Qual será o rookie do ano?
Já entramos na segunda metade da temporada. Dos seis rookies que iniciaram a temporada, um foi atirado pela porta fora ao fim de seis Grandes Prémios. Falo de Jack Doohan, que, apesar de ter pouca culpa nos resultados – basta vermos em que lugar da tabela está a Alpine -, foi despachado por Flavio Briatore para lá colocar o seu predileto Franco Colapinto, mas que também não convence o dirigente italiano. Enfim, vá se lá saber o que quer Briatore. Mas foquemo-nos em Doohan. Mal foi anunciado para 2025, circularam noticias de que o seu contrato seria de curta duração e que teria de convencer a estrutura da equipa francesa. Ora, com tamanha pressão nos ombros, não poderíamos esperar muito sucesso.
Gabriel Bortoleto chegou à F1 como campeão de F2 – e ainda o é, visto que o campeonato secundário está longe de estar decidido -, mas a ida para a Sauber poderia dificultar as boas prestações do brasileiro. Ora, de facto, foi difícil, mas quanto mais rodou, melhor ficou, acabando por pontuar em três dos quatro grandes prémios anteriores à pausa de verão. Certamente irá pontuar mais vezes este ano, preparando-se para ser o futuro do projeto Audi.
Oliver Bearman não tem sido espetacular, mas o Haas também não o é. Já fez bons resultados, ao pontuar cinco vezes, sendo a melhor delas em Zandvoort, com o sexto lugar. Dificilmente brilhará muitas vezes, mas é um bom registo este crescimento que o britânico tem. 2026 será decisivo: uma excelente temporada poderá levá-lo até Maranello para substituir o compatriota.
Liam Lawson começou a época a ser considerado um rookie, apesar dos grandes prémios realizados anteriormente, mas a sua experiência na Red Bull não durou mais do que Doohan na Alpine. Aliás, durou um terço dos GP´s. Dois términos fora dos pontos foram suficientes para mandar o neozelandês de volta para a Racing Bulls promovendo Yuki Tsunoda. Hoje, Lawson tem 20 pontos, conquistou algum brilhantismo, como com o sexto posto na Áustria, mas também sofreu com algumas prestações algo más. Ainda assim, podemos assumir que a primeira temporada completa do piloto de Hastings está a ser positiva.
Isack Hadjar, e respondendo à pergunta do título, tem sido o rookie do ano, para mim. Não só era um dos que menos esperava, dados problemas em ter discernimento nos momentos críticos, como suspeitava que poderia não terminar a temporada na F1. Ora, bem que enfiei a viola no saco. Não só o miúdo francês tem sido espetacular, como já conquistou o seu primeiro pódio, numa equipa que não ia ao pódio há mais de quatro anos. Hadjar tem tudo para lutar por melhores resultados nesta temporada e está na pole position para ingressar na Red Bull em 2026. Falta saber é se vence essa corrida.
Andrea Kimi Antonelli é o rookie melhor classificado na temporada. Mas não há surpresa nisso, está na Mercedes. Ascendeu ao pódio no Canadá, tendo caído nas bocas do mundo, mas desde aí fez apenas um ponto. É verdade que nem todo o insucesso foi sua culpa. Já sofreu alguns problemas mecânicos que eram invulgares na Mercedes, mas o maior problema foi a pressão que isso trouxe ao menino de 19 anos. Esperemos que dê a volta por cima, e que volte ao pódio. E se for no topo do pódio, ainda melhor.
F1 graduate vs @F1 graduate 👀@PREMA_Team duo Kimi Antonelli and @OllieBearman battled each other hard in last year's Feature Race at Monza ⚔️#F2 #ItalianGP pic.twitter.com/vYVBpROhB3
— Formula 2 (@Formula2) September 4, 2025