Portugal tem jogo marcado contra os Springboks no dia 20 Julho de 2024 e Francisco Isaac analisa a importância deste jogo
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Os Lusitanos irão disputar o 5º lugar da RE Super Cup 2023, depois de terem garantido uma folgada vitória por 53-08, num encontro que a equipa até começou a perder por 3 pontos, recuperando rapidamente. Os três destaques deste encontro ficam aqui.
Num jogo que começou de forma muito cinzenta e que realmente só teve melhorias após a primeira meia-hora, dois jogadores estiveram em excelente nível: Nuno Sousa Guedes e Manuel Picão. A nossa escolha acaba por recair no defesa, muito por ter sido ele a inventar três dos oito ensaios marcados pela franquia portuguesa. O primeiro ensaio de Vasco Durão adveio de um grubber inteligente e que apanhou a defesa neerlandesa desprevenida, colocando os Lusitanos na frente do resultado pela primeira vez no encontro. Já antes tinha sido responsável por resolver uma série de situações negativas para o conjunto treinado por João Mirra, apostando bem no jogo ao pé, colocando, deste modo, a oval longe e a obrigar a oposição a recomeçar do início todo o processo ofensivo.
Liderou bem a partir de trás, foi sendo uma das “âncoras” da equipa nas situações mais críticas, envolvendo-se no ataque sempre de forma positiva com isto a dar outra dimensão mental e “agressiva” positiva a uma equipa que só registou a sua primeira vitória neste fim-de-semana. Por fim, Manuel Picão merece o aplauso pela fisicalidade imposta, conquistando várias vezes a linha-de-vantagem, indo muito contra a dormência que se fazia sentir nos Lusitanos. Aplicou uma série de placagens de alto impacto, capturou duas bolas no breakdown e foi um daqueles portadores de bola que devolveu confiança aos seus colegas de equipa em períodos importantes do encontro.
🇵🇹After a tense first half an hour, Guedes unlocks the door with a piece of magic and Durao wins the foot race for the @PortugalRugby Lusitanos. pic.twitter.com/RY8rc8wjr9
— Super Cup (@RESuperCup) December 3, 2023
Já havia saudades de ver os Lusitanos a dominar, com a segunda metade do encontro frente ao Delta a ter sido de sonho, com a equipa portuguesa a marcar 6 ensaios e a deixar a equipa neerlandesa encostada à sua área durante quase 30 minutos. Houve agressividade, fisicalidade, volatilidade e vontade de jogar com a bola, de respeitar e seguir os básicos, de manter uma posse segura e inteligente, dando espaço às linhas-atrasadas para encontrarem formas de penetrar na defensiva contrária. A franquia portuguesa subiu de nível logo após saírem dos balneários, com uma série de sequências de ataque fulminantes e que foram forçando ao conjunto contrário a cometer faltas constantes (no fim do encontro acabaram mesmo por jogar com 13), com Pedro Lucas e Jorge Abecassis a terem melhorado bastante na segunda metade, isto no que toca ao comandar o jogo e a dar boa bola. A defesa não foi só efectiva, mas inteligente, realizando quase uma dezena de turnovers, parâmetro que Duarte Torgal, David Wallis ou João Granate se destacaram.
O virtuosismo de Nuno Sousa Guedes foi importante para conferir eficácia às oportunidades que foram surgindo, surgindo bem Vasco Durão, Manuel Picão e José Paiva dos Santos que subiram na dose de “letalidade”, essencial para garantir um resultado “gordo” no fim deste encontro a contar para a meia-final “Ranked” da Rugby Europe Super Cup 2023. Em especifico… houve maior alegria e um querer ter a bola, sem comprometer a posse de bola.
Os primeiros 20 minutos dos Lusitanos foram uma repetição do que se passou nas últimas três jornadas, com este período a ter sido cinzento e a permitir que os jogadores do Delta se aproximassem da área de ensaio. Valeram uma boa dose de excelentes placagens que forçaram erros no conjunto neerlandês, mas foi preocupante ver como, a certa altura, os Lusitanos pareciam ser um grupo de atletas perdidos, dominados pela inércia e à espera que algo caísse do céu, seja por via de uma jogada de Nuno Sousa Guedes ou um pontapé bem medido de Jorge Abecassis.
Demorou até a equipa voltar a ganhar noção da sua qualidade e a querer realmente a ter o controlo de bola e jogo nas suas mãos, recuperando alguns daqueles indíces altos de confiança que se viu tanto em 2021 como 2022, acabando por estar aí a chave pelo quase a equipa passou de um 08-15 para um 08-53 em apenas mais 40 minutos, ficando até a ideia que o resultado podia ter sido ainda mais “gordo”. Agora resta o jogo para o 5º lugar, fechando esta temporada de uma forma minimamente positiva e que abra expectativas para uma nova época de Super Cup, caso aconteça, claro está.
Pontuador máximo: Jorge Abecassis – 11 pontos (4 conversões e 1 penalidade);
MVP: Nuno Sousa Guedes
Chutador: Jorge Abecassis – 11 pontos (4 conversões e 1 penalidade);
Turnovers: Vários – 1;
Ensaios: Vasco Durão (2), Vasco Leite, João Bello, Pedro Lucas, José Paiva dos Santos, Rodrigo Freudenthal e Pedro Vicente
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