Rugby Europe Championship 2023 Grand Final: 3 pormenores

Francisco IsaacMarço 13, 20234min0

Rugby Europe Championship 2023 Grand Final: 3 pormenores

Francisco IsaacMarço 13, 20234min0
Ausências, registo de jogos e uma curiosidade, estes são os 3 pormenores que Francisco Isaac nos traz ao Fair Play sobre o Rugby Europe Championship

No Domingo, Portugal terá a oportunidade de conquistar pela segunda vez o Rugby Europe Championship (a única vez que os “Lobos” levantaram este troféu foi em 2004, quando ainda era apelidado de European Nations Cup), com a final marcada para as 19h00 (hora portuguesa) em Badajoz frente à super-campeã Geórgia, que conquistou o troféu em 14 ocasiões diferentes.

QUATRO PEÇAS-CHAVE DE FORA: MARQUES, STORTI, ALVES E GUEDES

Na convocatória de Patrice Lagisquet para a Grand Final do Rugby Europe Championship 2023 saltam à vista quatro ausências: Nuno Sousa Guedes (operado ao braço), Raffaele Storti (operado e com 5 meses de paragem pela frente), Samuel Marques e Anthony Alves. Quatro titulares que têm um peso significativo para a selecção, especialmente Nuno Sousa Guedes e Samuel Marques que têm assumido o papel de converter pontos ao pé, com o defesa e formação a terem já garantido 62 pontos nesta temporada, isto sem falar da sua importância na forma de jogar das Quinas, com ambos a serem vitais nas ligações do ataque – somar ainda o jogo ao pé de contrarresposta.

Sem Storti, Portugal perde um dos principais pontas das últimas três temporadas, mas lembrar que Vincent Pinto e Rodrigo Marta têm somado mais minutos nas alas neste Rugby Europe Championship, o que pelo menos é garante de continuidade para os “Lobos”.  Já Anthony Alves é uma pesada ausência, num jogador que tem vindo a tentar recuperar fisicamente a forma com que se notabilizou nas últimas quatro temporadas, perdendo Portugal um elemento importante na formação-ordenada. Estas ausências poderão criar alguns problemas no Domingo, mas a profundidade de plantel garante boas soluções para amparar satisfatoriamente estas baixas.

Poderá se dar a ausência de ainda uma 5ª peça, com Jerónimo Portela ainda a estar condicionado de uma pequena lesão que impossibilitou-o de jogar na meia-final frente à Espanha, esperando-se que retorne e possibilite Tomás Appleton e José Lima a comporem o combo de centros.

HISTÓRIA DIZ QUE… GEÓRGIA DETÉM O FAVORITISMO

Em 24 jogos, Portugal só ganhou por 4 ocasiões frente à Geórgia, com a última a ter sido em 2005, o explica o porquê do favoritismo pender para os Lelos, que foram campeões do Rugby Europe Championship/European Nations Cup por 14 ocasiões, enquanto os “Lobos” só foram campeões por uma vez. Porém, a última selecção a não cair ante os georgianos nesta competição foi Portugal, que em 2022 forçou um empate a 25 pontos, um detalhe importante para percebermos que a selecção liderada por Patrice Lagisquet tem as condições necessárias para encostar os actuais pentacampeões às “cordas” e arrancar uma boa exibição, e vitória nesta final agendada para o próximo Domingo.

A maior vitória georgiana frente a Portugal deu-se em 2006 por 40-00, enquanto Portugal já derrotou os “Lelos” por 21-17, sendo a maior vitória em termos de margem. De todas as selecções rivais dos “Lobos” nas competições da Rugby Europe, só falta a Patrice Lagisquet derrotar a Geórgia desde que tomou as rédeas de Portugal, que regista actualmente a melhor sequência de vitórias dos últimos 30 anos do rugby português, com 7 vitórias consecutivas.

TOMÁS APPLETON PODE SER O 1º CAMPEÃO TROPHY-CHAMPIONSHIP

Este último pormenor é uma curiosidade mordaz mas que merece foco: caso Portugal derrota a Geórgia no próximo Domingo, Tomás Appleton tornar-se-á o primeiro capitão a ter ganho o Rugby Europe Trophy e o Rugby Europe Championship, o que nos conta a história da evolução do rugby nacional desde a descida de divisão em 2016.

O centro do CDUL, e que já vestiu a camisola de Portugal em mais de 50 ocasiões, esteve na descida, ajudou na subida e tem sido parte nuclear neste processo de revitalização da selecção nacional, não só com exibições de gala, como também pela capacidade de liderança, comunicativa e de exemplo, podendo assinar mais um capítulo de glória na história da modalidade em Portugal.


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