José Andrade, Author at Fair Play - Página 15 de 20

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José AndradeAbril 21, 20227min0

Hoje vamos falar do Campeonato Nacional da 1ª Divisão feminina que está ao rubro e com esta terceira fase perto de terminar, por isso mesmo venham connosco e fiquem a saber um pouco mais sobre a muita qualidade do nosso hóquei em patins feminino.

Grupo 1 – Luta intensa pelos dois lugares e pelo topo da tabela

O Benfica segue na liderança seguido pelo Sporting, mas a grande luta está na disputa pelo terceiro e quarto lugar.
O duo da frente que não desmonta

Hóquei em patins feminino
Tabela classificativa do Grupo 1

SL Benfica e a busca por manter o domínio 

Em primeiro lugar segue o SL Benfica, a equipa da luz continua sem perder nas competições internas, apenas um empate frente ao Sporting CP na jornada 8 da zona sul. O Benfica é também a equipa com mais golos marcados, mantendo o nível dos últimos anos mesmo sentindo algumas dificuldades nos duelos com o Sporting e com o CA Feira que foi a última equipa a obrigar as águias a suar muito. Marlene Sousa continua a ser a grande referência da equipa, a capitã segue como a melhor marcadora da nossa 1ª Divisão, com a colega Maria Sofia Silva logo de seguida e Cata Flores e Raquel Santos a assumirem um papel ainda mais importante na equipa nesta fase do campeonato.

Sporting CP em crescendo na procura pelo título

Passando para as leoas, a equipa de Nuno Pinto é a melhor defesa nesta altura, continua a sua caminhada na busca por conseguir o tão desejado campeonato. Nesta terceira fase a equipa verde e branca perdeu apenas no duelo com o Benfica e teve um empate frente à AD Sanjoanense que comprovou a muita qualidade da nossa liga. Sporting mantêm o crescimento em relação ao início de temporada com Ana Catarina Ferreira a ser a melhor marcadora da equipa e a maior referência deste conjunto leonino.

Quatro na luta pelos dois restantes lugares

Chegamos àquela que é a maior luta neste Grupo 1, com os dois primeiros lugares a uma distância maior, o terceiro e quarto têm originado uma acesa e muito interessante disputa.

A AD Sanjoanense segue nesta altura no terceiro lugar, a equipa está na segunda melhor fase da temporada, segue com 3 vitórias nos últimos 5 jogos e fez história ao derrotar o Roller Matera na Liga Europeia Feminina conseguindo a sua primeira vitória na competição. A equipa de São João da Madeira já roubou pontos ao Sporting e tem sido um dos conjuntos a praticar melhor hóquei sendo mesmo a segunda melhor defesa com apenas mais 7 golos sofridos que o Benfica. A capitã, Inês “Marega” Ferreira assume-se como a melhor marcadora e a maior figura desta equipa com Joana Rodrigues e Daniela Pereira a serem outras das craques em maior destaque.

CA Feira e CACO seguem na luta pelo quarto lugar, a equipa de Santa Maria da Feira segue a sua boa campanha, tendo criado muitos problemas a Benfica e Sporting. Na Feira o maior destaque é Joana Teixeira um dos maiores destaques da 1ª Divisão. Em Campo de Ourique a equipa depois de 4 jogos a somar pontos, perdeu os dois últimos duelos com o Sporting e com o Feira, mas tem sido uma das equipas que mais tem animado este Grupo 1 e são mesmo o terceiro melhor ataque desta fase. Nos destaques individuais, são muitos, mas obviamente que Rita Dias é quem se tem destacado mais, levando 20 golos e continuando a mostrar o porquê de ser uma das maiores figuras do nosso hóquei.

Por fim a Académica de Coimbra, que nesta altura é a equipa que está mais longe do quarto lugar, mas que já deu provas de que vai estar até ao fim na luta jogando muito bem e sendo um exemplo pela entrega. A equipa de Coimbra ofensivamente tem estado muito bem e tem sido na defesa que as coisas têm piorado, são mesmo a terceira pior defesa. O destaque maior, é obviamente Catarina Costa, ela que é a terceira melhor marcadora do nosso hóquei e que se continua a afirmar como uma das melhores jogadoras do nosso hóquei em patins feminino.

O duo em posição mais delicada

Na parte inferior da tabela, o surpreendente CH Carvalhos e o ACD Gulpilhares, os dois conjuntos que estão numa situação mais complicada, sendo que o Carvalhos é a única equipa que ainda não venceu. Nos destaques individuais temos Teresa Morais, que se afirmou como a líder desta equipa e ainda mais como uma das estrelas da 1ª Divisão. Depois mencionar ainda Mariana Teixeira, uma das promessas maiores do nosso hóquei e do lado do Gulpilhares Érica Silva e Matilde Lua são os nomes em maior evidência.

Grupo 2 – Stuart dominante num grupo com muitos destaques

Hóquei em patins feminino
Tabela classificativa do Grupo 2

No outro grupo deste Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Stuart tem sido a equipa em maior destaque com 9 vitórias em 9 jogos demonstrando a qualidade que todos reconhecíamos a este conjunto. Sendo a equipa a equipa com mais golos marcados, a segunda que mais golos marcou no conjunto dos dois grupos. Uma equipa repleta de talentos e que tem sido uma das equipas a jogar melhor nesta fase. Nos destaques, a primeira é Inês Caldeira uma das melhores guardiãs nacionais, depois Inês Baudouin e Mariana Lopes que se têm afirmado e por fim Marta Marujo que é a melhor marcadora deste conjunto de Massamá.

Seguem-se o CENAP, o Académico FC, o ACD Vila Boa Bispo e o AF Arazede, quatro equipas que estão na luta pelo segundo lugar, com o CENAP a revelar-se nesta altura a equipa mais forte, fruto de uma guardiã que tem sido um dos maiores destaques individuais desta 1ª Divisão, falo de Carolina Correa um nome que foi destacado por nós em outro texto. Depois as outras três equipas têm melhorado com o decorrer da temporada, elas que vinham de um início de época menos bom. Nos destaques individuais temos, Francisca Martins e Inês Martins no CENAP, duas das figuras desta temporada, depois Sofia Ferreira do Académico, uma das melhores marcadoras desta 1ª Divisão. No Vila Boa Bispo, a jogadora em grande evidência tem sido Sofia Barbosa, apesar da juventude já é uma das jogadoras com mais créditos firmados no nosso hóquei. Por fim o maior destaque no Arazede é, Lorena Machado de apenas 20 anos e que nesta altura leva 30 golos marcados sendo a sexta melhor marcadora da temporada no nosso hóquei em patins feminino.

Por fim, APAC Tojal, CR Antes e Escola Livre Azeméis, três conjuntos com muita juventude e que acabam por vir a sentir mais dificuldades nesta temporada. Mesmo com os problemas destas equipas, existem muitos destaques e eu elejo como as em maior evidência na temporada, Rita Barros no Tojal, Francisca Dias de apenas 14 anos no Antes e por fim Inês Campos no Azeméis, três jovens de muito talento e com muita margem de progressão que mesmo com as dificuldades das respetivas temporadas, têm se assumido como jovens em destaque na 1ª Divisão.

Ficou aqui um pouco o balanço da atualidade do nosso hóquei em patins feminino, que está ao rubro, cada vez mais animado e disputado, aqui ficou o resumo com as equipas em alta, as tabelas classificativas e ainda vários dos muitos destaques individuais do Campeonato Nacional da 1ª Divisão Feminina do nosso hóquei em patins.

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José AndradeAbril 19, 202210min0

Voltamos com o nosso texto habitual onde destacamos quem mais se evidenciou no fim de semana da Liga Betclic Feminina. Foram dois jogos, os primeiros duelos das meias-finais que nos proporcionaram duelos espetaculares e é sobre os maiores destaques da cada um deles que vamos falar aqui hoje.

GDESSA – SL Benfica: Tango reinou no Barreiro

O Benfica foi até ao Barreiro vencer o GDESSA por 71-65 na primeira meia-final do playoff da Liga Betclic Feminina. O GDESSA a entrar muito bem, a equipa de Ricardo Oliveira a entrar à procura da zona interior e da superioridade física de Letícia Josefino, já o Benfica procurava a maior mobilidade de Candella Gentinetta nesse duelo de interiores. Benfica começou melhor no tiro exterior, àquela que é a arma predileta do GDESSA. A luta das tabelas a ser decisiva desde cedo, o Benfica passou a ganhar mais duelos e a conseguir com isso uma superioridade importante. Duelo muito equilibrado, Benfica acabou por conseguir ter um ascendente na primeira-parte, muito pela eficácia à volta do garrafão e pela capacidade de ganhar na luta das tabelas, estes foram os fatores determinantes para esse ascendente, além da maior mobilidade de Mariana Silva e Candela Gentinetta no duelo com Letícia Josefino e Rita Rodrigues. No segundo quarto, destaque para as entradas de Carolina Rodrigues que voltou a saltar muito bem do banco, trouxe mais velocidade e espalhou a sua imensa qualidade de passe e de decisão pelo jogo.

GDESSA estava com eficácia bem abaixo do normal, a equipa do Barreiro lançava mais e acertava menos. A resposta do GDESSA começa em força no final do segundo quarto, muito pelos desarmes de Letícia Josefino e em especial pelo triplo de Joana Lopes já no minuto final. Na segunda-parte as coisas foram bem diferentes, o GDESSA cresceu muito, subindo a pressão, a intensidade defensiva e a velocidade no ataque. No último quarto o GDESSA recuperou e esteve por cima, o triplo de Márcia da Costa Robalo relançou o jogo e animou ainda mais os minutos finais.

O conjunto do Barreiro a forçar o Benfica a cometer mais erros, o jogo esteve a apenas 2 posses favoráveis para as águias, luta até aos últimos instantes, mas o Benfica acabou por vencer demonstrando a consistência habitual, mesmo tendo sofrido muito, mais uma vez frente a este GDESSA. Vantagem para o Benfica, mas o GDESSA a nunca desistir, a alma e a qualidade desta equipa só nos faz saber que vai ser um jogo ainda mais imperdível no próximo sábado, no segundo duelo da meia-final dos playoffs da Liga Betclic Feminina.

  • Márcia da Costa Robalo – Jogo de excelência nº 300000000

Vários destaques no lado do GDESSA, se Leonor Serralheiro voltou a impressionar pelo seu pulmão, é uma jogadora incansável que não sabe jogar mal, mesmo quando não aparece na marcação de pontos, é fundamental para o que a equipa faz. Maianca Umabano obviamente um dos destaques, até pelo que fez na defesa, importante no matchup com Raphaella e no 2×1 defensivo do GDESSA. O destaque maior foi Márcia da Costa Robalo, é uma jogadora que em todos os jogos é elogiada, além dos pontos, está tudo o resto, a liderança, a capacidade de leitura de jogo e a capacidade de surgir nos piores momentos e quando o GDESSA mais precisa, foi isso mesmo que se viu neste duelo, aquele triplo a pouco mais de 6 minutos do final do encontro, deixou a equipa do Barreiro por cima e a apenas 3 posses. É uma jogadora completa, é uma estrela e juntando a sua capacidade técnica, à sua capacidade física e a tudo, faz com que seja uma jogadora capaz de mudar jogos e levar a sua equipa a fazer tudo. Neste duelo, Márcia da Costa Robalo conseguiu 19 pontos (com 2 em 6 lançamentos de campo e 5 em 9 na linha de 3 pontos) ainda 3 ressaltos, 3 assistências, 2 roubos de bola e 1 desarme de lançamento em mais um jogo de excelência de uma das estrelas maiores do nosso basquetebol.

  • Candela Gentinetta – Bailou para ser a figura encarnada

A vitória do Benfica esteve assente na eficácia, mas também na mobilidade e nos duelos ganhos na zona interior e uma das maiores responsáveis por isso foi a internacional argentina que acabou por ser a maior figura deste jogo. Raphaella Monteiro esteve como sempre extraordinária, como poste baixa, como playmaker e a assumir nos momentos mais complicados. Ainda destacar, Carolina Rodrigues que está em modo playoffs e segue imparável e a jogar muito bem, ainda menção para Mariana Silva que voltou a entrar muito bem e a ajudou à vantagem no interior. Candela Gentinetta conseguiu 16 pontos (8 em 10 no que diz respeito a lançamentos de campo), ainda 11 ressaltos e 1 assistência, sendo a maior responsável pela eficácia e pelo ponto que maior diferença fez para o Benfica, reforçando ainda o estatuto de uma das melhores contratações esta temporada na Liga Betclic Feminina.

AD Vagos – União Sportiva: Batalha dura e pulmão de luxo

Jogo a começar equilibrado, Manuela Martinez e a sua capacidade de soltar na altura ideal e Raquel Laneiro e o seu belo ataque ao cesto a inaugurarem o marcador. Vagos acabou por ficar mais confortável ainda no primeiro quarto, muito pelas transições, o 2×1 com Burse e Martinez ia fazendo a diferença, do outro lado o Sportiva começou com uma eficácia mais baixa e a não ia conseguindo ganhar nos duelos perto do cesto, as jogadoras interiores do Vagos iam conseguindo vencer nesse particular.

Sportiva a começar pior, mais uma jogo onde as açorianas não entraram da melhor maneira, mas o Vagos muito bem, Susana Carvalheira cansada pelos muitos duelos com Licinara e Joana Alves foi caindo de rendimento, mas Martha Burse e Manuela Martinez entraram cedo a dar nas vistas, Burse nas penetrações que a equipa visitante nunca foi conseguindo travar e Manuela a pensar o jogo assumindo um papel importante na criação e menos na marcação de pontos. União Sportiva cresceu quando assumiu a defesa zona, deixando o Vagos com o tiro exterior onde principalmente da zona do canto ia conseguindo fazer a bola cair.

A entrada de Carolina Cruz marcou o momento onde as açorianas mais cresceram, isto porque Inês Pinto sentiu mais dificuldades no duelo com a jovem poste do Sportiva que ainda trouxe tiro exterior e mais capacidade de ter bola. A vantagem do Vagos estava nos contra-ataques e na ocupação de espaços, isto porque a equipa de João Janeiro conseguia tirar vantagem dos espaços que o Sportiva dava principalmente na transição defensiva, já do outro lado o Sportiva jogava de forma mais lenta e não conseguia marcar nos contragolpes.

O União Sportiva cresce ainda no segundo quarto, mas é principalmente o terceiro que marca a mudança no encontro com a equipa de Ricardo Botelho a passar para a frente. A subida do Sportiva passa por Raquel Laneiro que assumiu o jogo e mudou o rumo, ainda Licinara que passou a ganhar mais os duelos interiores, mas a principal diferença esteve na eficácia, o Sportiva já obrigava o Vagos a fazer muitas faltas na primeira-parte, mas era na eficácia que estava o problema, no segundo tempo tudo mudou. O tiro exterior também surgiu do lado açoriano, a velocidade aumentou e os duelos passaram a ser ganhos pela equipa visitante. O Vagos no ataque deixou de conseguir ganhar perante as jogadoras mais fortes do Sportiva, apenas Martha Burse manteve o nível ofensivo.

Quando o Sportiva estava em recuperação e com tudo empatado, surge a falta que coloca Nausia em risco de exclusão que complicou as coisas. O Sportiva estava por cima, cresceu muito e conseguem passar para a dianteira já no quarto período. A maior velocidade fez com que as açorinas conseguissem desequilibrar mais o Vagos, a juntar a isso a equipa de Ricardo Botelho passou a ganhar mais duelos nas tabelas, o tiro exterior do Vagos deixou de cair, a eficácia baixou e o Sportiva controlou dentro do equilíbrio que foi este jogo. Muito equilíbrio, jogo com muitos duelos, muito físico e onde o Sportiva conseguiu vencer com uma segunda parte de luxo.

  • Raquel Laneiro – Classe absurda e o não saber jogar menos que muito bem

É mais uma das jogadoras que semana após semana é destaque e elogiada, neste jogo voltou a ser preponderante. Licinara Bispo esteve mais uma vez muito bem, está em grande forma, também ela a aparecer na segunda-parte e foi fundamental na luta das tabelas. Simone Costa sempre muito eficiente, tal como fui destacando ao longo da época é aquela jogadora que joga sempre muito bem, mesmo quando o boxscore não salta à vista. Nausia Woolfolk é sempre a estrela, mesmo condicionada pelas faltas. Agora destaco Raquel Laneiro pelo que fez jogar, num jogo complicado e muito disputado, a base nunca perdeu o discernimento, não errou, assumiu o jogo quando a equipa mais precisava e voltou a demonstrar a sua maturidade, classe e a muita qualidade. Não foi quem mais marcou, mas foi quem mais fez jogar, a excelência na sua leitura de jogo foi o fator que mais fez a diferença neste encontro. Raquel Laneiro conseguiu 11 pontos (3 em 9 nos lançamentos de campo, 1 em 7 na linha de três pontos e 2 em 2 na linha de lances livres) ainda juntou 3 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola em mais uma excelente exibição de uma das estrelas da Liga Betclic Feminina.

  • Martha Burse – Pulmão e qualidade que vale por 3

O destaque maior do Vagos foi Martha Burse, se várias das suas colegas acabaram por estar abaixo no que à concretização diz respeito, Martha assumiu e brilhou, sendo que esteve imparável principalmente no ataque ao cesto. Susana Carvalheira principalmente na primeira parte esteve bem, conseguiu ganhar nos duelos e assumir algum destaque, Joana Canastra como sempre entrou muito bem, mas foi Martha Burse que mais se evidenciou neste duelo do lado do Vagos, tanto pelo pulmão que já é conhecido e que tanto elogiamos, como pela capacidade de assumir, pegar na bola e concretizar no ataque ao cesto criando sempre problemas às adversárias que neste jogo nunca conseguiram travá-la. Martha Burse conseguiu 34 pontos (foram 13 em 22 nos lançamentos de campo, 1 em 5 no tiro exterior e 5 em 5 na linha de lances livres) ainda juntou 6 ressaltos, 2 assistências e 4 roubos de bola.

Ficaram aqui os maiores destaques destes dois primeiros duelos das meias-finais dos playoffs da Liga Betclic Feminina, jogos incríveis, a ritmos alucinantes e que maravilharam todos os que viram. O único conselho é para não perderem os próximos duelos porque vão ser ainda mais espetaculares.

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José AndradeAbril 19, 20226min0

Neste novo texto, vamos falar de 5 nomes dos muitos nomes a guardar para o futuro do futsal nacional. Algumas delas estão em afirmação e vão ser cada vez mais figuras em destaque nas próximas temporadas no futsal feminino nacional. Por isso venham connosco nesta nossa lista de jovens promessas.

Inês Padinha – Margem de muita progressão

Começamos pelo Feijó, para falar de Inês Padinha uma ala de apenas 16 anos que se vai destacando já no Futsal Feijó/Metaseguros. Toda uma vida no Feijó, começou na Sociedade Recreativa Estrelas do Feijó. Desde cedo se destacou, Inês Padinha é uma jovem ala, que defende bem, que se destaca pela combatividade e pela muita qualidade. Já soma 17 jogos na equipa principal nesta temporada, tendo mesmo marcado 1 golo. Inês Padinha é cada vez mais uma peça importante na equipa principal, é uma jogadora muito utilizada por Pedro Alves e é uma das jogadoras com maior margem de progressão da equipa jovem do Feijó. A ala é muito completa, brilha pelo que ajuda no ataque, mas também pela disponibilidade na defesa, é uma jogadora com tudo para ser uma grande figura do nosso futsal feminino a médio prazo.

Rita Mourão – Fafense de alto nível

Vamos até Fafe para falar de Rita Mourão, uma ala de 17 anos do GCR Nun’Álvares. Numa equipa com um dos melhores planteis do nosso futsal, onde os recursos e a elevada qualidade abundam, o espaço para as mais jovens podia estar reduzido, a verdade é que Pedro Nobre tem lançado algumas jovens, mas Rita Mourão apesar da muita concorrência é quem se vai destacando mais entre as mais novas das fafenses. Rita Mourão é uma ala veloz, com capacidade técnica, com recursos no 1×1 e que tem evoluído muito nesta temporada.

A jovem ala já se vinha destacando entre as jogadoras da sua geração, mas nesta temporada tem sido aposta e tem mostrado a sua muita qualidade. Uma ala de muito futuro, com cada vez mais espaço numa das equipas candidatas ao título e que se vai afirmando cada vez mais como uma das jovens mais talentosas do futsal feminino nacional. Rita Mourão começou no Académico Alves Roçadas de Vila Real e nesta primeira temporada em Fafe assumiu-se como figura na equipa de sub19 e ainda como uma peça importante no banco do Nun’Álvares. Rita Mourão leva 13 jogos e 1 golo em todas as competições nesta temporada ao serviço da equipa principal do Nun’Álvares.

Inês Cabral – Futuro de luxo

Mudamos para Lisboa para falar de Inês Cabral, a ala de 19 anos da equipa do Leões de Porto Salvo. A equipa da linha tem sentido algumas dificuldades nesta temporada, não tem sido uma época fácil, mas a verdade é que têm sido um ano de lançamento e afirmação para várias jovens. Numa equipa com muitas jogadoras menos experientes e mais jovens, são muitas as que mereciam menção e ter destaque. Inês Cabral tem sido uma das peças em maior destaque na equipa do Leões de Porto Salvo.

A temporada começou com João Correia dava minutos de jogo a todas as jogadoras, com Cláudio Cardoso a evolução da equipa continuou com algumas delas a conseguirem afirmar-se ainda mais na equipa. Inês Cabral é uma ala de muito futuro, tem golo, velocidade, visão de jogo, capacidade de ler e interpretar muito bem os movimentos das suas colegas e os espaços, ainda defende bem e é uma jogadora lutadora, características importantes e que evidenciam que Inês Cabral será um nome em cada vez maior destaque no futsal feminino nacional. Inês Cabral começou no Quinta dos Lombos, cedo mostrou muito potencial e nesta sua primeira temporada ao serviço do Leões de Porto de Salvo tem sido uma das melhores peças, levando 23 jogos em todas as competições com um total de 4 golos. Uma jogadora que já é protagonista e que irá ser cada vez mais um nome grande no nosso futsal.

Madalena Galhardo – Segurança e elevado nível entre os postes

Continuamos nas equipas da linha, agora para falar de Madalena Galhardo do Quinta dos Lombos. A guardiã de 19 anos tem sido uma das peças mais importantes nesta equipa de Carcavelos, sendo mesmo uma das melhores guarda-redes da temporada. Madalena Galhardo começou no Oriental Recreativo Clube, passou pelo CF Os Belenenses e esteve até à temporada passada ao serviço do Sporting CP. Desde cedo que foi vista como uma das guarda-redes de maior futuro do nosso futsal, foi-se afirmando a cada ano, subindo de nível, mas sem espaço no Sporting CP mudou-se para o Quinta dos Lombos nesta temporada onde ganhou a titularidade e tem sido um dos destaques maiores da equipa da linha.

Numa época complicada, onde os Lombos têm vindo a ter vários problemas e as coisas não têm corrido como se esperava, Madalena Galhardo tem enchido as balizas e tem se afirmado como uma das melhores guarda-redes do futsal feminino nacional. Uma jovem que é um valor cada vez mais seguro, já é um nome com estatuto e será cada vez mais uma guardiã em evidência no Campeonato Nacional da 1ª Divisão feminino.

Clara Luzio – Valor seguro para o futuro

Para terminarmos, vamos até à Batalha para falar de Clara Luzio, uma fixa de 18 anos do CR Golpilheira. A temporada não tem sido nada fácil para o Golpilheira, a equipa de Leiria está na zona vermelha da tabela classificativa e com a descida de divisão cada vez mais perto. Um dos históricos e projetos mais fortes do nosso futsal sempre nos habituou a grandes talentos, a jovens com muita margem de progressão e nem uma temporada mais complicada mudou isso.

O conjunto de Filipe Bragança tem várias jogadoras jovens de qualidade e com margem de progressão, todas elas com valor e também irão com toda a certeza ser nomes em destaque no nosso futsal. Clara Luzio é uma fixa de 18 anos, ela começou no futebol da União Recreativa Mirense, depois ainda no Mirense mudou-se para o futsal passando pelo Fátima antes e chegar ao Golpilheira em 2019-2020. Falamos de uma fixa de muito valor, defende muito bem, consegue sair sob pressão, tem qualidade com a bola nos pés e consegue assumir um papel no início de construção. Clara Luzio sempre se destacou no futsal Leiriense, é uma jogadora com margem de progressão, com tudo para ser um valor seguro e um nome que a médio prazo se vai destacar no futsal feminino nacional.

Ficaram aqui 5 nomes a guardar para o presente e futuro do futsal feminino nacional, jogadoras com muito talento, muita margem de progressão e que serão nomes grandes em equipas do futsal feminino nacional.

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José AndradeAbril 16, 20229min0

Neste novo texto, vamos falar da outra competição de clubes do basquetebol feminino europeu que terminou com a conquista histórica das húngaras do Sopron Basket que conseguiram derrotar o Fenerbahce na Turquia para assim levantar a taça da Euroleague feminina desta temporada, por isso acompanhem-nos nesta viagem pela maior competição de clubes do basquetebol europeu.

Caminhada até à final de Istambul

A competição arrancou com as italianas do Schio e as húngarasdo Atomeromu a garantirem presença na fase de grupos deixando para trás o Valência, Kayseri, ACS Sepsi-SIC e o Bourges. 6 grandes jogos que deram início a esta edição da Euroleague, com o maior destaque a ser do Schio que triunfou perante Valência e Bourges com a base Giorgia Sottana a ser a maior figura desta fase de qualificação. Na fase de grupos, as russas do UMMC Ekaterinburg confirmaram o favoritismo e garantiram 14 vitórias nos 14 jogos disputados e com isso vencendo o Grupo A. O domínio era evidente, elas que vinham de ganhar 4 das últimas 5 edições. Avenida e USK Praga foram as equipas que se evidenciaram logo de seguida no grupo A, já no grupo B, Fenerbahce a confirmar o seu favoritismo, mas como esperado uma luta maior com o Sopron, Schio e Dynamo Kursk a levarem a melhor.

A sanção aplicada às equipas russas devido ao conflito armado na Ucrânia retirou as campeãs em título e as maiores favoritas e ainda o Kursk, duas equipas com ambições elevadas. Nesta fase de grupos, o duelo entre o Ekateringurg e o Avenida na sétima jornada foi o mais espetacular, as russas triunfaram por 110-102 com uma exibição monstruosa de Jonquel Jones e Maria Vadeeva, que combinaram 29 pontos e 21 ressaltos. Muito equilíbrio, grandes jogos, as russas a terem de suar para vencer como se viu nos duelos com o Venezia. Por outro lado, Fenerbahce brilhava pela qualidade jogo e a defesa do Sopron desde cedo se revelou a arma das húngaras. Sem as russas estava tudo mais em aberto, logo nos quartos de final, dois grandes duelos, a eliminatória entre o Avenida e o Girona e ainda a eliminatória entre o USK Praga e o Schio, duelos que obrigara a terceiros jogos. O Avenida passou com Kahlea Cooper a ser a grande protagonista, além dela destaque para Emese Hof que se afirmou como uma das melhores postes do basquetebol europeu.

Do lado do Praga, o maior destaque destes 3 jogos com o Schio foi o coletivo, uma equipa que contou apenas com 7 jogadoras conseguiu vencer, jogando bem e com Maria Conde a ser a líder e a estrela maior deste duelo dos quartos de final. Nas meias-finais, dois grandes duelos com o Fenerbahce a ultrapassar o Praga por 83-74, com Alina Iaguova a ser a líder e a figura maior. No outro duelo, o Sopron surpreendeu e derrotou o Avenida, as espanholas eram a par do Fener as maiores favoritas, mas as húngaras com um jogo coletivo assente na agressividade e na defesa conseguiram vencer e carimbar a passagem à final de Istambul. Neste duelo, Gabi Williams mostrou o porquê de ser uma das estrelas da temporada, mas a figura maior foi Jelena Brooks a extremo-poste assumiu-se como protagonista com 27 pontos e a marcação irrepreensível a algumas das figuras do Avenida.

A conquista histórica do Sopron

O dia que levou à coroação do Sopron, começou com o Avenida a vencer de forma esclarecedora o Praga para garantir o último lugar no pódio da Euroleague feminina. Na grande final, o Fenerbahce a jogar em casa era a grande favorita, mas perante 9500 adeptos nas bancadas o Sopron conseguiu vencer e causar a maior surpresa nesta temporada. Num duelo com presença portuguesa uma vez que Paulo Marques foi o arbitro principal, o jogo começou com o Sopron a dominar, a agressividade defensiva das húngaras criou imensas dificuldades ao Fenerbahce, que viram o a equipa de David Gaspar vencer de forma clara no primeiro período, Iagupova estava demasiado desaparecida, as turcas cometiam muitos erros fruto da pressão do Sopron.

As húngaras podiam ter criado uma vantagem ainda maior, mas também elas estavam a falhar no tiro exterior, aqui esteve uma das chaves do encontro, o lançamento da linha de três pontos onde por norma o Fenerbahce é muito forte e neste duelo não foi, o Sopron usou a força do jogo interior para triunfar. A turcas até estiveram melhor na segunda-parte, conseguiram vencer os dois períodos, mas o duelo esteve sempre em aberto, foi um jogo muito disputado, as turcas conseguiram melhorar muito pela Satou Sabally que assumiu o papel de principal estrela da equipa, mas insuficiente, o Sopron conseguiu vencer, num duelo onde a chave foi mesmo a superioridade no jogo interior, a defesa bateu o ataque e David Gaspar levou a melhor sobre Victor Lapena num dos duelos mais espetaculares entre treinadores.

O técnico do Sopron conseguiu montar uma teia defensiva que Lapena não conseguiu ultrapassar. A defesa tem sido a imagem de marcar desta equipa do Sopron, depois de uma fase de grupos onde se assumiram como uma das melhores equipas, conseguiram chegar à final com a sua maior arma a ser o fator diferencial para a conquista da Euroleague feminina, aquela que foi a primeira vez que as húngaras conseguiram levantar o trófeu depois de 5 presenças na final-four com um segundo lugar e três quartos lugares. Gabby Williams que vinha a ser uma das jogadoras em maior destaque na competição, foi a MVP da final com média de 14. Pontos, 5 ressaltos, 4.5 assistências e 3.5 roubos de bola nesta final-four.

Jogadoras em destaque na Eurloeague Feminina

Os destaques foram muitos várias figuras ao longo da temporada e é de alguns deles que vamos falar agora.

Kahleah Copper – A estrela maior

A figura maior desta edição da Euroleague, foi Kahleah Copper, a estrela do Avenida assumiu-se desde cedo como uma das jogadoras em maior plano de evidência. Terminou com a jogadora com melhor média de pontos por jogo. Figura de uma das melhores equipas e além disso a jogadora mais regular. Conseguiu 21.4 pontos, 6.2 ressaltos, 2.2 assistências e 0.9 roubos de bola de média por jogo nesta Euroleague feminina, sendo a jogadora da semana por uma vez e uma das eleitas para o 5 ideal da competição.

Maria Conde – Classe em pessoa

Que Maria Conde é uma das melhores do mundo, já sabíamos, mas estas exibições na Euroleague só vieram reforçar isso mesmo. Liderou o Praga para uma caminhada excelente com médias de 17.1 pontos, 5.7 ressaltos, 2.8 assistências e 1.5 roubos de bola por jogo sendo a sexta jogadora com melhor média de pontos por jogo nesta edição da Euroleague.

Natasha Howard – Dona das tabelas

Vamos até à Rússia para falar de Natasha Howard, a extrema-poste do Dynamo Kursk que foi uma das figuras da temporada. Mesmo com a sanção que a impediu de somar mais jogos e continuar a evidenciar a sua qualidade, Howard assumiu-se como a melhor ressaltadora desta competição e como uma das maiores figuras desta temporada. Natasha Howard obteve, 19.0 pontos, 11.0 ressaltos, 1.6 assistências e 1.0 roubos de bola de média por jogo numa temporada atribulada a norte-americana mostrou o porquê de ser uma das melhores jogadoras interiores do basquetebol europeu.

Pelin Bilgic – Muita qualidade

Da Turquia chega a nossa quarta jogadora em destaque, falamos da base Pelin Bilgic do Galatasaray. A equipa turca não passou da fase de grupos, mas mesmo assim a base foi uma das protagonistas desta temporada. Uma base já com créditos firmados no basquetebol europeu, muita qualidade e conhecida por ser uma excelente passadora e por fazer a sua equipa jogar. O QI torna-a numa base de excelência, ela que conseguiu terminar esta edição da Euroleague como a jogadora com melhor média de assistências. Pelin Bilgic conseguiu, 8.5 pontos, 4.4 ressaltos, 6.4 assistências e 2.1 roubos de bola de média por jogo, uma das estrelas que mais brilhou mesmo numa equipa que sentiu dificuldades.

Megan Gustafson – Alto nível 

A polaca poderá parecer uma escolha estranha, uma vez que o Arka Gdnya apenas triunfou em 2 jogos e foi das equipas que mais dificuldades sentiu, a verdade é que Megan foi um dos destaques maiores da fase de grupos, ela que é uma extrema-poste de elevada qualidade. Nesta edição da Euroleague a polaca conseguiu, 18.2 pontos, 7.2 ressaltos, 1.4 assistências, 1.2 desarmes de lançamento e 0.5 roubos de bola de média por jogo em 13 jogos nesta edição da Euroleague sendo a quarta jogadora com melhor média de pontos por jogo e a quarta com melhor média de desarmes de lançamento por jogo. Uma excelente temporada de uma jogadora que é referência na sua posição e que brilhou mesmo numa equipa que sentiu dificuldades na competição.

Ficou aqui a Euroleague feminina, uma competição espetacular que marcou também o fim das competições europeias desta temporada com duas equipas a vencer de forma clara. Muitos destaques, grandes jogos e basquetebol de excelência a cada jogo marcaram mais uma edição da Euroleague feminina.

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José AndradeAbril 13, 20229min0

Para hoje, o nosso habitual texto com quem mais se destacou nos duelos que marcaram o fim de semana da nossa cada vez mais ao rubro e espetacular, Liga Betclic Feminina que viu ficarem encontradas as quatro melhores equipas que vão discutir quem vai chegar à final já a partir da próxima sexta-feira, por isso mesmo venham connosco ver quem mais se destacou porque as escolhas foram muito complicadas.

Eva Carregosa – Fechar a época como começou, em destaque

Começamos pelo playout, o Francisco Franco recebeu e venceu o Olivais FC por 77-67 e garantiu assim a manutenção na Liga Betclic Feminina. A equipa de Coimbra lutou muito, não foi um jogo fácil, mas o Olivais esteve até ao fim na luta e a dar tudo, mais um jogo onde a raça desta equipa ficou à vista. O Francisco Franco conseguiu “fugir” apostando na velocidade nas transições, Dayna e Katherine também elas a terminar a época em alta, tal como foi normal durante toda a temporada. Bianca Silva muito forte na luta das tabelas, mas nesse capítulo destaque para Leonor Santos que voltou a entrar muito bem e conseguiu ajudar a travar a superioridade na zona interior do Francisco Franco. Num jogo muito intenso, o menor número de soluções pesou no Olivais, mas a equipa bateu-se e nunca desistiu.

Além das norte-americanas, destacar o ótimo jogo de Cristina Freitas. Do lado do Olivais, Mafalda Pompeu muito bem, esteve em evidência no aspecto defensivo, teve que “aguentar” Dayna Rouse e esteve muito bem na tentativa da equipa de Coimbra em fechar os caminhos para o cesto. Menção ainda para a boa entrada de Mariana Garrido, mais uma vez entrou bem e “mexeu” com o jogo. O destaque maior vai para Eva Carregosa, a base foi uma das estrelas desta Liga Betclic, foi uma das maiores figuras e terminou como começou e como foi o seu normal, a jogar muito bem, mesmo num jogo onde o tiro exterior não caiu. Neste desaire que ditou a descida do Olivais, Eva Carregosa conseguiu 20 pontos (8 em 10 de lançamentos de campo, 1 em 9 na linha de três pontos e 1 em 3 na linha de lances livres) acrescentando ainda 3 ressaltos, 1 assistência e 2 roubos de bola.

Carolina Rodrigues – Em modo estrela

O SL Benfica depois da derrota no primeiro jogo com o Vitória SC foi obrigado a lutar e a ser a única equipa a precisar dos 3 jogos e neste fim de semana as comandadas de Eugénio Rodrigues venceram o segundo e terceiro jogo por 77-58 no sábado e 65-54 no domingo garantindo assim a passagem às meias-finais do playoff da Liga Betclic Feminina. Dois duelos diferentes, no sábado a equipa encarnada conseguiu uma vitória mais folgada fruto de uma entrada fulgurante no encontro e de um último quarto onde o Vitória acusou algum cansaço. No jogo de domingo, foi bem diferente, jogo muito mais equilibrado, o Vitória conseguiu mesmo no segundo quarto deixar o Benfica em dificuldades, mas voltou a ser o último período a fazer a diferença para o lado da equipa da luz.

Dois grandes jogos, luta até ao fim e o Benfica a ter de suar muito ara conseguir chegar à próxima fase da Liga Betclic Feminina. Nestes dois duelos tivemos destaques que não mudaram, do lado do Vitória, Filipa Barros a mais regular, sempre a assumir, sempre a conseguir fazer a diferença, além da base ainda Kahlia Lawrence que brilhou mesmo que não no mesmo nível que no primeiro jogo. Do lado do Benfica, Raphaella Silva obviamente e como sempre em destaque, a internacional canarinha sempre regular e sem baixar o seu rendimento, mas o maior destaque foi Carolina Rodrigues. A base que chegou às campeãs nacionais oriunda da SIMECQ, foi a jogadora que mais brilhou, tal como nas finais nesta temporada, Carolina Rodrigues surgiu a pegar no jogo, sem tremer e sendo um farol para o conjunto do Benfica.

Licinara Bispo – Força e estilo

No segundo jogo deste duelo, o União Sportiva recebeu e venceu o Quinta dos Lombos por 73-61 garantindo dessa forma a presença na meia-final do playoff da Liga Betclic Feminina. Duelo começou muito equilibrado, com os Lombos a cometerem muitos turnovers que o Sportiva soube aproveitar de forma eximia. A superioridade das açorianas a surgir no terceiro quarto, mais Nausia em jogo e a equipa de José Leite a gerir melhor os tempos de jogo, sem erros, sem precipitações e saber sempre contemporizar no ataque em busca da melhor solução, a juntar a isso o jogo interior onde o Sportiva esteve melhor.

Os Lombos sentiram mais dificuldades, faltou agressividade e a habitual força no jogo interior. O Lombos melhora muito com a entrada da Filipa Cruz, mas o principal problema da equipa da linha foram sempre os erros, muitos turnovers que custaram ao Lombos muito neste jogo. O jogo interior a ser o fator diferencial. Nos destaques individuais, Filipa Cruz Luiana Livulo os maiores do lado do Quinta dos Lombos, já no União Sportiva, Nausia Woolfolk que como sempre encheu o campo e iluminou esta partida com uma excelente exibição, mas o maior destaque vai para Licinara Bispo. A poste foi quem fez a diferença, garantiu a superioridade do Sportiva e fez um dos melhores jogos desde que chegou à nossa Liga Betclic Feminina. Neste duelo Licinara conseguiu, 16 pontos (com 8 em 12 de lançamentos de campo) ainda 18 ressaltos e 1 roubo de bola.

Carolina Bernardeco – Brilha mesmo nos maus momentos

O AD Vagos recebeu e venceu o CAB Madeira por 81-53 e conseguiu assim garantir presença na meia-final do playoff da Liga Betclic Feminina. O CAB Madeira entrou melhor, as duas faltas de Carolina Bernardeco condicionaram cedo a estratégia das madeirenses, mas o Vagos deu a volta quando Susana Carvalheira saiu e a equipa passou a jogar de uma forma mais rápida criando mais dificuldades à defesa do CAB. O CAB voltou a entrar melhor no segundo quarto, contragolpes mortíferos, mas a verdade é que o Vagos depois de sentir alguns problemas acabou por voltar a fugir através do tiro exterior que mais uma vez foi fazendo a diferença para a equipa da casa. O CAB acaba por conseguir equilibrar no segundo quarto, muito pelas ações de Carolina Bernardeco que iam fazendo a diferença, mas muito equilíbrio num grande jogo em Vagos. A verdade é que depois do equilíbrio, tudo mudou com um terceiro quarto onde o Vagos se superiorizou através de uma eficácia muito elevada no ataque para o lado das jogadoras de João Janeiro.

O CAB ia tentando através de rasgos individuais e muito pela Alice Martins que na luta do jogo interior foi conseguindo ser das melhores num terceiro quarto onde nada saiu bem à equipa da Madeira. No último período, Fátima Silva apostou nas mais novas e elas conseguiram mostrar, o Vagos estava confortável no jogo e acabou por gerir esta vantagem. Nos destaques individuais, Devon Brookshire que esteve mais uma vez fabulosa, ainda Rita Oliveira que continua de mão quente e Martha Burse que com o seu grande pulmão acabou por fazer toda a diferença. No CAB apesar do desaire, destacar Alice Martins, lutou imenso e esteve sempre bem no jogo, Isabel Berenguer, uma base que é impossível não ser fã, sempre muito lutadora, mas o maior destaque foi Carolina Bernardeco. A base e figura maior do CAB mesmo não tendo atuado no último quarto e mesmo com a questão das faltas, foi quem mais tentou, quem mais brilhou e mesmo num jogo complicado foi a figura maior mostrando a sua imensa qualidade.

Leonor Serralheiro – Nunca joga mal

O GDESSA triunfou por 64-58 na receção ao Esgueira e dessa forma carimbou a presença na meia-final do playoff da Liga Betclic Feminina. Foi o Esgueira a entrar melhor, a equipa visitante foi em busca de conseguir dar a volta à eliminatória e por isso mesmo uma entrada ótima que animou ainda mais tudo. O GDESSA demorou para conseguir acertar o tiro exterior e isso fazia a diferença. Jogo muito equilibrado, o GDESSA foi crescendo depois de um começo um pouco pior. Esgueira sempre muito bem, todas as jogadoras a serem importantes, todas as jogadoras sem medo de assumirem e criaram problemas ao GDESSA. Jogo muito rápido, muito intenso, tivemos uma grande luta entre postes, mas sempre muito equilíbrio e foi uma partida muito eletrizante a ser decidida nos últimos segundos do encontro.

Nos destaques individuais, Trudy e Vashti os nomes em maior evidência no Esgueira, mas as irmãs Raimundo estiveram muito bem, sempre que conseguiram espaço apareceram e fizeram a equipa jogar muito. Do lado do GDESSA, Márcia da Costa Robalo que marca o cesto decisivo, mas apareceu em todos os momentos e é uma jogadora que joga sempre bem, Maianca Umabano também muito bem, mas o maior destaque vai para Leonor Serralheiro. A base do GDESSA voltou a ser a líder, assumiu, criou, fez jogar e como em todos os jogos foi uma das estrelas da equipa e do fim de semana. Leonor Serralheiro conseguiu 16 pontos (2 em 4 nos lançamentos de campo, 1 em 5 na linha de três pontos e 9 em 10 na linha de lances livres) ainda 6 ressaltos, 4 assistências e 2 roubos de bola.

Ficaram encontradas as quatro melhores equipas desta edição da Liga Betclic Feminina, tudo ainda mais ao rubro, nervos à flor da pele para as meias-finais dos playoffs da fantástica Liga Betclic Feminina que apaixona e que voltou a mostrar o porquê de ninguém poder perder nenhum jogo porque é garantido que ficamos colados e maravilhados em todos os jogos.

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José AndradeAbril 13, 202214min0

Chegámos à nossa segunda-parte do nosso texto da Liga Placard, depois de ficarmos a saber mais sobre os seis primeiros do nosso futsal, vamos falar sobre a restante tabela onde podemos ver a muita qualidade existente nesta nossa Liga Placard.

Dois lugares para muitos pretendentes

Chegamos àquela que é a luta mais intensa da nossa Liga Placard, onde temos muitos galos para apenas dois poleiros. Muita luta, muitas trocas e tudo ainda em aberto.

Futsal Azeméis – Segurança e qualidade

Um projeto que se tem firmado na elite do futsal nacional, é já a sua sexta temporada na Liga Placard, tendo em 3 delas ficado em lugares de playoff, algo que não conseguiram na época transata. Nesta temporada, a luta pelo sétimo e oitavo lugar tem sido a mais animada e intensa, temos várias equipas com pretensões e com ainda capacidade de chegar àqueles lugares.

No caso do conjunto de Azeméis, o começo de temporada foi muito bom, 5 triunfos nas 6 primeiras jornadas derrotando mesmo o Elétrico e o Braga, a verdade é que com o avançar da época as coisas pioraram, o menor número de soluções em comparação com outros rivais diretos pesou e nesta altura levam 4 derrotas nos últimos 4 encontros. Uma equipa aguerrida, que defende muito bem, que faz da raça e da entrega as principais armas, complementando com jogadores jovens de muita qualidade. Falando dos destaques individuais, Bruno Felipe, Romada, Ruan Silvestre, Costelinha e Alan Gitahy têm sido quem mais se tem evidenciado, com menção para Ruben Freira, ala de 23 anos que se tem afirmado como um dos valores seguros do nosso futsal nesta temporada.

Leões de Porto Salvo – Altos e baixos em Oeiras

Depois de uma temporada onde ficaram à beira do pódio e onde conseguiram chegar às meias-finais nos playoffs, a equipa da linha tem tido uma época mais complicada. A “mescla” entre veterania e juventude volta a ser a chave deste conjunto, que depois de um mau começo de temporada, muitas lesões, alguns problemas em peças importantes e tudo demorou para carburar, a verdade é que assim que conseguiram reentraram na rota dos 8 primeiros lugares na Liga Placard e foi mais uma equipa que soube mexer no mercado de inverno.

O destaques individuais são, Diogo Santos, Bruno Pinto, Wesley e Diogo Furtado, com menção para Ludgero Lopes reforço de inverno, ele vinha de uma metade de temporada difícil no Modicus e com a ausência de André Galvão e os problemas de Papa Unjaque, a entrada do pivot foi muito importante para a melhoria deste conjunto, ele que depois de apenas 1 golo na primeira metade da época, já leva 7 nesta segunda fase tendo sido uma aposta muito acertada de um conjunto que também foi obrigado a trocar de treinador quando Mário Silva assumiu o lugar de Ricardo Lobão com um trabalho para já de mérito na equipa do Leões de Porto Salvo.

Portimonense SC – Algarvios a tentar salvar a época

Vamos até Portimão para falar de uma equipa que na temporada passada conseguiu ficar em oitavo lugar e foi um dos conjuntos sensação da época. Nesta nova temporada, a equipa alarvia tem estado abaixo do que se previa no arranque da Liga Placard. Com dois dos melhores jogadoras da competição e um conjunto forte, estar fora dos lugares de playoff indica que a competição subiu ainda mais de nível, mas acaba por ser um pouco desilusão para aquilo que se esperava deste conjunto de Pedro Moreira.

Uma época de muitos baixos, a situação com Wolverine ou a saída de Filipinho não ajudaram a amenizar as dificuldades da temporada, a melhor série que conseguiram foi de apenas duas vitórias seguidas, a verdade é que o talento existe e muito por duas estrelas a equipa está na luta pelos playoffs e tem conseguido mostrar rendimento. Os destaques individuais são obviamente, Júnior e Miranda, dois dos atletas mais desequilibradores da liga.

CR Candoso – A outra revelação

A equipa da cidade berço foi uma das que chegou nesta temporada à Liga Placard, eram de esperar algumas dificuldades, mas a verdade é que se têm aguentado bem e podemos dizer que são a outra surpresa da Liga, apresentando um bom futsal e uma base nacional muito forte e segura que será fundamental para o futuro deste conjunto na elite do futsal nacional. O Candoso é a equipa com menos derrotas do quarto lugar para baixo, são também a sexta melhor defesa e tem sido o aspeto defensivo uma das armas de maior destaque neste conjunto de Henrique Passos. Nos jogadores que mais se têm destacado temos, Thales Feitosa e Vini, dois dos melhores, mas com menções para Cigano, Amílcar Gomes ou ainda o jovem ala, Francisco Mikus de 23 anos que tem sido uma das sensações deste Candoso.

Viseu 2001 – Viseenses em busca do Playoff

Passamos para os Viseenses que vinha de uma excelente temporada, lugar de playoff e uma das sensações no futsal nacional, para uma temporada mais complicada. Passam de oitava melhor defesa na época passada para a segunda pior este ano e tem sido o aspeto defensivo a deixar a equipa de Viseu nesta situação mais delicada. Ocupam nesta altura o primeiro lugar da linha vermelha, estão a apenas 3 pontos do último lugar de playoff, mas a verdade é que esta tem sido uma temporada mais abaixo para esta conjunto.

Depois de um mau começo de temporada, as coisas melhoraram em dezembro, mas nestes últimos duelos a equipa tem voltado a apresentar algumas dificuldades, mas mesmo assim criaram muitos problemas ao Benfica na eliminatória da Taça de Portugal. O duelo com o Nun’Álvares na próxima jornada vai ser o maior teste para este conjunto de Paulo Fernandes para uma possível chegada ao lugar de playoff. Nas individualidades, os jogadores em maior destaque são, Rafa Stocker mesmo que um pouco abaixo do que na época passada, Mamadú Ture e Kiko.

A muita qualidade na Zona vermelha

Na zona mais baixa da tabela classificativa temos outra luta insana, várias equipas que vão estar até à última jornada a tentar fugir desta zona, onde temos a demonstração da muita qualidade e equilíbrio da Liga Placard.

AD Modicus – Gaienses ao sabor de Fábio Lima

Muita qualidade nestes lugares na zona baixa da tabela, muito equilíbrio e o Modicus acaba por ser a equipa que desiludiu mais, isto porque o conjunto de Gaia vinha de quinto lugar e de uma excelente temporada na Liga Placard. Este ano as coisas têm sido muito complicadas e por isso este lugar na zona vermelha da tabela classificativa da Liga Placard onde acresce o facto de serem o pior ataque da competição. Apenas 5 triunfos e este conjunto tem revelado muitos problemas, na próxima jornada a deslocação a Braga vai ser decisiva para a fuga a esta zona da tabela uma vez que já são 6 pontos para o décimo lugar. Nos destaques individuais temos Fábio Lima, é o maior destaque, mesmo numa temporada tão difícil continua a ser um dos melhores da Liga Placard, falamos de um jogador diferenciado e que nesta temporada tem lutado muito para que a equipa fuja desta zona perigosa.

SCU Torreense – A prova da muita qualidade na Liga

Vamos até Torres Vedras para falar de uma equipa “aflita”. O Torreense foi uma das equipas que subiu e a verdade é que tem um conjunto de muita qualidade e com alguns dos seus jogadores a serem das peças em maior destaque nesta temporada. As coisas até começaram bem com dois triunfos nas três primeiras jornadas, mas a verdade é que se seguiram 10 derrotas em 12 jogos. Os problemas físicos, alguma falta de sorte e as coisas acabaram por se complicar, a verdade é que tem sido uma equipa a jogar bem e que tem criado sempre dificuldades aos conjuntos adversários, mesmos os primeiros classificados suaram para ultrapassar esta equipa, uma prova da muita qualidade da nossa Liga Placard e deste conjunto do Torreense. Nos destaques individuais, Rafa Félix, Adaílton, Djaelson, Sévio e Tunha têm sido quem mais se tem evidenciado, com menção para Deivd guarda-redes que chegou com a época a decorrer do Manzanares de Espanha e que tem sido um dos destaques nestas últimas jornadas na Liga Placard.

GCR Nun’Álvares – Fafenses em fuga ao último lugar

Por fim, mais uma equipa que chegou esta temporada à Liga Placard, são o pior ataque com apenas 37 golos e também a equipa com menos triunfos. A verdade é que estão na melhor fase da época, depois de doze derrotas em 15 jornadas, a equipa melhorou, conseguiu impor-se e passar para uma boa fase, sendo que nesta altura levam apenas uma derrota nos últimos 5 encontros somando pontos importantes para uma possível saída do último lugar. Oito pontos separam os fafenses do décimo lugar e com 15 pontos ainda em disputa tudo poderá ser possível principalmente pelos duelos com Viseu, Torreense e Candoso rivais diretos na luta pela manutenção. Os próximos 5 jogos vão ser decisivos para este conjunto de António Aires, mas a verdade é que esta equipa tem muita juventude e uma base que se continuar a ser trabalhada e melhorada poderá dar muitas alegrias aos adeptos fafenses. Falando de destaques individuais, Caio Santos, Luís Paulo, Dudu e Ismael Ferreira têm sido os maiores, com menção para Kelvin Siqueira e Jô Cambangula, dois jovens de muito valor e imenso potencial.

Deixámos aqui a analise a cada equipa, alguns destaques individuais da nossa Liga Placard que está no final da fase regular. Uma liga espetacular, grandes jogos, craques mundiais e um equilíbrio imenso que nos proporciona fins de semana fantásticos de futsal semana após semana.

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José AndradeAbril 11, 20228min0

Para hoje, dia de draft da WNBA a quarta e última parte desta nossa lista de 40 nomes para o draft da WNBA, mas também para o futuro do nosso basquetebol mundial, pois ficaram aqui nomes que vão com toda a certeza brilhar por este mundo fora, por isso venham daí que temos os últimos nomes para vos apresentar.

 Taylor Robertson – Base de Oklahoma

Mais uma atiradora, uma das melhores da sua geração. Taylor Robertson é uma base atiradora, destaca-se pela marcação de pontos de todos os lados, sendo que é no tiro exterior que mais brilha. Foram mais de 200 triplos nas suas três primeiras temporadas, com uma percentagem de acerto de 42 da linha de três pontos nestas últimas temporadas. Uma base que não precisa de muito espaço ou muitas combinações para atirar, precisa de melhorar no aspeto defensivo, é o ponto mais fraco, mas é acima de tudo uma atiradora de elite que consegue pontuar de curta, média e longa distância com facilidade e que se pode assumir como uma arma importante a saltar do banco no imediato numa equipa na WNBA

Mya Hollingshed – Extrema do Colorado

É uma jogadora que garante um perfil atlético que uma equipa como as Phoenix Mercury muito precisam, isto porque, é uma extrema alta, forte fisicamente, que garante presença e força no garrafão, apesar da estatura lança bem e tem um tiro fácil, garante capacidade atlética, ressaltos, luta nas tabelas e pontos. Uma extrema muito interessante, com qualidade para se destacar cedo na liga principalmente na área pintada, mas com potencial para evoluir para uma peça importante no roster de muitas equipas.

Kianna Smith – Base de Louisville

Voltamos a falar de uma base atiradora, Kianna é ainda uma jogadora muito habilidosa, com muita técnica, e que tem uma técnica de lançamento muito bonita e que se destaca muito em campo. É uma jogadora que não precisa de muito espaço para atirar, apresenta uma percentagem de 46% na linha de três pontos e uma média de 12.6 pontos por jogo. Uma base que se destaca pelo tiro exterior, é uma scorer e que se evidenciou muito nas transições. Precisa de melhorar sem bola e na defesa, mas dá garantias de pontos porque tem uma capacidade de atirar muito elevada e sem precisar de grande espaço ou de muito tempo em jogo.

Monika Czinano – Extrema-poste de Iowa

É uma poste muito eficiente, embora ainda tenha jogado como extrema em muitas ocasiões, vai se assumindo cada vez mais como uma poste que sabe marcar e muito eficiente. É uma poste forte, que sabe usar o corpo, com um bom footwork, com capacidade de passe e que o ano passado liderou nos Estados Unidos em relação aos lançamentos de campo. É uma poste que pode ser um achado nas últimas escolhas, pois garante presença e capacidade de luta no jogo interior e que garante ainda pontos, sendo que tem evoluído muito no seu lançamento mais afastado do cesto.

Que Morrison – Base da Georgia

Que é uma base que acrescenta muito no aspeto defensivo, sendo uma lutadora e uma ótima ressaltadora. Falamos de uma base grande, que sabe usar o seu físico, não é a mais habilidosa, mas é uma jogadora forte fisicamente, que cria bem, com boa capacidade de passe e que luta muito, não só nas tabelas. Uma base que consegue criar e que dá muito defensivamente a qualquer equipa.

Madi Williams – Base de Oklahoma

Madi nesta temporada lidera Oklahoma em pontos e em ressaltos, é uma base muito atlética, nesta altura ainda não se sabe se vai estar neste draft, mas caso acabe por não fazer parte é um nome a guardar e que estará no futuro. É uma base muito forte fisicamente e não aparecendo em muitos dos mocks drafts a verdade é que tem tudo para ser uma escolha elevada. É uma base muito eficiente e muito completa, consegue jogar a extrema pelo seu nível e capacidade física, mas alia a isso, muita habilidade com a bola, muita técnica, consegue criar e tem um bom tiro, é uma jogadora que tem tudo para ser uma das surpresas do draft da WNBA ou uma das escolhidas na free agency, pois estamos a falar de uma base com potencial muito elevado.

Gemma Potter – Extrema dos Dandenong Rangers

Voltamos à Austrália para falar de Gemma Potter, mais uma estrela jovem da WNBL, que surgiu muito cedo em destaque na liga australiana. É ainda uma incógnita se ela vai estar no draft, a verdade é que falamos de mais um talento de muito futuro oriundo da Austrália. É uma wing muito versátil, teve alguns problemas físicos esta temporada, mas é um dos prospects das possíveis escolhas finais do draft da WNBA mais interessante. Muito rápida, atira bem, defende bem, boa capacidade de passe, rende dos dois lados do campo, é uma boa ressaltadora, consegue ajudar muito na defesa e em especial no jogo interior, tem capacidade física, lança bem de todas as zonas e sabe criar evidenciando uma ótima visão de jogo.

Júlia Boros – Base do BEAC

Saltamos até à Hungria para falar de Jula Boros, que se evidenciou muito no último Campeonato do Mundo de sub19 ao ser uma das melhores jogadoras do torneio, liderando a Hungria até ao bronze e sendo eleita para o quinteto ideal deste torneio. Júlia Boros é uma peça importante do BEAC, uma equipa que está a lutar para não descer na Hungria. É a jogadora que atuou em todos os jogos, a quarta com mais minutos e a terceira que mais pontua, sendo a que mais cria, porque Julia Boros é a base criadora da equipa evidenciando uma evolução muito grande desde o Mundial. Pode ser uma surpresa da terceira ronda desta draft ou ser escolhida na free agency, se isso não acontecer vai com toda a certeza dar o salto na Europa. É uma base que faz tudo bem, defende bem, tendo evoluído bastante na questão defensiva e em particular na luta das tabelas, evoluiu muito fisicamente, é uma criadora que faz a sua equipa jogar lendo muito bem os timings de jogo, passa bem, tem um ótimo tiro exterior, é uma playmaker e uma scorer de elevado nível. Vamos ouvir falar muito de Júlia Boros nos próximos anos mesmo que não seja uma escolha desta draft da WNBA.

Cece Hooks – Base de Ohio

Cece Hooks, vai sair de Ohio como a melhor jogadora de sempre da equipa, a máxima pontuadora, a jogadora com mais roubos de bola e ainda a melhor de sempre em relação a lançamentos de campo. A base depois de deixar marca em Ohio, pode chegar à WNBA como uma das últimas escolhas do draft. É uma base que defende muito bem, mas falamos de uma jogadora muito completa, ball handling de altíssimo requinte, muita habilidade, é uma scorer com capacidade para atirar de quase todas as zonas, é uma defensora notável sendo que rouba a bola com muita facilidade e é muito difícil de a ultrapassar no 1×1. Uma base completa, com poder de fogo e que acrescenta muito na defesa.

Magdalena Szymkiewicz – Base do Arka Gdynia

Para terminar, vamos até à Polónia para falar de Magdalena Szymkiewicz, uma base que se tem destacado na liga do seu país. Numa equipa que está a lutar pelo título na Polónia, Magdalena tem sido aposta em especial na liga, não jogando tanto na Euroleague, basta ver que é a 11ª mais utilizada da equipa nas competições europeias e a 3ª com mais minutos a nível interno, é claramente uma arma para a conquista polaca. É uma scorer, desde sempre se assumiu nesse papel, mas de época para época tem evoluído para muito mais que apenas isso. É uma base acima da média, ótima passadora, uma excelente leitura e visão de jogo, consegue criar para ela e para as colegas, não tem problemas em assumir nos momentos mais complicados, lança muito bem de todas as zonas, cresceu muito no aspeto defensivo e está pronta para voos mais altos. Uma base muito boa, com muita margem de progressão e que é bastante completa. Um talento que vai brilhar muito ao mais alto nível.

Chegámos ao fim, foram 40 nomes a guardar para o draft do próximo dia 11 e para o futuro do basquetebol feminino mundial. Não percam o draft, vejam basquetebol feminino e partilhem connosco outros nomes de futuras grandes estrelas.

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José AndradeAbril 11, 202211min0

Neste novo texto vamos falar da EuroCup feminina, uma competição onde tivemos a presença de uma equipa portiguesa, onde existiram muitas surpresas e por isso vamos aqui falar um pouco da caminhada até à coroação das francesas.

Ronda de qualificação – Sportiva muito perto do sonho

Na fase de qualificação, as portuguesas do União Sportiva enfrentaram as islandesas do Haukar. Na primeira mão, as açorianas deixaram tudo em aberto para o jogo em casa, perderam por 81-76, mas o jogo dos Açores acabou por ser mais complicado do que o esperado. A turma de Ricardo Botelho esteve na frente, conseguiram impor-se, mas a lesão de Raquel Laneiro e os erros de início de temporada acabaram por custar a eliminação das portuguesas que caíram de pé e a jogar muito bem. Nesta fase, equipas favoritas como o, Flammes, Tarbes, PEAC ou London confirmaram esse favoritismo e chegaram à fase de grupos, destaque nas equipas que entraram na EuroCup nesta fase de qualificação para o Ensino Lugo da portuguesa Sofia da Silva que eliminou as italianas do Campobasso depois de um jogo complicado em Itália, as espanholas venceram com uma excelente exibição da nossa Sofia da Silva o segundo jogo e conseguiram entrar na fase de grupos da EuroCup.

Fase de grupos – Presença portuguesa de luxo

Na fase de grupos onde as favoritas à conquista final se evidenciaram, tivemos a presença de duas equipas onde duas estrelas portuguesas brilham, o Ensino Lugo de Sofia da Silva que acabou por cair nesta fase de grupos ficando no terceiro lugar do grupo I e as belgas do Namur onde Inês Viana é uma das estrelas acabou por ficar no último lugar desse mesmo grupo, mas a portuguesa acabou por não ser utilizada pois ainda estava em fase de recuperação depois da longa lesão. Bourges sem derrotas nesta fase de grupos, as francesas já deixavam à vista a sua superioridade, além delas apenas o Valência e as turcas do Mersin triunfaram nos 6 jogos da fase de grupos.

As equipas que mais de destacaram foram, o Bourges, o Prometey e o ASVEL, as ucranianas do Prometey venceram o grupo B e foram a equipa com mais pontos por jogo, Bourges a equipa que marcou mais pontos, as russas do BC Nadezhda foram a melhor equipa em relação aos lançamentos de 2 pontos, elas que venceram o Grupo E, já as gregas do Olympiacos foram a melhor equipa na linha de três pontos ficando atrás do Nedezhda no Grupo E. Bourges e ASVEL foram as equipas que dominaram na luta das tabelas. Nos jogos, destaque para os duelos entre o Bourges e o Sassari, foram os jogos onde as francesas mais dominaram e proporcionaram os maiores espetáculos da fase de grupos, triunfando por 122-61 e 118-67 em cada um dos duelos. Nos melhores jogos desta fase de grupos destaque para o duelo entre o BC Polkowice e o WBC Enisey e o BC Nadezhda e o Estrela Vermelha dois grandes jogos entre as primeiras e as segundas classificadas do Grupo A e o duelo entre as primeiras e as terceiras do Grupo E.

Playoffs – Alta intensidade e muita qualidade

Já sem representação portuguesa, o Bourges reforçou o favoritismo ao eliminar o London Lion, tendo sofrido no jogo da primeira mão, Valência deixou o Estrela Vermelha para trás sem grandes dificuldades e o ASVEL “atropelou” o Hatay carimbando a passagem aos dezasseis avos de final de forma tranquila. Nesta fase além do favoritismo de algumas equipas confirmados, tivemos vários jogos que se destacaram, caso do duelo entre as russas do Nika Syktyvkar e as francesas do Roche Vendee, principalmente a segunda mão onde as francesas conseguiram equilibrar e criar mais problemas perdendo por 108-98, mas foi sem dúvida um dos melhores jogos desta fase. Ainda nestes playoffs destaque para o duelo entre as israelitas do Ramla e as belgas do Castors Braine, dois grandes jogos que nos proporcionaram dois dos melhores jogos desta fase com as belgas a passarem graças a duas excelentes exibições de Maxuella Lisowa-Mbaka.

Dezasseis avos de final – Tudo cada vez mais ao rubro

Nesta fase o Bourges passou pelas checas do Zabiny Brno de uma forma tranquila, o Valência teve de suar e sentiu dificuldades frente às turcas do Ormanspor, Olympiacos passou com classe as turcas do Nesibe e nos duelos em destaque tivemos o, BC Nadezhda vs as polacas do BC Polkowice, na segunda mão as russas superiorizaram-se, mas o primeiro jogo foi o mais equilibrado e o mais disputado desta fase da competição. Mersin e Villaneuve foram mais duas das equipas principais que conseguiram passar rodando as respetivas e gerindo muito bem, confirmando a superioridade e não dando espaço para que Lublin e Flammes respetivamente conseguissem sonhar com algo mais destas eliminatórias.

Oitavos de final – Espetacularidade e excelência

A fase decisiva estava já a ser jogada, ninguém queria ir embora da competição e por isso mesmo as lutas entre as 8 melhores equipas desta edição foram incríveis proporcionando grandes jogos. As turcas do Mersin venceram o Prometey por 86-67 e 95-66 e foram das favoritas a que não deixaram margem para dúvidas com a Temi Fagbenle a ser a maior figura destes dois jogos, “carregando” e liderando as turcas. Valência foi das favoritas a equipa que teve de suar mais para ultrapassar as polacas do BC Polkowice, mas a magia de Cristina Ouvina fez toda a diferença. Bourges deixou as gregas do Olimpiacos para trás e ASVEL eliminou o Lublin, ambas as eliminatórias decididas nos jogos da segunda mão.

Quartos de final – A animação em crescendo

Nesta fase, a juntar às quatro equipas que havia garantido a sua presença na eliminatória anterior, tivemos a vinda de duas equipas da Euroleague, no caso o Galatasaray , Landes, Atomeromu e Venezia, as quintas e sextas classificadas de cada um dos grupos da principal competição europeia, aqui marcada pelas sanções russas e por isso mesmo o Venezia que havia sido apenas sexto e as húngaras do Atomeromu que tinham ficado em último lugar no Grupo A, já as francesas do Landes haviam sido sextas e as turcas do Galatasaray apenas sétimas no Grupo B, também aqui as sanções impostas às equipas russas alteraram as equipas qualificadas. O Bourges depois de suar na primeira mão deixou as francesas do Landes para trás, o Galatasaray passou sem problemas pelo Atomeromu, Mersin “arrasou” o ASVEL num dos melhores duelos desta edição e com as turcas a causaram uma das surpresas desta temporada. Ainda o Venezia que suou, mas que eliminou o Valência.

Meias-finais – Favoritismos confirmados

Nos primeiros jogos destes 3 dias de excelente basquetebol, o Bourges confirmou o favoritismo e deixou para trás o Galatasaray com um triunfo por 69-67 num dos melhores jogos desta temporada e com Alix Duchet a ser a grande estrela mesmo perante mais uma exibição fantástica de Kelsey Plum que conseguiu 21 pontos para as turcas. No outro jogo, o super Venezia triunfou frente ao Mersin e garantiu o último bilhete para a final num duelo onde Yvonne Anderson e Kayla Thornton abriram o livro e deram um show de basquetebol.

Finais – Bourges as novas donas da EuroCup

Antes da final, o Galatasaray venceu o Mersin num duelo de turcas e garantiu assim o último lugar no pódio desta edição, num jogo onde a base da equipa derrotada, Dewanna Bonner foi a maior figura com 22 pontos. Na grande final e para surpresa de todos, o Bourges venceu de forma muito confortável as grandes favoritas do Venezia por 74-38 num grandíssimo jogo das francesas que assim causaram uma das maiores surpresas da temporada no basquetebol europeu e conseguiram assim o seu segundo troféu da EuroCup. O Venezia apenas conseguiu acertar 12 dos seus 55 lançamentos e a principal nota foram os 18 turnovers, algo anormal para o conjunto italiano que perdeu a terceira final desta competição, depois de em 2018 terem sido derrotadas pelo Galatasaray e em 2021 pelo Valência, a superequipa continua sem conseguir levantar a taça. A jogar em casa, as francesas dominaram do princípio ao fim, não existiu contestação a este triunfo que foi de muita classe e que coroou uma caminhada imaculada do Bourges com Iliana Rupert a ser a MVP da final.

Algumas das estrelas da competição

Brianna Fraser – ACS Sepsi-SIC

Das Romenas do Sepsi chega a extrema Brianna Fraser, a equipa acabou por cair nos playoffs depois do segundo lugar no Grupo B, mas Brianna foi o maior destaque da fase de grupos e acabou mesmo por terminar como a líder de pontos por jogo, mas nesta temporada na EuroCup, Brianna Fraser conseguiu, 27.5 pontos, 9.3 ressaltos, 1.4 assistências, 0.9 desarmes de lançamento e 0.8 roubos de bola de média por jogo, foi sem dúvida um dos destaques das competições europeias nesta temporada.

Maggie Lucas – Dínamo Sassari

Agora vamos até Itália para falar de uma das melhores jogadoras da EuroCup, da liga italiana e das Ligas europeias, falamos de uma base norte-americana que se destacou mesmo com as italianas a terminar a sua participação na EuroCup no último lugar do Grupo G com apenas um triunfo nesta fase, mesmo assim Maggie Lucas foi uma das estrelas desta competição com médias de 27.1 pontos, 4.9 ressaltos, 3.1 assistências e 3.1 roubos de bola por jogo.

Emma Cannon – Elitzur Ramla

De Israel chega a extrema Emma Cannon, uma jogadora que é sempre um dos destaques na Europa e nesta temporada não tem sido exceção nesta sua segunda aventura por Israel. O Ramla acabou por ficar no segundo lugar do Grupo D caindo na fase seguinte, nos playoffs frente às Castors Braine. A verdade é que entrou com tudo na competição com o primeiro jogo a ser logo de alto nível, mas a verdade é que foi a maior figura do Ramla e terminou a sua temporada na EuroCup com 26.9 pontos, 9.9 ressaltos, 1.6 assistências, 0.4 desarmes de lançamento e 1.1 roubos de bola de média por jogo na segunda maior competição de clubes da Europa.

Teaira Mccowan – Ormanspor

Na penúltima escolha para melhores craques desta EuroCup, vamos até à Turquia para falar da poste do Ormanspor, Teaira Mccowan. Falamos da líder de ressaltos por jogo nesta EuroCup, ela que é uma das melhores jogadoras na temporada na Turquia, sendo que começou com tudo nesta que foi a sua primeira temporada a competir na Europa. Falando de números na EuroCup nesta temporada, 21.9 pontos, 14.9 ressaltos, 1.0 assistências, 1.1 desarmes de lançamento e 0.6 roubos de bola de média por jogo.

Olga Dubrovina – SC Prometey

Vamos à nossa quinta e última escolhida para destaques desta EuroCup, falamos de uma base ucraniana que estava no Prometey até ao conflito que está a ser vivido na Ucrânia, Olga Dubrovina mudou-se para o Antalya, mas falando da sua época na EuroCup, a base ucraniana foi uma das figuras da temporada. Líder no que diz respeito às assistências num Promotey que venceu o Grupo B e que só caiu nos oitavos de final. Olga Dubrovina é um nome consagrado do basquetebol europeu e voltou a ter mais uma excelente temporada registando 9.5 pontos, 3.5 ressaltos, 7.2 assistências e 1.0 roubos de bola de média por jogo nesta temporada na EuroCup.

Hoje abordámos a EuroCup que terminou com o triunfo do Bourges, uma temporada com muitas condicionantes, mas o que fica foi a temporada incrível e os grandes jogos que pudemos assistir nesta EuroCup.

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José AndradeAbril 9, 202212min0

Para este texto, temos a primeira parte onde vamos falar da Liga Placard, da muita qualidade com que somos brindados semanalmente nos nossos pavilhões na elite do nosso futsal e ainda alguns dos muitos destaques em cada uma das equipas, por isso venham connosco nesta viagem excelência dos 6 primeiros classificados da da Liga Placard.

Rivais na luta pelo cetro do futsal nacional

Vamos começar pelo topo e com a maior rivalidade do desporto português para abordarmos a luta pelo título da Liga Placard.

Sporting CP – Super Team em busca de continuar o domínio

A turma de Alvalade segue no primeiro lugar, já conquistou a Taça da Liga e a Supertaça, está na final-four da UEFA Futsal Champions League, mas o começo de temporada não foi fácil, não só pelo desaire frente ao Fundão, como pelos jogos onde os leões sofreram. A questão física pesou, mas a verdade é que com o decorrer da época os problemas têm vindo a ficar para trás e nesta altura voltamos a ter uma das melhores equipas do mundo semana após semana. Uma equipa que vai numa série de 17 vitórias seguidas e 30 jogos sem perder em todas as competições, a praticar bom futsal e que está em crescendo na temporada.

Se Caio Ruiz tem subido de rendimento ao longo da temporada, o mesmo não se pode dizer de Waltinho ou Miguel Ângelo, duas das caras novas para esta época que não têm rendido como seria de esperar, por outro lado a última adição ao plantel leonino, Esteban Cejudo entrou com tudo e apontou logo 2 golos no seu primeiro jogo. Um Sporting cada vez mais forte onde Tomás Paçó tem sido uma das figuras da época juntando-se a Alex Merlim e Pany Varela como uma das estrelas do conjunto de Nuno Dias.

SL Benfica – Teste às melhorias de Pulpis

No lado encarnado, a época começou com muitas dificuldades, vários reforços, mas a maior novidade foi a equipa técnica nova, com novas metodologias e uma nova ideia de jogo que tem demorado para render o que Pulpis quereria. Nuno Silva, um dos melhores treinadores de guarda-redes do mundo, tem sido um dos destaques desta temporada, tal como esperado o trabalho de Nuno Silva não demorou para ser visível em especial com André Sousa que depois de temporadas complicadas tem estado muito bem.

Um Benfica com altos em baixos, a paragem para o Campeonato da Europa e Copa América ajudou a que a equipa conseguisse cimentar melhor as novas ideias e que jogadores importantes recuperassem fisicamente, caso de Rômulo, além disso a entrada de Rocha elevou a equipa, o pivot brasileiro era a peça que faltava ao conjunto encarnado. Época onde o Benfica já perdeu dois troféus (Taça da Liga e Supertaça) e onde não só ainda não conseguiram vencer o Sporting como já sofreram em vários jogos. Na próxima jornada novo dérbi, maior teste às melhorias da segunda metade de época deste Benfica. Chishkala, Robinho, Arthur e André Sousa têm sido as maiores figuras das águias com menção ao jovem Carlos Monteiro que se tem afirmado cada vez mais nesta temporada.

A luta insana pelo pódio da Liga Placard

Passamos para uma das lutas mais intensas e mais interessantes desta edição da Liga Placard com duas das melhores equipas desta temporada.

AD Fundão – Cerejas de alto nível

Como sabemos o Fundão teve na temporada passada a melhor de sempre e nesta época começaram de uma forma absolutamente incrível como de forma excelente escreveu Maria Pinto Jorge (ler aqui), a verdade é que depois do ótimo começo a equipa de Nuno Couto começar a sentir alguns problemas. O registo 100% vitorioso nos 7 primeiros jogos, onde conseguiram a proeza de vencer de forma contundente o Sporting, sendo a única a conseguir tal feito nesta temporada, passou para 1 triunfo nos 6 jogos seguintes e nesta altura estão com 2 vitórias, 2 empates e 3 desaires nos últimos 7 encontros. A equipa sentiu um pouco, passaram por momentos complicados, mas estão de novo numa boa fase, a jogar bem e em crescendo, os problemas parecem ultrapassados e a muita qualidade volta a estar cada vez mais à vista novamente. Nas figuras, a maior continua a ser a mega estrela, Mário Freitas, mas Thalles, Nem e Iury Bahia têm sido as maiores figuras, com menção ao jovem Edmilson Sá que tem estado muito bem, ele que é um dos jovens mais talentosos do nosso futsal.

Eléctrico FC – Revelação da época

Vamos até Ponte de Sor para falar daquela que tem sido a equipa sensação da temporada. Desde que subiram em 2018/2019 que este projeto se tem cimentado no nosso futsal, conseguiram a ida aos playoffs logo nessa temporada, um 10º lugar na época seguinte e um 9º na última época, estes dois últimos anos com Kitó Ferreira ao leme, ele com a sua equipa técnica que era das melhores, construiu as bases do sucesso deste Eléctrico que nesta nova época passou por mudanças e a aposta em João Freitas Pinto revelou-se muito acertada. Projeto em crescendo, numa época onde apostam em muitos jovens e a verdade é que tem sido a surpresa da temporada. Trabalho exemplar de um dos melhores projetos do nosso futsal. Nos destaques individuais, André Correia, Daniel Airoso, John Lennon, Hugo Neves e Célio Coque são quem mais tem brilhado numa equipa muito bem trabalhada e com muita qualidade.

Quinto lugar ao rubro

Duas equipas com épocas diferentes, mas que têm animado muito esta temporada na luta pelo top5 da Liga Placard.

Quinta dos Lombos – Crescimento na linha

A equipa da linha vinha de uma temporada mais complicada e onde ficaram fora dos playoffs, por isso mesmo muitas mudanças nos comandados de Jorge Monteiro e a verdade é que mais uma vez revelaram acerto nas contratações e conseguiram subir de nível, reforçando o que já era uma equipa com muitos valores e jogando um futsal atrativo, de muita qualidade e com isso conseguiram a estabilidade que lhes permite estar entre os cinco primeiros classificados na Liga Placard. Depois de um período com vários desaires, a equipa de Cascais conseguiu reentrar no caminho dos triunfos, consolidando o seu modelo e ideia de jogo, com o reforço de inverno a ajudar a que a equipa se fortalecesse. Nos destaques individuais, Schutt tem sido o maior, mas Gonçalo Sobral, Kaká, Rodriguinho, Willian Carioca e Murilo Duarte chegado em janeiro, têm sido os jogadores em maior evidência neste Quinta dos Lombos.

SC Braga – Época em crescendo

Depois de vários anos a discutir o título da Liga Placard e a entrar na luta com os rivais de Lisboa, a equipa do Braga teve na época passada a sua pior, com um 7º lugar e um afastamento logo nos quartos de final dos playoffs por 2-0 frente ao Benfica. Nesta temporada, um grande investimento, muitas mudanças e entrada de nomes sonantes naquilo que era a busca arsenalista pelo regresso ao topo da Liga Placard, a verdade é que a época começou mal, 5 derrotas nas 7 primeiras jornadas, rendimento muito abaixo do esperado e por isso mesmo mudança no timoneiro com a entrada de Joel Rocha para o lugar de Bruno Guimarães.

O Braga com esta mudança, conseguiu melhorar, ainda só conseguiram um máximo de 3 jogos consecutivos sem perder, mas a verdade é que são uma equipa em crescendo ao longo da temporada e nesta altura estão na discussão do quinto lugar. Os reforços de inverno ajudaram ao crescimento deste conjunto de Joel Rocha que vai ter um final de fase regular complicado, a qual vai servir de teste para a boa segunda fase da temporada e para os playoffs onde o Braga vai tentar chegar novamente longe. Nos destaques individuais, Fábio Cecílio, Tiago Brito e Allan Guilherme têm sido quem mais se evidência neste conjunto de Braga, com menção para Leandro Costa que com a lesão de Vítor Hugo assumiu a baliza arsenalista e mostrou a sua qualidade sendo uma das pedras mais importantes nesta época.

Ficou aqui a primeira parte sobre a Liga Placard com os 6 primeiros classificados desta liga fascinante e onde reina a qualidade e o melhor futsal do mundo semanalmente.

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José AndradeAbril 9, 20228min0

Penúltima parte da nossa lista de futuras grandes estrelas do basquetebol mundial, mais 10 nomes de muito valor e talento para o draft da WNBA e para o futuro do basquetebol feminino mundial.

Maya Dodson – Extrema de Indiana

Nesta segunda parte começamos com uma jogadora interior, uma defensora, não falamos de uma interior com jogo exterior, mas sim uma das melhores a nível defensivo. Maya é uma das melhores deste draft da WNBA em termos de desarme de lançamento, é uma excelente defensora, garante vantagem no perímetro, altura e capacidade física.

Chloe Bibby – extrema de Maryland

Continuamos com uma jogadora da mesma posição, mas Chloe Bibby é mais versátil, consegue jogar dentro e fora, é uma ótima ressaltadora e ainda acrescenta tiro exterior, é uma “big” que lança muito bem da linha de três pontos. É uma jogadora interior muito completa, que consegue atuar em várias posições e que tem capacidade de criar, uma extrema-poste com grande margem de progressão e já habituada a grandes palcos uma vez que se estreou cedo na liga australiana.

Sude Yilmaz– Extrema do Galatasaray

Vamos a um nome que é altamente improvável que seja escolhido, mas uma jogadora de futuro para o basquetebol europeu e que pode acabar por chegar à WNBA a médio prazo. Sude Yalmaz tem se cimentado na posição 3 na Turquia, tem apenas 20 anos, mas tem ganho muito espaço ao longo desta temporada no Galatasaray sendo uma jogadora cada vez mais importante na equipa. Uma jogadora versátil, capaz de jogar também como base, posição onde começou a dar nas vistas. Falamos de uma jogadora com capacidade de criação, com ótimo sentido posicional, que passa muito bem e que tem uma excelente visão de jogo, precisa de melhorar no lado defensivo, mas a verdade é que com o maior tempo de jogo temos visto uma jogadora a mostrar mais da sua capacidade de assumir jogo e de fazer o Galatasaray jogar.

Lexie Hull – Base de Califórnia

Stanford acabou por desiludir nesta March Madness, mas Lexie Hull assumiu-se ainda mais como um dos grandes nomes para este draft. Falamos de uma base muito aguerrida, que tem a maior questão no seu atleticismo, ainda se colocam algumas dúvidas para uma liga como a WNBA, mas é uma base muito lutadora, que garante tiro exterior, tendo uma percentagem de 40.4 na linha de três pontos esta temporada e de 37% ao longo dos seus três anos em Stanford. Além do tiro exterior, um dos destaques é a capacidade de roubar a bola, esta temporada foram 2.3 roubos de bola por jogo, sendo uma arma da equipa que dos roubos de bola conseguia pontuar muitas vezes. Lexie Hull é uma base que luta muito, nunca desiste de uma bola, tem tiro exterior e consegue facilitar o jogo das suas colegas, além de ser muito habilidosa, é uma jogadora de muito futuro.

Jade Melbourne – Base de Canberra

Voltamos a um prospect internacional que vai chegar à WNBA, falamos da base australiana, Jade Melbourne que preferiu estudar e fazer o seu percurso na sua terra natal, recusou a oferta de Arizona State para continuar na liga australiana onde se afirmou como uma das estrelas e dos maiores talentos. Foi a mais jovem da lista de eleitas da Austrália para o Campeonato do Mundo. Jade é uma base que defende bem, que ataca muito bem o cesto e esse é um dos pontos onde mais se destaca, depois é uma criadora, consegue descobrir os espaços para as suas colegas e para os seus lançamentos, sendo também ela uma boa atiradora. Ball handler de elevado valor, gosta de atirar do canto na linha de três pontos, é rápida e penetra muito bem para o cesto. Uma combo guard de muita margem de progressão.

Jasmine Dickey – Base de Delaware

É uma jogadora muito versátil, talvez a jogadora capaz de jogar em mais posições neste draft, isto porque já a vimos jogar a base, onde atua preferencialmente, mas também já foi usada a extrema e a extrema-poste. Jasmine é uma jogadora híbrida, caapaz de render em todo o lado, muito intensa, muito atlética, é uma jogadora muito de confiança e que sempre atua bem. Joga bem dentro e fora, muito habilidosa com a bola nas mãos, sabe criar e passa bem, mas depois defende bem, consegue aguentar jogadoras mais fortes fisicamente e não se intimida com ninguém. Marca em campo aberto, em transições e penetra bem para o cesto, é um talento muito completo e com uma margem de progressão que a faz ser uma das jogadoras deste draft mais fiáveis.

Serena Kessler – Base de Tarbes Gespe Bigorre

Nesta segunda parte temos mais nomes europeus e Serena Kessler é mais um, neste caso é uma das maiores promessas do basquetebol francês. Fez formação em Paris, no Centre Federal, uma equipa de segunda divisão onde cedo deu nas vistas e consequentemente foi lançada ao mais alto nível, assumindo logo um papel de destaque. Depois deu o salto para Tarbes, uma equipa de primeira divisão onde ela se assume como uma das maiores figuras. É uma base de mais de 1,80 metro, tem um histórico de lesões, mas é uma base com capacidade física e que sabe usar muito bem o seu corpo, que defende bem, com capacidade de tiro e com habilidade com a bola nas mãos, um talento que pode ser escolhido na terceira ronda, mas com capacidade para no futuro chegar à WNBA.

Katie Benzen – Base de Maryland

Uma base que chegou a Maryland como uma atiradora, a verdade é que era bem mais que isso e com o tempo tem evoluído para se afirmar como uma base mais completa. Katie mantém um tiro exterior temível, é uma das suas armas, mas além disso é uma base rápida, habilidosa, com ótima capacidade de passe e que notabiliza pelo que faz jogar, não é uma base egoísta, muito pelo contrário, é uma base de fazer jogar e de ajudar as suas colegas a renderem mais. Uma base coletiva, de criação e que passa muito bem.

Reka Dombai – Extrema do Gyor

Agora vamos até à Hungria para falar de Reka Dombai, mais uma jogadora internacional com capacidade para chegar muito longe. Vai na sua terceira temporada no Gyor, estreou-se com apenas 16 anos e logo na primeira temporada assumiu-se como a terceira melhor marcadora da liga, o que já por si revela bem a sua muita capacidade. É uma jogadora muito versátil, defende muito bem, ataca bem o cesto, joga bem de costas e de frente para o cesto, atira bem, cria bem, consegue assumir várias posições e dá garantias de rendimento imediato dos dois lados do campo. Pode ser um dos “steals” deste draft porque além da qualidade, da sua versatilidade, é uma das jogadoras deste draft com mais andamento a nível sénior.

Eden Zipel – Extrema do Hapoel Rishon Lezion

Continuamos na Europa para falar de um dos maiores talentos do basquetebol europeu, Eden Zipel é uma extrema de muito valor. É scorer, apareceu cedo no Hapoel, tem vindo sempre a crescer e a evoluir. Na temporada passada, a equipa sentiu dificuldades, as estrangeiras não renderam o esperado e foi Eden a assumir o papel de estrela, nesta época as coisas mudaram, as israelitas conseguiram Dekeiya Cohen, Jennie Simms e Kristi Bellock, três jogadoras que assumiram o estatuto de estrelas da equipa, parecia que Eden ia perder espaço, a verdade é que ele não só aumentou o tempo de jogo como é uma das peças com melhor rendimento, sendo ela a responsável por criar e por fazer estas estrelas renderem tanto como tem acontecido nesta temporada. É uma extrema de criação, que se destacou sempre por pontuar facilmente, mas a verdade é que não deixando nunca de ser uma scorer tem melhorado muito na criação, evidenciado uma leitura e visão de jogo muito acima da média.

Ficaram aqui mais 10 nomes, para o draft da WNBA, mas não só, falamos de grandes talentos que já brilham muito e vão brilhar cada vez mais. Ainda nos falta mais uma parte, por isso não percam a nossa quarta e última parte com mais nomes de futuras estrelas.


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É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


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