Diogo SoaresFórmula 1 2023: Max Verstappen domina nas chuvas do Canadá
O Canadá recebeu a oitava ronda do Mundial de F1. Max Verstappen voltou a vencer e lançou-se de vez para a conquista do tricampeonato, numa altura em que faltam 14 GP’s para o final da temporada de 2023.
Qualificação
A Q1 começou desde cedo com uma bandeira vermelha. Guanyu Zhou detetou problemas com a transmissão do seu C43 e parou numa zona de extração o que obrigou a direção de prova a neutralizar a sessão. O piloto chinês ainda conseguiu levar o carro para a box e o problema foi reparado. Quando foi autorizado o recomeço, a pista começou a secar e a formar uma linha de trajetória menos molhada. Verstappen foi o piloto que liderou a sessão com um tempo de 1:20.851. Alonso ficou logo atrás a +0.630s do neerlandês. Eliminados nessa sessão foram Tsunoda, Gasly, De Vries, Sargeant e Zhou.
A Q2 começou numa indecisão sobre pneus. No entanto, alguns pilotos arriscaram em ir com pneus macios. Charles Leclerc foi um desses, mas o engenheiro do monegasco ordenou a que o piloto fizesse uma volta de intermédios e só depois colocasse macios. Leclerc não conseguiu qualificar-se para o Q3 e culpou o timing de troca de pneus, revelando que a decisão da Ferrari foi, mais uma vez, errada.
Além do piloto da Ferrari, também Pérez, Stroll, Magnussen e Bottas foram eliminados
Na Q3, os pilotos tiveram de marcar os tempos o mais cedo possível, uma vez que se previa um agravamento das condições atmosféricas. Mas uma bandeira vermelha por acidente de Piastri impediu que os pilotos fizessem o melhor tempo possível. Max Verstappen fez mais uma “pole position”, com um tempo de 1:25.858. Hulkenberg, para surpresa de todos, conquistou o segundo posto e Alonso fechou o top-3.
Mas as definições dos lugares da grelha só vieram cerca de 3 horas mais tarde. Hulkenberg, Sainz, Tsunoda e Stroll receberam 3 lugares de penalização. O piloto da Haas por não abrandar o ritmo o suficiente na bandeira vermelha e os demais pilotos por atrapalharem voltas de qualificação a outros pilotos. Posto isto, esta foi a ordem de largada para a corrida:
Corrida
Max Verstappen reagiu bem ao semáforo e segurou a liderança. Alonso até reagiu bem, mas as rodas traseiras patinaram e não conseguiu arrancar de forma igual, perdendo a posição para Hamilton. O espanhol só conseguiu segurar o lugar de pódio nas curvas 3 e 4 quando se adiantou a George Russell.
Na volta 7, surgiu o primeiro abandono. Logan Sargeant foi informado pelo seu engenheiro que havia um “aviso crítico” e que teria que parar o carro imediatamente. O americano encostou o carro na zona de extração da curva 6 e confirmava mais uma corrida sem pontuar.
Nessa altura, Hamilton, Alonso e Russell lutavam pelos lugares de pódio, mas a luta ficou reduzida a dois, quando, na nona volta, Russell perdeu o controlo do seu W14 e embateu com violência no muro à saída da curva 9, destruindo a asa dianteira e a roda traseira do lado esquerdo. O “Safety Car” foi mandado para a pista dada a necessidade de limpar os destroços. Quanto ao piloto da Mercedes, foi às boxes, procedeu à troca dos pneus e da asa e manteve-se em prova, mas na última posição.
O recomeço foi dado na volta 17 e Max Verstappen não deu hipóteses aos adversários de atacarem a liderança. O Bicampeão no Mundo foi embora e nunca mais ninguém o viu.
Alonso ascendeu à vice-liderança na volta 22, quando ultrapassou Hamilton na chegada à última chicane.
Na volta 55, Russell abandonava a corrida com problemas de sobreaquecimento do monolugar e desgaste no travão traseiro do lado esquerdo.
Max conquistava assim a sexta vitória na temporada. Também juntava dois marcos históricos à corrida: o neerlandês empatava com Ayrton Senna em número de vitórias na carreira (41) e a Red Bull Racing conquistava a centésima vitória na F1 como construtora.
Alonso e Hamilton completaram o pódio. Foi o sexto pódio do espanhol na época e o terceiro do britânico.
No campeonato de pilotos, Verstappen lidera com 195 pontos, mais 69 que Sergio Perez, que surge com 126 pontos. Atrás do mexicano está Fernando Alonso, com 117 pontos.
Já no campeonato de construtores, a Red Bull lidera com 321 pontos, mais 154 que a Mercedes, que conquistou 167, até agora. Em terceiro lugar está a Aston Martin, com 154 pontos
O próximo Grande Prémio será na Áustria, entre 30 de junho e 2 de julho.
