Fórmula 1 2024: O desfecho esperado.
Max Emilian Verstappen é campeão do mundo de Fórmula 1 2024, mais uma vez. O quarto campeonato seguido que lhe vale um lugar entre os mais titulados na vasta história da categoria. Tem tantos títulos como Prost e Vettel, mais um que Senna (precocemente retirado de cena). Vê os feitos de Hamilton cada vez mais de perto. Ambos alcançaram o quarto campeonato com 62 vitórias, com apenas mais um grande prémio disputado que Hamilton (207).
É uma conquista esperada desde o inicio de temporada, ainda assim com menos folgo que na época transata. Dominou no arranque da corrida, mas teve que gerir no stint final. Não obstante da competição não esperada, este, é o único desfecho justo para 2024. Verstappen mereceu ganhar. Foi o piloto mais completo, o mais rápido, mesmo quando não tinha carro para tal. Exemplo disso foi o grande prémio do Brasil. Norris venceu a sprint, facilitada com o trabalho de Piastri, mas na corrida principal não conseguiu conter o poderio de Max que fez uma das melhores exibições da sua carreira. Partiu cá de atrás e apenas parou na bandeira de xadrez. Uma grande homenagem a Senna, na sua casa.
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Four time world champion!!! A season with a lot of challenges, but we worked hard as a team. I am very proud of us 🏆 This would never have been possible without all the dedication and effort of everyone at @redbullracing 🙌 A huge thank you to all involved for this… pic.twitter.com/mnekjbdC3a— Max Verstappen (@Max33Verstappen) November 24, 2024
Lando Norris também merece uma palavra, por aquilo que fez e não fez. Merece um louvor por ter sido capaz de reacender uma luta que há algumas temporadas não existia. Colocou Max em sentido, permitiu que tivesse grandes momentos, como Brasil ou Catar. Trouxe ao de cima o que d e mau Verstappen também tem. Os incidentes da Áustria, dos Estados Unidos e do México são consequência de uma luta feroz que, por vezes, respalda para a deslealdade. Deu aos fãs grandes vitórias, defesas e ultrapassagens, no fundo, a demonstração da incrível evolução da McLaren (que lhe valerá o campeonato de construtores). Mas falhou em momentos chave que o impedirem de levar a luta para a última corrida do campeonato, a luta que ele queria claro, porque terá que se bater com Leclerc para salvaguardar o segundo lugar, aquele que merece. A corrida do Catar foi repleta de infelicidade para o britânico que se vê pressionado a obter um bom resultado positivo na despedida do campeonato.
Always together. 🧡#LasVegasGP pic.twitter.com/fnnwb3qmza
— McLaren (@McLarenF1) November 24, 2024
Mas em 2025, o domínio da Red Bull poderá não ser tão acentuado. A trajetória descendente dos austríacos em 2024 representa o momento da Fórmula 1 atual. Uma modalidade muitíssimo competitiva, em que quatro equipas e sete pilotos são candidatos, quase ao mesmo nível, para a vitória em cada grande prémio. O que a Red Bull atravessou no inicio da temporada, somando a saída de Newey são uma desvantagem para a próxima temporada. A equipa está dividida. Tem um super piloto e Pérez, que poderá não estar na equipa em 2025.
Só o futuro nos poderá traçar a sina do próximo campeonato, mas algo me parece certo: um ano que encerra um regulamento e que terá mais luta do que nunca. Provavelmente mais que um piloto candidato ao título. Verstappen será sempre o maior candidato. Norris procurará uma vingança, no sentido positivo, claro. Leclerc o primeiro campeonato. Hamilton a eternidade, de conquistar o oitavo campeonato vestido de vermelho, embalado pelo hino italiano. Na Mercedes, Russell que será chefe de equipa, menos candidato, mas motivado com a possibilidade de um bom carro.
Nas despedidas de 2024 sobra uma certeza: 2025 será uma grande temporada!