Seleção Brasileira 100% na caminhada rumo ao Catar 2022
Ainda em 2020, deu-se início às Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 no Catar. Com isso, quatro jornadas foram executadas, e a Seleção Brasileira manteve-se na primeira colocação no grupo sul-americano, conquistando quatro vitórias. Argentina e Paraguai também não perderam, mas a seleção de Messi teve um empate, enquanto a seleção paraguaia empatou três vezes. Com isso, os 100% de aproveitamento deram tranquilidade à Tite para continuar seu trabalho frente ao Brasil.
Mas será mesmo que as vitórias deram ânimo, tranquilidade e confiança aos adeptos? Certamente existem questões sobre o desempenho da equipa nestas quatro jornadas, e como bons adeptos da camisola canarinha, grandes discussões sobre as convocações tomaram essas últimas jornadas, já que além de levantarem algumas contradições frente à outros jogadores que vem atuando muito bem em solo brasileiro, o desfalque para equipas que estão brigando pelo título do Campeonato Brasileiro também acirraram as conversas.
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Entrosamento e goleadas
Logo na primeira jornada, na Neo Química Arena (estádio do Corinthians), uma goleada para reafirmar o status de melhor da América do Sul. Um sonoro 5-0 sobre a Bolívia, com dois golos de Roberto Firmino, destaque do jogo. Tite mostrou querer testar mais repertórios, começando pelo rodízio na baliza, com Wéverton (Palmeiras) sendo titular neste jogo. Na lateral esquerda, boa briga por titularidade entre Renan Lodi e Alex Telles, já que o treinador não contou com Filipe Luís.
Neymar Jr., como não poderia deixar de ser, também mostrou protagonismo e, mesmo sem golos, foi um dos destaques, com duas assistências neste jogo. E assim também foi na segunda jornada, em outra goleada de 4-2, dessa vez contra o Peru nos domínios dos adversários. Neymar anotou o famoso hat-trick e ultrapassou Ronaldo fenômeno se tornando o segundo maior artilheiro da Seleção. Mais focado, com ritmo de jogo e adotando um futebol mais coletivo, o camisola 10 do Brasil continuará rendendo alto, mesmo que nas jornadas três e quatro, tenha ficado fora por lesão na perna esquerda.
Sem futebol bonito mas com resultado
Se nas duas primeiras jornadas, apenas Alisson (Liverpool) e Gabriel Jesus (Man. City) foram cortados (por lesões), na segunda e terceira jornadas, respectivamente contra Venezuela e Uruguai, o Brasil não pôde contar com Neymar, e também com outros seis jogadores. Rodrigo Caio (Flamengo), Coutinho (Barcelona) e Fabinho (Liverpool) saíram também por lesão, e de forma alarmante, Gabriel Menino (Palmeiras), Casemiro e Éder Militão (Real Madrid) por testarem positivo para Covid-19.
Nas vitórias contra Venezuela (1-0) e Uruguai (2-0) o destaque foi para quem assumiu a camisola 10 nestes jogos: Éverton Ribeiro. Se no Flamengo, as turbulências por troca de treinador e os maus resultados recentes fazem o jogador ser mais criticado, na Seleção Brasileira ele apareceu muito bem, sendo um dos poucos a criar oportunidades com bons passes, como a participação no gol de Firmino na vitória por 1-0. Contra o Uruguai, a expulsão de Cavani for determinante para que o Brasil não tivesse mais problemas durante a partida, mesmo não produzindo o que se esperava.
Agora, os próximos compromissos da Seleção Brasileira são apenas em 2021, especificamente em Março, quando enfrentam Colômbia e Argentina. Até lá, os adeptos questionarão Tite sobre alguns nomes, não apenas os que estiveram nas últimas listas, mas também aqueles que não apareceram e já merecem. Se Richarlison é praticamente unanimidade, Thiago Galhardo (Internacional) chegou a ser convocado depois do corte de Pedro (Flamengo), mas não chegou a pisar no relvado, e é um dos nomes que serão pedidos. Além dele, Marinho (Santos) está fazendo um ótimo Brasileirão e também será lembrado pelos adeptos.
Com boas atuações recentes do São Paulo, não seria má ideia retornar Daniel Alves na lateral direita, assim como dar oportunidades ao guarda-redes Tiago Volpi. E para finalizar, se acertou ao levar nomes que estão se firmando na Europa como Bruno Guimarães e Douglas Luiz, Tite não chegou a dar oportunidades para Lucas Moura, mesmo em alta no Tottenham, e terá uma boa dor de cabeça se a dupla David Neres e Antony continuarem a ir bem pelo Ajax.