Arquivo de Márcia da Costa Robalo - Fair Play

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José AndradeDezembro 13, 20226min0

Esta última semana voltou a ser tempo de seleção e hoje vamos olhar para os duelos entre o conjunto das quinas e as seleções da Grã-Bretanha e da Estónia respetivamente, por isso acompanhem-nos nesta viagem por dois duelos que nos colocaram mais perto do feito histórico.

Portugal – Grã-Bretanha: Jogão de alta intensidade

Em Matosinhos, Portugal recebeu a Grã-Bretanha com a seleção visitante a sair vitoriosa desta visita ao nosso país por 76-69 num duelo marcado pelo equilíbrio e pela muita emoção até ao final da partida. O resultado acaba por enganar, este jogo foi muito equilibrado com a seleção nacional a começar melhor, o conjunto de Ricardo Vasconcelos arrancou com tudo conseguindo entrar da melhor maneira neste jogo. A resposta da turma de sua majestade não tardou e a equipa visitante conseguiu ganhar um ligeiro ascendente nesta partida através da luta das tabelas, o ponto que ditou a maior diferença a favor das britânicas, mesmo assim Portugal conseguiu sempre equilibrar levando mesmo este duelo para o prolongamento. A toada do jogo não mudou, ligeiro ascendente para a Grã-Bretanha e as portuguesas a lutarem muito e a mostrar que podíamos levar a vitória, mas no final foi a turma visitante a sair mais feliz de Matosinhos, num belíssimo jogo onde Portugal voltou a mostrar que pode vencer qualquer adversário.

Estónia – Portugal: Só deu Portugal em Tartu

Depois do desaire em Matosinhos, o conjunto das quinas viajou até à Estónia para vencer de forma inequívoca realizando uma exibição de luxo e que deixou bem claro não só a muita qualidade presente neste grupo como a força desta nossa seleção. Vitória em Tartu por, 76-52 num jogo onde as lusas deram a melhor resposta ao desaire com a Grã-Bretanha e onde entraram ainda melhor que em Matosinhos conseguindo uma vantagem segura ao intervalo depois de uma primeira-parte de total superioridade portuguesa. A segunda-parte viu Portugal continuar por cima, as lusitanas não abrandaram e continuaram a dominar a partida, as estónias ainda conseguiram reduzir a desvantagem, mas nada que afetasse a exibição lusa que mandou e dominou toda a partida conseguindo sair desta visita à Estónia com uma vitória importante e que colocou a turma das quinas como um dos conjuntos em destaque nesta janela de qualificação para o Eurobasket.

Os maiores destaques individuais destes dois duelos da seleção nacional feminina:

– Márcia da Costa Robalo: Uma das maiores estrelas destes duelos

Começamos por falar de Márcia da Costa Robalo que saiu destes dois jogos como uma das melhores jogadoras desta janela de duelos de qualificação, a portuguesa foi uma das estrelas de todos estes duelos, brilhando uma vez mais e mostrando novamente que é uma das melhores jogadoras europeias. Márcia da Costa Robalo foi a principal protagonista na partida com a Grã-Bretanha e voltou a estar muito bem com a Estónia, duas exibições de alto nível que colocaram Márcia da Costa Robalo em destaque.

– Maria João Bettencourt: Não para de ser destaque

O nosso segundo destaque da seleção nacional feminina nestes dois encontros é Maria João Bettencourt que tem estado a realizar uma ótima temporada no Jairis em Espanha e que nesta dupla jornada manteve a constante desta época sendo um dos maiores destaques das lusas com duas excelentes exibições mostrando o porquê de estar a ser uma das atletas em melhor forma na Liga Espanhola. Maria João Bettencourt sempre nos habitou a grandes jogos ao serviço de Portugal e aqui não foi diferente, tendo sido determinante para o quão bem a nossa seleção jogou nestes encontros.

– Sofia da Silva: Dominante e em cada vez mais destaque

Mudamos para Sofia da Silva, o nosso terceiro destaque e também ela tem estado em ótimo plano na temporada realizando grandes jogos ao serviço do Gernika na Liga Espanhola. Sofia da Silva também manteve o seu nível exibicional desta época nestes dois duelos tendo sido uma das maiores protagonistas, sendo que no encontro com as Britânicas foi obrigada a lutar muito, num duelo que não foi nada fácil para ela e para as interiores lusas, já na Estónia, Sofia da Silva impôs as suas leis sendo ai uma das donas e senhoras no duelo das tabelas. Sofia da Silva continuou assim a sua senda de boas exibições nesta temporada.

– Laura Ferreira: Sempre um dos destaques

O nosso quarto destaque foi Laura Ferreira, ela que tal como os nossos destaques anteriores está a ser uma das maiores protagonistas na Alemanha e que chegou à seleção nacional feminina e manteve esse seu elevado nível que tem pautado a presente temporada. Laura Ferreira foi fundamental, lutou, mostrou-se perante as adversidades e conseguiu com isso ser uma das estrelas lusas em grande destaque nestes dois encontros.

– Inês Viana: Classe pura sempre a guiar o caminho

O nosso último destaque está também ela em grande forma, chegou como uma das estrelas na Bielorrússia e também ela brilhou nestas duas partidas, falamos claro de Inês Viana que teve tal como todas as outras atletas dois duelos complicados, mas nem por isso deixou de brilhar. A qualidade e a classe magistral de Inês Viana são conhecidas de todos nós e nesta dupla jornada voltaram a estar à vista de todos, mesmo nos momentos mais delicados e difíceis, Inês Viana surgia a guiar e a mostrar o caminho a todas, a base portuguesa como habitualmente a não passar ao lado dos jogos, assumindo sempre um papel de destaque tal como aconteceu nestes dois encontros da turma das quinas.

Ficámos aqui a saber como foi o rendimento de Portugal nestes dois confrontos que serviram para ver a força de grupo da nossa seleção que soube reagir ao resultado menos bom de uma forma que nem todos conseguiriam e isso dá-nos ainda mais esperanças para os dois próximos duelos. Portugal sai como uma das melhores seleções, Márcia da Costa Robalo como uma das melhores jogadoras e ainda mais certezas de que estamos perto de fazer história por mais difícil que a missão possa parecer.

Foto: FPB

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José AndradeNovembro 4, 20229min0

A Liga Betclic Feminina continua a apaixonar pelos grandes jogos decididos nos últimos instantes da partida, por isso venham connosco para ficarem a saber tudo o que aconteceu nas últimas jornadas e quem foram os maiores destaques individuais.

5ª jornada – Aguenta coração tamanha emoção

A 5ª ronda começou com o Imortal a receber e a vencer o CPN por 69-54, um triunfo importante para o conjunto de Albufeira num duelo intenso e que só no quarto período teve a equipa de Ricardo Xufre a “fugir” no marcador. A jornada seguiu com o SL Benfica a vencer na Madeira no terreno do Francisco Franco por 59-56, as campeãs nacionais a sofrerem muito para conseguir sair com a vitória das ilhas, com a equipa insular a mostrar que vai ser ainda mais complicado esta temporada roubar-lhe pontos na fortaleza do seu pavilhão. Depois seguiu-se o dérbi onde o Esgueira saiu vencedor por 67-33 na receção ao AD Vagos, vitória que mantém o conjunto de André Janicas com um registo limpo nesta temporada da Liga Betclic Feminina.

A jornada prosseguiu em Aveiro, onde o Galitos perdeu na receção ao Quinta dos Lombos por 55-70, mais um duelo espetacular nesta nossa Liga Betclic Feminina entre duas das equipas mais fortes deste começo de tempo, mas onde o conjunto de Carcavelos conseguiu ser mais forte vencendo e continuando assim a boa entrada na nova época. Para fechar esta jornada, o GDESSA foi até Coimbra vencer o Olivais FC por 75-70, duelo equilibradíssimo e com o conjunto da casa a mostrar um grande crescimento que permitiu uma luta até ao final deste encontro.

5 destaques individuais desta 5ª jornada:

– Ana Pinheiro: Maturidade e muita qualidade

Começamos os nossos destaques desta 5ª jornada da Liga Betclic Feminina por Ana Pinheiro, jogadora do CPN que acabou por sair derrotado na visita a Albufeira, mas onde a jovem jogadora voltou a ser preponderante conseguindo mostrar mais uma vez a sua imensa qualidade e mais do que isso a sua maturidade que a torna uma atleta bem acima mesmo sendo muito jovem. Neste duelo, Ana Pinheiro conseguiu, 10 pontos, 6 ressaltos, 1 assistências e 1 desarme de lançamento que coroaram assim uma excelente exibição.

– Mariana Cegonho: Brilho ribatejano espalhado na Liga Betclic Feminina

O Olivais não conseguiu vencer o GDESSA, mas realizou uma das suas melhores exibições nesta jornada mostrando que vamos ter muitas alegrias ainda da equipa de Coimbra e que vai ser um teste cada vez maus duro para todas as equipas e muito por Mariana Cegonho que também ela vai surgindo em cada vez maior evidência no Olivais FC como se viu neste jogo. A jogadora que chegou do CBQ foi o grande destaque desta partida e da jornada liderando a sua equipa e mostrando a sua imensa qualidade. Mariana Cegonho conseguiu, 19 pontos, 2 ressaltos, 1 assistência e 1 roubo de bola.

– Cristina Freitas: Mão quente na Madeira

O nosso terceiro destaque vem da Madeira e não precisou de muito para brilhar, algo que é habitual em Cristina Freitas que sem precisar de muito tempo ou de muito espaço consegue sempre aparecer em todos os duelos e nesta partida apaixonante com o SL Benfica a jovem conseguiu brilhar da linha de três pontos e além disso por tudo o que fez na defesa e pelo que ajudou o Francisco Franco a conseguir neste encontro. Cristina Freitas conseguiu 14 pontos, 1 ressalto e 1 roubo de bola.

– Ana Raimundo: Classe em mais uma aula de bem jogar

Mudamos para Aveiro de onde chega Ana Raimundo que voltou a estar em destaque, como habitual as irmãs Raimundo foram figuras maiores nesta ronda, mas destaque maior para Ana Raimundo que não só brilhou no aspeto ofensivo como e principalmente se evidenciou pelo que fez a equipa jogar, mais uma vez a classe da base ficou à vista de todos nós que pudemos assim mais uma vez desfrutar de mais um grande jogo. Ana Raimundo conseguiu, 10 pontos, 5 ressaltos, 7 assistências, 3 roubos de bola e 1 desarme de lançamento.

– Inês Faustino: Exibição Luxuosa em Aveiro

Continuamos em Aveiro, mas desta vez para destacar alguém do Quinta dos Lombos, Inês Faustino que voltou a ser estrela neste seu regresso a Aveiro. A base do Quinta dos Lombos tem também ela sido um dos maiores destaques semana após semana e nesta ronda não foi diferente realizando mais uma exibição que nos deixa evidente o luxo que é poder ver jogar uma jogadora com esta qualidade todas as semanas. Neste duelo Inês Faustino conseguiu 13 pontos, 3 ressaltos, 4 assistências e 3 roubos de bola.

6 ª Jornada – Eletrizante e ainda mais espetacular

A Liga Betclic Feminina prosseguiu com uma ronda que nos colou ainda mais aos lugares e nos deixou ainda mais apaixonados numa época que vai testar os corações semana após semana com tantas emoções. A ronda começou com o Esgueira a receber e a vencer o CPN por 62-45 em mais desafio equilibrado, mas onde o conjunto de Aveiro conseguiu manter a invencibilidade. Tudo prosseguiu com o União Sportiva a viajar até à ilha da Madeira para vencer o Francisco Franco por 70-44 conseguindo assim uma vitória importante num dos terrenos mais complicados da liga.

A jornada prosseguiu na Madeira com o Benfica a vencer o CAB Madeira por 58-57 num duelo que foi insano e espetacular até ao último suspiro. Depois mais um grande jogo com o Galitos a vencer em Coimbra o Olivais FC por 75-74, ainda o Imortal que recebeu e somou mais uma importante vitória frente ao AD Vagos por 67-57 e por fim o GDESSA que foi até Carcavelos vencer o Quinta dos Lombos por 62- 49.

3 maiores destaques individuais da 6ª jornada:

– Maria Neto: Cada vez mais figura

Começamos os nossos destaques por Aveiro onde Maria Neto comprovou mais uma vez que esta temporada vai ser a de “explosão” sendo destaque semanalmente e uma das jogadoras em maior evidência neste início de temporada. Neste duelo apaixonante, Maria Neto foi a maior figura do Galitos no triunfo com o Olivais conseguindo, 21 pontos, 6 ressaltos, 3 assistências e 1 roubo de bola.

– Márcia da Costa Robalo: Incapacidade para não ser figura maior semanalmente

Mudamos para o Barreiro de onde chega o nosso segundo destaque desta jornada, Márcia da Costa Robalo que como habitualmente foi preponderante em mais um triunfo do GDESSA desta vez na difícil deslocação a Carcavelos. Márcia da Costa Robalo voltou a mostrar como a sua entrada foi um passo enorme para o crescimento do GDESSA conseguindo 10 pontos, 4 ressaltos, 2 assistências e 3 roubos de bola.

– Daniela Jesus: Continuar de forma imparável o arranque de temporada

O nosso último destaque desta 6ª jornada chega de Aveiro, Daniela Jesus uma das melhores jogadoras da última época voltou a estar em destaque desta vez no desaire do AD Vagos em Albufeira encontro que marcou o regresso de Joana Lopes. Daniela Jesus tem sido um dos maiores nomes desta temporada e neste duelo conseguiu 15 pontos, 4 ressaltos e 5 assistências.

7ª jornada – Emoção ao rubro em ronda magnífica de basquetebol

A 7ª jornada da Liga Betclic Feminina começou com o GDESSA a ir vencer a Albufeira continuando assim o seu processo de evolução nesta temporada, seguiu-se o triunfo do SL Benfica frente ao Olivais FC por 75-45 num jogo onde a equipa de Coimbra nunca desistiu, lutou muito, mas não conseguiu sair com o triunfo. Depois em Ermesinde, o Francisco Franco derrotou o CPN por 74-52, seguindo-se o Quinta dos Lombos que foi até aos Açores vencer o União Sportiva por 60-59 num dos melhores jogos deste fim-de-semana e ainda o CAB Madeira que foi até Aveiro vencer o AD Vagos por 78-68 e o Esgueira que derrotou o Galitos por 70-62 em dois duelos apaixonantes em Aveiro.

Destaques individuais desta 7ª jornada da Liga Betclic Feminina:

– Maianca Umabano: Liderança e exibição de gala

Começamos os destaques da 7ª jornada com Maianca Umabana que foi a figura maior desta ronda com uma exibição categórica e absolutamente magistral liderando e levando assim o GDESSA a triunfo muito importante no duelo com o Imortal. A internacional portuguesa volta assim a ser um dos maiores destaques desta jornada, conseguindo 20 pontos, 5 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bolas que coroaram a exibição de gala desta 7ª jornada da Liga Betclic Feminina.

– Eva Carregosa: Incansável e imparável

Dos Açores chega o nosso segundo destaque desta ronda, Eva Carregosa que brilhou em um dos melhores jogos deste fim-de-semana, a base que tem vindo a ser um dos destaques do União Sportiva voltou a estar em grande conseguindo ser a maior protagonista de um duelo marcado por excelentes exibições e pelas grandes emoções. Eva Carregosa volta a ser uma das melhores neste início de temporada e neste duelo conseguiu, 14 pontos, 4 ressaltos e 1 roubo de bola que demonstram o que jogou e o que fez jogar nesta ronda.

– Rita Oliveira: Em crescendo na Liga Betclic Feminina

O nosso último nome em destaque nesta ronda chega da Madeira e tal como a sua equipa também ela está em crescendo, depois de um começo algo complicado o CAB Madeira tem vindo a crescer e muito pela forma como Rita Oliveira tem vindo a subir de nível nesta época, ela que foi um dos destaques maiores desta ronda conseguindo 14 pontos, 1 ressalto e 3 assistências no triunfo com o AD Vagos.

Deixámos aqui os maiores destaques das últimas jornadas da Liga Betclic Femimina, competição que está cada vez mais ao rubro e que nos tem deixado maravilhados com os grandes jogos jornada após jornada mostrando que não podemos perder nada a cada semana.

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José AndradeAgosto 17, 20226min0

Em Guifões, a Seleção Feminina Sénior realizou mais dois jogos de preparação com vista os jogos importantes que estão por vir na qualificação para o Campeonato da Europa e em dia do primeiro de dois duelos com Bósnia e Herzegovina, olhamos para o que aconteceu nestes dois encontros com a Irlanda em Guifões.

Portugal vs Irlanda – Crescem as expetativas para deixar o “quase” para trás

Dois triunfos categóricos que como se pode já perceber deixaram-nos ainda mais confiantes para os próximos desafios que a nossa seleção tem pela frente. No primeiro encontro, Portugal venceu por 78-63, uma vitória segura fruto do belíssimo jogo que a turma das quinas realizou em Guifões. Nota inicial para as jogadoras que ficaram de fora neste primeiro jogo, Mariana Silva e Sofia da Silva, curiosamente a primeira a ficar de fora tal como tinha acontecido no primeiro jogo do estágio anterior em Rio Maior. A partida até começou favorável às Irlandesas que beneficiando dos duelos interiores ganhos conseguiram conquistar um ligeiro ascendente e com isso uma vantagem inicial que se foi perdendo assim que Ricardo Vasconcelos parou o jogo e corrigiu posicionamentos. Portugal foi crescendo e assim que os duelos interiores passaram a ser favoráveis ao conjunto das Quinas, tudo mudou e prova disso foi o segundo quarto espetacular que a turma lusa realizou, um parcial de 25-7 e onde as irlandesas não conseguiram lidar com a pressão alta portuguesa perdendo muitas bolas, com a defesa a conseguir anular por completo todas as investidas da Irlanda, um período que roçou a perfeição.

A segunda parte embora mais suada, continuou a ser sempre portuguesa, o ascendente foi sempre da turma de Ricardo Vasconcelos que conseguiu rodar e dar tempo a todas as jogadoras, a parte mais preocupante foi o momento em que Joana Soeiro saiu para ser assistida, ela que foi uma das figuras desta partida. Neste duelo destacar a forma como mais uma vez o banco soube ler o jogo, as nossas bases que estiveram muito bem e mencionar as nossas interiores que tiveram um jogo muito duro, mas onde conseguiram sempre mostrar-se sendo muito importantes para a “cambalhota” no resultado e esta vitória da Seleção Feminina Sénior.

No segundo jogo, Portugal voltou a vencer, desta vez por, 72-62. Jogo distinto já que as lusas corrigindo a entrada do dia anterior, o que significou que começaram muito bem entrando com tudo, com as suas adversárias sentirem dificuldades do segundo período do jogo anterior logo a começar esta partida. Realçar que neste dois duelos Ricardo Vasconcelos optou sempre pelo mesmo 5 inicial composto por Maria Kostourkova, Josephine Filipe, Laura Ferreira, Maria João Correia e Inês Viana, sendo que não existe nada a apontar, 5 fortíssimo e que esteve muito bem, com nota de destaque para Inês Viana que em Rio Maior ainda estava ser gerida depois da lesão e que chegou a Guifões e espalhou magia nos dois encontros.

Olhando para esta partida nº 2, a Seleção Feminina Sénior fez uma primeira parte praticamente irrepreensível, dominante, sem erros grosseiros, com uma defesa asfixiante que deixou em muitos momentos as irlandesas em grandes dificuldades e no ataque a habitual troca de bola em beleza que foi sempre deixando em evidência a muita qualidade no ataque luso. A nível ofensivo jogo corrido, troca de bola sempre de muita qualidade, com a defesa a voltar a estar muito bem, as jogadoras interiores sempre em grande e com destaque para Joana Alves que no primeiro encontro tinha cedo ficado tapada por faltas e que neste segundo dia conseguiu mostrar o porquê de ser a poste de alto nível que é.

Duas vitórias incontestáveis onde a turma das quinas foi superior e não deixou margem para dúvidas, mostrando que estão prontas para os desafios seguintes.

Destaques individuais destes duelos

Fica difícil conseguir eleger destaques individuais olhando para as exibições da nossa seleção nestes dois jogos em Guifões, o primeiro ponto em evidência é que o coletivo está cada vez mais forte, e a cada estágio a ideia no final de cada é que o grupo está mais forte e pronto para atingir os palcos que merece. Depois olhando para os jogos temos que começar por falar de Maria João Correia que apareceu em Guifões sendo a MVP inequívoca do segundo jogo, com a base portuguesa surgiu nestes dois duelos muito bem, mostrando todo o trabalho que foi desenvolvendo ao longo das semanas entre o estágio de Rio Maior e este provando que a portuguesa vem para uma temporada de luxo.

Depois, tal como nos duelos do estágio anterior temos que destacar Márcia da Costa Robalo, jogadora que apareceu como é seu apanágio, em grande, nos dois duelos foi sempre protagonista, entrando com tudo em ambos os encontros. Falar ainda de Josephine Filipe que também ela havia sido destaque em Rio Maior e voltou a sê-lo em Guifões com duas excelentes exibições. Em outros destaques, Marcy Gonçalves que não tinha jogado em Rio Maior e que neste estágio voltou a mostrar-se e que saudades já tínhamos de a ver jogar, ainda Inês Viana que esteve irrepreensível nestes dois encontros e Maianca Umabano que como sempre não precisou de muito para se colocar como protagonista nestes duelos.

Saímos de Guifões com a certeza de que não só estas jogadoras e esta equipa técnica merecem estar no próximo Campeonato da Europa, como as expetativas e a confiança também subiram para o que está por vir. Depois destes jogos o que mais se sente é que vamos conseguir, a barreira do “quase” está cada vez mais perto de terminar e de deixar de existir quando se fala desta nossa Seleção Feminina sénior. Portugal joga hoje e amanhã com a Bósnia, dois encontros de um grau de exigência superiores, visto que as lusas vão defrontar uma equipa apurada para o Mundial e por isso serão dois testes bem mais complicados, mas venham eles porque com toda a certeza vamos sair ainda mais confiantes para o que está por vir.

Foto de destaque da FPB

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José AndradeMaio 31, 202211min0

O primeiro estágio da seleção feminina de basquetebol em Rio Maior, ficou marcado por três duelos com a congénere magiar e é de cada um desses jogos que José Andrade nos vem falar hoje.

Portugal – Hungria: Triunfo categórico

Portugal a vencer a Hungria no primeiro duelo por 74-70. A nossa seleção feminina basquetebol a entrar com Maria Kostourkova, Sofia da Silva, Márcia da Costa Robalo, Maria João Bettencourt e Inês Viana, ficaram de fora neste primeiro duelo Mariana Silva e Marcy Gonçalves. Muita luta desde o começo do jogo, as interiores numa autêntica batalha e depois a Hungria tentava sempre sair rápido aproveitando algum erro da nossa seleção. Hungria a entrar melhor, grande duelo entre as interiores, mas o nosso crescimento acontece quando conseguimos acelerar mais o nosso jogo, além da velocidade subimos a nossa agressividade.

Estávamos bem defensivamente, mesmo com problemas para travar Virag Kiss, mas a concretização estava a ser o problema. Portugal cresce depois do time-out de Ricardo Vasconcelos, mais uma vez a ler muito bem o jogo, a Hungria continuava a forçar no jogo interior e na estatura, Portugal crescia ao conseguir ultrapassar a defesa zona da seleção magiar e ainda quando conseguimos quebrar os ritmos ofensivos das húngaras. No segundo quarto foi Portugal a crescer, era agora a nossa transição que colocava as húngaras em dificuldades, mais velocidade e Sofia da Silva a ganhar os duelos interiores. Destacar as boas entradas de Maianca Umabano, Joana Alves e Simone Costa, mas fomos para o intervalo na frente, maior acerto no ataque e na defesa continuávamos irrepreensíveis.

O recomeço voltou a ser favorável à Hungria que soube ajustar ao intervalo de forma a “empurrar” Portugal novamente para um período de menor eficácia neste jogo, mas tudo muito equilibrado, a nossa seleção muito agressiva, demorámos para carburar na segunda parte depois de uma entrada menos boa. Márcia da Costa Robalo já se ia assumindo como a grande protagonista e o quarto período ajudou a reforçar isso mesmo. As húngaras iam sempre procurando o tiro exterior, mas Portugal a trabalhar muito bem, íamos impedindo que conseguissem construir, muita pressão, linhas de passe sempre fechadas e duelos a serem ganhos, Portugal por cima e com Joana Soeiro a pressionar a campo inteiro, juntando a isso começámos a roubar mais bolas e a ter mais contra-ataques. Muita velocidade, muita intensidade e Portugal a terminar melhor, conseguindo vencer o primeiro dos três duelos em Rio Maior através de leituras de jogo impressionantes do nosso selecionador que soube ajustar perante uma seleção que teve na altura e no tiro exterior as suas grandes armas.

Portugal – Hungria: Duelo demasiado físico

No dia seguinte, Portugal voltava a jogar em Rio Maior frente à Hungria e desta vez com um resultado negativo, um desaire por 69-63. Neste segundo duelo foram Emília Ferreira e Marcy Gonçalves a ficar de fora. Portugal neste duelo entrou com Lavínia Silva, Sofia da Silva, Márcia da Costa Robalo, Maria João e Joana Soeiro. Hungria a começar melhor ao aproveitar o tiro exterior, depois de um primeiro jogo onde a seleção visitante tentou usar muito o jogo interior, neste duelo as húngaras entraram mais agressivas e a usar as vantagens nas transições.

A versatilidade conhecida de Josephine Filipa a ser um dos destaques, entre 3 e 4 sempre e neste duelo voltou a entrar muito bem, assumindo cedo grande protagonismo. Desde cedo que se viu uma seleção húngara mais forte, mais agressivas e a ganhar mais duelos, Portugal melhora com Laura Ferreira a 3, a maior mobilidade da jogadora portuguesa ia ajudando a que se conseguisse ultrapassar a marcação da Hungria. Portugal com pressão a campo inteiro, algo que colocou a nossa seleção mais perto, mas um primeiro quarto onde as defesas se evidenciaram, com a Hungria a estar com um ligeiro ascendente. Carolina Rodrigues muito importante neste jogo, muito pelo que foi fazendo do lado defensivo.

No segundo período melhoria da nossa seleção com a entrada da Mariana Silva e ainda pelo que Maria Kostourkova ia fazendo, trabalhava sem bola na marcação e no ataque a ganhar vantagens que íamos conseguindo explorar muito bem. Voltámos a terminar por cima no final do segundo quarto, com menos espaço para as húngaras, mas muito contacto, muitos bloqueios, um jogo muito intenso, muito equilibrado, uma batalha física bem mais do que no primeiro jogo. Portugal a entrar bem na transição defensiva, tínhamos sentido alguns problemas na primeira parte, mas na reentrada Portugal vinha com a estratégia bem assimilada. A nossa seleção feminina basquetebol continuava a dominar as tabelas, foi um dos destaques nestes 3 jogos, mesmo perante uma seleção mais alta e mais forte, as nossas interiores conseguiram dominar e ganhar os duelos. A segunda parte trouxe o aumento da agressividade, tudo ainda mais físico e em alguns pontos a ultrapassar os limites.

Portugal com ótimas leituras, as triangulações entre as interiores foram destacadas por Vasco Pais na transmissão e não era por acaso, foi um dos pontos em evidência nesta jornada tripla. Portugal com um jogo muito bonito, já era sabido e estes duelos permitiram que mais gente pudesse ver isso mesmo. Falando do último quarto, muita luta, este jogo ficou marcado por muitas lutas, pelos duelos intensos e muito físicos, com destaque para o interior onde Maria Kostourkova e Virag Kiss continuavam inseparáveis. Portugal no ataque a conseguir criar muito bem, mas não íamos conseguindo converter as oportunidades ao contrário da Hungria que ia conseguindo converter. Num duelo mais físico, as húngaras foram melhores conseguindo aproveitar as vantagens de um maior poderio físico e do critério da equipa de arbitragem. A eficiência e concretização fizeram a diferença, Portugal voltou a conseguir ganhar na luta das tabelas e mesmo com um resultado menos bom, Portugal mostrou ainda mais no ataque e na defesa conseguimos voltar a travar o ataque húngaro.

Portugal – Hungria: Venha a Áustria

No derradeiro duelo em Rio Maior, Portugal perdeu por 63-73. As jogadoras de foram voltaram a ser Emília Ferreira e Marcy Gonçalves, esta última condicionada e com o braço ainda protegido. Neste duelo a nossa seleção feminina basquetebol começou com Maria Kostourkova, Sofia da Silva, Márcia da Costa Robalo, Maria João e Inês Viana. A seleção magiar a entrar novamente com pressão alta e muita agressividade sob a portadora da bola, no ataque começaram com dois triplos seguidos para abrir este duelo da pior maneira para nós. Mais um jogo onde as defesas assumiram cedo um grande protagonismo, muita pressão perante a portadora da bola dos dois lados, muita intensidade e Koustorkova com Kiss em grande luta como já era habitual. No primeiro quarto, as mudanças rápidas no ataque deixaram a nossa seleção em maiores dificuldades na defesa deixando um pouco mais de espaço para as atiradoras húngaras que aproveitavam muito bem.

No segundo quarto, a Hungria voltou a começar muito bem na linha de três pontos e com isso voltou a conseguir “fugir” da nossa seleção. Portugal cresce pelas mãos de Inês Viana, a base ia assumindo a responsabilidade de marcar e de recolocar as lusas novamente mais perto das húngaras. Neste jogo foi onde mais se notou o cansaço, a disponibilidade já não era tão grande, mas a entrega era cada vez maior. A lesão de Maria Kostourkova obrigou a redesenhar a nossa seleção por parte de Ricardo Vasconcelos que continuava a mostrar aquilo que lhe é característico, uma leitura de jogo desde o banco incrível, mesmo com maiores dificuldades e o maior cansaço físico, Portugal continuou a mostrar mais estratégias e muito trabalho.

Portugal cresceu no terceiro período, muito pela entrada de Carolina Rodrigues que voltou a estar como foi habitual no decorrer da temporada, em plano de maior evidência, menção ainda para Maianca Umabano que entrou muito bem, as penetrações da jogadora do GDESSA foram sempre impulsionando a nossa seleção. As nossas jogadoras a mostrar uma raça impressionante, mesmo com as húngaras por cima, a nossa seleção nunca desligou e esteve até ao fim a lutar pelo jogo. Sempre que Portugal conseguia ganhar algum ímpeto e reduzir a desvantagem, as húngaras através do tiro exterior conseguiam “acalmar” tudo, um jogo muito rápido e muito intenso, luta até ao fim e onde o cansaço pesou.

Portugal acaba por não conseguir vencer, mas ficaram três jogos que comprovam a muita qualidade da nossa seleção feminina de basquetebol e ainda que o sonho do Europeu é mais que real, em novembro elas vão precisar de todos nós porque mostraram em Rio Maior que não só estão perto, como estão ao nível das melhores, uma seleção incrível que tem uma alma do outro mundo, além de imensa qualidade.

Nos destaques individuais fica difícil conseguir eleger e falar de apenas algumas jogadoras desta excelente seleção feminina basquetebol, é uma tarefa complicada porque estiveram todas muito bem, mas vamos a alguns destaques:

  • Márcia da Costa Robalo – Reencontro de luxo

Uma jogadora que fui elogiando muito ao longo da temporada e que neste reencontro com muitas húngaras mostrou o porquê de ter sido uma das melhores jogadoras do basquetebol europeu nesta temporada. Foi a jogadora mais regular, assumiu protagonismo em todos os jogos conseguindo como é habitual aparecer na defesa, no ataque, na liderança e com isso se percebe o impacto que tem nesta nossa seleção.

  • Maria Kostourkova – Muita luta

A nossa poste foi obrigada a lutar muito, principalmente com as duas Kiss e em especial claro com Virag que protagonizou um dos duelos mais intensos e mais espetaculares de acompanhar ao longo destes 3 duelos. Maria Kostourkova como sempre em grande, muitas vezes com aquele trabalho mais invisível e que não é refletido nas estatísticas, mas sempre exemplar. Acabou por sair lesionada, nada que a impeça de jogar frente à seleção austríaca, mas lutou muito e voltou a mostrar o porquê de ser uma poste de alto nível.

  • Carolina Rodrigues – Não sabe jogar mal

A base foi também um dos nomes mais destacado por aqui nas últimas semanas e não é por acaso, basta ver estes três duelos para se perceber a qualidade de Carolina Rodrigues. Muito importante na defesa e no ataque, sempre em destaque pelo tiro e pontos, mas não só, acaba por se destacar na marcação, nos roubos de bola e pelas dificuldades que coloca aos ataques adversários. Três grandes jogos da base portuguesa que jogou de tal forma que nem parecia que vinha de uma época longa, uma jogadora riquíssima tecnicamente, mas que voltou a impressionar por todo o trabalho que faz.

Deixámos aqui tudo sobre os três primeiros duelos em Rio Maior frente à Hungria, para a semana vamos regressar para falar dos dois duelos da nossa seleção feminina de basquetebol com a Áustria, no segundo estágio.

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José AndradeAbril 26, 20229min0

Estamos na final, este fim de semana foi marcado pelos dois grandes jogos que serviram para definir quem são as equipas finalistas da Liga Betclic Feminina, por isso venham connosco para saber quem foram as jogadoras em maior destaque nestes dois duelos onde SL Benfica e União Sportiva saíram vitoriosos.

União Sportiva – AD Vagos: Açorianas dominantes e avassaladoras

O União Sportiva venceu o AD Vagos por 72-52 no segundo duelo da meia-final do playoff da Liga Betclic Feminina e vai assim marcar presença na final pelo segundo ano consecutivo numa reedição da final da temporada passada. O Sportiva começou melhor, com paciência e com Raquel Laneiro a atirar da linha de três pontos. Este duelo começou muito tático, muito equilibrado, com as defesas a sobressaírem e foi com o tiro exterior de Raquel Laneiro e a velocidade nas transições de Simone Costa e Nausia Woolfolk que as açorianas conseguiram um ascendente importante. Jogo muito disputado, mas desde cedo que o Sportiva esteve por cima, a lesão de Nausia foi uma contrariedade, mas a verdade é que foi um jogo muito aguerrido, as jogadoras foram a todas as bolas e proporcionaram um belíssimo jogo.

O Vagos conseguiu em especial no primeiro quarto, afastar as jogadoras interiores do conjunto de Ricardo Botelho do cesto, foram Carolina Cruz e Emília Ferreira a garantir a superioridade do Sportiva nesses duelos, mas a chave deste jogo desde os primeiros momentos foi o tiro exterior e as penetrações de Raquel Laneiro, Simone Costa e Nausia, aquela velocidade acima do lado das açorianas fez toda a diferença. Do lado do Vagos a eficácia esteve abaixo do normal, o tiro exterior não apareceu e nos duelos individuais a vantagem esteve sempre do lado do Sportiva. O segundo quarto foi muito animado, mais pontos e com maior velocidade, as duas equipas cresceram ofensivamente, mas as insulares continuavam a estar melhor.

No último quarto, o Vagos tentou, voltámos a ter muito equilíbrio, mas o Sportiva soube gerir e garantir a vitória, beneficiando da vantagem que construíram antes e da superioridade neste duelo. Grande jogo, mas triunfo da equipa de Ricardo Botelho que assim conseguiu a sua quarta vitória consecutiva e reforça aquele que é o melhor momento deste conjunto. O União Sportiva vai assim tentar vingar-se da derrota da época passada com o mesmo SL Benfica, indo em busca do título que foge às açorianas desde 2017-2018 quando venceram o Quinta dos Lombos por 2-0.

Joana Canastra – Guerreira incansável

O destaque do Vagos vai para Joana Canastra, menção óbvia para Martha Burse que voltou a ser o principal “motor” do Vagos, mais um jogo ao seu nível, não tão imparável como no primeiro jogo, mas mais uma vez a ser a principal arma da equipa de João Janeiro, mas o destaque vai para Joana Canastra. Foram 9 pontos (4 em 10 de lançamentos de campo e 1 em 4 da linha de três pontos) além de 1 assistência e 1 desarme de lançamento. Joana Canastra voltou a demonstrar aquilo que é o seu jogo, muita luta, muita fibra, muita entrega e voltou a ser uma das atletas do Vagos com maior clarividência, nunca desistindo e assumindo novamente um papel de líder na equipa. Jogo complicado, foi o terminar de temporada para a equipa que teve vários destaques neste duelo, mas Joana Canastra como tantas vezes, foi uma das melhores e assumiu um papel chave, muitas vezes com missões mais “invisíveis” e que não entram tanto nas estatísticas, mas que merecem destaque e que fazem muita diferença.

Raquel Laneiro – Estrela dos playoffs

Voltamos a um destaque recorrente e que é impossível não repetir. O União Sportiva teve vários destaques neste jogo, Emília Ferreira voltou a ser preponderante, uma jogadora que cresce e que adora os momentos de decisão, Licinara Bispo voltou a aparecer muito bem e Carolina Cruz entrou mais uma vez com tudo ajudando as açorianas a “fugir” no marcador. Agora o destaque maior tem de ser Raquel Laneiro, a base e capitão do União Sportiva, está em excelente forma, já o disse e também é impossível não reforçar, é a jogadora mais destes playoffs da Liga Betclic Feminina. Neste duelo a base conseguiu, 15 pontos (foram 5 em 12 lançamentos de campo, 2 em 4 na linha de três pontos e 2 em 2 na linha de lances livres) ainda 6 ressaltos e 6 assistências. A sua inteligência, maturidade e qualidade continuam a ser dos pontos altos dos jogos das açorianas. Grande jogo e mais uma vez Raquel Laneiro a mostrar o porquê de ser uma das estrelas de valor internacional do nosso basquetebol.

SL Benfica – GDESSA: Águias voaram bem mais acima

O Benfica venceu o segundo jogo da meia-final do playoff da Liga Betclic Feminina, ao derrotar o GDESSA por 75-57 e vão assim tentar revalidar a conquista da temporada passada, novamente frente ao União Sportiva. As encarnadas entraram a “mandar” no encontro, muita mobilidade no ataque e a ganhar nos duelos das tabelas, mas os primeiros pontos demoraram para surgir, as defesas iam conseguindo travar os ataques e foi numa recuperação de Márcia da Costa Robalo que colocou em Tanita Allen que da linha de três pontos abriu o marcador deste jogo. Benfica começou a superiorizar-se através da estatura, isto porque Candela Gentinetta e Raphaella Monteira iam ganhando nos duelos com Letícia Josefino e com Leonor Serralheiro, tanto em drible como em altura, o Benfica começava a ganhar vantagem e a juntar a isso o GDESSA começava a não conseguir concretizar no ataque. GDESSA melhorou no primeiro quarto com as trocas, Miriam Umabano e Sofia Ramalho Gomes entraram muito bem, mas ao mesmo tempo Mariana Silva entrou e foi a responsável por acentuar a diferença.

Benfica ia tendo no tiro do canto da Mariana Silva a principal arma, o GDESSA estava em dificuldades e tudo piorou quando Leonor Serralheiro saiu lesionada. A equipa do Barreiro passou a sentir ainda mais problemas, falhas no ataque e depois as transições rápidas e os tiros do canto do Benfica foram deixando o resultado cada vez mais desnivelado. Depois de uma má primeira-parte, o conjunto de Ricardo Oliveira cresceu através de uma defesa zona eficaz e da maior concretização, principalmente o tiro exterior que começou a cair. Benfica foi gerindo a vantagem, a segunda-parte foi muito mais equilibrada e com o GDESSA muito mais ao seu nível, mas a vantagem que o Benfica conseguiu na primeira-parte ajudou a que conseguissem gerir melhor principalmente no quarto período. GDESSA nunca desistiu, quando estavam a 16 pontos, Marta Martins de 3 pontos voltou a afastar o Benfica quando faltavam 4:34 do fim do jogo, até ao fim do jogo a equipa do Barreiro tentou e lutou muito, mas os erros e desvantagem custaram a derrota. Benfica chega à final pelo segundo ano consecutivo e vai em busca de manter a hegemonia do basquetebol feminino português.

Mariana Silva – A incapacidade de não brilhar sempre

Uma das melhores jogadoras da Liga Betclic Feminina, neste duelo nem precisou de muito para fazer a diferença. Entrou com o Benfica em vantagem e por cima e ajudou a que a equipa encarnada conseguisse fugir mais no marcador. A mobilidade de Mariana Silva já tinha sido fundamental no primeiro jogo e neste duelo não foi diferente, a juntar a isso os tiros do canto que foram a maior razão da “fuga” do conjunto de Eugénio Rodrigues no marcador. Mariana Silva é um dos destaques desta temporada pelo crescimento, acaba por não ser destacada como merecia, mas tem sido e vai terminar a época como uma das figuras principais na Liga Betclic Feminina. Neste duelo o Benfica conseguiu impor-se ainda mais, nos duelos interiores, na questão da mobilidade no ataque e na marcação de pontos. Mais uma exibição de luxo de Mariana Silva que conseguiu 20 pontos, 2 ressaltos e 2 roubos de bola.

Márcia da Costa Robalo – Excelência e super rendimento 

Voltou a ser a jogadora que mais se destacou no lado do GDESSA, mencionar a entrada de Sofia Ramalho Gomes no primeiro quarto para refrescar o tiro exterior que mexeu de imediato com o jogo, a sua classe foi visível logo no seu primeiro toque de bola, é um privilégio poder continuar a ver a classe de Sofia Ramalho Gomes. No pior momento do GDESSA no segundo quarto, foram as duas responsáveis por “carregar” o conjunto de Ricardo Oliveira que estava já a sentir muitos problemas. O impacto principal foi nas ajudas defensivas e ainda mais com um triplo de Sofia Ramalho Goes ainda no segundo quarto que ajudou a equipa do Barreiro a ganhar alguma moral que acabou por durar pouco. Márcia nunca desistiu, foi sempre ela que foi puxando pela equipa, sempre liderando pelo exemplo e pelo que ia fazendo sendo também quem melhor jogava. O GDESSA voltou a cair perante o Benfica. Márcia da Costa Robalo termina a sua época com uma nova exibição onde a excelência reinou, não foi um jogo nada fácil para a turma do Barreiro e foi a internacional portuguesa a ser a melhor, uma época onde foi uma das 3 maiores estrelas da temporada. GDESSA a cair de pé, onde os erros custaram um resultado mais pesado, mas onde a garra e a alma da equipa voltaram a ficar à vista de todos nós. Márcia da Costa Robalo conseguiu 14 pontos, 2 ressaltos, 7 assistências, 7 roubos de bola e ainda 1 desarme de lançamento.

Estamos na final, o primeiro jogo é já no próximo dia 1 de maio, pelas 10h30 no Pavilhão Desportivo Sidónio Serpa, mas ficaram aqui alguns dos vários destaques destes dois jogos que definiram as finalistas que vão discutir quem irá ser coroada rainha da Liga Betclic Feminina. Grandes jogos e como sempre o mais difícil foi conseguir escolher estes 4 destaques. Não percam a final porque vai ser espetacular.

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José AndradeAbril 19, 202210min0

Voltamos com o nosso texto habitual onde destacamos quem mais se evidenciou no fim de semana da Liga Betclic Feminina. Foram dois jogos, os primeiros duelos das meias-finais que nos proporcionaram duelos espetaculares e é sobre os maiores destaques da cada um deles que vamos falar aqui hoje.

GDESSA – SL Benfica: Tango reinou no Barreiro

O Benfica foi até ao Barreiro vencer o GDESSA por 71-65 na primeira meia-final do playoff da Liga Betclic Feminina. O GDESSA a entrar muito bem, a equipa de Ricardo Oliveira a entrar à procura da zona interior e da superioridade física de Letícia Josefino, já o Benfica procurava a maior mobilidade de Candella Gentinetta nesse duelo de interiores. Benfica começou melhor no tiro exterior, àquela que é a arma predileta do GDESSA. A luta das tabelas a ser decisiva desde cedo, o Benfica passou a ganhar mais duelos e a conseguir com isso uma superioridade importante. Duelo muito equilibrado, Benfica acabou por conseguir ter um ascendente na primeira-parte, muito pela eficácia à volta do garrafão e pela capacidade de ganhar na luta das tabelas, estes foram os fatores determinantes para esse ascendente, além da maior mobilidade de Mariana Silva e Candela Gentinetta no duelo com Letícia Josefino e Rita Rodrigues. No segundo quarto, destaque para as entradas de Carolina Rodrigues que voltou a saltar muito bem do banco, trouxe mais velocidade e espalhou a sua imensa qualidade de passe e de decisão pelo jogo.

GDESSA estava com eficácia bem abaixo do normal, a equipa do Barreiro lançava mais e acertava menos. A resposta do GDESSA começa em força no final do segundo quarto, muito pelos desarmes de Letícia Josefino e em especial pelo triplo de Joana Lopes já no minuto final. Na segunda-parte as coisas foram bem diferentes, o GDESSA cresceu muito, subindo a pressão, a intensidade defensiva e a velocidade no ataque. No último quarto o GDESSA recuperou e esteve por cima, o triplo de Márcia da Costa Robalo relançou o jogo e animou ainda mais os minutos finais.

O conjunto do Barreiro a forçar o Benfica a cometer mais erros, o jogo esteve a apenas 2 posses favoráveis para as águias, luta até aos últimos instantes, mas o Benfica acabou por vencer demonstrando a consistência habitual, mesmo tendo sofrido muito, mais uma vez frente a este GDESSA. Vantagem para o Benfica, mas o GDESSA a nunca desistir, a alma e a qualidade desta equipa só nos faz saber que vai ser um jogo ainda mais imperdível no próximo sábado, no segundo duelo da meia-final dos playoffs da Liga Betclic Feminina.

  • Márcia da Costa Robalo – Jogo de excelência nº 300000000

Vários destaques no lado do GDESSA, se Leonor Serralheiro voltou a impressionar pelo seu pulmão, é uma jogadora incansável que não sabe jogar mal, mesmo quando não aparece na marcação de pontos, é fundamental para o que a equipa faz. Maianca Umabano obviamente um dos destaques, até pelo que fez na defesa, importante no matchup com Raphaella e no 2×1 defensivo do GDESSA. O destaque maior foi Márcia da Costa Robalo, é uma jogadora que em todos os jogos é elogiada, além dos pontos, está tudo o resto, a liderança, a capacidade de leitura de jogo e a capacidade de surgir nos piores momentos e quando o GDESSA mais precisa, foi isso mesmo que se viu neste duelo, aquele triplo a pouco mais de 6 minutos do final do encontro, deixou a equipa do Barreiro por cima e a apenas 3 posses. É uma jogadora completa, é uma estrela e juntando a sua capacidade técnica, à sua capacidade física e a tudo, faz com que seja uma jogadora capaz de mudar jogos e levar a sua equipa a fazer tudo. Neste duelo, Márcia da Costa Robalo conseguiu 19 pontos (com 2 em 6 lançamentos de campo e 5 em 9 na linha de 3 pontos) ainda 3 ressaltos, 3 assistências, 2 roubos de bola e 1 desarme de lançamento em mais um jogo de excelência de uma das estrelas maiores do nosso basquetebol.

  • Candela Gentinetta – Bailou para ser a figura encarnada

A vitória do Benfica esteve assente na eficácia, mas também na mobilidade e nos duelos ganhos na zona interior e uma das maiores responsáveis por isso foi a internacional argentina que acabou por ser a maior figura deste jogo. Raphaella Monteiro esteve como sempre extraordinária, como poste baixa, como playmaker e a assumir nos momentos mais complicados. Ainda destacar, Carolina Rodrigues que está em modo playoffs e segue imparável e a jogar muito bem, ainda menção para Mariana Silva que voltou a entrar muito bem e a ajudou à vantagem no interior. Candela Gentinetta conseguiu 16 pontos (8 em 10 no que diz respeito a lançamentos de campo), ainda 11 ressaltos e 1 assistência, sendo a maior responsável pela eficácia e pelo ponto que maior diferença fez para o Benfica, reforçando ainda o estatuto de uma das melhores contratações esta temporada na Liga Betclic Feminina.

AD Vagos – União Sportiva: Batalha dura e pulmão de luxo

Jogo a começar equilibrado, Manuela Martinez e a sua capacidade de soltar na altura ideal e Raquel Laneiro e o seu belo ataque ao cesto a inaugurarem o marcador. Vagos acabou por ficar mais confortável ainda no primeiro quarto, muito pelas transições, o 2×1 com Burse e Martinez ia fazendo a diferença, do outro lado o Sportiva começou com uma eficácia mais baixa e a não ia conseguindo ganhar nos duelos perto do cesto, as jogadoras interiores do Vagos iam conseguindo vencer nesse particular.

Sportiva a começar pior, mais uma jogo onde as açorianas não entraram da melhor maneira, mas o Vagos muito bem, Susana Carvalheira cansada pelos muitos duelos com Licinara e Joana Alves foi caindo de rendimento, mas Martha Burse e Manuela Martinez entraram cedo a dar nas vistas, Burse nas penetrações que a equipa visitante nunca foi conseguindo travar e Manuela a pensar o jogo assumindo um papel importante na criação e menos na marcação de pontos. União Sportiva cresceu quando assumiu a defesa zona, deixando o Vagos com o tiro exterior onde principalmente da zona do canto ia conseguindo fazer a bola cair.

A entrada de Carolina Cruz marcou o momento onde as açorianas mais cresceram, isto porque Inês Pinto sentiu mais dificuldades no duelo com a jovem poste do Sportiva que ainda trouxe tiro exterior e mais capacidade de ter bola. A vantagem do Vagos estava nos contra-ataques e na ocupação de espaços, isto porque a equipa de João Janeiro conseguia tirar vantagem dos espaços que o Sportiva dava principalmente na transição defensiva, já do outro lado o Sportiva jogava de forma mais lenta e não conseguia marcar nos contragolpes.

O União Sportiva cresce ainda no segundo quarto, mas é principalmente o terceiro que marca a mudança no encontro com a equipa de Ricardo Botelho a passar para a frente. A subida do Sportiva passa por Raquel Laneiro que assumiu o jogo e mudou o rumo, ainda Licinara que passou a ganhar mais os duelos interiores, mas a principal diferença esteve na eficácia, o Sportiva já obrigava o Vagos a fazer muitas faltas na primeira-parte, mas era na eficácia que estava o problema, no segundo tempo tudo mudou. O tiro exterior também surgiu do lado açoriano, a velocidade aumentou e os duelos passaram a ser ganhos pela equipa visitante. O Vagos no ataque deixou de conseguir ganhar perante as jogadoras mais fortes do Sportiva, apenas Martha Burse manteve o nível ofensivo.

Quando o Sportiva estava em recuperação e com tudo empatado, surge a falta que coloca Nausia em risco de exclusão que complicou as coisas. O Sportiva estava por cima, cresceu muito e conseguem passar para a dianteira já no quarto período. A maior velocidade fez com que as açorinas conseguissem desequilibrar mais o Vagos, a juntar a isso a equipa de Ricardo Botelho passou a ganhar mais duelos nas tabelas, o tiro exterior do Vagos deixou de cair, a eficácia baixou e o Sportiva controlou dentro do equilíbrio que foi este jogo. Muito equilíbrio, jogo com muitos duelos, muito físico e onde o Sportiva conseguiu vencer com uma segunda parte de luxo.

  • Raquel Laneiro – Classe absurda e o não saber jogar menos que muito bem

É mais uma das jogadoras que semana após semana é destaque e elogiada, neste jogo voltou a ser preponderante. Licinara Bispo esteve mais uma vez muito bem, está em grande forma, também ela a aparecer na segunda-parte e foi fundamental na luta das tabelas. Simone Costa sempre muito eficiente, tal como fui destacando ao longo da época é aquela jogadora que joga sempre muito bem, mesmo quando o boxscore não salta à vista. Nausia Woolfolk é sempre a estrela, mesmo condicionada pelas faltas. Agora destaco Raquel Laneiro pelo que fez jogar, num jogo complicado e muito disputado, a base nunca perdeu o discernimento, não errou, assumiu o jogo quando a equipa mais precisava e voltou a demonstrar a sua maturidade, classe e a muita qualidade. Não foi quem mais marcou, mas foi quem mais fez jogar, a excelência na sua leitura de jogo foi o fator que mais fez a diferença neste encontro. Raquel Laneiro conseguiu 11 pontos (3 em 9 nos lançamentos de campo, 1 em 7 na linha de três pontos e 2 em 2 na linha de lances livres) ainda juntou 3 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola em mais uma excelente exibição de uma das estrelas da Liga Betclic Feminina.

  • Martha Burse – Pulmão e qualidade que vale por 3

O destaque maior do Vagos foi Martha Burse, se várias das suas colegas acabaram por estar abaixo no que à concretização diz respeito, Martha assumiu e brilhou, sendo que esteve imparável principalmente no ataque ao cesto. Susana Carvalheira principalmente na primeira parte esteve bem, conseguiu ganhar nos duelos e assumir algum destaque, Joana Canastra como sempre entrou muito bem, mas foi Martha Burse que mais se evidenciou neste duelo do lado do Vagos, tanto pelo pulmão que já é conhecido e que tanto elogiamos, como pela capacidade de assumir, pegar na bola e concretizar no ataque ao cesto criando sempre problemas às adversárias que neste jogo nunca conseguiram travá-la. Martha Burse conseguiu 34 pontos (foram 13 em 22 nos lançamentos de campo, 1 em 5 no tiro exterior e 5 em 5 na linha de lances livres) ainda juntou 6 ressaltos, 2 assistências e 4 roubos de bola.

Ficaram aqui os maiores destaques destes dois primeiros duelos das meias-finais dos playoffs da Liga Betclic Feminina, jogos incríveis, a ritmos alucinantes e que maravilharam todos os que viram. O único conselho é para não perderem os próximos duelos porque vão ser ainda mais espetaculares.

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José AndradeMarço 24, 20229min0

Neste texto vamos lançar a Taça da Federação que regressa depois do interregno de uma temporada, recordando jogadoras, equipas vencedoras e históricas que marcaram esta competição que se vai jogar entre os dias 25 e 27 entre Vagos e Esgueira, por isso venham connosco nesta viagem pela competição.

Com o final da fase regular, surge a segunda altura de decisões no nosso basquetebol, pouco depois da Taça de Portugal ter sido conquistada pelo SL Benfica, chegou a altura de saber quem sucede ao Olivais FC na Taça da Federação, troféu que começou a ser disputado em 2009-2010.

– Quinta dos Lombos: Será desta que o penta chega?

Vamos até Carcavelos para falar da única equipa que já conquistou a Taça da Federação por 4 ocasiões. A primeira conquista foi na segunda edição deste troféu em 2010-2011, numa equipa que já tinha o professor José Leite como timoneiro, algo que não mudou até aos dias de hoje e onde brilhavam atletas como Paula Muxiri, Dora Duarte, Inês Aragão e Felicite Mendes, quatro nomes muito grandes do nosso basquetebol. A segunda conquista surge em 2013-2014 interrompeu a senda do CAB Madeira e era uma equipa composta por algumas das maiores de sempre, falo de Mery Andrade, Filipa Bernardeco, Sónia Reis, Inês Viana, Maria Koustorkova ou ainda Márcia da Costa Robalo, uma equipa que ficou para a história e que nessa mesma temporada ainda conquistou o campeonato.

A terceira conquista foi em 2016-2017, numa equipa com nomes que atualmente brilham na Liga Betclic ou no estrangeiro, casos de Marcy Gonçalves, Josephine Filipe, Artémis Afonso, Vania Sengo, Carolina Rodrigues, Carolina Escórcio, Vania Sengo ou Beatriz Jordão, Cláudia Viana e Chanaya Pinto que brilham nos Estados Unidos. No ano seguinte aquela que foi a última conquista do Quinta dos Lombos e que colocou a equipa como a maior vencedora deste troféu.

Nesta conquista estavam presentes as já mencionadas e ainda algumas jogadoras como Mariana Carvalho, Sara Barata, Helga Gonçalves, Nazaré Lopes e Kankou Coulibaly. Nesta temporada, José Leite procura a sua quinta Taça da Federação numa equipa onde Letícia Rodrigues e Ndioma Kane são as grandes figuras seguindo as estrelas que falámos que foram passando e brilhando nas posições interiores do Quinta dos Lombos, com Mariana Carvalho em busca do seu segundo troféu ela que é uma das armas que pode fazer a diferença para uma possível conquista.

– CAB Madeira: a busca pelo tetra

As madeirenses são a equipa com mais conquistas a seguir ao Quita dos Lombos ao ter vencido esta competição por 3 vezes, venceram a primeira edição da Taça da Federação, com uma equipa composta por grandes jogadoras como Marcy Gonçalves, Marta Bravo, Candice Champion, Kaitlin Sowinski ou Catarina Freitas, uma equipa de estrelas orientadas por João Paulo Silva que atualmente orienta a equipa masculina.

A segunda conquista surge 3 temporadas depois, na época 2012-2013 o CAB voltou a vencer, mais uma equipa de enormes talentos tais como Catarina Freitas ou Carolina Escórcio que se mantinham da primeira conquista, ainda Fátima Silva a atual treinadora do CAB Madeira, mas entre outras craques que compunham esta equipa estavam, Jheri Booker, Carmen Reynolds, Maria Correia e Marta Bravo que também elas revalidavam assim a conquista da primeira edição num conjunto orientado por Paulo Freitas o atual timoneiro do Francisco Franco.

A última conquista do CAB Madeira acontece dois anos depois, na temporada de 2014-2015 com João Pedro Vieira como treinador e numa equipa onde a base se mantinha com Marta Bravo, Carolina Escórcio e onde brilhavam jogadoras como Ashley Bruner, Joana Lopes, Carla Freitas ou ainda Lavínia Silva, esta última que conseguia a sua segunda conquista. Equipas históricas, jogadoras consagradas e que marcaram o nosso basquetebol num CAB Madeira que neste fim de semana vai buscar o regresso aos troféus numa equipa onde Carolina Bernardeco se assume como a herdeira destas estrelas históricas e como a principal arma para uma possível conquista na edição da Taça da Federação que vamos ter em Vagos e Esgueira.

– GDESSA: Em busca da segunda conquista

Vamos até ao Barreiro para falar do GDESSA, uma das 4 equipas que já venceu este troféu por uma ocasião. A conquista ocorreu em 2015-2016, com Nuno Manaia atual diretor técnico nacional como timoneiro e com três das maiores figuras a serem as mesmas de atualmente, falo de Maiana Umabano, Leonor Serralheiro e Márcia da Costa Robalo que voltava aqui a vencer a Taça da Federação. Além destes nomes consagrados, estavam jogadoras como Joana Bernardeco que também ela vencia a sua segunda Taça, Luana Serranho e Eliana Cabral que brilham lá fora e ainda Kamilah Jackson uma das melhores estrangeiras que passou pela nossa liga nos últimos anos.

O GDESSA, procura a sua segunda conquista com a mesma base de sucesso, com o acréscimo de Letícia Josefino, Tanita Allen ou Sofia Ramalho, uma equipa que esteve na final da Taça de Portugal e que vai tentar aqui reconquistar esta Taça da Federação mostrando aquilo que tem mostrado nesta temporada, que são uma das equipas mais fortes do nosso basquetebol.

– União Sportiva: A Procura pelo Bi

As açorianas foram as penúltimas vencedoras da Taça da Federação, em 2018-2019 conseguiram a sua primeira e única conquista com Ricardo Botelho a ser o técnico tal como acontece atualmente. Como sempre nos habituaram até aos dias de hoje, as açorianas tinham uma equipa muito forte onde brilhavam jogadoras como Joana Soeiro, Raphaella Monteiro, Catarina Mateus, Anna Seilund, Josephine Filipe e Kankou Coulibaly que voltaram aqui a conquistar este troféu e ainda um nome muito grande como Sara Djassi.

Nesta temporada, uma equipa muito forte, onde brilham Nausia Woolfolk, Joana Alves ou Simone Costa e onde a estrela maior e líder é Raquel Laneiro que assume o estrelato nesta equipa que é uma das favoritas a vencer neste fim de semana esta edição da Taça da Federação.

– Olivais FC e Boa Viagem

Duas equipas que não marcam presença nesta edição, mas que nos deram duas equipas históricas e repletas de grandes jogadoras. O Boa Viagem venceu em 2011-2012, na segunda edição da Taça da Federação, numa equipa onde brilhavam Lavínia da Silva, Solange Neves, Corin Adams ou ainda Célia Simões, jogadoras que marcaram muito o nosso basquetebol. No caso do Olivais FC, a conquista surgiu em 2019-2020, a equipa vinha de vencer o campeonato e que era comandada por Eugênio Rodrigues, nela brilhavam Marcy Gonçalves, Artémis Afonso ou Carolina Rodrigues que já haviam conquistado esta competição, além de jovens como Alice Martins, Mariana Mendes ou Raquel Alves, um conjunto que nos deu um basquetebol espetacular e algumas das atuais figuras da Liga Betclic Feminina.

Teremos um vencedor novo?

– SL Benfica: Intenção de aumentar o domínio

O Benfica vem de vencer os últimos quatro troféus nacionais e busca aqui a sua primeira Taça da Federação com elementos que já conseguiram levantar esta Taça, casos de Eugênio Rodrigues, Raphaella Monteiro, Joana Soeiro ou Carolina Rodrigues. O Benfica surge como a equipa favorita, algo que é inevitável pelas conquistas e por ainda não terem conhecido o sabor da derrota nesta temporada, uma equipa que além dos nomes já citados tem em Mariana Silva e Candella Gentinetta duas das armas que podem voltar a fazer a diferença para a conquista de uma taça.

– AD Vagos: Fazer história em casa

No caso do Vagos, a procura é pela primeira Taça da Federação com um plantel onde ninguém venceu este troféu, mas onde a experiência e a muita qualidade podem ser os fatores diferenciais para uma conquista aliado ao facto de jogarem em casa. Martha Burse, Manuela Rios e Susana Carvalheira serão certamente jogadoras em destaque nesta Taça da Federação e podem assumir mesmo um peso maior para uma possível conquista.

– Esgueira: Busca de aumentar a surpresa

As aveirenses jogam em casa, a final vai mesmo ser no seu pavilhão e são mais uma equipa que busca a primeira Taça da Federação. Uma equipa onde todos procuram a sua primeira conquista desta Taça da Federação e que foram a sensação da fase regular da Liga Betclic, a muita qualidade técnica neste conjunto pode ser o principal ponto a favor do Esgueira. Gabriela Raimundo, Inês Ramos e Ana Raimundo vão ser com toda a certeza figuras dos jogos deste fim de semana, podendo mesmo sendo as estrelas do que poderá ser a primeira conquista desta competição numa equipa onde a arma mais ou menos secreta, poderá vir a ser André Janicas e alguma carta na manga que surpreenda neste fim de semana em Esgueira.

– Vitória SC: Deixar em definitivo o mau bocado para trás

De Guimarães surge uma equipa que adora competições assim, que se decidem em poucos dias. As comandadas de Pedro Dias vão à procura da primeira conquista da Taça da Federação, apenas Catarina Mateus já levantou este troféu. Uma equipa em crescendo na temporada, que tem aqui um teste para esta nova fase da temporada e para esse crescimento. Talvez a época mais complicada afaste alguma atenção e favoritismo, por isso mesmo poderá ser a equipa a surpreender em Aveiro. Filipa Barros e Mariana Teixeira podem vir a ser duas das melhores jogadoras da Taça da Federação desta temporada, com toda a certeza que será uma das equipas que vai animar mais esta competição em Esgueira.

Ficou aqui lançada a Taça da Federação, recordando alguns dos maiores nomes do nosso basquetebol, mas de dia 25 ao dia 27 todos os caminhos vão dar a Vagos e Esgueira para sabermos quem será que vai levantar a Taça da Federação desta temporada.


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É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


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