3 destaques dos Lusitanos na 3ª jornada da RE Super Cup 2023

Francisco IsaacNovembro 19, 20234min0

3 destaques dos Lusitanos na 3ª jornada da RE Super Cup 2023

Francisco IsaacNovembro 19, 20234min0
Os Lusitanos estão eliminados da Super Cup 2023, restando agora esperar se a descida para o grupo 2 se verifica em 2024

Os Lusitanos estão eliminados da disputa pelo título de campeão da Super Cup, caindo pela primeira vez logo na fase-de-grupos após somarem uma 3ª derrota consecutiva, desta feita frente aos Castilla y León Iberians. A análise em 3 pontos

MVP: MARTIM BELLO ROQUETTE (SEGUNDA-LINHA)

Não tendo sido excelente, Martim Bello Roquette foi dos melhores em campo do lado dos Lusitanos com doze placagens efectivas (uma falhada), dois turnovers no breakdown, um roubo no alinhamento, cinco portagens de bola, uma quebra-de-linha, dois defesas batidos e um ensaio.

Continua a crescer e a mostrar que pode ser uma hipótese séria para posição de 2ª linha no futuro da selecção nacional, necessitando só de mais apoio e um staff técnico do mesmo calibre que o anterior.

PONTO ALTO: DEFESA COLECTIVA EM CERTOS MOMENTOS

Não se pode dizer que foi um bom jogo defensivo dos Lusitanos quando sofreram três ensaios, dois deles de uma facilidade absurda que o ataque dos Iberians aproveitou para encaixar esses toques de meta, ajudando à saída inglória da franquia portuguesa.

Porém, e tentando oferecer um pouco de “luz”, em certas alturas os Lusitanos conseguiram montar uma defesa intensa, agressiva e inteligente, procurando pacientemente criar problemas ao adversário, sem arriscar em excesso. Martim Bello, Nicolas Griffiths, Tomás Appleton, David Wallis ou Vasco Baptista bateram-se com qualidade e tentaram trazer algum tipo de intensidade à equipa em momentos críticos do jogo.

PONTO A MELHORAR: NÃO HÁ MILAGRES

Infelizmente os Lusitanos ficaram privados de lutar pelo título da Super Cup, com uma queda brutal e que coloca a nu o mau planeamento que a franquia portuguesa enfrentou nesta temporada. Sim, o Campeonato do Mundo forçou que uma boa parte dos recursos humanos da Federação Portuguesa de Rugby fosse alocada para esse fim, mas é imperceptível como é que se começou a preparar a competição uma semanas antes do seu início, com o primeiro treino a ter sido a dois dias antes do jogo frente ao Tel-Aviv Heat.

Para uns poucos poderá não ter casualidade com o resultado somado em Espanha diante dos Iberians, querendo estes quantos preferir atribuir as responsabilidades ao staff e jogadores, quando estes são quem tem menos responsabilidade nesta situação. O tratamento dado aos Lusitanos e o facto de nada ter sido claro na mensagem prestada ao público simplesmente é chocante e que nem o grande Mundial realizado pode ofuscar este fracasso nas últimas semanas do ano.

Perante o cenário de fraca preparação, uma desorganização total e um despedimento do ex-novo seleccionador nacional Sébastien Bertrank, era expectável este cenário, somando o facto de que alguns jogadores não têm um dia de descanso desde 2022, estando em total desgaste e para lá do exequível a nível de saúde mental.

Saída pela porta pequena em 2023, esperando-se que em 2024 a casa esteja arrumada devidamente, até pelo respeito que os jogadores, staff e família destes merecem.


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