Luz sobre Karen Khachanov
O russo Karen Khachanov era, no bom sentido da expressão, uma bomba relógio. Um talento puro carente de um grande resultado para chamar a atenção do mundo. Esse momento chegou este domingo. Aos 22 anos, o número 18 do mundo, surpreendeu Novak Djokovic e conquistou o ATP Paris. Foi o seu quarto título da carreira e o terceiro este ano. Foi, contudo, o seu primeiro torneio de categoria 1000. Os outros foram de categoria 250 em Moscovo e Marselha, este ano, e Chengdu, em 2016.
Khachanov não fez por menos. Quebrou uma invencibilidade de Novak Djokovic de 22 jogos, vencendo a final por 7-5 e 6-4. O sérvio, novo número 1 mundial, até começou bem, chegando ao 3-1 no primeiro set, mas mostrou-se muito fatigado da meia-final contra Roger Federer, que durou mais de 3 horas. O russo, com a frescura física de 22 anos, conseguiu inverter o resultado e chegar à vitória por 7-5.
O resultado abalou Djokovic. E o russo aproveitou a sua terceira chance para quebrar o serviço do sérvio e abrir para 3-1, gerindo depois o resultado para chegar à sua primeira conquista Masters 1000.
O russo deixou para trás adversários como Filip Krajinovic (7-5, 6-2), Mathew Ebden (6-2, 2-0), Alexander Zverev (6-1, 6-2) e Dominic Thiem (6-4, 6-1). Khachanov é um dos rostos na nova geração russa. A par de Medvedev, 2018 está a ser o ano da confirmação do trabalho desenvolvido pela Federação daquele país. Com esta vitória, Khachanov passa a ser, a partir desta segunda-feira, número 11 mundial.
Djokovic, o novo número 1
Apesar da derrota, Novak Djokovic conseguiu atingir o topo da hierarquia mundial, destronando Rafael Nadal. Djokovic, que eliminou João Sousa na ronda inaugural (7-5, 6-3), venceu também Damir Dzumhur (duplo 6-3), Marin Cilic (7-6 e 6-4) e Roger Federe (duplo 6-4). O jogo com o suíço foi, porventura, a grande partida do torneio.
Com a vitória sobre o suíço, o sérvio é o primeiro a vencer 25 vezes, ou mais, o trio Federer, Nadal e Murray, somando, igualmente, mais vitórias do que derrotas sobre todos eles.
O ATP Paris foi o último Masters 1000 da época. Djokovic aponta agora baterias para o Masters Finals, que terá uma baixa importante. Juan Martin del Potro, lesionado, dará lugar a Kei Nishikori.
Djokovic entrará em prova como número um mundial e é o grande favorito. Essa condição resulta de um grande segundo semestre que o torna o melhor tenista do ano.
Como Karen Kachanov venceu o ATP Paris