Terminaram os primeiros testes de F1
A primeira semana de testes foi marcada por baixas temperaturas e até neve, mas algumas equipas já mostraram algum do seu potencial. Que equipa impressionou mais? Qual ainda tem muito que melhorar?
Mercedes
Os Campeões do Mundo não parecem querer abrandar. Apesar de nunca ter feito mais de 100 voltas em nenhum dia, os germânicos nunca deixaram de parecer impressionantes em pista.
Hamilton foi o mais rápido de todo o treino, mas o mais assustador foi que Hamilton fez o seu tempo de 1:19.333 com pneus médios.
Vettel apostou na Mercedes como favoritos para 2018, e não parece, para já, estar enganado. O seu rival e Campeão do Mundo, Hamilton tambem gostou do que sentiu nos testes, descrevendo o novo carro como “definitivamente melhor”.
A Mercedes parece rápido e fiável, mas ainda falta muito para saber se vamos ter mais um ano de domínio alemão.
Ferrari
Os rivais que mais luta deram à Mercedes, a Ferrari espera ser um osso bem mais duro de roer em 2018. Tal como o Mercedes, o Ferrari parecia impressionante em pista, com Vettel a ser o único próximo do tempo de Hamilton, ainda que em pneus mais rápidos.
Uma vez que o novo carro parece ser mais uma evolução que revolução, não se espera um salto qualitativo tão grande quanto em 2017. Apesar disso, a Ferrari teve andamento semelhante à Mercedes em 2017, logo qualquer salto competitivo pode ser o suficiente.
Apesar de ainda não haver certezas, a Ferrari parece ser, novamente, a maior rival da Mercedes para 2018.
McLaren
Muita expectativa com a nova aliança McLaren-Renault, depois do fracasso da relação com a Honda. Até agora a McLaren conseguiu muitas voltas e até o 3º tempo mais rápido dos testes, ainda que com os pneus mais macios.
A McLaren deve estar bem contente com a fiabilidade aparente dos motores Renault, depois do desastre que foram os anos anteriores. O feedback público dos pilotos, principalmente de Alonso, tem sido muito positivo, que insiste no “enorme potencial” do novo motor no chassis McLaren.
Ainda que não haja certezas da capacidade da McLaren lutar por vitórias, seria certamente positivo ver a McLaren de novo a lutar pelos lugares cimeiros.
Red Bull
A Red Bull continua a viver aquele dilema que se diz viver desde 2014, o de ter um excelente chassis, mas um não assim tão bom motor. Apesar de ter terminado 2017 bem forte, a Red Bull quer voltar aos títulos, que fogem desde 2013.
A Red Bull tem em mente uma jogada a longo prazo, podendo apostar em Renault, Honda ou mesmo Aston Martin. Para 2018 a Red Bull apostou novamente forte na aerodinâmica e espera que a Renault seja mais rápida e bem mais fiável, já que 2017 foi penoso nesse aspeto.
Haas
A mais jovem equipa de F1, a Haas, vai querer reforçar o seu lugar no meio do pelotão. A base da equipa parece ser sólida, reforçada por uma relação proxima com a Ferrari. Apesar das duas primeiras épocas terem sido bastante positivas, a pressão agora é maior e está na hora de começar a subir lugares.
Renault
A equipa oficial da Renault está ansiosa por voltar a ser uma potência na F1 e 2018 vai ser decisivo para tal. A Renault vai ter uma época onde vai ter duas equipas históricas (McLaren e Red Bull) com os mesmos motores, o que dará para comparar o rendimento dos chassis e ver quão próxima estará de voltar ao topo.
Para tal a Renault apostou forte na melhoria da fiabilidade, o que irá trazer melhoria também na velocidade, a longo prazo.
Williams
A Williams teve um teste bastante discreto, sem chamar a atenção por motivos relacionados com o carro. Na verdade, os motivos que mais chamaram a atenção foi a presença do regressado Kubica. Kubica foi escolhido como piloto de reserva, e isso deu que falar já que foi mais rápido do que Sirotkin, escolhido para piloto principal. Falta saber se esta decisão se vai revelar acertada.
Toro Rosso
Aí está a verdadeira surpresa dos testes, a fiabilidade da Honda. A Toro Rosso, agora a equipa oficial da Honda, teve um teste admirável, conseguindo ser a equipa com mais voltas.
Depois das épocas desastrosas que a Honda teve com a McLaren, os japoneses têm agora a oportunidade de provar que estão prontos para ficar competitivos na F1. Para a Toro Rosso pode ser uma oportunidade de ouro, já que são os únicos com o motor Honda, e quem sabe» Talvez os nipónicos encontrem uma “bala de prata”.
Force India
A Force India foi a equipa que menos voltas deu nos primeiros testes da época. Não se deve julgar, no entanto, que isto quer dizer que a Force India vai ser a pior equipa, já que se há coisa que esta equipa provou é que consegue surpreender.
Sauber
A equipa mais fraca de 2017 foi revitalizada para 2018 com uma aliança com a Alfa Romeo. Esta parceria, com base na Ferrari, será a arma que a Sauber vai ter de usar para sair da cauda do pelotão. Para tal a Sauber vai apostar no estreante Leclerc e numa fiabilidade que os colocou em 4ºs no número de voltas dado nos primeiros testes.
O que se segue?
Ainda falta mais uma sessão de testes, mas será apenas na Austrália que se terá a certeza da ordem competitiva da F1 de 2018.