Taça Ibérica 2023: GD Direito em busca da 5ª

Francisco IsaacNovembro 24, 20236min0

Taça Ibérica 2023: GD Direito em busca da 5ª

Francisco IsaacNovembro 24, 20236min0
GD Direito e VRAC encontram-se para disputar a Taça Ibérica 2023, com os "advogados" a poderem somar o seu 5º troféu

Amanhã, sábado dia 25 de Novembro, o Grupo Desportivo do Direito terá a oportunidade de conquistar a sua 5ª Taça Ibérica mas, para isso, terá de derrubar o super VRAC, a equipa que detém mais troféus ibéricos. Vamos abordar brevemente o historial, o que está em jogo e quem podem ser as estrelas do encontro.

HISTORIAL

O GD Direito já conquistou a Taça Ibérica por quatro vezes, tendo sido o campeão em 2000, 2003, 2013 e 2015 e perdeu outras cinco (2000, 2006, 2008 e 2017). Em caso de conquista no Sábado, poderá se tornar o clube português com mais troféus deste género, desempatando com o SL Benfica que detém também quatro, com o CF “Os Belenenses” Rugby a ter sido o último emblema nacional a somar uma vitória isto em 2023 (45-15 frente ao Santboiana de José Conde).

GD Direito e VRAC disputaram já três finais entre si, com os “advogados” a terem derrotado sempre o emblema de Valladolid, com a história entre ambos os clubes a ter começado logo em 1999, num jogo em que a equipa de Monsanto venceu por 20-16.

O VRAC já alcançou 12 finais, detendo um recorde especial: o de mais vitórias consecutivas. Entre 2017 e 2022 somou um pentacampeonato Ibérico, afirmando o seu poderio entre as duas nações.

A primeira Taça Ibérica foi disputada em 1965 com o Canoe a ter derrotado o CDUL por 12-09. Os clubesp ortugueses só viriam a levantar o seu primeiro título ibérico em 1971 quando o SL Benfica derrotou o Canoe em Madrid por 13-03.

“ADVOGADOS” VS “QUESEROS”

O GD Direito, depois de alguns anos sem conquistar o título nacional, voltou à carga e em 2023 somou o seu 12º troféu da Divisão de Honra, sendo neste momento o 2º clube com mais campeonatos nacionais – só o CDUL os ultrapassa com 20 títulos.

Com uma equipa recheada de talento e experiência, os “advogados” fariam um fase final imaculada, derrubando o SL Benfica e GDS Cascais para atingir o título com o argentino Enrique Pichot a ter sido o mentor deste 12º campeonato, ajudado por Bernardo Mota, João Mota e Rui D’Orey.

Com um rugby positivamente agressivo, de alto impacto nos rucks, de velocidade nas fases-estáticas e carregado de brilhantismo nas linhas-atrasadas, os “advogados” edificaram um conjunto que apesar de não ser imbatível, é decididamente um perigo quando sentem uma oportunidade.

Já em relação ao VRAC, o emblema histórico de Valladolid foi 12 vezes campeões nos últimos 25 anos, assumindo-se como um dos principais predadores do rugby ibérico. É um conjunto que possui umas fases-estáticas monstruosas e que gostam de colher “vítimas”, somando penalidades e pontos a partir daí, isto sem falar da fisicalidade imposta pelas linhas-atrasadas, onde o jogo ao pé (e a perseguição ao mesmo) é feito com total excelência.

Na temporada transacta, os “queseros” somaram 17 vitórias e apenas duas derrotas no decurso da temporada, impondo-se com total assertividade em todos os jogos.

AS ESTRELAS QUE PODEM BRILHAR

Do lado do GD Direito, há três jogadores que serão decisivos para os designíos dos “advogados”:

  • Jerónimo Portela: é pelo brilhantismo do abertura que o GD Direito resolveu vários problemas na temporada passada, conseguindo desapertar defesas e encontrar caminhos para chegar ao ensaio. Pode não ter um jogo ao pé 100% refinado, mas é o suficiente para criar problemas sérios no conjunto contrário;
  • Manuel Picão: voltou do Campeonato do Mundo com uma forma de excelência e pode ser um arma fundamental para quebrar a defesa do Valladolid. A sua experiência nas fases-estáticas pode ser decisiva no caminho para o título;
  • António Prim: é na formação-ordenada que está uma das chaves para a vitória neste jogo da Taça Ibérica e o jovem pilar português pode ser fulcral para virar o encontro a favor da sua equipa. Somar a isto a sua velocidade no jogo ao largo e capacidade para lutar em cada centímetro;

Do lado do VRAC, há que ter em atenção a três nomes:

  • Kalokalo Gavidi: o segunda-linha de 42 anos é um poço de energia e um atleta massivo que centra todas as atenções em si, tanto na hora de carregar a oval ou de tomar uma decisão. Excelente na placagem e um jogador com um espírito de sacrifício sem igual;
  • Martiniano Cian: leva 4 ensaios nesta temporada e é um dos mais perigosos pontas da Espanha, conseguindo encontrar caminhos para o ensaio que parecem ser nada na sua origem. Não falha na recepção aos pontapés e sabe aproveitar o contra-ataque;
  • Alex Pérez: O segunda-linha que pode também jogar na 3ª é um talento enorme espanhol, capaz de arrancar qualquer bola no breakdown, isto para além de uma placagem extremamente assertiva e que deixa a maioria das suas “vítimas” estendidos no chão.

O encontro está marcado para as 15h00 de dia 25 de Novembro e será transmitido em Portugal pela Rugby TV, canal oficial da Federação Portuguesa de RUgby.


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