Arquivo de Dominic Thiem - Página 4 de 4 - Fair Play

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André Dias PereiraJunho 11, 20183min0

Sem surpresa. Rafael Nadal confirmou o favoritismo que lhe era atribuído e venceu pela 11ª vez Roland Garros. O espanhol não deu hipóteses a Dominic Thiem, que jogou pela primeira vez uma final de Grand Slam: 6-4, 6-3 e 6-2.

O legado do espanhol na terra batida caminha para números estratosféricos, mesmo para as próximas gerações. Em treze participações, Nadal tem apenas duas derrotas e ambas se explicam por lesão. A primeira, em 2009, diante Robin Sodering e a outra, em 2015, frente a Novak Djokovic. A percentagem de vitórias é de impressionantes 98%. São 86 triunfos em 88 jogos. E por falar em números, Rafa venceu 256 de 281 sets (91%). Agora com onze títulos, Nadal deixa ainda mais para trás Bjorn Borg, antigo recordista, com seis troféus.

A edição de 2018 foi mais um passeio do espanhol, que só perdeu um set em todo o torneio. Foi contra Diego Schwartzman, nos quartos de final. O número dois argentino perdeu por  4-6, 6-3, 6-2 e 6-2, num jogo que acabou interrompido pela chuva.

E nem Dominic Thiem conseguiu contrariar a força do número um mundial. O austríaco foi responsável, aliás, por uma das últimas derrotas do maiorquino na terra batida. Aconteceu o ano passado em Roma. Só que desta vez o melhor que conseguiu foi quebrar o jogo de serviço do espanhol no terceiro jogo. O problema é que foi acumulando erros que, contra Nadal, são fatais.

A sensação Marco Cecchinato

É preciso, contudo, realçar o percurso de Thiem. O austriaco atingiu a sua primeira final, depois de três meias-finais. Frente a Marco Cecchinato, Thiem confirmou o seu favoritismo: 7-5, 7-6 e 6-1. O italiano foi, de resto, a grande sensação do torneio. Número 72 do mundo, atingiu pela primeira vez as meias-finais de um Major. Para trás deixou Novak Djokovic, David Goffin, Marco Trungelliti e Marius Copil.

Apesar de ter caído nos oitavos de final não se pode dizer que a eliminação de Novak Djokovic tenha sido uma surpresa. O sérvio tem vindo a tentar recuperar a melhor forma e está ainda longe dos seu melhores tempos. Pior estiveram Kei Nishikori, eliminado nos quartos de final, e, sobretudo, Thomas Berdych, Stan Wawrinka e Jack Sock, todos eliminados na ronda inaugural.

Juan Martins Del Potro, um dos melhores do ano, não tem na terra batida o seu piso proferencial. Ainda assim, o campeão de Indian Wells, chegou às meias-finais, onde foi eliminado por Nadal: 6-4, 6-1 e 6-2.

Com Roland Garros, termina a temporada de terra batida. Como esperado, Nadal sai com a liderança mundial reforçada. Contudo, na relva, poderá voltar a ter em Roger Federer a maior ameaça. O suíço falhou toda a temporada da terra batida, repetindo a fórmula de sucesso do ano passado. Quem chegará em melhores condições a Wimbledon? Federer, deverá regressar em Halle.

Nadal conquistou assim o seu 11º Roland Garros

 

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André Dias PereiraJunho 6, 20184min0

Roland Garros está a chegar às meias-finais e a pergunta mantém-se. Quem pode travar Rafa Nadal de vencer pela 11ª vez Roland Garros? Se o espanhol já era o grande favorito à vitória, à medida que o torneio se encaminha para o final, poucos apostam contra o maiorquino.

Nadal jogará o acesso às meias-finais contra David Schwartzman. O argentino, vencedor do Rio Open, é 11º mundial e atravessa um bom momento. A vitória contra Borna Coric (7-5, 6-3 e 6-3) e Kevin Anderson (1-6, 2-6, 7-5, 7-6 e 6-2) são exemplos disso. Contudo, a história diz que Nadal venceu os dez encontros com o argentino. O último dos quais no Masters 1000 de Madrid (6-3 e 6-4).

Nadal vem de uma vitória sobre Maximilian Martener (6-3, 6-2 e 7-6), uma das sensações do torneio. O alemão, 22 anos, vive na sombra de Alexander Zverev. Número 70 mundial chegou aos oitavos de final com pouco alarido. Para trás deixou Jurgen Zopp, Denis Shapovalov e Ryan Harrison. Esta foi a terceira vez que jogou no quadro principal de um Grand Slam. As outras foram no US Open 2017 e Australian Open, no início deste ano.

Se confirmar o favoritismo contra Schwartzman, Nadal jogará com o vencedor do jogo entre Marin Cilic e Del Potro. Uma partida sem favoritos entre os números três e cinco mundiais. O argentino, contudo, lidera por 10-2 no confronto directo. De resto, é preciso recuar até 2005 para encontrar dois argentinos nos quartos de final do Major de Paris: Guillermo Cañas e Mariano Puerta.

Thiem na terceira meia-final

Thiem joga pela terceira vez as meias-finais de um Grand Slam. Foto: AFP PHOTO /Christophe Simon

Quem já está nas meias-finais é Dominic Thiem e Marco Cecchinato. O austríaco alcançou a terceira meia-final consecutiva em Paris depois de vencer Alexander Zverev (6-4, 6-2 e 6-2). O alemão, número três mundial, conseguiu pela primeira vez chegar aos oitavos de final de um Grand Slam. Contudo, esperava-se um pouco mais do finalista vencido do ATP Roma. Zverev tem na terra batida um dos seus pontos mais fortes, mas vem sofrendo um desgaste físico que claramente o condicionou na partida com o austríaco. No segundo set precisou de enfaixar a perna esquerda, depois de pedir atendimento médico.

Thiem torna-se, assim, o austríaco que mais vezes chega a esta fase da competição, ultrapassando Thomas Muster, campeão em 1995. E o austríaco tem uma oportunidade de ouro de jogar a sua primeira final de Grand Slam Pela frente terá Marco Cecchinato. O italiano, 72 mundial, é a maior surpresa da prova. Para trás, Cecchinato deixou nada menos que Novak Djokovic (6-3, 7-6, 1-6 e 7-6). O sérvio tem vindo a crescer no circuito mas está longe da sua melhor forma. O mais baixo jogador (1,85 metros) do torneio desde Medvedev, em 1999, esteve suspenso por 18 meses por manipulação de resultados. Agora, obtém para já o melhor registo da sua história. O italiano afastou ainda David Goffin, Marco Trungelliti e Marius Copil.

As desilusões de Roland Garros

Apesar de ter caído nos oitavos de final não se pode dizer que a eliminação de Novak Djokovic tenha sido uma surpresa. O sérvio tem vindo a tentar recuperar a melhor forma e está ainda longe dos seu melhores tempos. Ainda assim, vai obtendo resultados em crescendo face ao registado no início deste ano. Talvez a grande desilusão, para já, seja mesmo Alexader Zverev. Apesar dos inéditos oitavos de final, a verdade é que se esperava mais do número 3 mundial, vencedor do Masters de Madrid, e que chegou a Paris confiante e como o grande adversário para Rafa Nadal.

Já o japonês Kei Nishikori mostrou ainda não ter argumentos para ultrapassar os quartos de final. Ainda assim é possível que em Wimbledon ou US Open tenhamos o nipónico ao nível que nos habituou. Pior estiveram Thomas Berdych, Stan Wawrinka e Jack Sock, todos eliminados na ronda inaugural. O calvário de Wawrinka parece não ter fim. Apesar de irmos a meio da época, ela parece já perdida.

Marin Cilic e Del Potro parecem ser os maiores entraves ao título mais que provável de Nadal. Thiem também pode ser um adversário duro, mas o espanhol continua sem perder qualquer set no torneio. A pergunta mantém-se. Quem poderá destronar o rei da terra batida?

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André Dias PereiraMaio 14, 20183min0

Alexander Zverev conquistou este domingo, em Madrid, o seu terceiro Masters 1000 e o nono troféu ATP na carreira. Aos 21 anos de idade, o alemão é já o número três mundial e tem um talento comparado aos melhores. Mas pode Zverev atingir o patamar de superestrelas como Djokovic, Nadal ou Federer?

Contra Dominic Thiem levou 1h19 para vencer a final dos Masters 1000 por duplo 6-4. Não se trata exatamente de uma surpresa. O triunfo mostra o bom momento do alemão que, na semana passada, venceu também em Munique.

A grande surpresa do torneio acabou por ser a eliminação de Rafael Nadal. O maiorquino perdeu não apenas o seu primeiro jogo na terra batida este ano (7-5 e 6-3), mas também o seu primeiro set. Foi contra Dominic Thiem, que acabaria por ser finalista vencido.  O austíaco conseguiu a sua segunda vitória sobre o espanhol – a outra foi em 2016, no ATP Buenos Aires – e atira Nadal também para fora da liderança mundial. Mesmo sem jogar, Roger Federer será novamente o número um do ranking ATP.

Rafael Nadal foi eliminado um dia depois de ter batido novo recorde. Alcançou 50º set consecutivo sem perder, destronando Jonh McEnroe.

“Em termos de resultado e de qualidade de jogo ele é o melhor jogador do mundo depois do Big Four. Aliás, neste momento, é melhor atrás de Roger Federer e Rafael Nadal“, disse Dominic Thiem, rendido ao talento do alemão.

Grand Slam e a pedra no sapato

Nadal caiu nos quartos de final mas estabeleceu record vitorioso de 50 sets consecutivos. Foto: Sky Sport

Este foi o segundo título do alemão em duas semanas. Antes, em Munique, venceu Philipp Kohlschreiber por duplo 6-3 na final.

Depois de um arranque de época de altos e baixos, o alemão parece estar novamente a ganhar confiança. O ano passado, foram cinco títulos conquistados: Montepellier, Munique, Washington, Roma e Canadá.

Com um serviço muito forte e um estilo agressivo, sobretudo a partir da linha, a Zverev parece faltar regularidade ao longo da temporada. É capaz de vencer os maiores, mas também ser eliminado precocemente, como aconteceu em Roterdão, este ano. Andrea Seppi, semi-finalista, eliminou o alemão logo na segunda ronda.

Por enquanto continua a faltar resultados em Grand Slam. O seu melhor registo foi alcançar as meias-finais em Roland Garros, em 2016 e 2017. Poderá ir mais longe este ano, ou surpreender o super-favorito Rafael Nadal? Poderá ainda ser cedo para prever uma situação como essa, mas aos 21 anos de idade Zverev é, provavelmente, o mais promissor jogador da nova geração.

“Nos Grand Slams ainda não teve os resultados esperados. Penso, contudo, que será difícil pará-lo assim que começar a avançar nos torneios”, disse ainda Thiem sobre o alemão.

Este foi, aliás, o terceiro Masters 1000. Os outros foram conquistados em Roma e no Canadá. Agora, as baterias estão apontadas para Roland Garros. Até onde poderá ir o alemão?

 

Alexander Zverev venceu assim o ATP 1000 Madrid

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André Dias PereiraAbril 30, 20183min0

Onze vezes, Nadal! Tal como fizera a semana passada em Monte Carlo, Rafael Nadal conquistou, este domingo, também pela 11ª vez, o ATP Barcelona. Sem surpresa, o maiorquino voltou a passear a sua superioridade na terra batida. Agora, foi a vez do grego Stefanos Tsitsipas cair aos pés do espanhol: 6-2 e 6-1.

Para o grego, que a partir desta segunda-feira jogará o Estoril Open, o torneio de Barcelona foi como que uma fábula. Aos 19 anos o prodígio grego jogou pela primeira vez uma final de um torneio ATP. E isso só por si é uma vitória. O ex-número 1 de juniores deixou para trás, entre outros,  Dominic Thiem ou Pablo Carreño Busta.

A supremacia de Nadal foi tal que só nos quartos de final esteve perto de perder um set. Foi diante Martin Klizan (6-0 e 7-5). De resto, um passeio: Carbelles Baena (duplo 6-4), Garcia Lopez (6-1 e 6-3), Martin Klizan e David Goffin (6-4 e 6-0).

Nadal somou o 401º triunfo em terra batida e o 19º consecutivo. Leva também 46 sets consecutivos conquistados nesta superfície. O maiorquino repete, assim, os títulos de 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013, 2016 e 2017.

Por seu lado, Tsitsipas também fez um torneio memorável. Começou por Corentin Moutet (6-4 e 6-1) e seguiu-se Rogerio Dutra (6-2 e 6-1). Depois, chegaram os tubarões e nem isso fez tremer o grego, campeão por duplas, em Juniores, em Wimbledon (2016). Albert Ramos Viñolas foi o primeiro (6-4 e 7-5). E quando veio Dominic Thiem (6-3 e 6-2) o proeminente jogador deu-se a conhecer ao mundo. Moralizado, ainda despachou Pablo Carreño Busta nas meias-finais (7-5 e 6-3). Os dois seguem agora para o Estoril.

Djokovic e Nishikori caem na segunda ronda

Quem tarda em recuperar é Novak Djokovic. O sérvio foi eliminado na segunda ronda (ficou isento na primeira) por Martin Klizan (6-3, 6-7 e 6-4). Na última semana especulou-se sobre a possibilidade de Nolan jogar o Estoril Open, contudo, o sérvio declinou e regressa ao seu país para ficar com a família. Também Kei Nishikori, finalista vencido de Monte Carlo, caiu na segunda eliminatória para Guillermo Garcia Lopez (duplo 7-6). O japonês foi traído por um problema físico. Pouco melhor esteve Grigor Dimitrov. O búlgaro chegou até aos quartos-de-final, onde foi eliminado por Pablo Carreño Busta (6-3 e 7-6). Os dois jogadores proporcionaram um desentendimento num lance junto da rede, no tie-break do segundo set. Dimitrov acusou Carreño Busta de falta de desportivismo. O espanhol justificou que o serviço do búlgaro foi fora, prosseguiu o lance e acabou por errar. “Ele estava mais zangado pelo erro do que por qualquer outra coisa”, disse Carreño Busta, que agora se prepara para defender o título no Estoril.

 

A vitória de Rafa Nadal sobre Stefanos Tsitsipas

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André Dias PereiraMarço 5, 20182min0

Cinto anos, uma lesão grave e algumas tentativas depois, Juan Martin del Potro voltou a conquistar um título ATP. Foi na madrugada de domingo, em Acapulco, México. A Torre Tandil levou a melhor sobre Kevin Anderson, por duplo 6-4, arrecadando o seu 21º troféu ATP 500.

Mais do que a vitória final, Del Potro mostrou-se no México a um nível altíssimo. Em toda a campanha só cedeu um set, contra David Ferrer. Os seus golpes de direita, os slices, enfim, todo o encanto que o tornaram em um dos mais populares tenistas do circuito, estiveram ali. Aos 29 anos, Del Potro está novamente no auge, apontando baterias para repetir o feito de 2009, quando venceu o US Open.

A edição deste ano do torneio de Acapulco contava com nada menos que cinco tenistas do top-10 mundial. E del Potro eliminou três consecutivamente. O percurso do argentino começou com Mischa Zverev (6-1 e 6-2), seguindo-se David Ferrer (6-4, 4-6 e 6-3). Nos quartos de final, del Potro afastou Dominic Thiem (6-2 e 7-6) e nas meias-finais Alexandr Zverev (6-4 e 6-1).

“Ganhar um título tão importante nestes momentos significa imenso para mim e para a minha equipa, pelo que estamos bastante felizes”, disse del Potro após a vitória. E não é para menos. Apesar dos títulos de Estocolmo (2016 e 2017) e Sidney (2014), desde Basileia (2013) que Del Potro não conquistava um troféu ATP 500.

O torneio contou também com a presença de Hyeon Chung, semi-finalista no Australian Open. O coreano seria eliminado por Kevin Anderson (6-3 e 6-1) nos quartos de final.

Com esta vitória, Juan Martin Del Potro regressa, esta segunda-feira ao top-8 mundial e segue para Indian Wells.

 

 

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André Dias PereiraFevereiro 26, 20182min0

Diego Schwartzman conquistou este domingo, no Rio de Janeiro, o seu primeiro troféu ATP 500 e o segundo da carreira. Mais importante, o título catapultou-o para o 18º lugar do ranking a partir desta segunda-feira.

Com uma sólida exibição frente Fernando Verdasco (6-2 e 6-3) Diego Schwartzman consolidou uma semana de sonho no Rio de Janeiro. O espanhol tentava conquistar o seu primeiro título de singulares desde Bucareste, em 2016. Os dois finalistas eram improváveis candidatos à vitória final no início da prova. Com nomes como Dominic Thiem, Marin Cilic ou Pablo Cerraño Busta, parecia díficil que Schwartzman alcançasse a tão desejada glória.

Cilic foi o primeiro a cair, nos oitavos-de-final para Gael Monfils (6-3 e 7-6). O francês cairia na ronda seguinte perante Diego Schwartzman (6-3 e 6-4) enquanto Thiem foi derrotado, também nos quartos de final, perante Fernando Verdasco (6-4 e 6-0). Nas meias-finais, o espanhol levou a melhor sobre Fabio Fognini (6-1 e 7-5) e Schwartzman diante o surpreendente Nicolas Jarry (7-5 e 6-2). O chileno, que era 94º do mundo, vai dar um salto para a 73ª posição. Jarry deixou para trás favoritos como Pablo Cuevas ou Alber Ramos Viñolas.

“Eu senti-me muito cómodo a semana toda. Consegui aproveitar os momentos em que os adversários não jogaram tão bem. Quero desfrutar do meu primeiro ATP 500”, disse o argentino, que atravessa um bom momento. Na semana passada foi semi-finalista em Buenos Aires.

De Istambul ao Rio de Janeiro

O primeiro título de Diego Schwartzman aconteceu em 2016, em Istambul (ATP 250), frente a Grigor Dimitrov. No Rio de Janeiro tinha sido eliminado anteriormente por Dominic Thiem, duas vezes, e Federico Delbonis. Agora, chegou a glória. No seu pensamento está, por certo, quando há 12 anos a sua família vendia pulseiras para patrocinar as suas viagens como juvenil. O brasileiro Gustavo Kuerten, do qual recebeu o troféu, era então uma referência. “Foi incrível, nunca imaginei receber um troféu do Guga no Rio, é a realização de um sonho. Ele tem sempre esse sorriso tão grande, que é típico do Brasil”, disse.

A carreira de Schwartzman tem vindo a crescer. Entre Istambul, em 2016, e Rio de Janeiro, em 2018, chegou aos quartos de final do US Open em 2017. Agora segue-se Acapulco onde começará a jogar com…Fernando Verdasco. O espanhol, de resto, não saiu do Brasil de mãos a abanar. Venceu o torneio de pares com David Marrero e vai subir 13 posições (27º) no ranking ATP, esta segunda-feira.

André Dias PereiraFevereiro 19, 20182min0

Roger Federer está de volta à liderança do ranking mundial. O suíço conquistou, este domingo, pela terceira vez o torneio de Roterdão consagrando-se como o mais velho número 1 da história. Quando o helvético anunciou que ia participar no torneio holandês o mundo agitou-se. Federer tinha a chance real voltar ao lugar que, até há pouco, julgava já não ser possível. Talvez por isso tenha dito que voltou a sentir o mesmo quando, em 2004, o conquistou pela primeira vez.

O triunfo sobre Grigor Dimitrov na final de Roterdão (6-2 e 6-2) correspondeu ao 97º troféu na carreira. Em Grand Slam é recordista com 20 títulos, tendo chegado a 30 finais. É também o jogador com mais semanas no topo, 303, das quais 237 foram consecutivas. O intervalo entre a primeira vez que chegou a número 1, Fevereiro de 2004, e que regresso ao topo, Fevereiro de 2018, é também o maior da história.

Os números impressionam, mas mais incrível ainda é perceber que aos 36 anos Federer se mantém no topo. John McEnroe, ex-número 1 mundial, afirma não entender como Federer joga a este nível nesta idade. E não é para menos. O suíço tem o mérito de atravessar três gerações – de Pete Sampras a Grigor Dimitrov – mantendo-se sempre entre os favoritos.

O suíço está numa fase em que quer sobretudo desfrutar do ténis. E, por assim dizer, reinventou-se numa altura em que se falava na aposentadoria. Desde o arranque de 2017 conquistou dois Australian Open e Wimbledon.

Federer é 1º e Kevin Anderson sobe ao nono lugar

Federer continua a desafiar a idade e os conceitos de ténis a alto nível. Mas vai lembrando que só é possível porque a sua mulher lhe permite ter essa vida. Os dois próximos Grand Slam, Roland Garros e Wimbledon, vão esgrimir a liderança mundial. Nadal, o rival que Federer voltou a derrotar, é o grande favorito para Paris. Mas Federer é o detentor do torneio britânico.

Na revisão de ranking esta segunda-feira, registo para o segundo lugar de Rafael Nadal. O croata Marin Cilic é terceiro. A grande novidade no top-10 é o sul-africano Kevin Anderson, vencedor do torneio de Nova Iorque, este domingo. Pela primeira vez está no nono lugar. Já Dominic Thiem, vencedor do torneio de Buenos Aires, mantém a sexta posição.


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