Arquivo de Las Vegas Aces - Fair Play

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José AndradeJunho 30, 20225min0

A WNBA está ao rubro e a luta para MVP segue com 3 jogadoras disparadas nessa corrida e hoje vamos falar deste trio de algumas das melhores do mundo que encanta e discute nesta altura o prêmio de melhor jogadora da temporada na WNBA.

A’ja Wilson – Las Vegas Aces: Cada vez mais favorita

Começamos a nossa lista por A’ja Wilson que nesta altura está na frente nesta corrida pelo prêmio de MVP da temporada. As Las Vegas Aces são a equipa sensação da temporada e A’ja é um dos nomes em maior destaque, pois tem demonstrando uma alta evolução em alguns pontos do seu jogo. A craque das Aces surge com o tiro exterior a ser uma arma cada vez mais temível e mais usada, ela que nesta altura é a jogadora com a sexta melhor média de pontos por jogo (18.7) e a atleta com melhor média de ressaltos (9.9), números que deixam em claro o porquê de estar na frente desta corrida.

A’ja tem ainda uns 35.0 % da linha de três pontos, é mesmo a área onde tem evoluído mais, demonstrando que está uma jogadora cada vez mais completa, sendo uma atleta cada mais difícil de travar. Na defesa ainda se evidencia como a segunda jogadora com mais desarmes de lançamento por jogo (2.4).. Ressaltadora de elite, eficaz nos dois lados do campo e é mais uma jogadora que deu um passo em frente na sua evolução com Becky Hammon, sendo mesmo nesta altura a estrela na frente nesta luta pelo MVP.

Breanna Stewart – Seattle Storm: Menos destaque, mas muito rendimento

Mudamos para aquela que surge logo atrás de A’ja Wilson na luta pelo prêmio de MVP, mais uma das melhores jogadoras do mundo, Breanna Stewart que torna a ser uma vez mais um dos maiores destaques da temporada na WNBA sendo que nem sempre tem tido o destaque merecido para aquilo que vai fazendo na liga. As Seattle Storm estão novamente no topo, com a chegada de Tina Charles as expetativas cresceram e as soluções aumentaram para o que ainda está por vir, mas muito do que esta equipa tem conseguido deve-se a Breanna Stewar.

Nesta altura lidera em termos de média de pontos por jogo (22.0), é a nona jogadora com melhor média de ressaltos por jogo (7.6) e é ainda a segunda melhor em relação aos roubos de bola por jogo (1.9). A questão que muitos colocam em relação a Breanna Stewart para a afastar do prémio MVP é a defesa, mas a verdade é que as Storm com ela em campo, têm 90.4 pontos concedidos por 100 posses e sem Stewart sobe para 102.9 pontos, algo que demonstra bem a importância que tem no lado defensivo da sua equipa, sendo que é também a jogadora com melhor ranking de eficiência, mostrando também o seu peso no ataque na turma de Seattle. Eficácia e super rendimento dos dois lados do campo e um inicio de temporada de alto nível que voltam a colocar Breanna Stewart como uma das favoritas a melhor temporada, nesta altura é a número dois na luta pelo prêmio de MVP.

Jonquel Jones – Connecticut Sun: A rainha continua na luta pela revalidação do estatuto de MVP

A MVP da última temporada mesmo que menos destacada devido ao começo de época das Aces e aos problemas das Sun, continua a dominar e está muito presente nesta luta por este prémio. Nesta altura leva uma média de 14.6 pontos e de 9.1 ressaltos por jogo, sendo mesmo a terceira melhor neste último parâmetro, apenas atrás de Aj’a Wilson e Sylvia Fowles duas das maiores protagonistas deste começo de época. O problema central está na queda na média de pontos, mas a verdade é que a rainha da última temporada está mais eficaz, sendo a sétima na liga em pontos por tentativa e é ainda a décima melhor em lançamentos de campo com 51.5%. Jonquel Jones é novamente uma das jogadoras que mais domina no garrafão, estando nesta altura com 21.1% em oportunidades de ressaltos, a segunda melhor da liga. Mesmo que alguns números tenham caído, Jonquel Jones continua no topo, sendo uma das jogadoras mais habilidosas, eficazes e preponderantes na sua equipa e da WNBA. A MVP da última época além dos ressaltos é uma das craques mais eficientes, o começo não foi o melhor, mas podemos ver já um crescimento nestes últimos jogos, vamos com toda a certeza ter Jonquel Jones ainda mais na luta pelo prêmio de MVP a partir de agora.

Deixámos aqui as três principais jogadoras na luta pelo prêmio de MVP, mas ainda menção para Emma Meesseman ou Kelsey Plum, entre outras jogadoras que poderiam figurar neste top3 de maiores candidatas a MVP. Será com toda a certeza uma lista a ser alterada ao longa das próximas semanas e esta luta vai estar cada vez mais ao rubro, por isso estaremos cá para falar e ir atualizando este top3.

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José AndradeMaio 5, 20227min0

Hoje vamos falar da WNBA, primeira-parte do guia de lançamento da temporada que começa já neste dia 6, vamos falar um pouco de algumas equipas e do que podemos esperar, por isso venham connosco porque esta temporada promete muito.

A temporada regular começa com as Washington Mystics a receberam as Indiana Fever nesta sexta-feira (já sábado em Portugal). 12 equipas vão em busca de suceder às Chicago Sky como as novas rainhas da WNBA, num total de 36 jogos nesta temporada que significa um novo máximo de duelos, o máximo anterior era de 34. Até 14 de Agosto vamos ter uma temporada que promete muito, mas que vai ser marcada pela prisão de uma das estrelas da Liga na Rússia, falamos de Brittney Griner que numa situação normal estaria prestes a entrar em ação depois de uma temporada na Europa, mas que se encontra detida num caso que tem abalado tudo e todos pelas poucas informações e pelo que se vive naquela zona do globo.

As quatro melhores equipas de cada conferência vão se apurar para os playoffs que se devem iniciar em agosto logo depois do dia 14. A primeira ronda joga-se à melhor de 3 jogos, já as meias-finais e final vão se discutir à melhor de 5 jogos. Menção para a All-Star weekend que vai decorrer em Chicago de 9 a 10 de julho e para a Commissioner Cup que vai ter a final a 26 de julho, uma competição onde vão ser designados os 10 jogos que vão contar para esta Taça, as melhores de cada conferência defrontam-se na final.

O que podemos esperar de cada uma das equipas?

  • Atlanta Dream – Vão animar muito a temporada

Começamos por Atlanta, uma equipa que vem de uma época com muitas mudanças e muito atribulada. Depois de novos donos, conseguiram Tanisha Wright para nova treinadora e ainda Dan Padover para novo general manager, chegam a esta época com uma equipa jovem e que vai de certeza animar muito a temporada, mas que pode sentir alguns problemas, por isso uma das curiosidades é perceber a dinâmica deste conjunto. Destaque obvio para Rhyne Howard, a primeira jogadora escolhida deste último draft e que é uma das atletas que mais curiosidade suscita para esta temporada. Época de transição neste rebuild, com pouca pressão e onde a juventude pode surpreender, ofensivamente dão garantias com a experiência da base Aari Macdonald, defensivamente as coisas podem ser diferentes e aí Nia Coffrey vai ter de assumir um papel de grande importância.

  • Chicago Sky – Em busca de defender o caneco

Chegamos às atuais campeãs, depois de uma temporada em crescendo, de sextas a campeãs com uma final épica, chegam a esta temporada mantendo a sua base e em busca de revalidar esta conquista. As Sky possuem profundidade, muita rotação, Kahleah Copper vem em ótima forma e depois de ser uma das figuras da época passada pode ser novamente uma das estrelas deste ano. A manutenção das estrelas é a chave do que pode ser uma época de sucesso, obvio destaque para Candace Parker, mas também para Courtney Vandersloot e Allie Quigley, duas bases fundamentais para o que pode ser a boa temporada desta equipa e ainda juntaram Emma Meesseman a MVP das finais em 2019. As Sky parecem mais equipa à partida para esta época e a boa free agency trouxe ainda mais profundidade, vai ser difícil repetir, mas voltam a ser uma das favoritas ao título.

 

  • Connecticut Sun – Será que confirmam o maior favoritismo?

As Sun foram a equipa mais dominante na temporada regular passada, um recorde impressionante de 26-6, muita qualidade de jogo, mas acabaram por sofrer no duelo das meias-finais com as Chicago Sky que viriam a vencer o título. Nesta temporada, a equipa de Connecticut volta a partir com maior favoritismo para vencer no final da época. Conseguem reforçar uma equipa que já era muito forte, vão continuar a ser uma equipa defensivamente sufocante e ofensivamente deram o salto com a entrada de Courtney Williams que vai permitir que a equipa suba de nível no ataque, juntar ainda a extrema Alyssa Thomas que chega a esta temporada totalmente recuperada e sem limitações físicas. Óbvio que juntando a tudo isto, a MVP da temporada passada, Jonquel Jones que vem de mais uma excelente temporada na Europa. São as favoritas e têm tudo para conseguir o tão desejado primeiro título da história deste franchise.

  • Dallas Wings – Muito talento jovem

Mudamos para Dallas, mais uma equipa cheia de jovens com muito potencial, com uma jogadora que parte com possibilidade de ser a MVP da temporada e uma equipa que parte como muito provável ir além do sétimo lugar da temporada passada. Nesta offseason conseguiram a poste Teaira McCwoan que chegou das Fever, ainda garantiram Arike Ogunbowale com um contrato de longa duração para uma das melhores bases. Junta-se a juventude, com destaque para a capacidade no perímetro de jogadoras como Marina Mabrey e Allisha Gray. Depois Satou Sabaly que tem tudo para se assumir como uma das estrelas da liga nesta temporada e com isso parte como uma possível candidata a MVP da época. As Wings subiram um degrau na sua evolução e podem ser uma das surpresas desta temporada.

  • Indiana Fever – Época de rebuild total

A equipa de Indiana entra nesta temporada com uma equipa muito jovem e bem diferente, depois de uma época onde foram o pior conjunto, mudaram e apesar de alguns erros, partem para uma temporada de rebuild. Conseguiram 4 das 10 primeiras escolhas do draft deste ano, conseguindo grandes talentos como Destanni Henderson. Esta equipa ganhou 12 jogos nas duas últimas temporadas, Lin Dunn começa como general manager de forma interina numa equipa sem ambições e que tudo o que vier de bom vai ser ganho. Será uma temporada complicada, onde a maior curiosidade vai ser perceber como vai continuar a reestruturação e que passos vão ser dados a seguir.

  • Las Vegas Aces – Muitas mudanças

As Aces vão em busca de regressar às finais, depois de caírem na meia-final o ano passado frente às Mercury, mudaram muito para conseguir regressar à final onde estiveram pela última vez em 2020. Chegou Becky Hammon para liderar a equipa, nova treinadora que tem funções bem mais vastas e que como já se pode ver mudou a forma de jogar da equipa, as Aces vão passar a privilegiar o movimento de bola e o spacing, uma mudança radical para o que acontecia com Bill Laimbeer. Com esta nova forma de jogar, Chelsea Gray e Kelsey Plum vão assumir ainda mais protagonismo nesta temporada. Com a saída de Liz Cambage, a equipa focou ainda mais em A’ja Wilson que já renovou com um contrato máximo, a MVP de 2020 que já mostrou na pré-época que vem para repetir esse feito. A única questão nesta equipa é a profundidade que não é tanta como nas Sun e em outros conjuntos, mas as estrelas estão em grande forma e chegam para dominar a Liga novamente.

Ficou a primeira-parte do nosso guia para a temporada da WNBA, não percam a segunda-parte que ainda temos mais equipas para falar.


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