Como jogaram os rivais dos “Lobos” no Mundial 2023 – Semana 3

Com o empate de Portugal e Geórgia, segue-se a 4ª semana de jogos para o grupo C do Mundial de Rugby 2023 mas antes disso vamos olhar para o que a Austrália (não) fez frente ao País de Gales, sendo que a selecção comandada por Warren Gatland não será observada por já ter jogado contra Portugal.

AUSTRÁLIA

Pontos Positivos: nada;
Pontos Negativos: Indisciplina em toda-a-linha; fases-estáticas inexistentes; lentidão no breakdown; incapacidade de ler o ataque do País de Gales; primeira placagem teve problemas; jogo ao pé sem estratégia coerente;
Jogadores em melhor nível: Rob Valentini; Mark Nawaqanitawase;
Lesões: Para já nada a apontar;

A maior vitória de sempre do País de Gales sob a Austrália aconteceu no dia 24 de Setembro de 2023, com os galeses a infligir um 40-06 aos comandados de Eddie Jones, que foram totalmente neutralizados em todos as áreas e aspectos do jogo, com as fases-estáticas, o jogo ao pé e a falta de capacidade para segura a oval a terem sido um desastre total e sem precedentes.

Os Wallabies já tinham tido alguma sorte com a Geórgia, arrancando uma vitória que acabou por nascer mais por uma onda de erros dos “Lelos” que mérito total da selecção das antípodas. Depois de terem sofrido uma derrota histórica frente às Fiji (que não foi pior porque os Flying Fijians quiseram jogar com mais calma), hoje foi o prego quase final na história da Austrália neste Mundial de Rugby 2023.

Tudo que podia correr mal, não só correu como foi um sentimento perpétuo durante todo o encontro. Há pouco para contar sobre esta Austrália. Se as fases-estáticas foram um problema, o que dizer da falta de criatividade e imaginação, da ineficiência da ligação dos sectores e da precariedade no jogo corrido?

Como podem os “Lobos” explorar? Acima de tudo ter presente um pensamento: paciência. O País de Gales foi construindo o resultado com recurso aos postes, procurando criar instabilidade através de algumas jogadas mais “manhosas”, mantendo uma fisicalidade alta e constante. A velocidade dos pontas conjugado com dois centros sempre disponíveis, e uma 3ª linha agressiva em todas as entradas no contacto, foram os detalhes que também os empurraram no sentido desta esmagadora vitória.

Só um pormenor final… a Austrália em 80 minutos só teve dentro dos 22 metros do País de Gales com a bola controlada por quatro vezes. Cenário minimamente aterrador.

Aos Wallabies resta ganhar a Portugal e esperar que as Fiji não consigam ganhar os seus dois últimos jogos… um cenário minimamente problemático para um conjunto que nunca falhou uma fase-a-eliminar.