Um 2019 ao Rubro nas Areias Mundiais
Nos vemos en Asuncion!
2019 e ano ímpar e, como tal, trata-se de ano de Mundial FIFA. Desta vez, o campeonato retorna a América do Sul, que acolhera as primeiras 3 edições da prova, mas desta vez o Rio de Janeiro cede a honra a Assunção: a capital paraguaia, no seguimento do investimento crescente na modalidade, vai organizar o torneio que ditara o próximo campeão do mundo.
O Brasil de Gilberto Costa defendera o titulo mundial alcançado nas Bahamas em 2017, procurando estender um reinado de títulos impressionante que se iniciou em 2016 e foi apenas beliscado em Novembro do ano passado com a derrota diante da Rússia na meia-final da Copa Intercontinental. A prova acabaria por ser conquistada pelo Irão, que cada vez mais se constitui como uma super-potência a ter em conta no futebol de praia, conforme o atesta o segundo lugar no ranking mundial. Na Europa, Portugal e Rússia mantém-se como as equipas mais consistentes, apesar de um 2018 com muitos altos e baixos, durante o qual viram a nova campeã europeia Itália e a vice-campeã Espanha crescer de forma expressiva.
Tratam-se estes de alguns dos candidatos a conquista do troféu. No entanto, nenhuma destas equipas esta ainda apurada, faltando ainda jogar-se os torneios de qualificação um pouco por todo o mundo.
O apuramento africano foi o único a realizar-se no ano passado, tendo os tradicionais Senegal e Nigéria garantido a presença no Paraguai em Novembro de 2019, e no qual o pais anfitrião naturalmente tem entrada directa. Entretanto, a qualificação asiática terá lugar em Marco, seguindo-se-lhe todos os outros torneios, ainda sem data marcada. A novidade vai para o facto de este ano a Oceania voltar a eleger o seu representante por via de um campeonato propriamente organizado, algo que já não acontecia desde 2011, dado que ultimamente o Taiti tem sido nomeado representante da região, acabando mesmo por alcançar a final nas ultimas duas edições da prova. Poderão os taitianos repetir a façanha no Paraguai?
Jogos Olímpicos, Jogos de Praia
Mas será também um ano marcado pelo olimpismo. 4 anos volvidos sobre os primeiros Jogos Olímpicos Europeus em Baku, no Azerbeijao, e a vez de Minsk acolher a prova. A capital bielorrussa contara, mais uma vez, com uma competição de futebol de praia, cabendo a 8 das melhores selecções do continente europeu a honra de lutar pelas 3 medalhas em disputa. Portugal, bronze em 2015, lutara por uma distinção ainda mais Augusta desta vez, visando o ouro olímpico que outrora foi alcançado pela selecção russa. A prova terá lugar durante o mês de Junho, pela altura em que se devera também iniciar a Liga Europeia. Por isso, o Verão promete grandes emoções no contexto do futebol de praia europeu!
Mais ainda, o ano fica também marcado pela estreia dos Jogos Mundiais de Praia, que se realizarão nas praias idílicas de San Diego, EUA, assinalando o regresso das grandes competições de selecções a Califórnia, onde se realizou o primeiro torneio piloto de futebol de praia em 1992. 27 anos mais tarde, o crescimento da modalidade terá um novo marco histórico, que devera ter lugar em Outubro, servindo de preparação as selecções que irão disputar um mês mais tarde o Mundial do Paraguai.
Internacionalização dos clubes e do feminino
A nível de competições internacionais de clubes, será o terceiro e ultimo ano em que a Euro Winners Cup visita a praia lusitana da Nazaré, esperando-se a continuação do crescimento desta competição, no seguimento da tendência de anos anteriores. Tanto a nível masculino como na secção feminina, a expectativa e grande para testemunhar o aumento da dimensão do evento e o incremento da qualidade do futebol de praia praticado. Por seu turno, tem sido discutida a possibilidade de organização de torneios mundiais de clubes regulamentados pela BSWW, que possam replicar o sucesso da Euro Winners Cup a escala global.
Como nota final, mas nem por isso menos importante, sublinhamos a importância do crescimento do futebol de praia feminino, que se espera poder vir a subir novos degraus em 2019.
Sendo certo que o trabalho de base tem vindo a ser desenvolvido num numero crescente de países em todos os continentes, a qualquer momento espera-se também o surgimento dos frutos desse investimento, com novas selecções nacionais a surgirem, possibilitando um cenário de competições internacionais de futebol de praia também no feminino (a Taça da Europa, disputada anualmente desde 2016, constitui ate agora uma salutar excepção).