Tsonga, um ano de sombra e luz
O ano de 2017 está a ser um ano de sombras e luz para Jo-Wilfred Tsonga. O tenista francês, número 15 do ranking ATP, tem tido participações discretas nos principais torneios do circuito, contudo, acumula já quatro títulos (Roterdão, Marselha, Lyon e Antuérpia) nesta temporada, o que corresponde ao melhor registo desde que começou a carreira profissional.
No passado dia 22, em Antuérpia, Jo-Wilfred Tsonga venceu o seu terceiro torneio ATP-250. O francês levou a melhor sobre o argentino Diego Schwartzman (6-3 e 7-5). Esta não foi uma vitória qualquer. Tsonga conseguiu pela primeira vez na carreira vencer quatro torneios em um ano. O melhor que conseguira anteriormente foi em 2009, ao ganhar em Toquio, Marselha e Joanesburgo. Ao todo, já disputou 27 finais, vencendo 16.
Antigo número 5 mundial, Tsonga ocupa, aos 32 anos de idade, o 15º lugar do ranking mundial. O ano até nem começou mal, com triunfos em Roterdão, Marselha e Lyon no primeiro semestre de 2017. Na Holanda o francês venceu o belga David Goffin (4-6, 6-4 e 6-1), colocando um ponto final no jejum de títulos que durava desde Metz, em 2015. Mas teve que atravessar o caminho das pedras, deixando para trás os favoritos Marin Cilic e Thomas Berdych. Em Marselha, sete dias depois, voltou a mostrar o bom momento, ganhando a final diante o compatriota Lucas Pouille, por duplo 6-4. Foi o seu terceiro triunfo em Marselha, o que representa um recorde na prova.
A sombra de Tsonga
O ano corria favorável a Tsonga (regresso ao top-10 mundial) mas lesões e o nascimento do seu primeiro filho mantiveram o francês fora de alguns torneios. Depois, a derrota perante Fabio Fognini, em Indian Wells, a desistência do Masters de Miami, a derrota na primeira ronda de Monte Carlo perante Adrian Mannarino, bem como as desistências nos torneios de Madrid e Roma foram fortes revés para o gaulês.
A retoma voltou em Lyon. Tsonga venceu Thomas Berdych (7-6 (7-2) e 7-5), naquela que foi a sua quinta vitória sobre o checo.
Apesar das vitórias, nos Grand Slam o francês não conseguiu o mesmo brilhantismo. Na Austrália, caiu nos quartos de final diante o favorito Stan Wawrinka. Pior, em Roland Garros foi surpreendido na segunda ronda pela argentino Renzo Olivo Em Wimbledon, Sam Querrey levou a melhor sobre o francês nos 16 avos de final. E no US Open, também foi afastado na segunda ronda pela estrela em ascensão Denis Shapovalov.
Num ano de altos e baixos para Tsonga, 2017 certamente terá um sabor agri-doce. Os quatro títulos conquistados não foram suficientes para garantir uma posição de disputar o ATP Finals. Com a eliminação, esta semana, em Paris, a corrida a Londres ficou completamente afastada.
A vitória de Jo-Wilfred Tsonga em Antuérpia: