do basquetebol italiano na próxima temporada.

Ficou aqui um primeiro olhar para o basquetebol feminino italiano que respira uma nova vida com elevadas ambições europeias para esta e as próximas temporadas.


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