Rafa Nadal, quem mais?

André Dias PereiraSetembro 18, 20173min0

Rafa Nadal, quem mais?

André Dias PereiraSetembro 18, 20173min0
Aconteça o que acontecer até ao final do ano, Rafa Nadal é a grande figura do ténis e uma das maiores do desporto em 2017. Num US Open com muitas baixas e percalços de percurso, a superestrela espanhola continuou a brilhar mais alto.

Aconteça o que acontecer até ao final do ano, Rafa Nadal é a grande figura do ténis e uma das maiores do desporto em 2017. Num US Open com muitas baixas e percalços de percurso, a superestrela espanhola continuou a brilhar mais alto.

Uma semana após o final de mais um US Open, Rafa Nadal está a recuperar fisicamente da vitória em Nova Iorque – a terceira em Flushing Meadows e o seu 16º Grand Slam – antes de participar na Laver Cup, competição o coloca ao lado do rival histórico Roger Federer, em representação da Europa, contra o resto do mundo. No entanto, aconteça o que acontecer até ao final de 2017, uma coisa é certa: o espanhol é número um do mundo e a grande figura desportiva do ano. Desde Abu Dhabi que o maiorquino começou a forjar os pontos que o levariam novamente ao lugar mais alto do ténis. No US Open Roger Federer ainda ameaçou a liderança mundial, mas cedo se percebeu que muito dificilmente o helvético poderia conquistar o terceiro Grand Slam do ano.

Fed passou por dificuldades com o norte americano Frances Tiafoe (4-6, 6-2. 6-1,1-6 e 6-4) e depois com o russo Mickail Youzhny (6-1, 6-7, 4-6, 6-4 e 6-2). Em ambos os casos teve que jogar cinco sets, obrigando um esforço acrescido a quem já tem 36 anos. A sua jornada acabou perante o melhor ténis do argentino Jan Martin Del Potro, que voltou a provar que é um dos mais populares do circuito. Del Potro, que também atravessou um longo calvário de lesões e procurava voltar a jogar um final Grand Slam desde 2009, acabou por cair nas meias-finais perante Rafael Nadal (4-6, 6-0, 6-3 e 6-2), mas sob muito aplausos do público da casa.

A edição deste ano ficou marcada por muitas baixas, como Novak Djokovic, Stan Wawrinka, Kei Nishikori ou Andy Murray. O britânico procurava também chegar a número um do mundo, mas acabaria por desistir no dia seguinte ao sorteio. Com uma parte expressiva dos favoritos de fora, e Roger Federer eliminado precocemente, o caminho ficou aberto para Nadal, que foi deixando para trás jogadores como Lajovic, Taro Daniel ou Leonard Mayer. A superioridade foi-lhe dando mais confiança que lhe permitiu chegar a uma final inédita com Kevin Anderson.

O sul-africano não sendo um novato – tem 31 anos- conta “apenas” com três títulos ATP e o melhor que tinha conseguido em Grand Slam foi chegar à quarta ronda em Austrália, Wimbledon e Roland Garros. Tal como Nadal, e também Del Potro, Anderson ultrapassou uma lesão grave em 2016 e isso foi lembrado pelo actual número um do mundo – que o venceu por 6-3, 6-3 e 6-4 na final do US Open – nos discursos finais.

A vitória nos EUA correspondeu ao 16º Gran Slam da carreira do espanhol, que, diz agora, não vive “obcecado com o recorde de Federer”. “Não penso se ele vence 12 ou 24 torneios, eu faço o meu caminho”. O torneio de US Open marcou, também, o fim da parceria com o seu tio e treinador Toni Nadal, que o acompanhava desde o início da carreira. A partir de agora será Carlos Moya a ocupar esse lugar.

Nadal será o grande favorito no torneio de Pequim, que se joga a partir de 2 de Outubro, e também no ATP Finals, que se joga no final do ano e onde foi o primeiro a ter presença garantida.

 

Foi assim que Nadal conquistou o seu 16º Grand Slam:

 


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