3 destaques da 5ª jornada dos Lusitanos na Rugby Europe Super Cup 22′

Francisco IsaacOutubro 24, 20224min0

3 destaques da 5ª jornada dos Lusitanos na Rugby Europe Super Cup 22′

Francisco IsaacOutubro 24, 20224min0
Os Lusitanos derrotaram os Devils por 95-00 e seguem lançados para terminar no 1º lugar da fase-de-grupos da Super Cup 2022

Depois de uma derrota amarga no Jamie frente aos Iberians, os Lusitanos voltaram ao seu melhor com uma vitória por 95-00 na visita ao campo dos Brussels Devils, solidificando o 1° lugar na conferência Oeste da Rugby Europe Super Cup quando estamos a uma jornada do fim da fase-de-grupos. Os três destaques principais do encontro aqui expostos e analisados.

MVP: MANUEL CARDOSO PINTO (PONTA)

Numa vitória por 95-00 é extremamente difícil reduzir o MVP a um só nome, uma vez que, pelo menos, uma mão cheia de jogadores se destacou a um nível soberbo e de inegável impacto, como foi o caso de Tomás Appleton (entre as várias acções do centro e capitão, o turnover realizado na linha de 5 metros defensivos e que resultou num ensaio de Portugal foi sensacional), Jerónimo Portela, Rafael Simões, Vasco Ribeiro (excelente entrada do banco), Frederico Simões, Nuno Sousa Guedes (30 pontos marcados), sendo que a nossa escolha recaiu em Manuel Cardoso Pinto, o ponta internacional português.

Irrequieto do primeiro ao último minuto, o 3/4’s foi conseguindo criar sucessivos problemas à débil defesa dos Brussels Devils, com estes a nunca terem a capacidade para encontrarem o manual de como parar ou amparar as acções do ponta.

Mais de dez defesas batidos, com alguns até ficarem estendidos no chão, quatro quebras-de-linha, e um excelente hat-trick, Manuel Cardoso Pinto ainda apresentou uma salva de pontapés compridos de boa qualidade, o que ainda criou maiores dificuldades à oposição, uma vez que não esperavam pelo recurso ao jogo ao pé do n°11 dos Lusitanos.

Já leva 7 ensaios nesta Rugby Europe Super Cup 2022, estando no topo dos melhores marcadores da competição, para além de ter o maior número de quebras-de-linha da competição a par de Nuno Sousa Guedes, demonstrando o brilhante virtuosismo que gira em redor deste três-de-trás português, e mesmo na equipa em geral.

PONTO ALTO: LETALIDADE DE ATAQUE EQUIVALE A RESULTADO GORDO

Se os primeiros dez minutos de jogo foram de algum nervosismo e adaptação a uma boa réplica (mas curta) dos Brussels Devils, após a marca do primeiro quarto-de-hora, os Lusitanos começaram a se instalar na linha de meio-campo, incitando contínuos erros do seu adversário em diferentes sectores, como na formação-ordenada (total domínio português) ou na conquista da linha-de-vantagem, iniciando o processo de controlo do ritmo do encontro.

A partir dos 20 minutos, os Lusitanos entraram num ritmo avassalador e q cada nova oportunidade de ataque surgia uma situação de ensaio iminente, com Jerónimo Portela e Nuno Sousa Guedes a ditarem as regras, articulando bem todas as suas acções com as unidades de perfuração da linha de defesa contrária, saindo depois rapidamente a jogar com um excelente apoio que acabou terminar na obtenção de uma vantagem extremamente larga, mas justa, perante a exibição realizada pela franquia comandada por Luís Pissarra e João Mirra.

Tudo saiu bem, desde os passes ao largo, idas ao breakdown, conquistas aéreas (Nuno Sousa Guedes foi infalível neste aspecto, segurando a oval em seis ocasiões diferentes), piques ou apoio ao portador de bola, dando o aspecto de que os Lusitanos tinham mais de 15 jogadores em campo, para o desnorte completo da equipa da casa, que não teve tempo para respirar entre o 20° minuto até ao apito final.

Depois de uma derrota cinzenta frente aos Castilla y León Iberians, os Lusitanos voltaram a mostrar o seu melhor, com uma prestação de excelência e que encheu os olhos de quem a acompanhou.

PONTO A MELHORAR: NADA A ACRESCENTAR

Numa exibição que terminou em 95-00, é difícil encontrar erros constantes ou contínuos que mereçam ser mencionados ou analisados ao pormenor. A única situação que pode receber ligeira atenção, vai para a entrada a “frio” nos primeiros dez minutos, altura em que houve alguma incerteza de quem chegaria ao primeiro ensaio. Contudo, rapidamente os Lusitanos entraram no foco certo e partiram para o domínio total das operações nesta 4a vitória na Rugby Europe Super Cup.

NÚMEROS E DADOS DO JOGO

Pontuador máximo: Nuno Sousa Guedes – 30 pontos (1 ensaio, 11 conversões e 1 penalidade);
MVP: Manuel C. Pinto – 1 ensaio, 3 assistências, 4 quebras-de-linha e 10 defesas batidos;
Chutador: Nuno Sousa Guedes – 20 pontos (11 conversões, 1 penalidade e 3 pontapés falhados);
Turnovers: João Granate – 2


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