Portugal é vice-campeão europeu – o “maul” do Europeu de sub-18

Francisco IsaacNovembro 18, 20233min0

Portugal é vice-campeão europeu – o “maul” do Europeu de sub-18

Francisco IsaacNovembro 18, 20233min0
Portugal perdeu por 19-03 frente à Geórgia no Europeu de sub-18 mas a selecção nacional teve uma prestação positiva na final

Portugal perdeu na final do Europeu de sub-18 quando merecia ter terminado com outro resultado, já que dominou o encontro em certos períodos e faltou só capitalizar nas boas oportunidades criadas durante 70 minutos.

MVP: GUILHERME VASCONCELOS (CENTRO)

Teve um Europeu mais “sossegado” mas na final foi decisivo para Portugal, já que foi responsável por três das melhores placagens do encontro, uma das quais a resultar num avant do adversário, isto para além de ter sido imprescindível em duas quebras-de-linha georgianas.

A sua presença e maturidade deu outra dimensão às movimentações defensivas da equipa portuguesa, tendo forçado ainda três penalidades ao adversário. Por vezes o trabalho “invisível” pode não ser o mais aplaudido por quem está de fora, mas todo o desempenho de Guilherme Vasconcelos foi extraordinário, sendo decisivo num encontro em que o capitão e a equipa portuguesa procuraram a vitória do princípio ao fim.

PONTO ALTO: DOMÍNIO E GRANDES MOMENTOS

Desde formações-ordenadas a andar para a frente, colocando a Geórgia a recuar, a mauls que pareciam destinados a chegar à área-de-ensaio, a placagens que atiraram os jovens “lelos” para trás, Portugal foi capaz de mostrar uma identidade forte e assertiva, querendo ditar as regras do jogo.

Com Guilherme Vasconcelos e Tomás Marques a liderar bem as linhas-atrasadas, e Miguel Romero, José Lavos e Diogo Pina a serem as “vozes” principais no bloco avançado, a selecção nacional foi crescendo de minuto para minuto e esteve perto de invadir a linha-de-ensaio em algumas ocasiões.

Houve identidade e vontade de ser a equipa superior dentro de campo, independentemente se do outro lado estavam os tetra campeões do Europeu sub-18, o que demonstra a ambição titânica destes sub-18.

PONTO A MELHORAR: APROVEITAR OPORTUNIDADES

Faltou um pouco mais de “sorte”, rasgo e foco em certas situações que pareciam favoráveis a Portugal e que podiam ter alterado o rumo final do encontro, como naqueles dez minutos entre os 15′ e 25′ da primeira-parte, ou o início da segunda metade do encontro.

Estes “lobos” sub-18 tiveram minutos consecutivos a dominar a posse de bola, a empurrar o adversário para trás, a forçar penalidades sistemáticas (impercetível o facto de nenhum cartão amarelo ter saído nos derrubes intencionais de maul ou placagens fora-de-tempo), mas a incapacidade de capitalizar quando o jogo exigia acabou por dar espaço e tempo para o adversário se reajustar e respirar.

Os dois ensaios iniciais poderiam também sido evitados, já que advieram de falhas de placagem a meio-campo permitindo que o adversário ganhasse o balanço suficiente para atingir a área de validação de Portugal com mas facilidade do que o suposto.

MARCADORES

Pontapé de Penalidade: Tomás Marques (3)


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS