Arquivo de Jo-Wilfred Tsonga - Fair Play

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André Dias PereiraFevereiro 11, 20191min0

Jo-Wilfred Tsonga voltou aos títulos, um ano e meio após o último. E logo em casa. Em Montpellier, Tsonga alcançou o 17º troféu da sua carreira. Aos 33 anos de idade, venceu o compatriota Pierre Hugues Herbert pelos parciais de 6-4 e 6-2.

Foi uma final totalmente francesa, num torneio que contou com nomes como Jeremy Chardy, Denis Shapovalov, Thomas Berdych ou Benoit Paire.

Até chegar à final, Tsonga deixou para trás Gille Simon (3-6, 7-6, 6-4) e Jeremy Chardy  (6-1, 6-1). Esta foi a primeira vez que Tsonga conquistou o torneio. A prova, diga-se, tem sido dominada grandemente por tenistas franceses desde 2010, o ano da primeira edição. Richard Gasquet, com três títulos, é o seu maior campeão. E apenas por duas vezes o vencedor não foi francês. Aconteceu em 2012, com Tomas Berdych, e em 2017, com Alexander Zverev.

Esta foi, de resto, uma importante conquista para Jo-Wilfred Tsonga. Depois de em 2017 ter vencido quatro torneios (Roterdão, Marselha Lyon e Antuérpia), o francês teve um 2018 difícil. Uma lesão e uma paragem de oito meses condicionaram a sua evolução. Em Janeiro, no Australian Open, o francês ficou-se pela segunda ronda. Depois de eliminar Martin Klizan, foi afastado pelo campeão Novak Djokovic.

Independentemente de tudo, o ano de 2019 está ainda a começar. Veremos como pode Tsonga evoluir aos 33 anos. Para já conta com um título e é provável que o vejamos a disputar a vitória em outros torneios. Mais improvável é chegar a fases mais avançadas de Grand Slam. Mas tudo está em aberto.

André Dias PereiraNovembro 26, 20182min0

Marin Cilic foi elevado à categoria de herói nacional. Ao vencer o francês Lucas Pouille (7-6, 6-3 e 6-3), o número sete mundial carimbou o terceiro ponto  sobre a França (3-1) e o segundo título da Croácia na Taça Davis, a mais importante competição de selecções de ténis.

Jogado no estádio Pierre Maruoy, em Lille, a França apresentava-se como a grande favorita. Não só pela tradição – 10 títulos – mas também porque jogava em casa e tinha um elenco recheado de estrelas. Entre outros, Lucas Pouille, Jo Wilfred Tsonga e Jeremy Chardy. Já a Croácia, tinha Marin Cilic e Borna Coric como principais trunfos.

Coric abriu vantagem para a Croácia, vencendo Chardy por 3-0 (6-2, 7-5 e 6-4). Cilic ampliou a vantagem ganhando ao experiente Jo Wilfred Tsonga (6-3, 7-5 e 6-4). O melhor que os gauleses conseguiram foi reduzir a desvantagem no jogo de duplas. Herbert e Mahut levaram a melhor sobre Dodig e Pavic (6-4, 6-4, 3-6, 3-6 e 7-6).

Cilic foi depois chamado de novo a jogar. E contra Pouille o croata fez jus ao seu favoritismo para fechar a final por 3-1 e devolver um título que fugia desde 2005. O treinador Yannick Noah tinha optado, à última hora, por trocar Jeremy Chardy por Pouille. Uma estratégia que se revelou infrutífera e que visava recrear o heroico triunfo sobre Steve Darcis o ano passado. A França não conseguiu, porém, tornar-se a primeira equipa a recuperar de uma desvantagem de 2-0.

Por seu lado, a Croácia revisitou a vitória de 2005. Os croatas eram, então, liderados por  Ivan Ljubicic e Mario Ancic. Em 2016, estiveram perto de voltar a vencer, contudo a Argentina levou a melhor por 3-2.

Taça Davis muda em 2019

“Não é todos os dias que te tornas campeão mundial. É um sonho tornado realidade”, disse Cilic. O troféu finaliza com chave de ouro um ano de altos e baixos para o gigante, em que venceu também o torneio de Queens.

Esta foi a última edição da Taça Davis antes da mudança de figurino. A partir do próximo ano os jogos, ao invés de serem jogados ao longo de todo o ano, deverão ocorrer todos em uma semana, em Novembro. Alguns jogadores, como Zverev, estão relutantes quanto a essa possibilidade.

Os paíse serão divididos em seis grupos, onde todos jogarão entre si. Dos 18 finalistas,12 são definidos através de uma fase de qualificação, envolvendo 24 países, e que será jogada em Fevereiro. Também participam da fase final os quatro semi-finalistas de 2018 e dois convidados. Os seis vencedores dos grupos, mais os dois segundos melhores classificados, apuram-se para os quartos de final.

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André Dias PereiraNovembro 27, 20172min0

A selecção francesa conquistou, este domingo, pela décima vez a Taça Davis, a mais importante competição colectiva de ténis. Lucas Pouille foi o herói gaulês ao vencer Steve Darcis (6-3, 6-1 e 6-0) no quinto e decisivo jogo frente à Bélgica.

Esta é a décima vez que França vence a competição. A cidade de Lille, onde decorreu a final, viu, contudo, quebrar-se um enguiço.  Depois de perder as finais de 2002, 2010 e 2014, em França começava a criar-se a ideia de uma espécie de maldição. “Queríamos muito este título e conseguimos depois de 16 anos”, disse Lucas Pouille.

A final com a Bélgica foi bem disputada. Na abertura da final, David Goffin (7) abriu vantagem para a Bélgica. Para isso derrotou precisamente Pouille (18) por 7-5, 6-3 e 6-1). Só que Tsonga empatou para a França, ganhando a Steve Darcis:6-3, 6-2 e 6-1.

Os gauleses conseguiram virar o resultado para 2-1, depois da vitória da dupla Richard Gasquet e Pierre-Hughes Herbert sobre Ruben Bemelmans e Joris De Loore, pelos parciais 6-1, 3-6, 7-6 (7/2) e 6-4. Só que a Bélgica tem David Goffin. E quem quem tem Goffin tem muito. O belga não cedeu à pressão do momento e superou Jo-Wilfred Tsonga: 7-6(5), 6-3 e 6-2.

A decisão ficou nas mãos de Lucas Pouille e Steve Darcis, com o francês a mostrar que é dos mais promissores tenistas franceses.

França igual Grã Bertanha

Há 16 anos que França não vencia a Taça Davis. Depois de perder para a Rússia (2002) em Paris, para a Sérvia (2010) em Belgrado, e para a Suíça (2014) precisamente em Lille, “vencer em casa, perante os amigos e família tem um significado especial”, comentou Lucas Pouille.

Com este título, França iguala a Grã Bertanha com dez títulos na terceira posição entre os maiores vencedores. Os EUA lideram com 32 vitórias e depois vem a Austrália, com 28. Os franceses sucedem à Argentina e acentuam o domínio europeu na competição e modalidade este século. A Austrália (2003), os EUA (2007) e a Argentina(2017) foram os únicos a quebrar a hegemonia.

 

Lucas Pouille conquista assim o ponto decisivo para o título de França

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André Dias PereiraNovembro 5, 20173min0

O ano de 2017 está a ser um ano de sombras e luz para Jo-Wilfred Tsonga. O tenista francês, número 15 do ranking ATP, tem tido participações discretas nos principais torneios do circuito, contudo, acumula já quatro títulos (Roterdão, Marselha, Lyon e Antuérpia) nesta temporada, o que corresponde ao melhor registo desde que começou a carreira profissional.

No passado dia 22, em Antuérpia, Jo-Wilfred Tsonga venceu o seu terceiro torneio ATP-250. O francês levou a melhor sobre o argentino Diego Schwartzman (6-3 e 7-5). Esta não foi uma vitória qualquer. Tsonga conseguiu pela primeira vez na carreira vencer quatro torneios em um ano. O melhor que conseguira anteriormente foi em 2009, ao ganhar em Toquio, Marselha e Joanesburgo. Ao todo, já disputou 27 finais, vencendo 16.

Antigo número 5 mundial, Tsonga ocupa, aos 32 anos de idade, o 15º lugar do ranking mundial. O ano até nem começou mal, com triunfos em Roterdão, Marselha e Lyon no primeiro semestre de 2017. Na Holanda o francês venceu o belga David Goffin (4-6, 6-4 e 6-1), colocando um ponto final no jejum de títulos que durava desde Metz, em 2015. Mas teve que atravessar o caminho das pedras, deixando para trás os favoritos Marin Cilic e Thomas Berdych. Em Marselha, sete dias depois, voltou a mostrar o bom momento, ganhando a final diante o compatriota Lucas Pouille, por duplo 6-4. Foi o seu terceiro triunfo em Marselha, o que representa um recorde na prova.

A sombra de Tsonga

O ano corria favorável a Tsonga (regresso ao top-10 mundial) mas lesões e o nascimento do seu primeiro filho mantiveram o francês fora de alguns torneios. Depois, a derrota perante Fabio Fognini, em Indian Wells, a desistência do Masters de Miami, a derrota na primeira ronda de Monte Carlo perante Adrian Mannarino, bem como as desistências nos torneios de Madrid e Roma foram fortes revés para o gaulês.

A retoma voltou em Lyon. Tsonga venceu Thomas Berdych (7-6 (7-2) e 7-5), naquela que foi a sua quinta vitória sobre o checo.

Apesar das vitórias, nos Grand Slam o francês não conseguiu o mesmo brilhantismo. Na Austrália, caiu nos quartos de final diante o favorito Stan Wawrinka. Pior, em Roland Garros foi surpreendido na segunda ronda pela argentino Renzo Olivo Em Wimbledon, Sam Querrey levou a melhor sobre o francês nos 16 avos de final. E no US Open, também foi afastado na segunda ronda pela estrela em ascensão Denis Shapovalov.

Num ano de altos e baixos para Tsonga, 2017 certamente terá um sabor agri-doce. Os quatro títulos conquistados não foram suficientes para garantir uma posição de disputar o ATP Finals. Com a eliminação, esta semana, em Paris, a corrida a Londres ficou completamente afastada.

A vitória de Jo-Wilfred Tsonga em Antuérpia:


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