Djokovic imparável é tetra em Shangai
Novak Djokovic está irresistível. O tenista sérvio conquistou, este domingo, o Masters de Shangai pela quarta vez. É também o 32º título Masters 1000 daquele que é, desde esta segunda-feira, o número dois mundial. Apenas 215 pontos o separam agora do líder Rafael Nadal.
O ano, recorde-se, começou com mais interrogações do que certezas. A recuperar de uma lesão, Djokovic começou de forma tímida, sendo afastado na quarta ronda do Australian Open, por Chung Hyeon. Seguiram-se Indian Wells e Miami. Em ambos caiu nas primeiras rondas. Nolan questionava, por esta altura, se poderia voltar ao que fôra anteriormente. Na temporada de terra batida começou a subir de forma e a partir dos torneios em relva voltou aos títulos. E logo em Wimbledon. No piso rápido confirmou a subida de forma, vencendo Cincinnati e o US Open.
Agora, foi a vez de ganhar Shangai. Frente ao croata Borna Coric precisou de 1h36 para vencer por 6-3 e 6-4. Foi a quarta vez que Djokovic venceu em Shangai. As outras foram em 2012, 2013 e 2015.
Djokovic foi superior durante todo o jogo, nunca cedendo qualquer jogo de serviço. Por outro lado, o sérvio conseguiu quebrar o serviço a Coric no segundo set, para começar a construir a vitória por 6-3. Na segunda partida, Djokovic começou logo por quebrar o serviço do croata. Coric ainda conseguiu salvar três match points mas acabou por perder por 6-4.
É preciso realçar, contudo, o percurso de Coric, 22 anos, de idade. Vencedor de Halle, este ano, o croata jogava a sua primeira final Masters 1000 da carreira.
Para chegar à final deixou para trás, entre outros, jogadores como Stanislas Wawrinka (4-6, 6-4 e 6-3), Juan Martin Del Potro (o argentino desistiu por fratura no joelho e não tem previsão de regresso) e Roger Federer (duplo 6-4).
O ano de 2018 confirma, assim, todo o talento do croata e mostra que é um jogador que é preciso ter em conta em 2019. Recorde-se que Coric foi ainda semi-finalista em Indian Wells. A partir desta segunda-feria será 13 mundial.
A surpresa Mathew Ebden
O desaire de Roger Federer faz aumentar o alarme em torno do suíço. Nas temporadas de relva e piso rápido, manteve-se intermitente. Federer até começou bem a temporada, vencendo o Australian Open, mas depois da pausa feita na terra batida, não conseguiu retomar tão pujante quanto se esperava. Apesar da final de Wimbledon, tem vindo a acumular muitos erros que têm sido comprometedores. “Estou feliz com o meu jogo, mas Coric foi melhor”, assumiu o helvético. E a verdade é que Coric raramente permitiu qualquer recuperação ou crescimento de Federer na partida.
Neste torneio de Shangai há ainda a destacar Mathew Ebden. O autraliano caiu nos quartos de final, o seu melhor registo em 13 anos de carreira. Para isso, deixou para trás jogadores como Dominic Thiem (6-4, 6-7 e 7-6) e Frances Tiafoe (3-6, 6-4 e 6-3).
A vitória de Djokovic sobre Coric, foi a quarta do sérvio em Shangai.