Arquivo de João Sousa - Página 2 de 2 - Fair Play

André Dias PereiraAbril 16, 20182min0

Pablo Andujar conquistou este domingo o torneio ATP 250 Marraquexe, depois de vencer na final o britânico Kyle Edmund, por duplo 6-2. Mas esta não foi uma vitória qualquer. Foi o seu quarto título na carreira e o primeiro nos últimos quatro anos (Gstaad, 2014).

Andujar, que já esteve entre o top-40 e hoje em 355, estava, há poucas semanas, fora do top-1800. A queda deveu-se, em grande parte, a uma lesão no cotovelo que o levou a fazer três cirurgias. Agora, o espanhol parece estar de volta apresentando-se em grande forma em Marraquexe. “Sempre acreditei que poderia regressar. Caso contrário não estaria aqui a fazer nada”, disse.

Na final, Andujar esmagou nada menos que Kyle Edmund. O britânico é 26º do mundo, foi semi-finalista no Australian Open e estará no Estoril a partir do próximo dia 28. Foi a terceira vez que o espanhol venceu em Marrocos. As outras vitórias foram em 2011 e 2012.

Sousa subirá seis lugares

Andujar deixou para trás Ilya Ivashka (6-3 e 7-5), Andrea Arnaboldi (6-0 e 6-2) e Alexey Vatutin (6-4, 5-7 e 6-3). Nas meias-finais, levou a melhor sobre João Sousa, por duplo 6-4. Sousa jogou as meias-finais após eliminar Pedro Martinez (Esp), Mirza Basic (Bos) e Nikoloz Basilashvili (Geo). Apesar da derrota, o português subiu, esta segunda-feira, seis lugares no ranking, sendo agora 64º.

Sousa, que não jogará Monte Carlo, vai disputar a partir de dia 23 o ATP 500 Barcelona. Já Pablo Andujar, que venceu recentemente o Challanger de Alicante, poderá subir mais de 200 lugares no ranking.

Com 10 vitórias consecutivas, Andujar tornou-se o primeiro jogador desde Ryan Harrison, em 2017, a ganhar um torneio Challanger e um torneio ATP em duas semanas. O outro jogador a conseguir o mesmo feito foi David Goffin.

André Dias PereiraAbril 9, 20183min0

Portugal não conseguiu superar a Suécia no playoff de apuramento para o Grupo Mundial da Taça Davis. A equipa lusa foi afastada, este sábado, por 3-2. A partida da decisiva jogou-se em Estocolmo e era referente à segunda eliminatória do Grupo 1, da zona Europa/África.

João Sousa, número um português, esteve em bom plano vencendo os dois jogos singulares em que participou. Diante Elias Ymer e Mikael Ymer o vimarenense conseguiu o mesmo resultado: duplo 6-4.

Menos bem esteve Gastão Elias, que perdeu ainda na sexta-feira perante Elias Ymer, 133 do mundo, por 7-6 (13-11) e 6-4. No sábado, no jogo de pares, a dupla Elias e Sousa perdeu para Markus Eriksson e Robert Lindstedt por 7-6 (8-6) e 6-2. No quinto e decisivo jogo, Gastão Elias, 106º do mundo, perdeu com Mikael Ymer (355.º), por 6-3 e 6-4.

Ymer, 19 anos de idade, é um dos talentos da nova geração. O sueco tinha sido também o herói no triunfo sobre a Ucrânia na ronda anterior. Para Portugal, o jejum de vitórias fora do país dura desde 2013. Portugal ficou isento na primeira eliminatória e agora joga em Setembro na Ucrânia para discutir a permanência nesta divisão.

Espanha, EUA, França e Croácia nas meias-finais

Quem se qualificou para as meias-finais da Taça Davis foi os EUA. Para trás ficou a Bélgica. John Isner, vencedor do ATP Miami, começou por vencer Joris De Loore por 3-1: 6-3, 6-7, 7-6 e 6-4. Sem David Goffin, a recuperar de lesão no olho, Ruben Bemelmans também não conseguiu levar a melhor sobre Sam Querrey. Depois, em pares, Ryan Harrison e Jack Sock justificaram o favoritismo diante Joran Vliege e Sander Gilles:  5-7, 7-6, 7-6 e 6-4.

Os norte-americanos são fortes candidatos a um título que foge há 10 anos. Na Era Open, desde 1968, que os EUA já venceram a Taça Davis por 13 vezes, sendo o maior campeão da prova.

Agora os EUA terá pela frente a Croácia, que venceu o Cazaquistão por 3-1. Marin Cilic, a estrela maior croata, venceu Mikhail Kukushkin, pelos parciais de 6-1, 6-1 e 6-1, em 2H01 horas de jogo, na partida decisiva.

David Ferrer coloca Espanha nas meias-finais seis anos depois (Foto: Sportv.globo.com)

Também nas meias-finais está a Espanha. Nuestros hermanos venceram a Alemanha por 3-2. David Ferrer, 36 anos, foi o herói ao vencer Phillip Kohlschreiber por 7-6, 3-6, 7-6, 4-6 e 6-4 em 4h51 horas de jogo. Nadal e Zverev, com uma vitória cada, deixaram tudo empatado na sexta-feira. No sábado, a dupla alemã venceu a espanhola: 6-3, 6-4, 3-6,6-7 e 7-5. Só que Nadal voltou a deixar tudo empatado ao vencer Zverev (6-1, 6-4 e 6-4). Ferrer acabou por vencer o jogo decisivo.

É a primeira vez desde 2012 que Espanha chega às meias-finais. Pela frente terá a selecção francesa, campeã em título, que venceu Itália por 3-1. Lucas Pouille decidiu para os gauleses ao levar a melhor sobre Fábio Fognini: 2-6, 6-1, 7-6 e 6-3.

As meias finais jogam-se entre 14 e 16 de Setembro.

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André Dias PereiraAbril 2, 20183min0

Ao longo da sua carreira o norte americano John Isner convive com a referência à sua altura. 2,08 metros. Este domingo, e aos 32 anos, foi o dia em que Isner foi gigante também no ténis. Natural de Greensboro, Carolina do Norte, foi em Miami que o norte-americano conquistou o mais relevante troféu da sua carreira.

E que semana foi esta para John Isner. O ponto alto foi este domingo com uma vitória na final diante o alemão Alexander Zverev: 6-7(4), 6-4 e 6-4. E Isner até perdeu o set inicial, mas recuperou nas duas partidas seguintes, terminando com nada menos que 18 ases. De resto, permitiu apenas três pontos de break a Zverev.

A caminhada para a vitória começou com Jiri Vasely (7-6, 1-6 e 6-3) e prosseguiu com Marin Cilic (7-5 e 7-6). Depois, venceu Hyeon Chung, carrasco de João Sousa, por 6-1 e 6-4, e Del Potro (6-1 e 7-6)

Já Zverev deixou eliminou Dimitri Medveded (6-4, 1-6 e 7-6), David Ferrer (duplo 6-2), Nick Kyrgios (duplo 6-3), Borna Coric (7-6, 4-6 e 6-4) e Pablo Carreño Busta (6-4, 5-7 e 7-6).

O norte americano aumentou para treze os títulos conquistados no circuito ATP. Contudo, este foi o primeiro da categoria Masters 1000, tendo sido finalista vencido em outros três anteriormente. Desde Andy Roddick, em 2010, que nenhum tenista norte-americano conseguia vencer o Masters de Miami. E com a vitória de Sloane Stephans no quadro feminino, foi quebrado o jejum da ‘dobradinha’ que perdurava desde 2004, ano em que Roddick e Serena Williams venceram em ambos os quadros.

Já para Zverev perdeu a chance de vencer o seu terceiro Masters 1000, depois das conquistas no Canadá e em Roma, em 2017.

Federer e Djokovic desiludem

Apontado como um dos principais favoritos, Roger Federer foi a grande desilusão do torneio. O suíço caiu logo na primeira ronda para Thanasi Kokkinakis (3-6, 6-3 e 7-6). Foi a segunda derrota da temporada de Federer, que o atira para fora da liderança mundial, a partir desta segunda-feira. Rafael Nadal é outra vez número um do mundo. Quem também desiludiu foi Novak Djokovic. O sérvio perdeu logo na ronda inaugural para o compatriota Filip Krajinovic (6-3 e 6-2). Entretanto, o ex-número um mundial já confirmou o final de sua parceria com André Agassi, seu treinador desde Maio de 2017. Eliminado nos oitavos-de-final do Australian Open, e nas rondas inaugurais de Indian Wells e agora Miami, o sérvio é 12º do ranking.

Com o afastamento de Federer e Djokovic, o caminho parecia aberto para Del Potro. Contudo, o vencedor de Indian Wells, acabaria afastado por Isner, que colocou um ponto final na invencibilidade do argentino. Foram 15 vitórias consecutivas naquele que foi o seu melhor arranque de temporada desde que é profissional.

Surpreendente foi o percurso do português João Sousa. O vimarense tornou-se o primeiro português a atingir os oitavos de final de um Masters 1000. Caiu de cabeça erguida perante o favoritismo de Hyeon Chung (6-4 e 6-3).

Sousa será uma das principais atracções do Estoril Open, que poderá também contar, quem sabe, com Novak Djokovic. Mas, para já, no sol de Miami quem mais brilhou foi o norte-americano John Isner, que se torna, esta segunda-feira, número 9 do mundo.

A vitória de Isner diante Zverev

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André Dias PereiraMarço 26, 20182min0

João Sousa, o conquistador. Não por ter nascido em Guimarães. Não apenas por ser o melhor tenista português de sempre. Sousa conseguiu, este domingo, a proeza de atingir os oitavos de final do Masters de Miami. Pela primeira vez um tenista luso atinge essa meta num Masters 1000.

Longe do 28º lugar que já ocupou no ranking, Sousa é hoje o 80º do mundo. Isso, contudo, não o impede de somar vitórias importantes, como a que teve diante o Jared Donaldson , número 49 mundial. A vitória pelos parciais de 1-6, 6-3 e 6-4 demorou 1h53. O português pareceu apático no primeiro jogo, mas depois voltou a mostrar grande força mental e venceu 10 dos 14 jogos realizados.

O triunfo vem dar mais força à prestação do tenista luso que, na ronda anterior, eliminou nada menos que David Goffin, número nove mundial. Sousa não deu hipósteses, ganhando pelos parciais de 6-0 e 6-1. Goffin encontrava-se sem competir desde que foi afastado nas meias-finais do torneio de Roterdão, por Grigor Dimitrov. Depois de eliminar Alexander Zverev em Indian Wells, pelo segundo torneio consecutivo o vimarenense afastrou um tenista do top-10 mundial.

Na próxima ronda, que se joga esta terça-feira, dia 27, João Sousa terá pela frente uma das sensações do circuito em 2018. O coreano Hyeon Chung, semi-finalista do Australian Open, deixou para trás o norte-americano Michael Mmoh, por duplo 6-1. Antes, a vítima foi o australiano Matthew Ebden (6-3 e 7-5).

Federer perde liderança para Nadal

Para já, estão garantidos nos oitavos de final: João Sousa, Hyeon Chung, Marin Cilic, Jeremy Chardy, Juan Martin Del Potro, John Isner e Filip Krajinovic.

Eliminados estão, para ja, Roger Federer e Novak Djokovic. O sérvio voltou a desiludir ao ser afastado na primeira ronda por Benoit Paire (6-3 e 6-4). Já o suíço sofreu a segunda derrota da temporada, depois de ter perdido a final de Indian Wells para Del Potro. O algoz, agora, foi Thanasi Kokkinakis: 3-6, 6-3 e 7-6 (4), naquele que foi o primeiro encontro entre ambos no circuito ATP. Mais do que perder na estreia, Federer perde a liderança mundial para Rafael Nadal a partir desta segunda-feira. O suíço, agora, só deverá regressar em Junho, no torneio de Halle.


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