Lucas Pacheco tratou de fazer um ranking das equipas da WNBA antes da competição começar, olhando para reforços e extensões de contrato
Lucas Pacheco tratou de fazer um ranking das equipas da WNBA antes da competição começar, olhando para reforços e extensões de contrato
Continuamos com este power ranking da WNBA, agora para descobrir quem são os 6 que estiveram melhor durante o off season!
Greg Bibb segue por lá (péssimo sinal), mas aceitou uma redução em suas funções ao contratar Curt Miller como GM. De cara, ele contratou seu antigo assistente Chris Koclanes para técnico e conseguiu um bom retorno por Sabally. O time ganhou a escolha 1 do draft e aguarda ansiosamente que Paige Bueckers resolva o velho problema na armação do time. Se Koclanes conseguir melhorar a eficiência de Arike Ogunbowale e domar seu instinto ofensivo, será um baita ganho; ao seu redor, o elenco virou do avesso e adicionou peças promissoras (NaLyssa Smith, Luisa Geiselsoder, Mai Yamamoto, DiJonai Carrington, Ty Harris e Myisha Hines-Allen).
O Dallas patina desde que chegou no Texas, ao menos esta agência livre deixou um gosto saboroso, de mudança, na torcida. Difícil prognóstico de um elenco tão alterado, mas depois de temporadas de marasmo e continuidade, pelo menos vislumbramos uma luz no fim do túnel para esta WNBA.
A franquia pode ter dinheiro de sobra mas a falta de organização interna atrapalhou a agência livre. A franquia contratou uma GM, para demiti-la depois sem deixar legado. Becky Hammon assediou Dearica Hamby e ficou por isso mesmo. Tidas como retornos certos, as alas Alysha Clark (Seattle Storm) e Tiffany Hayes (Golden State) partiram, minando um banco já carente de opções. Até mesmo Sydney Colson preferiu a mudança (Indiana Fever)!
O resultado é, no momento, um elenco desbalanceado (das 9, 5 são pivôs, sendo a contratação de Cheyenne Parker-Tyus um dos poucos acertosda direção) e curto, curtíssimo. Bem verdade que Jewell Loyd chegou para repor a perda de Kelsey Plum, movimento que melhorará a defesa de forma imediata, mas a queda nas semis em 2024 deveria ter deixado lições. A offseason comprovou que não.
Para piorar, os dois principais assistentes técnicos de Hammon saíram para assumir como treinadores principais. O Aces saiu de um projeto de dinastia para um elenco cheio de lacunas. 2025 será um longo ano para Las Vegas.
Muitas críticas podem ser endereçadas à franquia de Phoenix, afinal perderam um de seus esteios, a pivô Brittney Griner. Porém, não faltou ousadia: o time correu atrás de Satou Sabally, um dos principais nomes no mercado, e formou um trio com Kahleah Copper e (queixos caídos) Alyssa Thomas. Candidata perene a MVP e uma das melhores defensoras da WNBA, AT assinou com o Mercury e alçou o time no ranking. Independente do restante do elenco, o técnico Nate Tibbetts em seu segundo ano terá um trio explosivo e cascudo.
Hoje, o elenco conta com 9 jogadoras, ou seja, a agência livre está longe de encerrada. O dono, o GM, o técnico, as jogadoras, todos em Phoenix devem estar, a essa hora, ligando para Diana Taurasi e clamando por seu retorno para uma temporada de despedida. Com menos responsabilidade ofensiva, com mais defensoras de elite a seu lado, é a chance de perseguir o quarto título. Se ela voltar e concordar com um papel menor, o time ganha um dínamo para seu banco – e convem não duvidar do talento e da resiliência de Taurasi.
Após um primeiro ano de caloura de Caitlin Clark já excelente, findando a seca de playoff, o time tornou-se ainda melhor. Chega a assustar o potencial do elenco, potencializado pela chegada (retorno) da técnica Stephanie White. O time acabou a conturbada relação com NaLyssa Smith e trouxe, para repor a posição 4, uma das melhores operárias da WNBA, a experiente Natasha Howard. Por melhor que seja o desenvolvimento de Lexie Hull, para a posição 3 o time incorporou a multi-campeã DeWanna Bonner, no topo de muitas estatísticas históricas da liga.
O quinteto titular melhorou e adicionou experiência; o banco terá a própria Hull e Sophie Cunningham, egressa do Phoenix Mercury, reforçando as alas (principal lacuna em 2024), e trazendo flexibilidade e variedade nas formações (Bonner na 4, por ex). A defesa, penúltima em 2024, ganhou novos ingredientes para mesclar e só tende a evoluir; o vistoso ataque passará por ajustes, mas a renovação de Kelsey Mitchell garante a explosiva dupla com Clark no perímetro.
O céu é o limite para a franquia, já no segundo ano de Clark na WNBA.
A franquia optou, depois de ficar a milímetros do título em 2024, por uma agência Livre tranquila, sem grandes movimentos. Tal qual o Liberty, o time manteve o quinteto titular e as principais peças do banco. O maior movimento foi a contratação da pivô francesa Marieme Badiane, para ocupar o lugar deixado pela partida de Myisha Hines-Allen (Dallas Wings). Badiene encaixa-se, em teoria, como uma luva na proposta: ágil, móvel, que compensa a baixa estatura com muita disposição e atenção aos detalhes.
Ela não será protagonista e poderá se dedicar aos pequenos detalhes, essenciais em uma quadra de basquete. Se Diamond Miller voltar à forma dos tempos de universidade, adicionará uma fagulha na ala na segunda unidade, fundamental para as ambições (título) do Lynx. Detalhe: o elenco conta no momento com 10 atletas e novos nomes devem chegar antes da temporada para o caldo da exigente técnica Cheryl Reeve.
O excelente trabalho do GM Jonathan Kolb nos anos anteriores resultou no inédito título de 2024; ele forneceu as peças para a técnica Sandy Brondello formatar um time campeão e o trabalho foi tão bem feito que ainda rende dividendos. É certo que as saídas de Kayla Thornton (Golde State Valkyries) e Courtney Vandersloot (Chicago Sky) serão sentidas, mas o time seguirá com o quinteto titular intacto, na esperança de que outras peças acessórias supram a ausência. Na ala, Rebekah Gardner e Kennedy Burke repõem as funções de Thornton; na armação da segunda unidade, aposta no desenvolvimento das jovens Jaylyn Sherrod e Markesha Davis. Brondello terá a temporada regular inteira para esse desenvolvimento e, em último caso, diminuir a rotação na armação para as titulares.
O time perdeu peças importantes do título da WNBA do ano passado – fato – mas está bem situado na busca do bicampeonato, largando a frente de todas as concorrentes mesmo com uma pacata agência livre.
Happy to welcome our KB back! 💪 pic.twitter.com/xZytnsIIOA
— New York Liberty (@nyliberty) February 1, 2025
A ausência da comunidade brasileira do twitter foi sentida e Lucas Pacheco explica a importância na rede no basquete feminino
Meias-finais da WNBA 2024 e muitos destaques da liga norte-americana de basquetebol feminino, todos analisados pelo Pausa Técnica
Com a fase regular e 1ª volta dos playoff concluída, os playoffs da WNBA 2024 estão em grande e Lucas Pacheco explica-te o que se passou até aqui
Um futuro com promessa de ser algo fenomenal e um presente competente... esta é a realidade dos Minnesota Lynx analisado por Eliseu Brito
A temporada da WNBA está completamente ao rubro e as Minnesota Lynx depois de um começo atribulado são uma das equipas em destaque desde Junho e é sobre esta nova fase de Minnesota que vos vamos falar hoje.
? 4 DAYS AWAY ? pic.twitter.com/4V8qGPrlPt
— WNBA (@WNBA) July 6, 2022
As Minnesota Lynx iniciaram esta época com muitas dúvidas, várias jogadoras lesionadas e em diferentes fases de recuperação, muitos problemas para este conjunto lidar, mas desde cedo se viu que a grande figura ia ser a experiente Sylvia Fowles. A estrela assumiu o protagonismo de todas as colegas que estavam em falta e ainda do baixo rendimento e produtividade de outras. As Lynx só ganharam um duelo nas 7 primeiras jornadas, conseguiram criar alguns problemas nos jogos com algumas das favoritas, mas as ausências pesavam e deixavam este conjunto de Minnesota com alguns problemas. Depois de uma série negativa, o regresso das figuras que estavam lesionadas e algumas alterações no plantel ajudaram a que as Lynx conseguissem melhorar e dar a volta depois de um começo menos bom.
Nesta altura são 4 vitórias nos últimos 6 jogos, uma mudança radical ao que assistíamos no início de temporada. Indo além dos resultados, percebemos que a equipa melhorou bastante em especial no aspeto ofensivo e muito porque o banco começou a funcionar. A equipa consegue desde 21 de junho ter mais vitórias que nos 16 primeiros jogos, mas o ponto são as melhorias exibicionais da turma de Minnesota. O crescimento desta equipa faz os fãs sonharem com o regresso de Sylvia Fowles aos playoffs naquela que será a sua última temporada na WNBA.
big time win.
AP – 32 pts. / 6 reb. / 4 ast.
Mo – 13 pts. / 3 reb. / 6 ast. / 3 stl.
Rach – 13 pts. / 1 reb. / 2 ast. / 1 stl.
Syl – 8 pts. / 11 reb. / 1 ast. / 2 blk. pic.twitter.com/eJuvYwUvtj— Minnesota Lynx (@minnesotalynx) July 4, 2022
A curta rotação foi a chave para as Lynx iniciarem a temporada como a pior equipa nível ofensivo, depois com os regressos e o acerto nas entradas, a equipa tal como se viu com as Las Vegas Aces passou a conseguir ter uma profundidade maior e com isso um desempenho melhor. O triunfo frente às Aces é o maior destaque, é necessário frisar que a equipa de LA acusou algum cansaço e a falta de rotação, mas as Lynx neste duelo mostraram de forma exata todas as melhorias que começam na capacidade de rotação com nenhuma das atletas a jogar mais de 28 minutos, depois disso não vemos muitas jogadoras a passar dos dois dígitos, mas todas marcam, todas conseguem fazer a diferença independente do tempo de jogo e em todos os casos o impacto é sentido nos dois lados do campo. Defensivamente a equipa sempre se conseguiu mostrar, obviamente que a dependência de Fowles era imensa no começo de temporada, algo que tem vindo a reduzir, em primeiro lugar porque a equipa foi obrigada a isso com a lesão da sua estrela e depois pelo crescimento que temos assistido nos últimos duelos.
As lesões ainda não estão totalmente ultrapassada e isso também obriga a esta gestão cuidada, mas o regresso de Damiris Dantas deu à esta equipa um poderio físico e uma capacidade muito importante na luta das tabelas, algo que faltava no começo da temporada. Um dos destaques deste crescimento das Lynx é Moriah Jefferson que também ela passou por problemas físicos, foi dispensada pelas Dallas Wings e depois do início atribulado, conseguiu assumir-se como uma das figuras desta equipa, sendo nesta altura uma das jogadoras fundamentais. O ponto alto para já de Moriah Jefferson nesta temporada foi o duelo com as Wings onde conseguiu a sua vingança, depois de ser dispensada, a jogadora que na próxima temporada estará na Europa ao serviço das espanholas do Avenida, conseguiu o seu primeiro triplo-duplo da carreira com 13 pontos, 10 assistências e 10 ressaltos, não só conseguiu a sua “vingança” como confirmou a melhor fase da temporada a nível pessoal e coletivo das Lynx. A melhoria ao longo da época colocam este conjunto nesta altura com um registo de 7-15 e a liderar no “scoring” da WNBA com 91.3 pontos de média por jogo, uma diferença abismal na produção ofensiva desta turma de Minnesota. Analisando os números podemos ver esta evolução, passaram de 78.4 pontos por jogo para 91.3, a nível de lançamentos de campo a percentagem subiu de 43.0 para 49.0, no que à linha de três pontos diz respeito o crescimento também é notório com uma passagem de 31.0% para 40.1%, algo bem revelador do que este conjunto tem melhorado no aspeto ofensivo.
LET’S GO MO ? pic.twitter.com/XpaEuFDoeI
— Minnesota Lynx (@minnesotalynx) July 4, 2022
Na defesa que até era o ponto melhor da equipa, notamos também um crescimento e basta ver que a equipa concedia 84.9 pontos por jogo de média e nesta altura desceu para 78.8 pontos de média, um crescimento assinalável em todos os aspetos para a turma de Minnesota. Sylvia Fowles continua a ser a grande protagonista das Minnesota Lynx, em 17 jogos tem médias de 14.9 pontos por jogo, 9.3 ressaltos, 1.2 roubos de bola e 1.3 desarmes de lançamento, médias que fazem desta super estrela a segunda melhor jogadora da Liga no que aos ressaltos por jogo diz respeito, a sexta melhor nos desarmes de lançamento e a melhor no que diz respeito aos lançamentos de campo com 64.5%, a experiente jogadora segue em temporada de grande nível que a colocam na luta pelo prêmio de MVP, algo que com o crescimento das Lynx poderá ficar mais perto e seria o melhor final de carreira para uma das melhores jogadoras de sempre. Os próximos duelos vão ser testes decisivos para esta nova fase das Lynx, a margem é muito curta para um possível lugar nos playoffs e por isso a turma de Minnesota está obrigada a vencer, mas nesta altura o rendimento e a qualidade jogo desta equipa são os grandes destaques na WNBA.
AERIAL.
POWERS.
???? pic.twitter.com/fzJadDIPqv— Minnesota Lynx (@minnesotalynx) July 3, 2022
Ficou aqui um olhar para a nova fase das Minnesota Lynx, a equipa que passou de uma das piores para uma das em maior destaque na WNBA.