Arquivo de Mats Hummels - Fair Play

Pedro CouñagoJunho 12, 20187min0

No início do mês de maio lançámos os jogadores-decisivos nos Grupos do Mundial, apresentando algumas estrelas e astros, mas também desconhecidos e novidades que vão deixar o leitor entusiasmados!

Agora juntámos as quatro personagens de cada grupo na mesma arena para perceber quem vai dominar a fase de grupos, quem vai passar por uma “unha negra”, quem estará numa luta intensa pela passagem e quem serão os derrotados desta fase de grupos.

No Grupo F relembramos que escolhemos Mats Hummels, Emil Forsberg, Hirving Lozano e Heung Min-Son. Como funciona este frente-a-frente? Vamos juntar partes das análises realizadas, olhar para os dados, perceber as “condições” a nível individual e colectivo e chegar a uma (proposta) de conclusão.

O CALENDÁRIO

Os jogos do Grupo C realizam-se a 17 e 18 (1ª jornada), 23 e 27 de junho. As partidas são as seguintes:

Jornada 1

Alemanha – México – (Estádio Luzhniki) 16h00 de dia 17
Suécia – Coreia do Sul – (Estádio Nizhny Novgorod) 13h00 de dia 18

Jornada 2

Coreia do Sul – México – (Rostov Arena) 16h00

Alemanha – Suécia – (Estádio Olímpico Fisht) 19h00

Jornada 3

Coreia do Sul – Alemanha – (Kazan Arena) 15h00

México – Suécia – (Arena Ekaterimburg) 15h00

OS DUELOS

O Grupo F tem uma clara favorita, que é a Alemanha. A Mannschaft entra na competição como defensora do título e instalada no número um do ranking da FIFA, sendo, portanto, uma das virtuais candidatas a vencer a competição.

O plantel que a Alemanha leva à Rússia é absolutamente impressionante, e o onze presumivelmente candidato à titularidade é fortíssimo, em todos os setores do campo. Na baliza, Manuel Neuer está de regresso. Na defesa, Mats Hummels (o jogador destacado) é o general. No meio campo, Toni Kroos (mais atrás) e Mesut Ozil (mais à frente) fornecem uma incrível capacidade de passe e de criatividade. Na frente, o promissor Timo Werner será um constante perigo. E aqui estão apenas alguns nomes, nos quais, para surpresa de muitos, não se encontra Leroy Sané, sendo tal justificado pelas suas pobres exibições pela seleção nos particulares realizados antes da Convocatória e por opções táticas.

Neste Grupo F do Mundial 2018, a Alemanha parece ter capacidade de poder seguir em frente com três vitórias, mas existem duas equipas de uma segunda linha de boas seleções que lhe podem causar problemas. Essas nações são o México e a Suécia.

Teoricamente, o México teria uma ligeira vantagem, tal é a sua profundidade nos vinte e três que viajaram para a Rússia, principalmente a nível atacante. Jogadores como Hirving Lozano (a estrela destacada), Jesus Corona, Carlos Vela, Raul Jiménez ou Javier “Chicharito” Hernández estarão prontos a brilhar pela seleção “Tri” e podem causar bastantes dificuldades a muitas seleções. Além disso, é uma seleção que, tipicamente, se sobressai nestas grandes competições. No entanto, os erros defensivos poderão ser o seu principal Calcanhar de Aquiles face a um ataque forte como o alemão. Mas o recente escândalo em que um grande número de atletas e, por consequência, o grupo mexicano, se viu inserido, poderá ter importantes implicações nos desempenhos da seleção.

Já a principal força da Suécia passa exatamente pela sua segurança defensiva, não sendo uma seleção que marca particularmente uma grande quantidade de golos. É uma seleção que aposta no equilíbrio entre setores, estando segura na defensiva por Victor Lindelof e Andreas Granqvist e tendo dois criativos em Viktor Claesson e, principalmente, Emil Forsberg, que pode ser o jogador decisivo numa boa campanha por parte da seleção nórdica. A Suécia tem as suas hipóteses, indiscutivelmente, podendo aproveitar um menor fulgor da seleção mexicana, devido a toda a sua situação, para se qualificar. Recordemos, também, que a Suécia venceu a França na fase de qualificação e, para chegar ao certame, eliminou a Itália no playoff, pelo que as restantes seleções do grupo estão de sobreaviso.

A correr por fora temos a seleção da Coreia do Sul. A seleção coreana é, indiscutivelmente, uma das seleções mais fortes do seu continente, mas tal não é suficiente para a poder tornar numa força a reconhecer na Rússia. Ainda assim, com Heung Min-Son a destacar-se cada vez mais em Inglaterra e a chegar a solo russo vindo de uma fantástica época, quem sabe se os asiáticos não podem ser uma seleção incómoda.

O melhor jogador asiático da atualidade, o filho pródigo da Coreia (Foto: 101 Great Goals)

Fica então a nossa previsão nos duelos:

Jornada 1

Alemanha – México MÉXICO AINDA ASSUSTA COM UM GOLO DE LOZANO NOS PRIMEIROS DEZ MINUTOS, MAS A ALEMANHA ENTRA MUITO FORTE NO SEGUNDO TEMPO, MARCANDO DOIS GOLOS DE RAJADA E UM NO TÉRMINO DO ENCONTRO.
Suécia – Coreia do Sul EMIL FORSBERG ESPALHA MAGIA E ASSISTE PARA O PRIMEIRO GOLO SUECO, HAVENDO OUTRO NO FIM DA PRIMEIRA PARTE. A VITÓRIA SUECA SURGE DE FORMA NATURAL.

Jornada 2

Coreia do Sul – México ENCONTRO QUE NÃO SAI DO EMPATE A ZERO, COM UM MÉXICO MUITO APÁTICO. 

Alemanha – Suécia UM GOLO MADRUGADOR DA ALEMANHA DÁ UMA VIRTUAL SEGURANÇA À SELEÇÃO GERMÂNICA, QUE, COM DIFICULDADES E UM SUPERIOR HUMMELS, ANULA OS CRIATIVOS SUECOS.

Jornada 3

Coreia do Sul – Alemanha A ALEMANHA VENCE E CONFIRMA O PRIMEIRO LUGAR NO GRUPO MAS NÃO SEM ANTES SOFRER UM GOLO DA ESTRELA COREANA SON, FAZENDO UM SEGUNDO TEMPO QUE LHE PERMITE CHEGAR À VITÓRIA. 

México – Suécia DUELO DE “BOLA CÁ”-“BOLA LÁ” QUE TERÁ UM MÉXICO COM MAIS POSSE DE BOLA E UMA SUÉCIA MAIS CONTRA-ATACANTE, PREVENDO-SE UM EMPATE, COM O GOLO MEXICANO A SER DE LOZANO E FORSBERG A MARCAR OS TEMPOS DE JOGO. 

QUEM PASSA?

A Alemanha, de forma destacada, passará o grupo, visto ser superior e querer demonstrar que o mau momento demonstrado nos recentes amigáveis não se transmitirá para os jogos a sério.

Seleção habituada a festejar, menos não se espera nesta fase de grupos (Foto: IG Esporte)

Para o segundo lugar, pode ser uma aposta arriscada, mas apostamos na Suécia, visto ser uma seleção equilibrada, com jogadores frios e que estarão à altura da circunstância, aproveitando a instabilidade vivida no seio da seleção mexicana. No entanto, o México, se conseguir resolver as suas questões internas, que bem se notaram na passada derrota por 2-0 diante da Dinamarca e que estão espelhadas na imprensa de todo o mundo, poderá conseguir tomar o segundo lugar, porque teoricamente tem mais jogadores que podem fazer a diferença. Diríamos que as chances estão 55-45% em favor da Suécia, neste momento.

Já a Coreia, sendo a seleção mais fraca, não será propriamente o bobo da corte, causando dificuldades às restantes seleções com a mestria de Son, mas terá vida muito difícil para conseguir fazer mais.

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Pedro CouñagoMaio 17, 20182min0

Mats Hummels (Bayern de Munique) 

Idade: 29

Clube: Bayern de Munique

Posição: Defesa Central

Internacionalizações/Golos: 63/5

Conquistas mais importantes na carreira: Vencedor do Mundial (2014), Campeão da Alemanha (2008, 2011, 2012, 2017 e 2018)

A seleção germânica tem de ser considerada a favorita no Grupo F e, na verdade, uma das principais favoritas a vencer o Mundial. A Alemanha é a campeã em título e não quererá desperdiçar a oportunidade de defender com sucesso o seu título. Terá adversários difíceis no grupo mas que não são, de todo, impeditivos de permitir à Alemanha fazer a sua obrigação e passar da fase de grupos.

Para tal, conta com um elenco verdadeiramente invejável de jogadores, em todos os pontos do campo. No entanto, a Alemanha marca-se pela sua segurança defensiva e pela sua capacidade de transição para o ataque, e para tal existe um jogador absolutamente essencial.

Mats Hummels é o patrão da defensiva alemã e tem feito um percurso verdadeiramente irrepreensível, tirando a sua irregular condição física. No entanto, nesta época, o jogador fez, provavelmente, uma das melhores épocas da sua carreira. O jogador tem melhores “pezinhos” do que a grande maioria dos centrais mundiais e é por ele que muito do jogo da Alemanha começa (isto não falando em Neuer, que não é segura a sua condição). No vídeo abaixo, percebe-se aquilo que o defesa traz ao jogo.

Hummels tem a estampa física requerida de um central, sendo também um jogador que marca alguns golos. Mais importante, tem a capacidade de jogar de forma limpa e de desarme fácil, retirando o controlo aos pontas de lança do jogo e estando ele em controlo, dando uma enorme segurança defensiva às suas defensivas.

Mats, provavelmente, nunca irá sair da Alemanha, fazendo sempre carreira por território germânico, porque não tem necessidade de mais. Depois de trocar o Borussia de Dortmund, clube em que jogou entre 2009 e 2016, pelo Bayern de Munique, o clube no qual fez toda a sua formação e que é o seu clube do coração, será difícil prever se o jogador alguma vez acabará por abandonar o clube.

Com uma seleção irrepreensível e Hummels mais focado e em melhor forma do que nunca, poderá a Alemanha sonhar com a revalidação do título? O céu é o limite.


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