US Open avança sob o espetro do Covid-19
Falta pouco para o arranque do US Open. Entre 31 de agosto de 13 de setembro, joga-se o segundo major do ano. Um cenário impensável há um ano, mas que foi viabilizado pela pandemia do Covid-19. Também por isso, a pouco tempo do início, há tantas polémicas.
O último episódio envolve Guido Pella e Hugo Dellien. Os dois tenistas estão de quarentena, em Nova Iorque, depois de terem estado em contato com pessoas infetadas com Covid. Pella e Dellien foram afastados de Cincinnati e podem também ficar de fora do US Open. Cincinnati foi movido para Nova Iorque no sentido de ser uma preparação do US Open. A situação deixou descontente vários jogadores do circuito. De acordo com o diário espanhol Marca, pode haver um movimento para boicotar Cincinnati e US Open. O argumento é o de que os jogadores só devem retirar-se do torneio se partilharem quarto com um caso positivo de Covid-19, o que não aconteceu.
Quem também falhou o primeiro torneio após o regresso do ténis é Kei Nishikori. O japonês foi infetado pelo vírus na Florida e deve falhar o master norte-americano. Ausência garantida é a Rafael Nadal. O atual número dois mundial explica que a ausência de controle do vírus nos EUA e sua saúde foram os motivos para falhar o US Open. No quadro feminino, Simona Halep também priorizou a sua saúde e não jogará.
De acordo com a organização sete jogadores do top-10 mundial deverão jogar a prova. Entre eles está Novak Djokovic, envolvido recentemente em polémica por organizar um torneio beneficente nos balcãs que causou a infeção de jogadores e adeptos.
O tenista sérvio apresenta-se como o grande favorito, dentro da quadra. Recorde-se que as pontuações foram congeladas desde o início da quarentena. A busca pelo 18 Grand Slam foi uma das principais motivações do número 1 mundial para jogar. Djokovic tem, de resto, sido um crítico sobre as condições de participação. Os jogadores farão testes regularmente, não poderão sair do espaço montado no aeroporto, não poderão ir a Manhattan e só poderão entrar com um acompanhante no recinto do torneio.
Depois de uma paragem tão longa, é importante saber a forma como estão os jogadores. Certamente, será um US Open diferente, dentro e fora de court. De uma forma ou outra, a bola vai rolar.